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    Maggie Smith: Conheça a atriz e seus 10 melhores trabalhos

    Maggie Smith é uma das mais respeitadas e veneradas atrizes britânicas da história do cinema e do teatro. Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, sua versatilidade e talento a tornaram uma figura icônica tanto na telona quanto nos palcos.

    Muito conhecida por seu papel na franquia Harry Potter ao interpretar a Profª Minerva McGonagall, a incrível atriz britânica faleceu hoje, aos 89 anos.

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    Origens e início de carreira

    Dame Margaret Natalie Smith nasceu em 28 de dezembro de 1934, em Ilford, Essex, na Inglaterra. Filha de uma secretária e de um professor de patologia, Maggie cresceu em Oxford, onde seu pai trabalhava na universidade local. Seu interesse pelo teatro começou ainda jovem e, aos 16 anos, ela já estava se dedicando aos estudos de atuação.

    Maggie Smith começou sua carreira nos palcos, com sua estreia em 1952 no teatro de Oxford. Em 1956, ela se mudou para Londres e ingressou na companhia de teatro Old Vic, uma das mais prestigiadas do Reino Unido. Sua performance em peças de Shakespeare, como Otelo, foi essencial para sua ascensão como uma das grandes damas do teatro britânico.

    Principais prêmios e reconhecimentos

    Ao longo de sua carreira, Maggie Smith acumulou uma impressionante coleção de prêmios. Ela é uma das poucas atrizes a conquistar a chamada “Tríplice Coroa de Atuação” — Oscar, Tony e Emmy. Veja alguns dos prêmios mais importantes que ela recebeu:

    • Oscar: Maggie Smith ganhou o Oscar duas vezes. O primeiro veio em 1970, na categoria de Melhor Atriz por “A Primavera de uma Solteirona” (The Prime of Miss Jean Brodie). Seu segundo Oscar, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, foi por “California Suite” em 1979;
    • BAFTA: Ela ganhou quatro prêmios BAFTA ao longo de sua carreira, solidificando seu status no Reino Unido como uma das maiores atrizes de todos os tempos;
    • Emmy: Sua atuação na série “Downton Abbey” rendeu-lhe três prêmios Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática;
    • Tony Award: Ela venceu o Tony, o maior prêmio do teatro americano, por sua atuação em “Lettice and Lovage” em 1990.
      Em 1990, Maggie Smith foi agraciada com o título de Dame pela rainha Elizabeth II, em reconhecimento por suas contribuições ao teatro.

    Os 10 trabalhos mais importantes de Maggie Smith

    A Primavera de uma Solteirona (1969)

    Esse filme trouxe a Maggie Smith seu primeiro Oscar. Ela interpretou a excêntrica professora Jean Brodie, em um papel que exigia uma combinação única de carisma e severidade. Sua performance é considerada uma das melhores de sua carreira.

    Morte no Nilo (1978)

    No clássico mistério de Agatha Christie, Maggie Smith interpretou uma dama de companhia sofisticada em um cruzeiro fatídico. A trama repleta de intrigas e seu elenco estelar fizeram deste um dos grandes momentos da carreira da atriz.

    California Suite (1978)

    Neste filme, ela interpretou uma atriz indicada ao Oscar, o que ironicamente lhe rendeu seu segundo Oscar, desta vez na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante.

    Uma Janela para o Amor (1985)

    Neste aclamado filme de época, Maggie Smith interpretou Charlotte Bartlett, uma personagem contida e rígida que se opunha ao romance principal. O papel lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

    O Jardim Secreto (1993)

    Neste filme clássico, Maggie Smith interpretou Mrs. Medlock, a governanta responsável pelo controle da misteriosa mansão onde a história se passa. O filme é um dos favoritos do público infantojuvenil.

    Harry Potter (2001–2011)

    Maggie Smith é amplamente conhecida pelas novas gerações por seu papel como Minerva McGonagall, a professora de Transfiguração e vice-diretora de Hogwarts na série Harry Potter. Sua performance como a severa, mas justa, McGonagall tornou-se uma das favoritas dos fãs.

    Downton Abbey (2010–2015)

    Como a impagável Violet Crawley, Condessa de Grantham, Maggie Smith conquistou uma nova legião de fãs. Seu desempenho lhe rendeu três prêmios Emmy e várias indicações ao Globo de Ouro.

    Sister Act – Mudança de Hábito (1992)

    Como a Madre Superiora no icônico filme estrelado por Whoopi Goldberg, Smith mostrou sua habilidade em comédias populares, equilibrando com graça a seriedade e o humor.

    O Melhor Hotel Marigold (2011)

    Maggie Smith provou que a idade não diminuiu seu talento. Nesse sucesso, ela interpretou uma idosa rabugenta em busca de tratamento médico na Índia, trazendo humor e profundidade ao papel.

    Quarteto (2012)

    Neste drama sobre uma casa de repouso para músicos aposentados, Maggie Smith brilhou como uma ex-diva da ópera. O filme, dirigido por Dustin Hoffman, destaca sua habilidade para papéis mais introspectivos e dramáticos.

    Maggie Smith é um verdadeiro ícone da arte dramática. Com uma carreira que atravessa gerações e diferentes meios – teatro, cinema e televisão -, e mesmo após sua morte, certamente continuará a encantar e impressionar o público com suas performances memoráveis. Sua vasta lista de prêmios e sua longevidade profissional são testemunhos de seu incomparável talento e dedicação ao ofício da atuação.

    Descanse em paz Maggie Smith.


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    EU CURTO JOGO VÉIO #28 | ‘Bayonetta’ é loucura em forma de hack’n slash

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    Lançado na época pelo recém-formado estúdio Platinum Games, ‘Bayonetta’ chegou às prateleiras e tomou de assalto o mercado dos games no ano de 2009. Lançado originalmente para o PlayStation 3, Xbox 360 e PC, o game tentou replicar o sucesso e o gap deixado pela franquia Devil May Cry, cujo último game havia sido lançado 1 ano antes. Dirigido por Hideki Kamiya, responsável por Resident Evil e Devil May Cry, o game surgiu na época como um refresco aos fãs da franquia DMC, glorioso, dinâmico e divertido.

    No controle Bayonetta, a personagem principal, lutaremos contra hordas celestiais enquanto estes tentam levá-la direto ao inferno.

    Ao lado de aliados demoníacos, acompanhamos a história de Bayonetta que após acordar de um “sono profundo,” sem memória, se vê em meio a um conflito divino por sua alma.

    SINOPSE

    Bayonetta. A última sobrevivente de um antigo clã de bruxas que mantém o equilíbrio entre a luz, a escuridão e o caos. Sepultada para proteger a si mesma – e o mundo como o conhecemos – Bayonetta é descoberta e revivida após 500 anos, desencadeando uma cadeia de eventos com repercussões cataclísmicas.

    ANÁLISE

    Bayonetta

    Nascida do amor proibido entre as Bruxas Umbra e os Sábios Lumen, a bruxa Bayonetta se vê presa em um conflito que não parece ter fim. Após viverem em paz por muitos séculos, os dois grupos entram em uma guerra que mudou para sempre como os humanos entendiam os dois grupos. Após saírem vitoriosas do combate, as Bruxas Umbras passaram a ser caçadas pela humanidade.

    Quando ambos os clãs são completamente erradicados, Bayonetta é a última de seu tipo. Depois de acordar de um “sono” de 500 anos, após ser lançada em um caixão no fundo de um lago, a jovem bruxa desperta e junto do seu parceiro demoníaco Rodin e um informante, passa os 20 anos seguinte se dedicando a dar fim a todos os seres angelicais.

    Em uma sequência de atos muito bem divididos, a loucura de um hack’n slash é mostrada da forma como deve ser: com ação incessante e combates profundamente focados em combos, e golpes “estilosos”. Equipada de suas quatro pistolas – uma em cada mão e uma em cada pé -, seus pés e punhos, Bayonetta precisará derrotar hordas celestiais que tem como intuito levá-la ao inferno e roubar dela uma joia única.

    Bayonetta

    Os “Olhos do Mundo” são um artefato raro e de poder inigualável neste universo. Possuindo o olho esquerdo, Bayonetta fará tudo ao seu alcance para impedir que uma força quase que imparável consiga completar o conjunto, tomando para si sua joia.

    COMBATE, HISTÓRIA, VISUAL E MARCO DA INDÚSTRIA

    Bayonetta

    O combate rápido de Bayonetta nos leva por uma aventura repleta de minúcias. Minúcias essas em que os combos precisam ser conectados para que façam sentido no combate contra nossos inimigos. Com inimigos que variam de tamanho, deixando de ser os anjos comuns dos primeiros capítulos, se tornando enormes criaturas e até mesmo dragões gigantescos, o combate de Bayonetta precisa ser focado na sobrevivência, pois admito, não será fácil.

    Com uma história rica que brinca muito com o divino e o profano, o game nos coloca no controle de uma bruxa cujo poder é retirado do inferno. Com anjos no nosso encalço a todo o tempo, testemunhamos aqui, que o mundo não é preto e branco. Conforme a história ganha profundidade, descobrimos sobre o passado de Bayonetta e o verdadeiro motivo do conflito entre as Bruxas Umbra e os Sábios Lumen.

    Ou seja, por ser quem ela é, Bayonetta é caçada. Por isso, maior parte do fandom da personagem é LGBTQIAP+. Os fãs viram na personagem um tipo de representatividade que não era visto em nenhum outro personagem da época. Sendo assim, mesmo apesar de toda a maneira como a personagem é sexualizada acabou por nunca ser um ponto. Lançados em uma aventura rica com elementos até góticos, viajamos por entre o divino e o profano. Mas não da maneira como imaginamos.

    Bayonetta

    Bayonetta enriquece o mundo por seu visual repleto de terrores vindo de um lugar completamente inesperado. Ao brincar com elementos como anjos biblicamente acurados e toda a estética construída em cima de elementos ligados ao divino – como adornos dourados e coroas brilhantes -, testemunhamos o quão perigosa essa construção pode ser. Pois apesar de claro e limpo, isto é na verdade tão ou mais temível que os seres vindos do inferno (onde adentramos algumas vezes no game).

    Brincando com todas as mitologias possíveis, Bayonetta se faz feliz em todas suas escolhas criativas e narrativas. Optando por deixar o escopo do game em um lugar mais reduzido, ele se faz feliz e recompensador, não falhando em criar narrativas tão megalomaníacas.

    Sendo um marco para a franquia, Bayonetta foi a origem da bruxa mais charmosa do mundo dos games. Tendo tido 4 games que contam a história de Bayonetta, sendo os três primeiros da linha narrativa principal o 4º um spin-off intitulado “Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon.” A franquia é muito feliz por conseguir criar um mundo cômico, divertido e desafiador, a Platinum nos recompensa e desde seus primeiros momentos deixa claro que para obter êxito, você precisará se esforçar.

    VEREDITO

    Bayonetta me faz lembrar da minha adolescência, quando mergulhei da cabeça na franquia e queria entender a história dela. Mesmo por me enganar por vezes, rever a história da franquia é entender que o game não apenas é um retrato de seu tempo, como uma história de acolhimento e pertencimento. Por viver como opta por viver, ou ser quem é, insistem em punir Bayonetta, caçá-la e ostracizá-la, o que a fez se tornar quem ela é.

    Conforme tenta descobrir mais sobre o seu passado e sua memória perdida, Bayonetta vai além do que poderia se lembrar, como até mesmo sua origem. Deixando o passado para ser descoberto com os jogadores ao longo do jogo, uma personagem desmemoriada é sempre a melhor pedida.

    Bayonetta é um clássico atemporal que merece ser jogado por todos que não conhecem a franquia. Com diversão desenfreada e um mundo inteiramente novo para se descobrir, será necessário mergulhar de cabeça na história da bruxa mais adorada dos games.

    Atualmente, Bayonetta pode ser jogado tanto no PC como no Nintendo Switch.

    Você pode conferir todos os games que marcaram época aqui no Jogo Véio.

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    ‘Bad Boys: Até o Fim’ eleva o tom da narrativa da franquia

    A franquia de filmes Bad Boys é um dos grandes sucessos das carreiras de Will Smith e Martin Lawrence e depois de muitos anos desde Bad Boys ll (2003), completando uma trilogia, neste ano foi lançado Bad Boys: Até o Fim

    O quarto filme dos Bad Boys foi lançado nos cinemas em 6 de junho de 2024 estabelecendo mais um sucesso para a franquia, com o seu lançamento no serviço de streaming Max na última sexta feira 13 de setembro. 

    O elenco não conta apenas com os retornos da dupla de atores protagonistas, mas com Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig, Jacob ScopioPaola Núñez; também contado com as chegadas de Eric Dane e Ioan Gruffudd

    A direção é realizada por Adil El Arbi e Bilall Fallah retornando para dirigir este novo filme da franquia; com roteiro idealizado por Will Beall e Chris Bremmer e com classificação indicativa para 16 anos. 

    SINOPSE

    Bad Boys: Até o Fim é o quarto filme da icônica saga de ação estrelada por Will Smith e Martin Lawrence, iniciada em 1995 com Os Bad Boys, dirigido por Michael Bay. Desta vez, neste filme irá mostrar como os detetives mais famosos de Miami, Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence), enfrentam uma reviravolta dramática: agora, eles que são os mais procurados.

    A caça virou o caçador e com direito a um prêmio pelas suas cabeças. Com uma mistura característica de ação eletrizante e comédia escrachada, os dois lutarão lado a lado contra tudo e contra todos até o fim para proteger a reputação do capitão Howard e limpar seus nomes. Prepare-se para ver os Bad Boys preferidos do mundo enfrentando todos os obstáculos em uma aventura emocionante de tirar o fôlego.

    ANÁLISE

    Essa nova fase da franquia Bad Boys é muito interessante porque nos mostra ser possível você dar sequência a algo nostálgico sem utilizar conceitos tão clichês ou se prender a nostalgia para se manter relevante. 

    Em Até o Fim são os mesmos personagens que conhecemos, com a amizade tão divertida que já sabemos  mas se mescla bem com as caras novas que foram trazidas para o filme e, nesta sequência, todos tem um ótimo acréscimo de desenvolvimento. 

    A dinâmica entre Mike e Marcus continua sendo engraçada e consegue ter camadas dramáticas à medida que novos fatos acontecem em suas vidas, alguns felizes: como o casamento do Mike ou mais tristes: com o susto de Marcus ter um infarto.

    Até mesmo a relação entre eles se torna diferente quando Marcus passa a ficar altamente corajoso após um delírio no hospital enquanto Mike passa a ser muito mais cauteloso por estar pensando em perder alguém que se importa. Essa inversão de papéis é uma excelente ideia para tornar essa dupla ainda mais interessante mesmo que seja apenas por esta aventura, mas tudo faz muito sentido com o que a história se propõe a contar.

    Dito isso, posso dizer o quanto essa química entre Will Smith e Martin Lawrence é impressionante pela naturalidade que eles desempenham esses papeis com suas novas camadas propostas sem deixar de estarem confortáveis, confiantes, explorarem tudo isso sem uma descaracterização do que já conhecemos de seus respectivos personagens. 

    O filme não fica apenas interessante por ser engraçado ou ter emoção, mas tem excelentes uma direção bem competente principalmente quando observamos as cenas de ação que são muito dinâmicas, inclusive utilizando a perspectiva em primeira pessoa para tornar aquele momento um pouco mais imersivo. 

    Em aspectos de roteiro, a relação de pais e filhos também é explorada com o arco de Armando e Mike entrelaçado com Judy (Rhea Seehorn) e Callie (Quinn Hemphill) filha e neta do capitão Howard (Joe Pantoliano) que é o fio condutor de toda a trama policial por ser o primeiro a investigar todos os acontecimentos além da necessidade de proteger sua memória.

    O ponto negativo acredito que fica por conta dos vilões que são bem rasos, mesmo que até sejam uma ameaça interessante para os Bad Boys, ainda fica tudo muito superficial quando o foco passa a ser eles em algum momento da narrativa.

    A conclusão do filme não é tão surpreendente, o que essencialmente não é um ponto negativo porque é um filme que tem suas camadas mas passa longe de reservar grandes surpresas. 

    VEREDITO

    Bad Boys: Até o Fim é mais um bom filme da franquia que consegue se manter interessante por encontrar novos caminhos e não se apegar apenas a nostalgia que esta franquia simboliza como um dos grandes sucessos de sua época.

    Nossa nota

    3,8 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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    CRÍTICA: “O Escudeiro Valente” é diversão desenfreada em história cativante

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    Quando “O Escudeiro Valente“, ou “The Plucky Squire” foi anunciado, muitos jogadores pelo mundo passaram a esperar o dia do lançamento do game. E comigo, não foi diferente. Agradeço a Devolver Digital por ter nos enviado o game antes do lançamento e pela oportunidade de escrever o review de um dos games que eu mais estava ansioso para jogar. Graças à uma variedade enorme de gameplay, acompanhei Pontinho e sua equipe, ou melhor, “Manada” por pouco mais de 8 horas.

    Ao longo da gameplay me senti desafiado com os puzzles, sequências de ação e variedade de jogabilidade contidas na história do cativante Escudeiro.

    Seja por me lançar de cabeça na história, viver por alguns dias dentro e fora do livro no qual a história do game é ambientado, posso dizer que este é brilhante. Desenvolvido pela All Possible Futures e publicado pela Devolver Digital, acompanhamos no game a história de Pontinho, o Escudeiro Valente mistura uma jogabilidade 2D e 3D, enquanto te permite explorar uma história rica em detalhes e referências.

    SINOPSE

    O Escudeiro Valente acompanha a aventura mágica de Pontinho e seus amigos, personagens de um livro de histórias que descobrem um mundo tridimensional fora das páginas de seu livro. Quando o maligno Enfezaldo percebe que é o vilão do livro destinado a perder a batalha contra as forças do bem por toda eternidade, ele expulsa o herói Pontinho de suas páginas e muda a história para sempre.

    ANÁLISE

    Escudeiro

    O Escudeiro Valente gira em torno das aventuras do personagem que dá título ao game, para ser mais específico, o Pontinho. Nosso protagonista é conhecido como o herói da história, o responsável por sempre repelir as forças do mal, representados aqui, pelo Enfezaldo e seus minions. Enquanto nos apresenta diferentes dinâmicas, o game surpreende e se aprofunda em sua história.

    Com a presença de Violeta, Batera e com o auxílio do Barbaluar, o game nos ensina as minúcias dos mundos 2D e 3D. Brincando sempre com elementos de metalinguagem e uma gameplay que se debruça em cima das mecânicas da história de um livro, podemos entrar e sair deste e interagir com o mundo real, tendo auxílio do Barbaluar e da lagarta Coralina.

    Com capítulos muito bem divididos, acompanhamos a história do grupo na tentativa de impedir que Enfezaldo obtenha êxito na sua jornada de assumir o protagonismo e de moldar a realidade a seu bel prazer. No controle do Pontinho, mergulhamos em dinâmicas e elementos de jogabilidade que variam do 2D para o 3D e de volta para o original. Buscando sempre mergulhar e melhorar o mundo a seu redor, Pontinho fará de tudo a fim de impedir que a maldade prevaleça.

    Escudeiro

    Com elementos incríveis de gameplay, referências narrativas e artísticas, acompanhamos aqui um mundo rico de dinâmicas. Com referências a Monet, da Vinci, Yayoi Kusama e muitos outros, o game nos leva em uma jornada por diversos mapas, e a cidade capital deste mundo, Ártia.

    Quando a rainha Croma tem seu reino tomado pelo vilanesco Enfezaldo, cabe ao grupo de heróis lutar contra as forças do vilão a fim de colocá-lo no lugar de onde ele nunca deveria ter saído.

    HABILIDADES, MECÂNICAS E PUZZLES

    Escudeiro

    As habilidades de Pontinho são vastas. Estas podem girar em torno de entrar e sair do mundo 2D e viver o mundo 3D por meio de portais. Nossa interação com o mundo exterior só tornará nossa experiência mais profundas e mais emocionante. Obtendo êxito em uma jornada repleta de aventuras, poderemos utilizar um arco e flecha, lutar boxe e até mesmo

    Com capítulos que mesclam mecânicas únicas que nunca mais serão utilizadas, mergulhamos em aventuras lutando contra criaturas poderosas e outras nem tanto, afinal, como o herói da história, nenhum desafio é páreo para Pontinho.

    Com uma gameplay rica, precisamos ficar sempre entrando e saindo do livro. Seja para obter habilidades para manipulá-lo ou deter as forças de Enfezaldo que insistem em sair do livro. Passando as páginas a fim de encontrar palavras que contam a história e mudando seus significados garantindo assim nossa progressão, podemos avançar – mudando assim, elementos ao simplesmente trocar as palavras.

    Escudeiro

    Sendo rico em mecânicas, o game brinca com metalinguagem ao nos lançar nos mais diversos tipos de jogabilidade. Oferecendo sempre um refresco na gameplay.

    Com puzzles ricos em detalhes, tudo no game pode mudar de acordo com a história do nosso herói que se desenrola diante dos nossos olhos. Com habilidades de Pontinho que nos permitem virar as páginas do livro, fechá-lo, acessar portais e saltar de um para o outro encurtando caminhos e até mesmo retornar às áreas anteriores do game. E é aqui onde tudo fica ainda mais interessante.

    Com puzzles cuja resoluções podem estar nas páginas anteriores, explorar o livro e o mundo dão à história maior profundidade, e assim, o game se torna ainda mais rico. Forçando os jogadores a explorar não apenas as possibilidades dentro daquelas páginas, como de todas as outras, ainda acessíveis.

    Ao passo que entendemos o que a All Possible Futures fez aqui, podemos ver o quão brilhante o game é. Com um enorme esmero na localização, o game é dublado por Mauro Ramos – dublador de Pumba e depois de Shrek após a morte de Bussunda – testemunhamos interessantes e brilhantes dinâmicas, colocando o game na trilha certeira de indicação na temporada de premiações. O game brinca com o coloquialismo verdadeiramente brasileiro, nos dando uma sensação brilhante do cuidado da desenvolvedora.

    Com uma construção rápida da história, algumas das dinâmicas do game podem ser facilmente entendidas e exploradas.

    VEREDITO

    A jornada do game idealizada pelo estúdio ganha diversos tons. Mudando constantemente de gênero, mas sempre mantendo o tom cômico, o game nos tira de um mundo extremamente colorido e nos lança na mais obscura das histórias, tirando quase que completamente a nossa esperança.

    Pontinho é um dos personagens mais divertidos do game. Como um claro personagem silencioso, podemos testemunhar a história mais pelas linhas de diálogo de seus parceiros do que dele. Um dos aspectos mais interessantes do game, vem do fato de como os mundos 2D e 3D se conectam.

    Ao saltar dos livros para o mundo 3D, a história dentro do livro para. Mas ao realizar atividades no mundo real com o livro, é como se tudo se desenrolasse do nada. Sendo assim, ao movimentar um bloco a fim de abrir uma porta, ou destruir algo que atrapalhe nosso caminho, ouvimos dos nossos companheiros apenas um “O bloco simplesmente se moveu.”

    O que é tanto cômico quanto curioso.

    Ver a história que esperei por tanto tempo finalmente se concretizar é me dar conta de que valeu a pena esperar por ele. Com puzzles que incentivam a exploração e uma gameplay dinâmica, fofinha e cheia de coração, O Escudeiro Valente talvez seja o Game of the Year na categoria indie.

    Confesso que ao final do game consegui me recordar da razão de eu me apaixonado pelo mundo dos games no passado.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    O Escudeiro Valente foi lançado para PC, PlayStation, Xbox e Nintendo Switch.

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    CRÍTICA: ‘Emio – The Smiling Man’ é o jogo mais sombrio da Nintendo

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    O Famicom Detective Club nasceu como um novo projeto secundário ao lendário game designer Yoshio Sakamoto. Responsável por criar um dos games mais marcantes de todos os tempos, Metroid, Sakamoto decidiu mostrar sua “verdadeira face” quando mostrou o quão profunda era sua paixão por contar histórias. Lançado originalmente em 1988, o primeiro game da franquia Famicon Detective Club foi inspirado nos longas de Dario Argento e do escritor japonês Seishi Yokomizo. 27 anos depois do último lançamento da franquia Sakamoto retorna com Emio – The Smiling Man, o game que prometia no teaser ser o mais assustador até aqui.

    Nascido no Famicon – NES japonês -, o game nos lança por um mistério. Quando crianças voltam a ser assassinadas, 18 anos depois de um serial killer ter rondado uma cidade interiorana do Japão, a polícia e detetives se reúnem para impedir que ele ataque novamente. Com um elemento bem específico a respeito de seu modus operandi: ele mata jovens adolescentes, e coloca em suas cabeças sacos de papel com sorrisos desenhados. Estranho? Pois é, a Nintendo se superou ao contar esta história que nos lançará pelo passado de uma cidadezinha, conflitos antigos e temores.

    SINOPSE

    Um estudante foi encontrado morto! Sua cabeça estava coberta por um saco de papel com um rosto sorridente sinistro desenhado nele, tal qual as vítimas de Emio, o Smiling Man, um assassino de uma lenda urbana.

    Como um detetive particular assistente, você tem a tarefa de ajudar a polícia a resolver este crime, que lembra uma série de assassinatos de 18 anos atrás que nunca foram resolvidos. Será que o assassino em série voltou, ou será o trabalho de um imitador? Esses crimes foram inspirados na história do Smiling Man ou em sua origem?

    ANÁLISE

    Emio

    Como um não fã de visual novels, ouso dizer que Emio – The Smiling Man não me cativou. Tampouco me fez sentir empenhado em descobrir a verdadeira identidade do vilão titular. Sendo o primeiro título da franquia que pude jogar, posso dizer que você pode jogá-lo sem sentir que ficou por fora de algum elemento. Com easter eggs do passado, e personagens que retornam para Emio, o game brinca com o real e uma terrível lenda urbana.

    Conforme a história se desenrola, assassinatos acontecem e antigos mistérios são revelados. Enquanto jornadas e arcos se misturam, em Emio é necessário utilizar suas diversas mecânicas para investigar, pensar, perguntar e acima de tudo, utilizar seu caderninho onde pistas serão reunidas e te deixarão cada vez mais perto da conclusão da história.

    Emio

    Com dinâmicas bem pesadas e histórias que são difíceis de acreditar que são contadas pela Nintendo, em Emio temas como mortes e depressão podem ser os mais leves. E até mesmo a aura de terror que ronda toda a trama pode ser mais assustadora do que a realidade.

    Sendo estruturalmente interessante e divertido, o game possui uma história e dinâmicas cansativas. Tendo passado pouco mais de 13 horas no game, me senti cansado ao final desta história. Para ser mais exato, me senti triste em grande parte da experiência dado o peso da história.

    VEREDITO

    Emio the Smiling Man conta uma história com um teor violento e sombrio. Com dinâmicas pesadas e cruelmente reais, o game busca a humanizar por fim o vilão da história e conforme a história se desenrola, a lenda ganha tons mais reais do que o desejado. Sendo horripilante, terrível e temeroso, o game conta com uma estrutura episódica e quando você pensa chegar ao fim, o game te surpreende com sua conclusão após os créditos.

    Com histórias que podem ser comparadas à longas e histórias de terror que inspiraram o roteirista e criador da série, vemos aqui uma história concisa, curiosa e extremamente interativa. Vejo no game uma irresponsabilidade tremenda, por não jogar avisos de gatilho na tela em momento algum, tampouco antes de alguns acontecimentos do game.

    Enquanto tenta nos aplacar por sua história, o game se exime da responsabilidade da qual ele deveria se ele deveria tomar. O incômodo da trama me vem não apelas pelo gênero do game, como também por ser apenas um espectador da história. Meio que sem ter como interagir profundamente com esta.

    Emio – The Smiling Man é o retorno da franquia, que apesar de ser diferente dos originais, é o mais próximo dos relançamentos dos games Famicom Detective Club: The Two-Case Collection, relançados para o Nintendo Switch.

    Mesmo sendo conciso, o game é irresponsável. E por sua falta de dinamicidade na história, ela se torna problemática.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    O game foi o terceiro da franquia a ser lançado para o Nintendo Switch no dia 29 de agosto.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #27 | ‘Pac Man’

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    Existem jogos que se tornam clássicos porque amamos, outros porque marcaram uma época e aqueles que literalmente são um marco deste entretenimento que nos passa por uma onda de emoções. No caso de ‘Pac Man‘ diversos destes elementos que compõem um clássico estão presentes, sendo muito querido e até os dias atuais mesmo que em outras plataformas ainda entrega muito entretenimento.

    O jogo foi desenvolvido pelo renomado Toru Iwatani, que posteriormente entregaria Pole Position outro jogo que marcou época, publicado pela Namco para o console Atari e posteriormente para diversas gerações de console a seguir e no aniversário de 30 anos do título em 2010 recebeu um Doodle permitindo jogar uma partida de Pac Man.

    Pac Man é também marcante por ser um dos primeiros jogos a ganhar uma linha de produtos massiva, teve muitas sequências em games, animações que surgiram desde a sua estreia na década de 80 e desdobrando-se em um grande universo próprio.

    ANÁLISE

    Pac Man

    Este jogo é uma daquelas raras exceções que, por exemplo, poderíamos incluir títulos como a franquia Mario Bros porque furam a bolha do universo de games alcançado não apenas joga, mas toca os corações de pessoas que não tem este hábito porém encontram a distração neste tipo de entretenimento e partindo deste princípio podemos considerar outro elemento que define um clássico ser capaz de ir além do seu público alvo.

    Pac Man poderia ser definido como aquele jogo que podemos classificar como o primórdio de uma era toda de games, mesmo que tenha seja visualmente muito simples existem algumas nuances que veríamos em outros títulos famosos da época.

    O conceito de Pac Man é alimentar o personagem título com as esferas do labirinto enquanto evita ser encontrado por quatro fantasmas que irão persegui-lo e caso seja pego o jogo acaba.

    O interessante e inovador fica por conta do comportamento dos fantasmas que se movem de forma coordenada para encurralar o Pac Man, algo que naquela década foi uma grande novidade e proporciona um desafio a quem jogasse. Os fantasmas são Blinky, Pinky, Inky e Clyde das cores vermelho, rosa, azul e laranja respectivamente, sendo o primeiro a perseguir diretamente o Pac Man, outros dois a cercá-lo e o último a um comportamento mais imprevisível.

    Outra inovação que é um recurso utilizado até os dias atuais é o conceito de power up, que no jogo da Namco permitia que por alguns momentos o jogador invertesse os papeis com os fantasmas, pudesse pegá-los e retornavam para o cerco que inicialmente ficavam. Diminuir os adversários no campo era importante para dar algum alívio momentâneo durante a coleta de esferas, além que tudo se torna muito divertido quando você começa a caçá-los.

    Algo que considero mágico em Pac Man é a sua capacidade de produzir entretenimento, atualmente com tantos jogos tecnologicamente muito avançados este termo é um bom tanto deixado de lado porque se preocupam tanto o quanto um título precisa ter uma quantidade de horas jogáveis, design, localização, jogabilidade e o sentimento que isso remete pela diversão que ele oferece parece soar como algo muito inferior em escala de importância.

    Ele não é com uma quantidade de fases muito grande, mesmo assim é possível se jogar por horas e se divertir pelas situações que você consegue sair ou não e elencar os games atuais esquecendo que acima de tudo ele deveria nos divertir é algo que seja um elemento futuro a não pensarmos neste geração com potenciais clássicos.

    VEREDITO

    Pac Man é um clássico completo, um jogo que mesmo após de décadas possui uma capacidade nos arrancar risadas e sorrisos com um conceito tão simples que se enraizou nos corações de gamers ou pessoas comuns desde sua chegada.

    Você pode conferir todos os games que marcaram época aqui no Jogo Véio.

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