CRÍTICA – Sunny (2020, Devir)

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CRÍTICA - Sunny (2020, Devir)

Sunny é um mangá seinen, do aclamado mangaká Taiyo Matsumoto que teve sua obra-prima Tekkon Kinkreet republicado pela editora Devir por meio de seu selo Tsuru (A coleção Tsuru, reúne os maiores mangakás do Japão).

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O mangá com gênero drama, publicado originalmente pela editora Shogakukan entre os anos 2010-2015, foi concluído em sei volumes. A edição nacional conta com três edições com o formato 16×24 cm, 424 páginas, capa cartonada e o mesmo formato das outras obras já publicadas da Coleção Tsuru.

A obra é, provavelmente, um dos trabalhos mais pessoais e comoventes de Matsumoto, que retrata a vida de um grupo de adolescentes órfãos, as suas inseguranças, revoltas e sentimentos de abandono. Os personagens desta história sonham e dão asas às suas imaginações dentro de um velho datsun (carro) cor mostarda, a que dão o nome de Sunny.

O otimismo inocente e a camaradagem dos garotos contrariam a melancolia subjacente à narrativa, refletindo a própria experiência pessoal do autor que cresceu em famílias de acolhimento.

O roteiro e arte ficam por conta do próprio Taiyo Matsumoto, o roteiro é bem dramático e desenvolve com excelência o arco de cada personagem que vive naquele orfanato – ou dos que estão chegando e tem que ser acostumar a viver naquele novo ambiente, que apesar de muitas vezes ser acolhedor pelos responsáveis, é o oposto com os garotos veteranos.

A arte que é maravilhosa, mas não é frenética como foi em Tekkon Kinkreet, aqui temos algo mais contido e delicado, mas que não perde a qualidade em momento algum (cada página é digna de ser emoldurada em um quadro, seja com algum personagem em cena, sozinho ou contemplando alguma paisagem).

Por fim, a obra do mangaká é um excelente drama, mas que tem doses moderadas de comédia e monstra muito bem o cotidiano da vida desses jovens que vivem em um orfanato no Japão, e que devido a cultura do país as pessoas apresentam uma frieza com os relacionamentos interpessoais sejam eles familiares ou desconhecidos.

Nossa nota

Vale lembrar que o mangá é exclusivo no Brasil e é o segundo trabalho do mangaká publicado no país o que abre mais chances para a Devir continuar publicando outros trabalhos do aclamado Taiyo Matsumoto.

Sunny, ganhou prêmios Great Graphic Novels em 2014, Harvey Awards, também em 2014, e o Angoulême International Comics em 2015 e 2017.

A edição da Devir faz parte da Coleção Tsuru, que reúne os maiores mangakás do Japão e Sunny é o sétimo volume a ser publicado, em 2020, entre eles:

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