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    CRÍTICA: ‘The Thaumaturge’ tem história fantástica rica, com pés na realidade

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    Ambientado em um período histórico repleto de perigos, ‘The Thaumaturge‘ nos lança na Varsóvia em pleno início do Século XX. Com a Polônia ocupada pelo exército do Czar, seu povo precisa sobreviver apesar do exército que tenta de toda forma se aproveitar deles. Wiktor Szulski – portador de um dom considerados por muitos uma maldição -, nos lança por um RPG cujas nossas ações terão repercussões não apenas para nós, como para todos os personagens ao nosso redor.

    Lançados em um mundo repleto de violência, como um thaumaturge (ou taumaturgo), precisamos retornar à sua cidade natal após a morte de seu pai. Enquanto precisa encarar seu destino, Wiktor precisa controlar não apenas seu salutor, como outros que hão de surgir em seu caminho. Entidades fantasmagóricas repletas de poder, que se alimentam das Falhas de seus portadores.

    Enquanto mescla sua história com personagens fictícios e outros reais até demais. Ao passo que progredimos nos deparamos com histórias tenebrosas, jogadas de poder e uma violência sem igual. Tudo isso, enquanto pode culminar em um dos mais violentos conflitos armados da história.

    SINOPSE

    Wiktor Szulski é um taumaturgo, um mestre de artes místicas, que consegue espiar os corações e mentes alheias, descobrir as suas emoções, desejos e segredos mais profundos. No entanto, os seus poderes também contribuem para o seu orgulho, que lhe dá várias oportunidades ou leva a consequências negativas.

    ANÁLISE

    The Thaumaturge

    Desenvolvido pelo estúdio polonês Fool’s Theory, que também é responsável por The Witcher Remake – ainda sem data de lançamento. Publicado pelo também polonês 11 Bit Studios, o game se faz interessante em quase todas as suas escolhas narrativas. Mas não obstante, ele nos força a compreender como esta história e nossas escolhas podem definir o rumo de uma nação. E quem sabe, mudar os rumos da guerra.

    Com personagens reais mostrados aqui, como aquele envolvido em misticismo, como Grigori Rasputin, Nicolau II e muitos outros. Ambientado em 1905, acompanhamos um Wiktor perturbado por seu salutor, em busca de um “miraculoso” curandeiro. Quando seu caminho se cruza com o de Rasputin, sua jornada muda para sempre.

    Revelando “visões” sobre uma vindoura guerra, a morte de Francisco Ferdinando, mergulhamos em uma história rica em detalhes e uma trama bem singular.

    TEMÁTICA, MISTICISMO E GAMEPLAY

    The Thaumaturge

    Com uma temática que brilha quando o assunto é brincar com o paranormal, entendemos que não apenas os poloneses como também todos povos do mundo possuem algo em comum. Principalmente, quando o assunto é o sobrenatural. Após um longo período viajando pela Europa à procura de uma cura, Wiktor é chamado de volta à Polônia após a morte do seu pai, com quem já não se dava muito bem.

    Brincando sempre com o etéreo, somos lançados sempre em momentos que nos fariam questionar nossa sanidade. Para tal, isso acontece por diversas vezes ao longo do game. Nos forçando a optar por diversas linhas de diálogo, fica claro a todo o momento que nossas escolhas terão consequências.

    Chafurdando na antiga crença de taumaturgos que se cruza com a história de diversas religiões. Nos mostrando habilidosos e poderosos “milagreiros” do cristianismo, hinduísmo, islã, judaísmo e muitas outras crenças, é possível testemunhar que aqui, tudo deve ser levado em conta.

    Como um RPG isométrico, é justo dizer que muito aqui precisa ser considerado. Desde o combate em turnos, até como vemos o mundo – uma Polônia destruída pela ocupação e descaso do regente.

    Tendo sido ocupada por muitos povos e reinos ao longo dos séculos, vemos aqui uma vontade de resistir a qualquer empreitada. Em uma história que por fim, culminaria na “guerra para acabar com todas as guerras”.

    VEREDITO

    Com habilidades únicas ativas e passivas, nossos salutors nos garantem uma vantagem significativa em relação aos nossos adversários. Permitindo que usemos ataques sobrenaturais que garantem cura, foco e outros golpes além de socos e tiross de pistola. Forçando-nos a sempre estar de olho na barra de ação durante os combates, precisamos entender que temos ações limitadas, e golpes de oponentes podem se colocar entre nossa progressão e nossa morte.

    Prosseguir por uma história rica em detalhes vão além de acompanhar e ser um leitor passivo daquela trama. Assim como jogar vão além de abusar das habilidades de Wiktor de descobrir detalhes dos acontecimentos deste mundo.

    The Thaumaturge é sobre a violência sofrida por povos em época de guerra, sobre como a violência escala inescrupulosamente quando ninguém se coloca entre ela e o que é certo.

    Apesar de ser imersivo em quase tudo que se propõe, o game acaba por perder alguns jogadores por sua localização. Pois ainda que rica, se mantém repleta de minúcias claras de um recorte histórico.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    The Thaumaturge foi lançado em março de 2024 para PC e em dezembro foi lançado para PlayStation 5Xbox Series X/S.

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    REVIEW: Maono WM620 é microfone compacto perfeito para gravações e muito mais!

    A Maono não cansa de surpreender! Dessa vez, com um ótimo microfone de lapela capaz de surpreender por seu tamanho e qualidade – que são proporcionalmente inversas. Marcante por sua qualidade e o custo-benefício, o WM620 é compacto, possui uma case que proporciona uma experiência perfeita para entrevistas e produções de conteúdo.

    Agradeço a Maono antecipadamente pelo envio. E deixo claro que como todo conteúdo aqui no Feededigno, nossos textos são imparciais e apresentam apenas as impressões reais que tivemos.

    Nesses pouco mais de 7 anos de produção de conteúdo, produzimos conteúdos baseados em tecnologia aos montes. Ouso dizer que aqui, a Maono se distancia por sua flexibilidade, conforto e qualidade. Compacto, poderoso e eficaz, o WM620 mostra a que veio sem muita dificuldade.

    ANÁLISE

    A chegada de um microfone como o WM620 ao mercado traz consigo a praticidade necessária para produzir conteúdos em diferentes cenários. O microfone funciona bem em espaços lotados, como eventos e festas, ou em situações ao ar livre com muito vento.

    Além da já padrão função de cancelamento de ruído ambiental, o microfone de lapela possui nele outras funções que proporcionam uma gravação clara.

    Com cancelamento de ruído de 2 níveis, controle de ganho de até 4 passos. Outro ponto no qual o microfone mais se destaca, é a bateria. Com uma bateria interna que oferece até 6 horas de gravação e por mais 12 horas com o suporte da case. Consequentemente, ele oferece aos usuários uma gravação clara, seja utilizando o grampo de lapela ou o ímã. Nos presenteando com tudo que há de melhor no mundo tecnológico, o microfone oferece a praticidade e versatilidade de dois microfones em uma case robusta.

    MULTIFUNÇÃO, CUSTO-BENEFÍCIO E POTÊNCIA

    WM620

    Você pode prender o microfone tanto na lapela quanto em outras partes da roupa, e ele se comporta de maneira potente quando o comparamos a outros microfones USB tipo-C. À medida que aprendemos a utilizá-lo corretamente, conseguimos gravar em ambientes abertos e lotados, o que garante uma performance potente.

    Comportando-se de maneira robusta, mesmo diante de grandes missões, como cobertura de eventos e até mesmo diversão desenfreada, o WM620 se faz funcional tanto no Android como no iOS. Responsivo, este se mostra facilmente como um dos melhores microfones para celular do mercado.

    Com um custo-benefício absurdo em relação aos seus concorrentes, o WM620 se destaca em tudo que se propõe. Registrando uma taxa de amostragem de 48kHz, 16 bit de profundidade de Bit, e uma proporção de sinal de ruído de 100dB, fornece uma captação rica, tanto em agudos quanto graves. De maneira enriquecedora, o microfone da Maono oferece soluções extremamente positivas para gravações estouradas ou com muita poluição sonora.

    Com funções disponíveis apenas em produtos high-end, ouso dizer que aqui, a Maono entrega uma potência que se equipara aos produtos de linhas muito acima do mercado, com aquele preço. Capturando as sutilezas e as mudanças mais bruscas de vozes, este apresenta uma estrutura potente capaz de captar necessário para oferecer riqueza e clareza de som.

    VEREDITO

    O WM620 da Maono é uma excelente opção para quem busca qualidade e praticidade em gravações. Após meses de uso, mostrou-se eficiente em ambientes ruidosos e situações ao ar livre, entregando áudio cristalino com uma construção robusta e configurações intuitivas. Com excelente custo-benefício, é uma escolha confiável tanto para criadores de conteúdo quanto para profissionais.

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    A 2ª temporada de ‘Arcane’ garante a melhor animação de 2024

    O jogo League of Legends é um MOBA (multiplayer online battle arena) desenvolvido pela Riot Games com mais de uma década de existência que se estendeu para um modo competitivo e outros produtos incluindo a animação Arcane que foi um sucesso em 2021 o ano do lançamento de sua primeira temporada, na Netflix

    A segunda temporada de Arcane chegou em novembro de 2024, dividida em 3 atos lançados nos dias 9, 16 e 23 do mesmo mês sendo o encerramento de toda a história da animação lançada três anos atrás. 

    O elenco de vozes em inglês tem os retornos de Ella Purnell (Fallout), Haille Stenfield (Gavião Arqueiro) como as protagonistas Jinx e Vi, respectivamente; além da participação de Katie LeungKevin Alejandro, Ellen Thomas, Amira Vann e Harry Lloyd

    A dublagem para o nosso idioma é feita por Fernanda Bullara, Tatiane Keplmair, Carina Eiras, Fernando Mendonça, Fernanda Keller, Marilza Batista e André Rinaldi

    SINOPSE

    Arcane é uma animação original da Netflix que explora as histórias de origem dos personagens de Piltover e Zaun. A trama central envolve a tecnologia mágica conhecida como Hextec, capaz de conceder a qualquer pessoa o controle sobre energia mística. Essa descoberta, no entanto, desencadeia um desequilíbrio entre os reinos, alimentando tensões sociais e políticas. Ao longo dos episódios, a série revela o desenvolvimento dos personagens, apresentando tanto figuras já conhecidas quanto novas adições ao universo da franquia. 

    Em meio ao crescente conflito entre a próspera e utópica Piltover e o submundo decadente de Zaun, as irmãs Vi e Jinx  enfrentam dilemas pessoais e ideológicos. Enquanto convicções opostas e avanços tecnológicos moldam seus caminhos, a relação entre as duas se torna o cerne emocional da narrativa, destacando a luta entre lealdade, amor fraternal e escolhas que definem seu futuro.

    ANÁLISE

    Eu não sou um consumidor do jogo League of Legends, mas acredito que a experiência de assistir Arcane mesmo não estando profundamente imerso ao universo deste jogo é muito gratificante pela quantidade de camadas que estão inseridas em sua proposta narrativa. 

    A estética da animação continua tão linda quanto a anterior e utiliza música para a melhor ilustração de cada momento de forma tão brilhante quanto em sua temporada anterior; o que não me surpreende, porque são elementos artísticos que deram tão certo antes que dificilmente não iriam ser mantidos.

    Inclusive, é importante destacar como essa musicalidade é um elemento narrativo tão importante por ilustrar a intensidade do momento, colocar de forma implícita os sentimentos dos personagens em tela ou simplesmente tornar a mudança na maré de um conflito algo muito mais grandioso. 

    Esta segunda temporada continua o que conhecemos até aquele ponto da história, portanto começamos exatamente momentos após a conclusão da anterior com a destruição dos líderes de Piltover com o ataque de Jinx. 

    O início tem uma lentidão um pouco maior do que particularmente eu esperava, mas a partir do segundo episódio o ritmo ganha tanto no desenrolar da história quanto na intensidade dos diálogos que são realmente emocionantes. Além disso, é muito interessante como a narrativa não deixa coisas sem uma explicação concreta algo que é muito gratificante porque atualmente muitas produções que tem um tempo de episódios considerado muito curto não costuma entregar um produto que contemple tudo o que se propõe em relação à narrativa. 

    É interessante como essa história utiliza de forma tão brilhante a luta dos pobres contra as classes elitizadas, o abismo social que existe para proporcionar o conforto dos mais ricos e como utilizam a morada destas pessoas como o depósito de seus experimentos como no caso da tecnologia Hextec. 

    Mas Arcane não fica apenas neste ambiente narrativo porque através do recorte social se engloba outras narrativas como o romance entre Violet (Vi) e Caitlyn, a relação altamente volátil entre a primeira com sua irmã Jinx que passa a ser vista como uma heroína depois de seus atos e outras que se entrelaçam de forma tão fluída, divertida e emocionante. 

    Como citado anteriormente a série não deixa pontas soltas e tem um final que ganha contornos épicos  com um desfecho ambíguo  o que torna a reflexão sobre tudo o que acompanhamos muito interessante. 

    VEREDITO

    A segunda temporada de Arcane é uma das melhores experiências em animação que tivemos ao longo deste ano de 2024, com uma produção excelente e uma narrativa interessantíssima tanto para fãs de League of Legends como alguém que adora uma excelente história.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Lançamentos Netflix: Veja o que chega em dezembro

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    Dezembro já está chegando e nada melhor que ficar por dentro dos próximos lançamentos Netflix: Conheça os filmes, séries, documentários e animes que chegarão ao catálogo da gigante do streaming.

    Veja abaixo a lista completa com os lançamentos Netflix:

    SÉRIES

    Dia 4 – O Ultimato: Ou Casa ou Vaza – T1

    Será que a grama do vizinho é mesmo mais verde? Seis casais vão morar com novos parceiros e colocam essa teoria à prova em um experimento social revelador.

    Dia 5 – Black Doves – T1

    Ao descobrir que seu amante foi assassinado, uma espiã infiltrada sai em busca da verdade e de vingança com a ajuda de um amigo assassino.

    Dia 10 – Rugby: Vencer ou Morrer – T1

    Nas sombras do mundo do rugby coreano, sete times mergulham em uma batalha de força, estratégia e trabalho em equipe, tudo em busca do título.

    Dia 11 – Cem Anos de Solidão: Parte 1

    Na pacata cidade de Macondo, sete gerações da família Buendía vivem o amor, o esquecimento e a impossibilidade de fugir do passado e do próprio destino.

    Dia 11 – Queer Eye – T9

    Os Cinco Fabulosos recebem um novo membro e vão a Las Vegas para fazer transformações ainda mais incríveis.

    Dia 19 – Virgin River – T6

    Virgin River: Veja algumas curiosidades sobre a série da Netflix

    Entre novos começos, segredos revelados e muitas dúvidas, Mel e Jack se preparam para o casamento e descobrem mais um sobre o outro e sobre as pessoas que amam.

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    Dia 26 – Round 6 – T2

    O sucesso mundial está de volta! Com novos planos, Gi-hun desiste de ir embora para os Estados Unidos, e começa um novo capítulo com uma missão.

    FILMES

    Dia 6 – A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter

    As canções de Natal chegam com tudo no primeiro especial musical da estrela pop Sabrina Carpenter, com duetos inusitados e esquetes divertidas.

    Dia 6 – Virgem Maria

    Uma concepção milagrosa, um rei impiedoso e uma perseguição assassina. Esta história bíblica e épica retrata a corajosa jornada de Maria para trazer Jesus ao mundo.

    Dia 13 – Bagagem de Risco

    Um agente de segurança aérea é chantageado e acaba deixando um pacote perigoso entrar em um voo na véspera de Natal.

    Dia 20 – Batalhão 6888

    Durante a Segunda Guerra, um batalhão de mulheres negras do exército assume uma missão quase impossível neste drama de Tyler Perry baseado em uma história real.


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    CRÍTICA: ‘Alan Wake 2’ é jogo do ano moral com história e gameplay imersiva

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    Poucas vezes um game conseguiu me prender como Alan Wake 2 fez. Mergulhar na história de Saga Anderson, Alan Wake, Scratch e toda Bright Falls nos força atravessar um lugar em que toda a crença precisa ser deixada de lado, para aí sim, entender o mundo sem sentido do game. Em um mundo desafiado pela lógica, mortos ganham vida na mesa de necropsia e os terrores mais obscuros da alma passam a habitar o mundo conhecido.

    Com o retorno de Sam Lake na direção, Ikka Villi, Matthew Porreta na dublagem de Alan Wake, e a apresentação de Melanie Liburd, somos lançados em um game investigativo rico em detalhes, cujos perigos se escondem nos mais perversos pesadelos.

    Quando uma pessoa é assassinada por um culto no interior de Washington, uma dupla de agentes do FBI é enviada para investigar. No controle de Saga Anderson, nos deparamos em uma rede de intrigas e mistérios surgentes, entraremos em uma história com perigos que habitam muito mais do que a mente de um escritor enlutado.

    Depois de pensar que a Remedy não faria de novo após Control, ela arriscou-se ao alçar o sarrafo em um lugar impossível de alcançar novamente. Misturando gameplay e – sua marca registrada – filmes live-action, testemunhamos um dos maiores avanços técnicos da história dos games. Tendo merecido imensamente mais ganhar o The Game Awards em 2023, ouso dizer que aqui Alan Wake 2 é absurdo em tudo que se propõe.

    “Não é um círculo, é uma espiral.”

    SINOPSE

    13 anos após o desaparecimento do escritor best-seller de horror Alan Wake, uma onda de assassinatos ritualísticos assola a cidade de Bright Falls, Washington, e a agente do FBI Saga Anderson é designada para investigar os crimes.

    ANÁLISE

    Alan Wake 2

    Ambientado 13 anos após o fim do primeiro game, que ganhou um remaster em 2021, pudemos testemunhar os avanços significativos da indústria. Após Death Rally, Max Payne, Quantum Break e Control, testemunhamos um dos maiores amadurecimentos da indústria que um estúdio poderia ter.

    Riquíssimo em detalhes, Alan Wake 2 chegou em 2023 com o intuito de contar a continuação da história do escritor que ficou preso no Lugar Obscuro ao final do primeiro game. Com a apresentação de Saga Anderson como uma das personagens jogáveis, é possível notar como aqui, a Remedy se afastou da demo do game lançada pela Polygon em 2015 que era basicamente mais do mesmo – em relação ao primeiro game. (A demo pode ser assistida abaixo).

    Entendendo o amadurecimento da Remedy Entertainment como um todo e vendo o que foi feito aqui, fica claro que a desenvolvedora entendeu onde sua franquia de maior sucesso poderia chegar.

    Fazendo parte do universo compartilhado da Remedy, encontramos pistas de como estes mundo podem se conectar espalhados pelo mundo, mas não apenas assim. Com rostos conhecidos como Shawn Ashmore, Sam Lake – como Alex Casey no lugar obscuro como uma clara referência à Max Payne -, mas também referências à Jesse Faden, Death Rally e muito mais.

    PROCESSAMENTO, ELEMENTOS GRÁFICOS E GAMEPLAY

    Alan Wake 2

    Ao passo que entendemos a riqueza deste mundo e de seus mínimos detalhes, podemos ver que a Remedy brilha quando o assunto é processamento. Sair de ambientes compactos e carregando grandes áreas com o SSD permitem uma maior imersão no mundo, fazendo com que os jogadores estejam prontos para ação.

    Com texturas e uma capacidade de processamento absurda, o game faz com que este mundo seja rico em detalhes e por vezes, nos faz pensar que gameplay é na verdade cutscene. O que pra mim, é absurdo.

    Esta mistura de gameplay e cutscene fazem com que Alan Wake sejam mais do que pensamos em um primeiro momento. Ao se distanciar da engine engessada até mesmo do remake, temos aqui

    Alan Wake 2

    Com diferentes dinâmicas e habilidades entre os dois protagonistas, edições instantâneas estão entre as habilidades de Alan, e sua capacidade de mudar o mundo ao se redor tira muito proveito do processamento do SSD. Com mudanças feitas diante dos nossos olhos, podemos mudar o mundo, entrar na Sala do Escritor, e também avançar tranquilamente sem perda de frames ou qualquer peso no processamento.

    Já com Saga, seu Lugar Mental e suas dinâmicas a fazem ser uma das mais interessantes e talvez a melhor personagem dos games de 2023. Sendo multifacetada, sensível e forte ao mesmo tempo, o game da espaço para que compreendamos a profundidade da personagem, de Alan e de alguns outros.

    Alan Wake 2

    Com as luzes, lanternas e armas tendo um importante papel aqui, Alan Wake 2 se aproveita do que foi feito no passado para brilhar.

    Mergulhando de cabeça nos aspectos de puzzle, este se aproveita de dicas visuais, detalhes e áreas que normalmente não seriam solucionados apenas para enriquecer ainda mais este enredo.

    ENREDO, HISTÓRIA E MAIS

    Alan Wake 2

    Brincando muito com metalinguagem, é possível entender que Wake não é bem-vindo no Lugar Obscuro, mas talvez seja muito difícil sair de lá. Abordando 2 livros distintos nesta história – diferente do 1º, que abordava apenas um -, acompanhamos a história de Saga que começa a encontrar páginas do manuscrito de “Return” no mundo real. Enquanto no Lugar Obscuro Alan luta contra as páginas de “Initiation,” um livro que parece ter sido escrito por ele, mas que ele não possui qualquer memória de o ter escrito.

    Quando pessoas no mundo real começam a ser infectadas pelo Lugar Obscuro, Saga precisa tirar tudo em seu caminho a fim de progredir.

    Com arcos bem definidos, prólogo e fim bem longos, é difícil mensurar ao longo da gameplay em que momento o game acabará. Podendo alterar entre as jornadas de Alan e Saga, preciso dizer que a história de Wake é mais curta, mas não menos rica que a de Saga.

    Alan Wake 2

    É impossível perder algum elemento de cada uma das histórias, pois cada capítulo destas precisa ser encerrado antes de prosseguir para o fim.

    Com uma trilha sonora absurda e o retorno da fictícia “The Old Gods of Asgard”, temos um incrível número musical. A banda “Poets of the Fall” traz uma atmosfera às trilhas que foge por vezes do que é visto ao longo do game, o que é brilhante. Com uma espécie de metal melódico – que deveria ser na verdade um thrash metal -, acompanhamos detalhes inerentes à história de Wake e Saga que são contados em cada uma das trilhas.

    Com personagens cativantes, jornadas repletas de perigos hão de aparecer. Sendo relativamente fácil de prosseguir, os puzzles aqui tem um importante papel com fatores até limitadores.

    VEREDITO

    Alan Wake 2 possui uma história profunda que nos leva por um caminho repleto de questionamentos. Colocando em Saga o peso da protagonista que foi imposto a ela, precisamos avançar por sua jornada a fim de salvar alguém querido. Quando Wake a põe em rota de colisão com perigos conhecidos e outros inteiramente novos, ela e Alex Casey precisam mergulhar na história de Bright Falls, deles mesmos, enquanto Wake precisa fugir.

    Avançar em meio aos perigos que Scratch e o Lugar Obscuro insistem em lançar em nossa direção nos causam desconforto, sustos e um pavor por vezes horrendo (pelo menos nas primeiras 5 horas). Com jumpscares muito bem encaixados, a história tenta impedir nosso avanço nos mostrando o que se passa não apenas na mente de Wake, como também de Saga.

    Brincando com a mente dos protagonistas e a nossa, a Remedy faz com que este seja um dos maiores avanços narrativos e de gameplay. Feliz em tudo que se propõe, podemos avançar sem medo de ser feliz, ou melhor, de se assustar. Tudo isso em uma jornada narrativa profunda e repleta de mistérios.

    Alan Wake 2 merece ser jogado não apenas pelo burburinho, mas pelos seus próprios méritos. Agradeço à Epic Games por nos ter enviado o game para review. Em breve, nossas impressões em relação às DLCs do game serão lançadas aqui.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Alan Wake 2 está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC via Epic Games Store.

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    ‘Mr. Plankton’ faz risos serem lágrimas e reflexões

    K-dramas nunca se limitaram apenas ao romance, comédia ou de situações podemos considerar ser de um contexto muito fora da realidade, ganhando contornos muito profundos e emocionantes, como o caso da mais recente produção asiática a chegar aos streamings. Mr. Plankton é uma minissérie de 12 episódios escrita por Jo-Young, dirigida por Hong Jong Chan, tendo todos os seus episódios disponibilizados na Netflix em 8 de novembro.

    O elenco é formado pelos protagonistas Lee Yoo Mi (Strong Girl Nam Soon) e Woo Do Hwan (Cães de Caça) com as participações de Oh Jung Se, Him Hae Sook, Kim Min Seok, Jo Han Chul e Lee El.

    SINOPSE

    Em Mr.Plankton, um homem sem esperanças e sua ex-namorada partem em uma jornada em busca de uma última chance para a felicidade. No drama coreano, Hae-jo (Woo Do-hwan) sempre foi excluído e recebeu olhares tortos por ter crescido sem saber quem é seu pai de verdade e por sempre estar imerso em uma maré de azar. Um dia, ele descobre que sua saúde está muito debilitada e possui uma condição que pode matá-lo a qualquer momento e decide ir procurar a identidade do doador de esperma que seria seu pai biológico.

    Prestes a sair para sua jornada, sua ex-namorada Jae-mi (Lee You-mi) decide acompanhá-lo para fugir de seu casamento com o herdeiro de uma família tradicional. Eles entram em uma jornada de autodescoberta, se arriscando para aproveitar a vida de uma forma que nunca experenciaram antes e redescobrindo sua própria relação, depois de muito tempo afastados.

    ANÁLISE

    A experiência de assistir esse k-Drama me trouxe um sentimento misto, devido ao fato que apesar desta história ser descrita como uma comédia romântica e com certa razão porque existe a proporção de muitos momentos que podemos considerar muito engraçados, o que também ganha destaca são os momentos altamente dramáticos minuciosamente inseridos ao longo dos episódios. Mas dizer que é um “dramédia”, termo que ressalta muito mais este outro lado, também não seria algo que explicaria o gênero devido a ter uma sensibilidade de não centralizar mais nas coisas muito mais sérias e diminuir a intensidade com algo engraçado.

    Dito isso, eu acredito que Mr. Plankton é uma versão moderna de uma fórmula que estou acostumado desde a minha primeira experiência ao assistir o dorama, que consistia em ter esta mescla de forma tão homogênea porém em um modelo de produção muito mais moderno.

    Os aspectos técnicos se comunicam muito bem entre si evidenciando direção, roteiro e fotografia que se tornou um dos meus favoritos por dialogar com aquele aspecto mais abstrato do romance que cria um mundo apenas das pessoas que formam este casal.

    Estes aspectos se tornam muito mais completos quando pensamos também na atuação dos protagonistas que é excelente individualmente, mas olhando este trabalho em conjunto têm uma química muito interessante por ser caótica como é proposto pelo roteiro.

    Outro ponto que gosto é as sutis referências a comédias românticas, mas não fica apenas a este gênero como a um exterminador do futuro coreano que acrescenta um tom de divertimento a toda a perseguição ao casal principal. Eu acredito que esta obra como um todo é muito tocante por dialogar com amor de um ângulo que acabei concluindo ser muito diferente porque geralmente quando nos relacionamos existe a busca pelos pontos em comuns que vão desde os gostos até mesmos os objetivos que nos colocam a compartilhar um mundo com alguém e neste caso foi a sorte, mais especificamente a falta dela.

    Em um mundo real duas pessoas que têm o azar como o principal ponto em comum seriam se afastar, no caso de Hae Jo e Jae Mi após uma jornada de situações completamente inusitadas descobrem que é muito mais fácil ficarem juntos por acreditarem que duas pessoas azaradas ficarem juntas elas se protegem do infortúnio um do outro. Mas não estamos falando de um azar que é um dia de chuva no dia que você decide fazer um passeio ou qualquer outra coisa abstrata do gênero, mas de uma forma que se converte na crítica implícita do abandono parental, nas diferenças sociais ou sobre o que nos sujeitamos a fazer para ter uma vida um pouco mais digna que são coisas que se tornam muito mais fácil de compreender do que algo mágico.

    VEREDITO

    Com uma jornada muito linda e uma conclusão que é muito emocionante, considero Mr. Plankton uma das melhores produções coreanas para o formato de TV/streaming deste ano porque vamos de risos a importantes reflexões em uma produção que considero muito sólida.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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