TBT #52 | Duro de Matar (1988, John McTiernan)

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TBT #52 | Duro de Matar (1988, John McTiernan)

Duro de Matar (Die Hard) é um filme de ação americano de 1988, dirigido por John McTiernan e estrelado por Bruce Willis. Teve quatro sequências: Duro de Matar 2 (1990), Duro de Matar – A Vingança (1995), Duro de Matar 4.0 (2007) e Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer (2013).

O longa de McTiernan é baseado em um romance de 1970 do escritor Roderick Thorp intitulado Nothing Lasts Forever. E se você é fã da série Brooklyn Nine-Nine, você certamente sabe que esse é o filme favorito do detetive Jake Peralta (Andy Samberg) e praticamente já conhece esse filme, graças as referências de Jake.

Se você for à Los Angeles, vá até Century City. Especificamente, na 2121 Avenue Of The Stars, onde você encontrará um prédio de aço e vidro marrom que se ergue a cerca de 150 metros. E se você perguntar a qualquer fãs de cinema do mundo, certamente dirão que este é o Nakatomi Plaza, o cenário para o filme que muitas pessoas, acreditam que é o melhor filme de ação já feito. E por incrível que pareça, tornou-se um filme tipicamente natalino.

Em 1987, o produtor Joel Silver estava prestes a filmar seu projeto baseado no romance do ex-policial Roderick Thorp: Nothing Lasts Forever, que contaria a história do detetive John McClane, um policial de Nova Iorque que visitava sua esposa, em Los Angeles, para uma festa de Natal na sua empresa. Quando os terroristas violentamente atacam o evento, McClane se vê forçado a entrar em ação, armado apenas com uma pistola, seu juízo e seus pés descalços. Tudo parecia em ordem; Silver tinha um título (Die Hard), um diretor (John McTiernan) e uma estrela (Bruce Willis), mas o que ele não tinha era o arranha-céu onde toda a ação deveria ocorrer.

Felizmente, a 20th Century Fox que havia acabado de inaugurar sua própria base multimilionária: o Fox Plaza, após consideráveis ​​discussões com advogados sobre logística (sem filmagens durante o dia e absolutamente sem explicações), Duro de Matar tinha sua localização. De fato, Silver e a Fox consideraram o prédio tão importante que, nas primeiras semanas da exibição teatral do filme, o Nakatomi/Fox Plaza ficou sozinho no pôster.

Eventualmente, é claro, a estrela Bruce Willis veio a ilustrar os pôsteres do filme; mas quem deveria ter tido um espaço nesses pôsteres era certamente o vilão do filme; o calculista criminoso alemão Hans Gruber interpretado por Alan Rickman (nosso saudoso Professor Snape, da franquia Harry Potter).

Anteriormente, bandidos de filmes de ação eram bandidos simplistas ou loucos delirantes. Gruber, impecavelmente vestido e culto era o oposto do despojado McClane, e inspirou uma nova safra de vilões urbanos e inteligentes. Reconhecendo o fascínio de seu vilão, o diretor McTiernan é esperto o suficiente para dar a Hans Gruber um momento de vitória no meio do caminho. Quando seus homens finalmente acionam o cofre do Nakatomi Plaza, contendo os US $ 640 milhões em títulos que procuraram.

Escalado no lugar do galã Richard Gere, o produtor Joel Silver apostou US $ 5 milhões em um cara cuja carreira como protagonista corria o risco de estagnar. Afinal, Encontro às Escuras (1987) não foi um dos maiores sucessos de Bruce Willis. Talvez por isso, a atuação de Willis em Duro de Matar seja tão comprometida, fazendo com que seu John McClane – uma mistura agradável de neuroses, heroísmo desesperado e sarcasmo – mudasse a cara dos heróis da ação para sempre. 

No entanto, o verdadeiro herói de Duro de Matar é o diretor John McTiernan, que recebeu o projeto do produtor Joel Silver depois de impressionar em Predador, de 1987. Mas ele não recriou o estilo de seu último filme, reajustando sua abordagem para levar em consideração não apenas o protagonista muito diferente, mas também a paisagem – da selva real à selva urbana.

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