CRÍTICA – It: A Coisa (2017, Andrés Muschietti)

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It: A Coisa é um dos lançamentos mais aguardados deste ano. E não é por acaso, o marketing pesado do filme de terror reforça o investimento alto dos estúdios Warner de trazer de volta às telas um clássico de Stephen King. Desde 1990, quando o primeiro filme foi lançado, a indústria cinematográfica se renovou por completo, desde os efeitos computadorizados refinados ao consumo de filmes por streaming. Tudo está diferente. E It: A Coisa faz bom proveito de todas as oportunidades que lhe são oferecidas. O roteiro é aprimorado. Os efeitos são realistas. Tudo converge num filme que atende aos fãs do clássico e aos novatos dessa geração.

O diretor Andrés Muschietti (Mama, 2013) fez um trabalho delicado de repaginar o terror clássico de Stephen King com atuações impecáveis de jovens atores. No elenco, vemos alguns rostos conhecidos, como Bill Skarsgård (Hemlock Grove, 2013-2015), que interpreta o palhaço PennywiseJaeden Lieberher (Sob o Mesmo Céu, 2015) e Finn Wolfhard (Stranger Things, 2016-atualmente). Todos são muito novos no cinema e TV porque são adolescentes, pré-adolescentes e crianças. E isso faz parte da premissa de It: A Coisa, que transforma o pavor psicológico natural das pessoas por palhaços em um filme de terror, só que com foco nos jovens. Eles são as vítimas aqui.

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No longa, Pennywise é um palhaço assassino responsável pelo desaparecimento dos habitantes de Derry, no Maine (EUA), de tempos em tempos. Dessa vez, o desaparecimento do pequeno Georgie durante uma brincadeira, com seu barco de papel, na chuva dá início a uma série de assassinatos e de uma busca por respostas pelo seu irmão Bill, interpretado por Jaeden. Ele começa a juntar as peças com os seus amigos da escola, que descobrem pouco a pouco que o desaparecimento de Georgie no sistema de esgoto da cidade não foi um acidente. E conforme eles vão buscando respostas sobre os desaparecimentos e casualidades que vão ocorrendo, eles precisam ficar unidos para que ninguém do grupo entre nas estatísticas. O “Clube dos Otários” da escola não só precisa enfrentar o terror causado por Pennywise e suas transfigurações, mas também terrores cotidianos muito bem desenvolvidos e explorados ao longo do filme, assuntos delicados tais como abuso sexual, violência doméstica, racismo, dentre outros. Na conjuntura, todos os personagens principais necessitam fugir de seus problemas particulares e de um obstáculo em comum.

It: A Coisa é um filme de terror necessário. Num momento em que o mestre Stephen King está em alta, com livros adaptados para o cinema (Torre Negra) e série na Netflix (O Nevoeiro), It se consagra por restaurar um clássico que definiu padrões e que serviu de inspiração para dezenas de outros filmes e séries que não necessariamente fazem parte do mesmo gênero. O grupo de crianças que vão de bicicleta em busca por respostas e sem medo enfrentar o perigo podem te fazer lembrar da recente Stranger Things, mas lembre-se que a série é um grande compilado de referências às obras de King.

Avaliação: Ótimo

Confira abaixo o trailer de It: A Coisa.

It: A Coisa chega amanhã aos cinemas! Fique ligado aqui no Feededigno para mais novidades do cinema e lembre-se de nos acompanhar também nas principais redes sociais:

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