CRÍTICA – Star Trek: Lower Decks (1ª temporada, 2020, Paramount+)

    Star Trek sempre foi responsável por um grande movimento científico em meio às obras da TV, assim como do cinema. E passou a definir o gênero de ficção-científica na TV dos anos 60, mesma década em que no Reino Unido, Doctor Who, outra série de ficção-científica foi lançada, mas lá, com cunho educativo. Star Trek ganhou inúmeros spin-offs para a TV e para o cinema; e em 2020, a franquia ganhou sua segunda série animada. Star Trek: Lower Decks conta a rotina dos tripulantes dos deques inferiores da nave USS Cerritos.

    A USS Cerritos é considerada por muitos uma nave menos importante da armada da Federação, não apenas por sua função – que é fazer o segundo contato com mundos que recentemente tiveram contato com a Federação.

    SINOPSE

    A série é ambientada nos conveses inferiores da USS Cerritos (NCC-75567), uma “nave irrelevante na Frota Estelar”, no ano de 2380. A missão da USS Cerritos é estabelecer o segundo contato com novas civilizações, o que inclui atividades burocráticas, protocolos e transporte de suprimentos. O título Lower Decks é uma referência ao Episódio 15 da sétima temporada de Star Trek: A Nova Geração, que tem o mesmo nome.

    ANÁLISE

    Lower Decks

    A animação conta a história dos alferes Mariner (Tawny Newsome), Boimler (Jack Quaid), Tendi (Noël Wells) e Rutherford (Eugene Cordero), além de suas relações com os outros integrantes da tripulação da Cerritos e suas missões de menor importância, mas que no fim acabam nos levando para um lugar muito pior do que onde o episódio teve início.

    Lower Decks surfa na onda de séries para o público young adults como Rick e Morty, Final Space, Bojack Horseman, Solar Opposites e Midnight Gospel.

    Com um visual que se assemelha muito às séries citadas anteriormente, Lower Decks destoa em relação ao universo das séries e do cinema, pois eleva a periculosidade da trama a níveis alarmantes e absurdos.

    Com 10 episódios em sua primeira temporada, Lower Decks nos leva por um universo conhecido, mas nos apresenta uma nave e uma tripulação inteiramente nova. Suas aventuras por novos planetas e raças conhecidas, nos fazem questionar a razão de nunca termos visto tais absurdos e cenas ácidas em outras séries.

    Ainda que alguns prefiram assistir animações dubladas, em determinado momento, isso faz sentido. E preciso dizer que a dublagem brasileira está incrível.

    A natureza da série animada é se distanciar e destacar o absurdo presente na trama do universo que não pôde ser apresentado anteriormente em outras séries.

    VEREDITO

    Ainda que Star Trek tenha sempre se destacado pela ciência de sua trama, Lower Decks se destaca pelas situações cada vez mais escabrosas que seus personagens que se envolvem, que ganham rapidamente escalas a níveis de destruição global.

    Com uma equipe de alferes alocada em diversos divisões da USS Cerritos, vemos aos poucos as atividades delegadas a cada uma das áreas de menos prestígio que ficam de fora do que foi visto anteriormente em outras interações. Aos poucos, os personagens que a princípio parecem perdidos fazem as pazes com o que eles podem vir a ser em um futuro não tão distante – tudo isso, enquanto faz referências à enorme franquia Star Trek em um universo que é carregado nas costas de um coala.

    As duas primeiras temporadas de Star Trek: Lower Decks estão disponíveis no Paramount+.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer:

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