CRÍTICA – Blanc (2023, Gearbox Publishing)

    Blanc é o mais novo game da Gearbox Publishing, desenvolvido por Casus Ludi, o game conta a singela história de dois animais que desenvolvem uma amizade improvável e dão início à uma linda jornada quando mais precisam de ajuda um do outro. Enquanto acompanhamos a história do game, vemos que dois animais muito diferentes descobrem que podem se ajudar a fim de encontrar refúgio e suas famílias.

    O nome do game, dá seu tom longo nos primeiros minutos. Após a tela de loading inicial, somos surpreendidos por uma imensidão branca. Os níveis do game, são tomados pela neve, que nos acompanhará até o final do game e trará alguns problemas conforme avançamos.

    Com um pixel art de tirar o fôlego, somos lançados à uma missão sem qualquer indicação em tela, sem mapa apenas com dicas visuais lançados pelos mapas. Sendo completamente localizado em Português BR, o game nos permite controlar essa dupla, um filhote de lobo e um pequeno cervo por meio dos dois distintos direcionais.

    SINOPSE

    Blanc é uma aventura artística cooperativa que segue a jornada de um filhote de lobo e um pequeno cervo presos em um vasto deserto de neve. Eles precisam unir forças em uma improvável parceria para encontrar suas famílias.

    ANÁLISE

    Blanc

    Como citado anteriormente, desde seus primeiros minutos, fica estabelecido que adentraremos à um deserto de neve e as ocasionais tempestades são um perigo a ser enfrentado a fim de atingir o nosso objetivo: encontrar os grupos dos respectivos filhotes.

    Um elemento importante no game, é como ele nos apresenta algo fundamental da natureza, as migrações pelo clima. Sendo assim, quando os respectivos grupos migram, os dois animais são deixados para trás e precisam unir forças para sobreviver e encontrar seus grupos, que parecem estar fundamentalmente ligados de alguma maneira.

    A jogabilidade de Blanc nos apresenta algo que foi visto em Brothers: A Tale of Two Sons, Bayoneta Origins e alguns outros games, mas de maneira não tão incisiva quanto nestes dois primeiros.

    HISTÓRIA, GAMEPLAY E ENREDO E BLANC

    Com uma história contundente, desafiadora e por vezes curiosas, me vi imerso nas pouco mais de duas horas de gameplay na história do filhote de lobo e do filhote de cervo. Ainda que exista um abismo entre os dois no diz respeito à não apenas suas jogabilidades, podemos dizer que mesmo sem qualquer linha de diálogo, ou elemento escriptado, vemos que ambos os animais possuem personalidades distintas.

    Sendo assim, os dois possuem habilidades que funcionam para além da narrativa. Quando precisamos ultrapassar percalços e objetos que nos atrapalham, podemos usar tanto as habilidades “roer” e “morder” do filhote de lobo, quanto servir de plataforma ou dar cabeçada em elementos de cena com o pequeno cervo.

    Algo lindo e interessante, é ver como os animais se comportam e funcionam juntos, mesmo que sejam tão distintos.

    Blanc

    Quando encontramos uma família de patos, ou até mesmo uma dupla de simpáticos cabritos, vemos a gameplay se expandir. Seja protegendo-os da nevasca, ou abrindo caminho para que possamos ser ajudados, o game conta uma história sobre uma amizade improvável, sobre dois animais que não deveriam funcionar em harmonia – ou deveriam, na cadeia alimentar.

    Muito distante de ser um game para crianças, os puzzles do game e seus “direcionamentos” se dão por meio de dicas visuais. Sejam elas rastros no chão, ou balões que surgem na cabeça dos pequenos animais, temos dicas de por onde prosseguir quando empacamos em alguma fase. Acredito que muito disso se dê pelos testes de jogabilidade, de Q&A que parecem encontrar meios de perseverar quando desafios se interpõe entre os personagens. Isso tudo pode ser percebido apenas pelo meio como os dois se comportam diante das adversidades.

    VEREDITO

    Blanc

    Blanc é uma surpresa e para esse que vos escreve. Eu que tive a sorte de jogar o maravilhoso Brothers: A Tale of Two Sons, alguns anos antes de mergulhar na história de Blanc, percebo como um game independente, desenvolvido por um pequeno grupo de desenvolvedores é importante para a indústria. Em uma época em que continuações e perpetuações de franquias parecem ser um must, Blanc vem como um respiro.

    Um game autocentrado cuja história busca nos lançar por uma história de amizade inusitada é o que todo os games indies deveriam ser. Sem sair da sua zona de conforto, o game brilha indo no caminho oposto dos developers iniciantes, que logo em sua primeira história querem reinventar a roda.

    Blanc utiliza elementos básicos, do nosso mundo para contar sua história. Quando coloca dois seres primitivamente tão distintos, somos surpreendidos por como essa narrativa nos faz sorrir, sonhar, chorar e surpreender em suas duas horas de duração.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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