Franquias que fazem 20 anos em 2020 e marcaram época

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Não há dúvidas que o final do século XX foi importante para o cinema que conhecemos hoje. Filmes como Matrix (1999), Star Wars – A Ameaça Fantasma (1999) e A Bruxa de Blair (1999) redefiniram o modo de fazer filmes em Hollywood se tornando franquias de sucesso.

Nos anos seguintes, diversos estúdios foram na onda dos efeitos especiais, construíram franquias para seus filmes e apostaram em marketing através da internet.

Graças a essas grandes produções que fecharam o século passado com chave de ouro, o novo milênio começou com grandes expectativas para o cinema.

Em 2000, o mundo assistia o nascimento das novas tecnologias que mudariam a realidade que até então era conhecida. As redes sociais viriam nos próximos anos, assim como o 3D e a globalização levaria todas a cultura cinematográfica para a casa das pessoas.

Durante os anos 2000, talvez você se lembre de ir à locadora para alugar alguns filmes ou esperar acordado até tarde para ver na TV aquele filme inédito. Nessa época não houve criança ou adolescente que não tenha assistido ao filme que deu origem aos super-heróis nas telonas, X-Men (2000); a comédia que satiriza todos os outros filmes, Todo Mundo em Pânico (2000) e o filme de suspense/terror que se tornou sensação entre os jovens, Premonição (2000), franquias de sucesso até hoje.

Em 2020, eles completaram 20 anos e vivem nos corações nos nostálgicos. Além de ser relembrado pelos fãs, recentemente a atriz Anna Faris de Todo Mundo em Pânico, o ator Hugh Jackman de X-Men e o ator Devon Sawa de Premonição comemoram o aniversário de suas sagas nas redes sociais.

Como relembrar é viver, entenda um a um, a importância desses primeiros filmes de franquias para o futuro do cinema e, porque continuam relevante.

Todo Mundo em Pânico, das referências às sátiras

É impossível falar de Todo Mundo em Pânico e não lembrar das maravilhosas cenas de referências a filmes que fizeram sucesso na época.

O filme se tornou facilmente um ícone pop ao trazer um pouco de Pânico (1996), Eu sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997), Matrix, A Bruxa de Blair, O Sexto Sentido (1999) e outras obras.

Todo Mundo em Pânico aposta na globalização para que o público entenda suas piadas, presumindo que você já tenha assistido a todos os filmes que ele satiriza ou pelo menos já tenha visto aquela trama um milhão de vezes.

Isso porque, o filme leva ao humor escrachado todos os clichês do gênero de terror. Essa jogada é simplesmente incrível para um filme que não se compromete em nada, mas que acaba por fazer uma crítica às fórmulas de Hollywood.

A história é uma mistura de Pânico e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado. Na trama, Cindy (Anna Faris) e seus amigos do colegial são perseguidos por um assassino que sabe que os jovens cometeram um crime no passado.

Com toques de suspense, mas sem nenhum drama, Todo Mundo em Pânico vai fundo na comédia sem sentido. Tornando memorável, cenas como Ghostface “brisado” e a luta final estilo Matrix.

Todo Mundo em Pânico estreou no dia 7 de Julho de 2000 nos cinemas norte-americanos, custando US $ 19 mi e arrecadando US $ 42,5 mi no seu primeiro final de semana.

Apesar dos bons números, o filme dividiu a opinião dos críticos, mas convenceu o público de que nem todo filme deve ser levado a sério.

A série teve ainda mais quatro filmes. Reassistir a Cindy e seus amigos em 2020 pode ser uma tarefa difícil. Por muitas vezes, o filme é preconceituoso e suas referências podem não funcionar para a geração atual. Mas, se de alguma forma você conseguir relevar isso, vai encontrar um filme que faz piada porque entende suas próprias limitações e absurdos. 

X-Men e o renascimento dos super-heróis

Quem vê as superproduções do Universo Cinematográfico Marvel hoje em dia, talvez não faça nem ideia que foi X-Men – O Filme o responsável por trazer aos cinemas a glória dos super-heróis.

Em 2000, os mascarados tinham sumido das telas, seja pelo alto custo de produção ou pela falta de interesse do público. Mas, o que não era bem-visto pelos estúdios continuava a atrair os jovens que acompanhavam quadrinhos e série animadas de super-heróis.  

Falar com uma geração sempre foi importante para o cinema, porém, era preciso ir além dos jovens e cativar os adultos que não compravam histórias de super-heróis. O diretor Bryan Singer tinha a resposta, em 2000 ele levou para Hollywood uma das equipes mais famosas dos quadrinhos e fazendo relação com discussões atuais conseguiu criar uma nova legião de fãs dos X-Men

Assim, o gênero de super-heróis ressuscitava. Mas, X-Men foi além de querer ser apenas um filme com mocinhos e bandidos, ao longo da trama, é construída uma história consistente e profunda.

Se de um lado, os X-Men do Professor Xavier (Patrick Stewart) que buscam uma relação pacífica com os humanos normais, do outro, Magneto (Ian McKellen) e a Irmandade dos Mutantes que veem sua espécie como superior. 

Com tantos personagens incríveis em tela, existe uma ideia central que se desenvolve sem precisar de grandes explicações.

O tema preconceito permeia o filme inteiro de forma a fazer o público refletir, já que em 2000, assuntos como homofobia e racismo começavam a sair de baixo do tapete.

O longa estreou em 14 de Julho nos Estados Unidos custando US $ 75 mi e arrecadando US $ 60 mi no primeiro final de semana. A crítica, assim como o público, amou o filme considerando-o fiel aos quadrinhos e cheio de ação. X-Men – O Filme abriu as portas para a Marvel nos cinemas e construiu um legado ainda maior na cultura pop com seus 12 filmes seguintes, consolidando os mutantes da Marvel como uma das maiores franquias de todos os tempos.

Atualmente, assistir X-Men de 2000 é um nostalgia bem-vinda, os efeitos visuais e as lutas obviamente ficaram ultrapassadas. Contudo, é um filme que diverte e ainda encanta. 

Premonição: um filme B com orçamento

Filmes de terror continuam sendo a sensação entre os jovens. Em 2000 não foi diferente, porém, o mais do mesmo já não funcionava mais. Era preciso algo original para levar os adolescentes aos cinemas.

O roteirista e diretor, James Wong tinha a proposta: recuperou um roteiro perdido de Arquivo X (sim, o moço também escrevia para a série) sobre a própria morte caçando pessoas, se tornando uma das franquias mais longevas dessa geração de filmes. Premonição foi visto como inovador e inteligente no meio de tantos filmes do gênero.

Imagine, você tem uma pré-visão de algo que está prestes a acontecer e o pior de tudo, este acontecimento é a sua morte. Não demorou muito para o longa de tornar um sucesso, afinal a morte por si só não é um assassino com o qual você luta ou um fantasma que você expulsa. Quando a morte quer, meu amigo, ela te encontra.

O filme parte desse pressuposto, na história, Alex (Devon Sawa) é um rapaz de 17 anos que vai viajar para a França com sua turma. Antes de embarcar no avião, ele percebe vários avisos da insegurança do transporte. Ao alcançar voo o avião sofre uma pane e cai com todos os passageiros. Para a sorte de Alex, ele acorda e percebe que teve uma premonição do acidente. A partir dali, alguns adolescentes e uma professora saem do avião com Alex.

O filme de fato começa, com a morte caçando os personagens um a um das formas mais mirabolantes possíveis. Algumas cenas, como o avião caindo e a morte agindo ainda são bem feitas e interessantes, o que torna o filme totalmente B são as atuações que não convencem e alguns furos de roteiro. 

Diálogos toscos e subtramas poderiam ter tornado o filme esquecível. Mas, o uso bem apropriado da tensão foi um sucesso para o orçamento de US $ 23 mi. Os críticos não gostaram do longa que caiu no gosto popular e garantiu mais cinco filmes. Assistir Premonição depois de 20 anos é ainda satisfatório, mas é preciso relevar algumas incongruências.

De fato, os anos 2000 deixou sua marca no cinema e nos jovens adultos que lembram com carinho dessas obras. E para você, quais franquias mais marcaram suas vidas? Comentem!

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