O Homem-Aranha sempre foi um dos meus heróis favoritos na infância. Além da animação clássica dos anos 90, ver ele em tela e poder controlá-lo fez na época, minha cabeça explodir. Mesmo tendo jogado The Amazing Spider-Man vs. The Kingpin no Mega Drive nos anos 90, mergulhar na aventura 32-bits, Spider-Man da Neversoft surpreende ao nos lançar em direção à adversários conhecidos do Cabeça de Teia, com a engine de Tony Hawk’s Pro Skater.
Graças a limitação gráfica do game, a história se desenvolve de acordo com ela. Nos limitando em um primeiro momento ao topo dos prédios de uma Nova York tomada por um gás tóxico, o game brinca com as limitações, nos desafiando sempre.
Enfrentando o Escorpião, Rhino, Venom, Carnificina e até mesmo o Lagarto, encontrando diversos heróis pela jornada, vestimos trajes icônicos e usamos a habilidade do Teioso para descobrir quem está por trás do gás que tomou a cidade.
Este game do Homem-Aranha coça em mim algo muito pessoal, algo que só um jogo do Homem-Aranha é capaz de fazer comigo até hoje. Uma memória da infância dos momentos em que passei dias, talvez meses, em frente ao PlayStation e ao Mega, me lançando pelos prédios, escalando e lutando contra inimigos.
Algo louvável do game dos anos 2000 da Neversoft, é o fato do game rodar todo na engine do Tony Hawk’s Pro Skater, lançado um ano antes. Graças às limitações gráficas dos consoles na época, mapas não tão grandes não podiam ser renderizados ao mesmo tempo, então técnicas para esconder isso eram feitas.
Se olhássemos para uma direção ou para o chão, o mesmo tom, a mesma cor do “gás” que tomava a cidade podia ser visto.
Spider-Man é retrato de uma importante era do mundo dos games
Algo que pode ser notado apenas hoje, é a como o game envelheceu bem se comparados à outros games da mesma época, como o próprio Blade ou X-Men Legends II: Rise of Apocalypse, tendo o último sido lançado em 2005.
Com uma jogabilidade tão limitada quanto os gráficos, coletar teia para lutar e cura pelo mapa nos fazem ver o game como um retrato de sua época. Divertido, engraçado, desafiador e curioso, o game tem o teor e o humor que as aventuras que o Teioso pedem.
Funcionado como algo embrionário para grandes franquias do mundo dos games que dariam as caras hoje, Spider-Man foi um marco no desenvolvimento dos games da Activision, que mais tarde viria a publicar o brilhante “Ultimate Spider-Man” e também “Spider-Man: Shattered Dimensions”.
Pular de cabeça em Spider-Man é como retornar à infância. Mesmo que hoje o jogue a caminho do trabalho no R36S, me diverti lutando contra os icônicos vilões da galeria e mesmo me lembrando de puzzles, explorei o que pude, pegando colecionáveis e rindo ocasionalmente com os gráficos do game.
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A fotografia é uma técnica de captação de imagens realizado mediante a exposição luminosa em uma superfície sensível sendo a primeira câmera fotográfica sendo desenvolvida em 1839 e depois de um tempo a marca Kodak popularizou este processo com sua própria marca de câmeras. Um século e algumas décadas depois surgiram os games que nos levaram a diversas aventuras tendo como ferramentas espadas, lanças, escudos e todo tipo de arma até as mais improváveis como uma lanterna ou uma máquina fotográfica. O Jogo Véio dessa semana traz um clássico do terror nos games.
Há 24 anos atrás com os jogos de terror e sobrevivência ganhando muito destaque surgiu um novo título com uma proposta que pode ser considerada inovadora por não seguir os conceitos que estavam sendo uma fórmula de sucesso na época.
‘Fatal Frame‘ foi lançado para Playstation 2, desenvolvido pela Tecmo, sendo lançado no final do ano de 2001 e chegando no ano seguinte ao mercado estrangeiro e acabou se tornando um dos grandes jogos deste gênero.
Tendo origem nas experiências sobrenaturais de Makoto Shibata, um dos criadores do jogo, Fatal Frame acabou se tornando uma franquia com cinco jogos, um spin off e até uma adaptação cinematográfica lançada em 2014.
A história de Fatal Frame é dividida em suas partes começando com um prólogo sobre o aspirante a jornalista Mafuyu Hinasaki, que decide investigar a Mansão Himuro, pois diz-se que é mal assombrado, a fim de procurar o renomado novelista Junsei Takamine, que desaparece dentro da mansão. Levando consigo a Câmera Obscura, herança que possui da sua mãe, que é capaz de mostrar o que os olhos não podem ver, ele entra na mansão e acaba despertando a presença de espíritos malignos.
A história retoma com a irmã mais nova do jornalista Miku Hinasaki, que decide ir até a Mansão Himuro atrás do irmão. Adentrando a mansão Miku presencia os espíritos que estão lá, encontra a câmera obscura e decide ir mais fundo na mansão descobrindo sobre os sacrifícios e um horrível ritual que acaba dando errado matando todos presentes.
O cenário é o mais assustador e tudo o que você tem em mãos é uma câmera?
Fatal Frame é muito especial para mim a ponto de colocar ao lado de Silent Hill na minha lista pessoal como os melhores jogos de terror que já tive o prazer de conhecer. Isso devido ao fato de trazer uma experiência fora da curva do que outros jogos estavam fazendo, um terror que abordava a sua vulnerabilidade de não ter uma arma em mãos para colocar medo no seu coração.
Eu sou uma pessoa muito fã de filmes de terror e acho que o primeiro Fatal Frame é uma das primeiras experiências de jogo que se propõe a ser imersiva utilizando apenas uma câmera como uma barreira entre Miku e consequente nós em relação ao desconhecido que habita nessa mansão.
Mas a jogabilidade não se limitava a apenas apontar a câmera, pedir para o fantasma dizer “xis” e estava tudo resolvido era necessário encontrar o ângulo correto, o frame fatal, para que o disparo da câmera oculta realizasse o exorcismo perfeito caso o contrário era melhor sair o mais rápido daquela situação.
Além desse interessantíssimo confronto com fantasmas, existia todo um conteúdo de investigação para saber o que de fato aconteceu naquele local, algo que particularmente incentivou a minha cultura de sempre procurar pelos arquivos do jogo, fazer sua leitura e isso acaba enriquecendo de forma muito ampla a sua experiência como um todo.
Todos esses elementos de fato conseguiam causar um bom frio na espinha, principalmente com o clássico ritual de se aventurar em um jogo de terror no período da noite com as luzes apagadas. Obviamente mais de vinte anos após o lançamento isso não vai acabar ocorrendo, até pela questão da geração do lançamento mas acaba se tornando uma joia que vale muito a pena conhecer.
Por fim quando olho para o passado consigo ver claramente a razão de Fatal Frame ser um clássico dos jogos de terror porque literalmente ele nos desarma diante de uma situação de perigo tornando tudo muito mais interessante, assustador e absurdamente lindo.
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Cobra Kaicomeçou como uma websérie a ser distribuída para a versão premium do Youtube, buscando trazer para uma época mais atual o universo de Karate Kid um dos grandes clássicos da década de 80. Após a compra da Netflix e cinco temporadas a série chega ao fim de sua sexta última temporada exibindo seus episódios finais lançados no último dia 13 de fevereiro completando uma jornada narrativa iniciada em 2018.
O elenco traz os nomes conhecidos da franquia William Zabka e Ralph Macchio como os rivais de longa data Johnny Lawrence e Daniel Larusso, além da participação de diversos atores do passado incluindo Martin Kove (John Kreese) e Thomas Ian Griffith (Terry Silver).
Trazendo um novo fôlego para a história com os novos personagens acrescentados como Miguel Diaz (Xolo Maridueña), Samantha Larusso (Mary Mouser), Robby Keene (Tanner Buchanan) e Tory Nichols (Peyton Roi List).
O enredo da sexta temporada é sobre os preparativos para o torneio Seikai Taikai que vai ser disputado com a união dos dojos de Johnny Lawrence e Daniel Larusso que colhem os frutos da aliança que formaram, com seus alunos centrados e comprometidos para novos campeonatos.
Cobra Kai sofreu um pouco com alguns altos e baixos, inclusive nesta última temporada que teve 15 episódios divididos em duas partes tendo um começo que não me agradou por dar passos atrás em arcos de personagens que se mostravam bem resolvidos.
Por esse fato a sensação até chegarmos a fase do torneio, temos uma sensação de repetitividade tornando a experiência um tanto monótona até um encerramento bem chocante com a morte acidental do Kwon durante uma briga generalizada com todos os participantes do Sekai Taikai.
A última leva de episódios tem um salto de qualidade altamente surpreendente, como se o seriado retomasse a sua essência, mas com uma maturidade narrativa que se torna emocionante quando todas as jornadas dos personagens principais começam a encontrar seus desfechos.
Me impressionou muito como os últimos episódios de Cobra Kai não apenas retomam o que gostamos do seriado, como também da franquia de Karate Kid e isso resulta na adrenalina de ficar empolgado a cada reviravolta que acontece na trama. Essa temporada tecnicamente tem bons pontos como as cenas de ação que são muito bem produzidas e a direção de alguns episódios mesmo não utilizando de ideias mirabolantes entrega a emoção dos personagens.
A série encerra muito bem os seus ciclos como a relação conflituosa entre Daniel Larusso e a memória do senhor Miyagi que foi se construindo ao longo das temporadas, chegando ao ponto do melhor aprendiz do Miyagi do questionar a moral do seu mestre chegando a uma resolução que desperta muita curiosidade para conhecer mais sobre sua jornada.
Além dele outro que me chamou atenção foi John Kreese, um dos grandes vilões nos filmes e também no seriado, repensando sobre tudo que perdeu ao longo de sua trajetória seguindo os ensinamentos de Kim Sun Yung, fundando o Cobra Kai e sendo uma passagem negativa na vida de diversos alunos como o próprio Johnny até encontrar a sua redenção.
É muito interessante como essas relações entre os personagens são tão intensas nesta última temporada e poderia citar muitas outras. Porém, a relação entre Lawrence e Miguel se torna muito especial quando vemos ambos olhando para o passado, toda a luta que tiveram para chegar naquele estágio e como vencer acaba se tornando um mero detalhe diante de tudo que conquistaram.
Mesmo sendo uma série sobre karate é muito impressionante como consegue abranger outros temas, utilizando muito o próprio Johnny que se torna uma pessoa muito diferente do que conhecemos no episódios inicial, alguém que ressignificou as coisas que aprendeu e encontrou um outro caminho para reconstruir sua vida.
Como um todo Cobra Kai é uma excelente série que daqui alguns anos será algo prazeroso de revisitar, mesmo que em alguns momentos tenha oscilado, se tornando uma ótima obra que transporta o universo de Karate Kid para uma geração que não viveu os grande momentos desta época.
Nossa nota
4,5 / 5,0
Confira o trailer da série:
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‘Lost Records: Bloom & Rage‘ chegou no dia 18 de fevereiro para PC, PS5, Xbox Series S/X e você também pode aproveita-lo na PS Plus caso assine o serviço e o segundo capitulo chegara dia 15 de abril ainda em 2025. Esse game é dos desenvolvedores originais de Life is Strange, que hoje já não trabalham mais com a franquia e que atualmente o estúdio se chama Don’t Nod Entertainment.
Se você ainda não conheceLife is Strange, vale a pena jogar, mesmo em 2025. Essa série traz diversos jogos com boas tramas narrativas, muita criatividade e aventura.
Em todos os jogos da franquia, assim como em títulos semelhantes, a jogabilidade permite explorar o ambiente e escolher respostas e ações em determinados momentos, influenciando o desenvolvimento das histórias. Sendo assim, toda escolha pode mudar o rumo da trama — e, às vezes, não fazer nada
História de Lost Records até o momento…
Primeiramente, não darei spoilers neste review. Afinal, queremos que você aproveite ao máximo o jogo, do seu jeito. No entanto, comentarei um pouco sobre ele para quem está curioso sobre o que Lost Records pode proporcionar.
Swan é a protagonista que controlamos e cujas respostas e ações podemos escolher. Ao lado dela, há mais três protagonistas: Autumm, Nora e Kat. Cada uma delas tem sua própria importância na narrativa, e interagir com elas fortalece os laços de amizade dentro do jogo.
A história começa em 2022, 27 anos após o verão de 1995, quando as protagonistas se conheceram, tornaram-se melhores amigas e, ao enfrentarem um segredo misterioso, decidiram nunca mais se ver. No entanto, esse pacto muda quando uma caixa igualmente misteriosa é entregue a Autumm, endereçada ao grupo. Diante disso, ela decide reunir todas na cidade natal para relembrar o passado que juraram esquecer.
Esse é o ponto de partida do primeiro capítulo, que joguei duas vezes para testar diferentes possibilidades de escolha. Na minha primeira jogatina, ele durou cerca de sete horas, mas esse tempo pode variar de acordo com o ritmo de cada jogador. Claro, em uma segunda jogada, a duração tende a ser menor. Achei um tempo excelente para um capítulo inicial tão completo, já que conseguimos entender boa parte da trama, tanto no passado quanto no presente.
Gosto especialmente da ambientação nostálgica, com referências a bandas, fitas, jogos e músicas da época. Uma locadora de fitas VHS, por exemplo, é um dos cenários que reforçam esse clima retrô. Aliás, falando em VHS, esse é um elemento central na história, pois nossa protagonista possui uma câmera VHS, que se torna uma peça-chave para reviver o passado.
Nos jogos da Don’t Nod, o foco principal é a narrativa, e geralmente a mecânica central gira em torno de escolhas e exploração. Aqui não é diferente. A personagem pode caminhar pelo cenário, interagir com objetos e pessoas e até manipular itens encontrados, girando-os para observar detalhes ou fazer comentários. Além disso, podemos utilizar nossa filmadora para registrar momentos importantes da história, reorganizar as gravações e até excluir aquelas que não gostamos.
Durante os diálogos, podemos escolher respostas para Swan. Algumas conversas possuem um tempo limite para resposta, garantindo um ritmo mais dinâmico, enquanto outras permitem que o jogador reflita antes de decidir. Também há a possibilidade de observar o ambiente para desbloquear novas opções de diálogo. Além disso, as escolhas podem impactar o relacionamento com as personagens: um ícone de coração — inteiro ou partido — indica se determinada resposta agradou ou desagradou alguém. Inclusive, é possível que uma personagem se agrade enquanto outra se desagrade simultaneamente. No entanto, a história continua fluindo, e essas interações determinam o nível de amizade entre os personagens.
Os desenvolvedores destacaram que escolhas cruciais podem alterar o futuro do jogo. Nesse primeiro momento, essas decisões são representadas por um ícone de planta brotando, em vez do coração mencionado anteriormente. Ainda não joguei o segundo episódio, então não sei exatamente para onde minhas escolhas me levarão. Mas que estou ansiosa para descobrir, isso com certeza estou! Muitas decisões parecem impactar o rumo da história, e, em um jogo desse tipo, isso é mais do que bem-vindo.
Será que é para você?
Se você já gosta de jogos como Life is Strange e similares — eu mesma já joguei vários desse estilo —, Lost Records com certeza deve estar no seu radar. Vale muito a pena reservar um fim de semana para aproveitar essa experiência.
Se você nunca jogou nada desse gênero, por que não experimentar? Além disso, se gosta de séries como Paper Girls e Stranger Things, vai se sentir em casa, já que o jogo se inspira fortemente nesse universo. Assistir ao trailer e lembrar imediatamente de Paper Girls foi o que mais me empolgou para jogá-lo. Fiquei muito feliz ao saber que receberíamos uma chave para cobrir esse conteúdo e, inclusive, agradeço imensamente.
Outro ponto positivo é que o jogo conta com legendas em português do Brasil. A localização está excelente, o que o torna ainda mais acessível para diversos públicos.
O visual do jogo combina elementos de realismo com um toque de cartoon, trazendo cores vibrantes e cenários ricamente detalhados. Particularmente, achei essa escolha maravilhosa. O jogo é lindíssimo e não só apresenta uma estética que se encaixa perfeitamente na proposta, como também conta com uma trilha sonora envolvente, que intensifica a imersão em cada ambiente.
Tem algum ponto negativo?
Até o momento, acredito que só elogiei o jogo, mas há um ponto que pode desagradar alguns jogadores. Em certos momentos, você pode acabar perdendo algum trecho de diálogo, tendo que ler rapidamente ou até pausar para processar tudo o que foi dito.
Isso acontece porque, no canto superior esquerdo da tela, as personagens do presente comentam sobre os eventos que estão relembrando, enquanto jogamos no passado. Ao mesmo tempo, os diálogos dessa linha temporal aparecem na parte inferior da tela, e ainda podemos estar filmando algo ou escolhendo uma resposta dentro do tempo limite. Às vezes, também estamos explorando o cenário em busca de novas opções de diálogo.
Como o jogo tem um forte foco narrativo, é natural querer absorver cada detalhe da história. Esse é o único ponto que considero uma possível desvantagem, embora isso possa não ser um problema para todos os jogadores.
Obrigado, Don’t Nod!
Recebemos a chave para PlayStation 5 e, durante o tempo de jogo, até recebemos uma atualização, provavelmente para correção de bugs. No geral, o jogo rodou muito bem em 4K. Não tive problemas com glitches ou crashes, então acredito que a experiência está ótima para jogar.
Em meio a tantos jogos dos últimos anos que buscam um realismo sem alma, Lost Records se destaca com um design lindo, uma trilha sonora incrível e uma história envolvente e misteriosa.
O jogo prova que os desenvolvedores de Life is Strange não estão para brincadeira. Na verdade, eles se dedicaram bastante para criar uma nova IP que realmente vale a pena jogar.
A decisão de dividir o game em capítulos permite que o público tenha tempo para digerir a história, criar teorias, gerar hype e, claro, compartilhar suas experiências.
Precisa de uma pausa depois de tantos jogos desafiadores? Separe um fim de semana com pizza, refrigerante e embarque em uma viagem de volta a 1995 com Lost Records.
Nossa nota
4,5 / 5,0
Confira o trailer do game:
‘Lost Records: Bloom & Rage‘ chegou no dia 18 de fevereiro para PC, PS5, Xbox Series S/X.
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Em uma era em que RPGs de turno fizeram história, a Squaresoft – antes da fusão da empresa com a Enix -, brilhou ao desenvolver um RPG em tempo real que parece ter sido esquecido no tempo. Com uma fórmula e liberdade criativa, a Square e Yasumi Matsuno – criador de Final Fantasy Tactics e Tactics Ogre – desenvolveram Vagrant Story, um RPG com visão isométrica. Com uma história rica, combate estratégico e uma mecânica que tenta tirar o máximo da capacidade gráfica do PlayStation, somos lançados a história do game.
Ao contrário dos últimos lançamentos de Final Fantasy ao fim dos anos 90, nos quais a Square costumava utilizar cutscenes cinematográficas em CGI, neste título as cenas são renderizadas em tempo real com polígonos 3D. Os mesmos polígonos presentes no desenrolar do game.
Na época, acreditava-se que o game era único graças a seus gráficos que realmente tiravam o fôlego. É dito também que graças ao que o game exigia, mais da metade de sua história foi cortada para que coubesse na mídia, e a modelagem dos assets levaria mais tempo do que o desejado para o lançamento do game.
Ambientado no reino de Valendia, controlamos Ashley Riot, um agente de elite que vai até o reino de Leá Monde acompanhado por sua parceira Callo Merlose para entender a ligação do Duque com o culto e encontrar o filho que fora raptado pelo culto Mullenkamp. Em meio à uma tentativa de golpe de estado, somos lançados por uma história repleta de perigos vindos não apenas dos “revolucionários,” como também das criaturas corrompidas pela energia maligna que corrompeu a cidade.
Sendo necessário prestar atenção a todo tempo sobre o que nos rodeia, é necessário planejar e sempre pensar nos próximos passos. Com elementos táticos de RPG, e um quê de turnos, Ashley é obrigado a prestar atenção a todo o tempo por onde pisa. Ou inimigos podem dar fim ao seu progresso de uma vez por todas.
Tendo sido jogado por mim pouco tempo depois do game completar 25 anos, me senti imerso e proporcionalmente, incrédulo pelo fato da Square ter esquecido o game e nunca feito um remake/remaster desta aventura.
Com um enredo rico, como o da própria cidade de Leá Monde – que 25 anos antes do momento da história sofreu perdas irreparáveis graças a um terremoto -, Ashley e até mesmo dos vilões, Vagrant Story se faz divertido no que se propõe, mas causa incômodos por sua gameplay.
Com gráficos, texturas ricos em detalhes, mas outros nem tanto, é fácil confundir os personagens – pois se parecem muito.
Graças a uma variedade de equipamentos, habilidades e menus contextuais consumo de itens e combate, é possível escolher qual parte do corpo inimigo atacar. Seja na cabeça, torso, braços, pernas, e até mesmo nas asas ou cauda, é possível destruir inimigos da maneira que você quiser.
Com itens que favorecem nosso progresso e armadilhas mágicas espalhadas pelos níveis – algumas até mesmo de cura -, entendemos a riqueza de detalhes presentes neste game.
Religião e poder nunca devem se misturar
Um dos focos centrais do game é o impacto e o quão problemático é misturar poder com religião. Antes mesmo da nossa história começar, Ashley perde sua esposa Tia e seu filho Marco. Após o fatídico acontecimento, Ashley entra nas forças de pacificação da cidade e se torna um soldado de elite.
Após ser enviado para investigar a ligação do Duque Bardorba com o culto Mullenkamp. Ao chegar na cidade, descobre que o filho do Duque fora sequestrado e parte em busca do jovem.
Após ter ganho poder o suficiente para atuar dentro da cidade, Sydney – líder do culto – passa a conhecer seus segredos mais obscuros e se aproveitar da condição daquele reino fraturado pelo terremoto ocorrido 25 anos antes.
Conforme a história de Leá Monde se mistura com a de Ashley, Sydney e do Bispo da cidade, o game ganha profundidade e nos lança por uma das maiores aventuras já feitas pela Square e por Yasumi Matsuno. Ainda que hoje seus gráficos deixem a desejar se comparados a games mais recentes da desenvolvedora, Vagrant Story merece ser jogado e admirado pelo que ele é: um marco do mundo dos games.
Vagrant Story completou 25 anos de seu lançamento no dia 10 de fevereiro.
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O próximo capítulo do MCU é uma sequência de uma dos melhores seriados da fase voltada para os produtos de tv/streaming deste universo que já tem mais de uma década de existência. Capitão América: Admirável Mundo Novo (Captain America: Brave New World) é uma produção dirigida por Julius Onah, roteiro realizado por Malcom Spelmann e Dallan Musson.
O elenco tem o retorno de Antony Mackie como Sam Wilson, o novo Capitão América, Carl Lumbly como Isaiah Bradley e completando o elenco Danny Ramirez, Giancarlo Esposito e Shira Haas.
Substituindo o falecido William Hurt como Thunderbolt Ross foi escalado o renomado ator Harrison Ford que irá participar pela primeira vez em uma produção que adapta um personagem do universo de quadrinho.
A história de Capitão América: Admirável Mundo Novo irá dar continuidade à minissérie de televisão Falcão e o Soldado Invernal, com o herói assumindo uma responsabilidade muito maior diante de uma crise internacional iniciada após uma descoberta que mudará o mundo.
O mais novo capítulo do universo cinematográfico da Marvel não é um filme que poderia considerar como algo perfeito, mas acredito que irá satisfazer aquela parcela do seu público que não se preocupa tanto em caçar um milhão de easter eggs em cada frame da produção ou fazer um esforço homérico para justificar sua qualidade apenas por ser o seu filme de bonequinho favorito.
E partindo disso é importante começar pelo roteiro que é interessante como proposta, mas se perde em alguns pontos quando precisa conduzir a narrativa para algo muito mais complexo, provocativo, optando criativamente por se acanhar, caminhando para um espaço seguro com algumas obviedades e soluções que são muito convenientes tirando o peso do que se estabelece em um primeiro ato que é muito interessante.
O trabalho de direção não se torna um grande destaque, mas consegue conduzir a história com boas cenas de ação e quando o roteiro oferece bons diálogos consegue ressaltar o trabalho realizado pelos atores em cena.
Nos aspectos técnicos o que de fato ganha um brilho que torna a experiência cinematográfica muito agradável são as atuações do elenco liderado por Antony Mackie que mostra muita segurança em seu desempenho e uma química em tela muito agradável com Danny Ramirez formando uma dupla que gostaria de ver em muito mais produções.
Dificilmente iria deixar de mencionar o trabalho de Giancarlo Esposito e Harrison Ford com o eterno Indiana Jones mostrando que não é apenas um substituto de peso para suprir uma ausência que iria ser importante para esta produção acrescentando uma camada emocional muito sólida para o temido general Ross agora como um chefe de estado, uma posição que o coloca muito mais em evidência do que um membro de alto escalão militar.
Mesmo com essa oscilação é um filme que consegue ser divertido como um conjunto porque apesar de ter coisas que não agradam os pontos positivos se tornam uma grata compensação o que torna este filme uma produção muito honesta em relação ao que está se propondo a oferecer.
Após esta experiência passei a considerar Sam Wilson o Capitão América mais humanizado entre os três que já conhecemos nesta jornada gigantesca de produções porque ele consegue ir além do simbolismo que o Rogers alcança, inclusive importante ressaltar algo que o próprio desejava quando ele passou a compreender este papel que se mescla entre o heroísmo com política. Porém seu sucessor legítimo acaba alcançando um status de confiança que se torna uma versão muito melhor a respeito do que significa sua posição.
Admirável Mundo Novo é uma representação interessante de um aspecto do nosso mundo como essa bolha prestes a explodir, com um vazamento ininterrupto de violência e com a cereja do bolo um militar que o conceito de diálogo parece ser algo muito longe do seu alcance e isso se torna o cenário que a existência de uma pessoa que tenha como sua melhor qualidade de mediação é o diálogo imprescindível sendo algo muito inspirador ser um personagem negro ocupar essa posição.
Capitão América Admirável Mundo Novo é um filme que não gira em torno da perfeição técnica para cativar o seu interesse, mas consegue ser um bom filme pela sua ótima proposta traduzida através do excelente trabalho realizado pelo seu elenco e protagonista.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Capitão América: Admirável Mundo Novo pode ser assistido nos cinemas de todo Brasil a partir de hoje 13 de fevereiro de 2025. Confira o trailer do longa:
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