Fernanda Montenegro: 9 filmes para comemorar os 90 anos da atriz

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Fernanda Montenegro: 9 filmes para comemorar os 90 anos da atriz

No mês em que comemora 90 anos de idade (16 de Outubro), Fernanda Montenegro, maior atriz brasileira de todos os tempos e única indicada ao Oscar, é homenageada pelo Feededigno com uma lista dos melhores filmes estrelados por ela para você assistir.

As produções vão desde Central do Brasil (1998), de Walter Salles, passando também pelo especial Casa de Areia (2005), de Andrucha Waddington; O Tempo e o Vento (2013), de Jayme Monjardim; entre outros, até O Beijo no Asfalto (2018), de Murilo Benício.

Confira abaixo a lista completa:

CENTRAL DO BRASIL (1998, Walter Salles)

CENTRAL DO BRASIL (1998, Walter Salles)Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil, estação de onde saem trens rumo à periferia do Rio de Janeiro. Uma de suas clientes é Ana (Soia Lira), que deseja escrever uma carta para o marido distante, acompanhada do filho, Josué (Vinícius de Oliveira). O menino sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Ao sair da estação, Ana morre em um acidente e deixa Josué abandonado. Mesmo a contragosto, Dora acaba acolhendo o garoto e envolvendo-se com ele. A partir daí, os dois começam uma jornada pelo interior do país à procura do pai desaparecido.

Vale lembrar que Central do Brasil também figurou outra lista publicada aqui no Feededigno, confira também:

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TRAIÇÃO (1998, Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique)

TRAIÇÃO (1998, Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique)A dor e o prazer da traição pela mente dramática de Nelson Rodrigues. Em três episódios, o filme é marcado por uma ironia cortante sobre o adultério. Em O Primeiro Pecado, Irene (Fernanda Torres) e Mário (Pedro Cardoso) se conhecem num ponto de ônibus. Mário descobre que ela é casada, mas ainda assim continua a vê-la. Isso até encontrá-la no apartamento de um amigo, onde uma inusitada revelação lhe é feita. No segundo, Diabólica, Geraldo (Daniel Dantas) anuncia seu casamento com Dagmar (Fernanda Torres), filha de um coronel. Na festa de noivado, ela chama a atenção o do noivo para a irmã, Alice (Ludmila Dayer), de apenas 13 anos. Com o passar do tempo, a “Lolita” Alice vai se tornando mulher e começa a seduzi-lo. Em Cachorro!, de José Henrique Fonseca, um marido traído (Alexandre Borges) surpreende a mulher (Drica Moraes) e o amante – seu melhor amigo – num quarto de hotel.

O AUTO DA COMPADECIDA (2000, Guel Arraes)

O AUTO DA COMPADECIDA (2000, Guel Arraes)Com um elenco estelar composto por Matheus Nachtergaele, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Marco Nanini, Lima Duarte, Diogo Vilela, Denise Fraga, Paulo Goulart, Rogério Cardoso, Luiz Melo, dentre outros; o filme de estreia de Guel Arraes na direção é baseado na peça homônima do dramaturgo pernambucano Ariano Suassuna. O longa-metragem levou aos cinemas mais de dois milhões de pessoas, constituindo-se em um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema brasileiro na década de seu lançamento.

A história é centrada na dupla João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira que se valem da esperteza de Grilo para sobreviver na dura vida no sertão. A dupla provoca muitas confusões, enganando ricos e poderosos. Como pano de fundo, uma severa crítica às relações díspares entre as camadas sociais, marca registrada das peças de Suassuna.

Obviamente que O Auto da Compadecida também figurou a lista citada anteriormente.



O OUTRO LADO DA RUA (2004, Marcos Bernstein)

O OUTRO LADO DA RUA (2004, Marcos Bernstein)

A aposentada Regina (Fernanda Montenegro) faz parte de um grupo que se dedica a denunciar pequenos delitos ocorridos em Copacabana (RJ). Numa noite, ao observar pelo binóculo o prédio em frente ao seu, testemunha o ex-juiz Camargo (Raul Cortez) aplicando uma injeção letal na esposa. Certa de ter presenciado um assassinato, chama os policiais, mas o óbito é considerado morte natural. Desmoralizada, ela decide investigar por conta própria o caso, mas acaba se apaixonando pelo suspeito. Ela passa, então, a temer que seus segredos atrapalhem a relação.

CASA DE AREIA (2005, Andrucha Waddington)

CASA DE AREIA (2005, Andrucha Waddington)O português Vasco (Ruy Guerra) leva a mulher grávida, Áurea (Fernanda Torres), e a mãe dela, Dona Maria (Fernanda Montenegro), em busca de um sonho: viver nas terras prósperas, recentemente compradas por ele. O sonho se transforma em pesadelo quando, após uma longa e cansativa viagem junto a uma caravana, o trio descobre que as terras estão em um lugar totalmente inóspito, rodeado de areia por todos os lados e sem nenhum indício de civilização por perto. Áurea quer retornar ao lugar de onde vieram, mas Vasco insiste em ficar e constrói uma casa de madeira para que lá possam viver. Depois de serem abandonados pela caravana, Vasco morre e deixa Áurea e Dona Maria sozinhas no local. Aos partirem em busca de ajuda, elas encontram Massu (Seu Jorge), um homem que nunca deixou o local. Massu passa a ajudá-las, levando comida e sal para que Áurea e Dona Maria possam sobreviver na casa recém-construída.

A DAMA DO ESTÁCIO (2012, Eduardo Ades)

A DAMA DO ESTÁCIO (2012, Eduardo Ades)Leon Hirszman dirigiu A Falecida (1965), uma adaptação da obra homônima de Nelson Rodrigues. O filme estrelado por Paulo Gracindo, Ivan Cândido e José Wilker marcou a estreia cinematográfica de Fernanda Montenegro. Quase cinco décadas após seu lançamento, a atriz volta a interpretar Zulmira, uma garota de programa obcecada pela própria morte, no primeiro curta-metragem de Eduardo Ades. Nessa continuação do clássico da década de 1960, a protagonista, já distante da juventude do primeiro ato, continua com a ideia fixa de que está em seus últimos dias. A neurose com o fim de sua existência toma conta de seu pensamento, e ela decide garantir o caixão para seu futuro enterro. Para isso, ela vai mexer com os sentimentos de Tibira (Nelson Xavier), homem apaixonado pela garota de programa.



O TEMPO E O VENTO (2013, Jayme Monjardim)

O TEMPO E O VENTO (2013, Jayme Monjardim)O Rio Grande do Sul do fim do século 19 é o palco para esse drama histórico que traça, por mais de 100 anos, um painel da formação social e política da região. Bibiana Terra (Fernanda Montenegro, já na terceira idade, e Marjorie Estiano, quando nova) é a ente mais velha de sua genealogia e narradora dessa trama. A personagem contextualiza o centenário confronto entre as famílias Amaral, republicana, e a Terra-Cambará, federalista, na cidade de Santa Fé. Após mais uma investida armada da primeira, a segunda tem seu sobrado invadido e se vê obrigada a se defender com as poucas armas à disposição. A vigília permanece por dias, mas a comida logo começa a faltar e a matriarca, idosa e enferma, recebe a visita do falecido marido, o capitão Rodrigo (Thiago Lacerda). Juntos, eles resgatam a trajetória do conflito e do amor separado pela morte.

INFÂNCIA (2015, Domingos Oliveira)

INFÂNCIA (2015, Domingos Oliveira)A trama passeia por acontecimentos entrelaçados em um dia comum na família da matriarca conservadora Dona Mocinha (Fernanda Montenegro). Após a morte de seu marido, ela vive saudosa e controla de perto a vida dos filhos, Conceição (Priscilla Rozembaum) e Orlando (Ricardo Kosovski), e do genro, Orlando (Paulo Betti), mantendo relacionamentos paradoxais cujo medo de ficar sozinha e o tratamento ríspido caminham juntos. Alheio às brigas e traições que ocorrem dentro da casa, o jovem Rodriguinho (Raul Guaraná) – alter ego de Domingos Oliveira – vive isolado do mundo exterior devido à superproteção, enquanto convive com dificuldades de lidar com seus parentes.

O BEIJO NO ASFALTO (2018, Murilo Benício)

O BEIJO NO ASFALTO (2018, Murilo Benício)Arandir (Lázaro Ramos) presencia o atropelamento de um desconhecido em uma conturbada tarde no centro do Rio de Janeiro e tenta ajudar o rapaz. A vítima dá seus últimos suspiros depois de ter sido atingido por um ônibus e, como um desejo final, pede-lhe um beijo. Amado Ribeiro (Otavio Müller), repórter sensacionalista de um periódico local, presencia o afago derradeiro e leva a história ao corrupto delegado Cunha (Augusto Madeira). Juntos, enxergam a oportunidade de garantir uma manchete vendável para o jornal e notoriedade para o policial de baixa reputação. O ato nobre do protagonista, no entanto, ganha contornos trágicos quando as notícias o acusam de pederastia, adultério – seu casamento com Selminha (Débora Falabella) começa a ruir – e até assassinato em um cenário conservador da década de 1960 pouco antes do golpe militar.



E aí, o que achou da nossa pequena homenagem para a grande Fernanda Montenegro? Tem algum outro filme da atriz que merecia estar na lista? Deixe seus comentários e lembre-se de compartilhar com seus amigos.

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