CRÍTICA – La Casa de Papel (1ª temporada, 2017, Netflix)

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La Casa de Papel é uma série de televisão espanhola criada por Álex Pina para o canal Antena 3, da Espanha. Estreou em 2 de Maio de 2017 – originalmente em uma única temporada, que foi dividida na Netflix – e com o elenco principal formado por Álvaro Morte (Professor), Úrsula Corberó (Tóquio), Alba Flores (Nairóbi), Pedro Alonso (Berlim), Paco Tous (Moscou), Jaime Lorente (Denver), Miguel Herrán (Rio), Darko Peric (Helsinque), Roberto García (Oslo) e Itziar Ituño (inspetora Raquel Murillo).

Você provavelmente já tenha ouvido falar de La Casa de Papel ou certamente já tenha visto alguma referência da série, principalmente a famosa máscara de Salvador Dali. A série que virou febre está atualmente com 98% de aceitação no Google, 90% no Rotten Tomatoes e 8,8 no IMDb.

Precisamos começar dizendo que a série espanhola de drama criminal, La Casa de Papel, é incrivelmente tensa e deslumbrante. Todo episódio leva ao próximo, construindo o drama com personagens completamente distintos e um roteiro escrito de forma inteligente, igual ao plano de invadir a Casa da Moeda da Espanha, antes de um final de tirar o fôlego do espectador.

Alguns podem até achar que o idioma espanhol pode ser uma barreira e afastar os já acostumados ao áudio em inglês, porém nem o áudio original, nem a dublagem em português prejudicam a série, uma vez que esta é uma das melhores séries sobre crime lançados recentemente, especialmente com um final com cliffhanger para uma segunda temporada. Chegando a superar a excelente Manhunt: Unabomber, produzida pela Discovery Channel, estrelada por Paul BettanySam WorthingtonChris NottJane Lynch; e que também está disponível na Netflix.

A série espanhola é intensa, inteligente, envolvente e carismática. Desde seu primeiro episódio é difícil não se prender, La Casa de Papel com seus diferentes personagens consegue fazer a conexão com o espectador e despertar sentimentos que todo fã de série ama: personagem favorito, personagem odiado, personagem mais divertido, ansiedade/curiosidade pelo episódio seguinte. As apostas são altas, as relações são tensas e em questão de minutos, você realmente se importa com esses personagens.

O roteiro original possui algumas perguntas sem respostas, mas assim como o plano magistral para invadir a Casa da Moeda da Espanha é certo dizermos que tudo será respondido no momento oportuno. As atuações é um ponto alto da série, que sem grandes nomes do cinema e atores sem trabalhos expressivos, La Casa de Papel nos apresenta algumas atuações impecáveis, como por exemplo Álvaro Morte que dá vida ao misterioso Professor: um personagem inteligente, perspicaz, cheio de segredos e que fará de tudo para concluir seu complexo plano; do outro lado temos Itziar Ituño, que vive a inspetora Raquel Murillo: uma mulher vítima de violência doméstica, que tem seu trabalho por vezes questionado por uma polícia dominada por homens, mas que tem como força motriz sua personalidade forte e experiência em lidar de forma eficaz com os mais diversos tipos de criminosos.

Pode parecer fácil criar um pré-julgamento sobre La Casa de Papel com base em sua premissa já desgastada: um grande assalto, mas basta o primeiro episódio para fazer com que mudemos de ideia. É realmente difícil criticar a série de Álex Pina e cada parte está tão intrincada, tão bem escrita e divertida que, quando assistimos uma série como esta, ela merece ser aplaudida e reconhecida.

Avaliação: Excelente

Confira o trailer abaixo:


Lançada em 25 de Dezembro de 2017 no catálogo da Netflix, com 13 episódios sem títulos. Com o sucesso de La Casa de Papel a segunda temporada já tem data de estreia, e chega na gigante de streaming dia 6 de Abril de 2018.

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