CRÍTICA – Birth/Rebirth (2023, Laura Moss)

    Birth/Rebirth é um suspense que estreou no Festival de Sundance 2023 na sessão Midnight. O longa é dirigido por Laura Moss, que também co-escreveu o roteiro ao lado de Brendan J. O’Brien; no elenco estão Marin Ireland, Judy Reyes e A. J. Lister

    SINOPSE

    Rose (Marin Ireland) é uma patologista que prefere trabalhar com cadáveres à interação social. Ela também tem uma obsessão – a reanimação dos mortos. Celie (Judy Reyes) é uma enfermeira da maternidade que construiu sua vida em torno de sua filha de 6 anos, Lila (A. J. Lister). Um dia infeliz, seus mundos colidem. As duas mulheres e a jovem embarcam em um caminho sombrio sem volta, onde serão forçadas a confrontar o quão longe estão dispostas a ir para proteger o que mais amam.

    ANÁLISE

    A história de Frankenstein já foi contada inúmeras vezes no cinema e de diferentes maneiras, por isso pode soar até um pouco repetitivo quando um filme resolve aproveitar novamente a premissa da autora Mary Shelley. Felizmente, Birth/Rebirth compreende essa limitação e por isso acrescenta um tema pertinente a sua narrativa: maternidade. 

    A diretora e roteirista Laura Moss cria uma trama tensa que foca principalmente em dar profundidade a seus personagens principais. O caminho de ambas se cruzam quando Lila falece repentinamente e na tentativa de manter a menina viva, Rose e Celie desenvolvem uma estranha relação de amparo. Apesar das cenas gore e do suspense crescente, o filme pouco busca recursos no terror, sendo mais um estudo de personagem que explora duas mulheres em contato com a maternidade. 

    Tanto Celie, como Rose experienciam de formas diferentes o que é ser mãe, Celie de forma mais carinhosa deseja cuidar de sua filha, enquanto Rose vê na menina uma chance de continuar seus experimentos. Dessa forma, o longa busca sua base na ciência, deixando evidente que o renascimento de Lila é uma obra da medicina, o que coloca Celie e Rose numa corrida para achar os recursos necessários para manter a menina viva. 

    Ainda assim, o Birth/Rebirth demora para ficar interessante e em outros momentos é até mesmo cansativo, isso se deve pelo fato do longa querer muito emular uma Frankenstein com ares modernos. Em contrapartida, o filme tem cenas de arrepiar, como uma placenta sendo arrancada de um corpo ou os grunhidos de Lila após ressuscitar. É uma releitura distorcida e bastante ácida, diga-se de passagem, mas simplório e bem menos do que poderia ser. 

    VEREDITO

    Birth/Rebirth vale muito por seus personagens principais; Celie e Rose são totalmente opostas, mas encontram uma ligação inusitada. Além disso, a aposta do gore traz um incentivo ao filme que por vezes pode ser um pouco arrastado.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

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