CRÍTICA – Call of Cthulhu (2018, Focus Home Interactive)

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CRÍTICA - Call of Cthulhu (2018, Focus Home Interactive)

Call of Cthulhu  é um game para PlayStation 4, Xbox One e PC, desenvolvido pela Cyanide e publicado pela Focus Home Interactive, lançado em 30 de Outubro de 2018. O game adapta um sistema de RPG de mesa, lançado em 1981 baseado no material produzido por H.P. Lovecraft no início do século XX, e aborda os cultos das criaturas mais conhecidas criadas pelo autor. O material produzido por Lovecraft criou o que passamos a conhecer como Cthulhu Mythos.

Sendo um game de mundo semi-aberto em primeira pessoa, Call of Cthulhu conta, em 1924, a história de Edward Pierce, um veterano da Primeira Guerra Mundial que se tornou um investigador particular. Com problemas com bebida e barbitúricos por causa de seus pesadelos vívidos e cada vez mais intensos, Edward que está prestes a perder sua licença de investigador, precisa de uma nova conta a fim de garantir sua licença por, pelo menos, mais um ano.

Fazendo jus a Lovecraft

Call of Cthulhu

A investigação de Edward começa quando um rico empresário entra em seu escritório, implorando para que o investigador descubra o que aconteceu com sua filha – com um histórico de doenças mentais -, seu neto e seu genro, que simplesmente desapareceram após sua casa misteriosamente pegar fogo.

Com um visual sujo, perturbador e bagunçado, somos apresentados ao mundo de forma sucinta, estabelecendo fortemente os personagens no seu próprio tempo. Se destacando com estética, enredo e uma enorme diversidade de personagens secundários, somos apresentados aos descendentes dos gloriosos tempos de fartura, em que até mesmo pescas milagrosas salvaram a ilha de Darkwater de um longo período de dificuldade.

Edward Pierce se vê envolvido nos conflitos dos habitantes daquele lugar, que entre policiais, contrabandistas e até mesmo os mais abastados membros da reclusa sociedade insular, se recusam a responder o que sabiam sobre os Hawkins, e a brilhante pintora que é o centro de toda essa intrínseca rede de tramas, rodeada por muito suspense e terror.



Beirando o impossível

Com a progressão, somos testemunhas de eventos misteriosos. Eventos esses que conforme a árvore de habilidades temos a chance de nos preparar para eles ou não. Com habilidades que variam desde Eloquência, Psicologia, Força e até mesmo Ocultismo, nos permitem estar preparados para as mais diversas aproximações possíveis.

Call of Cthulhu nos apresenta os Cthulhu Mythos de forma lenta e em seus 14 Capítulos somos apresentados às mais diversas criaturas. Criaturas essas que recebem nomes diferentes dos quais os conhecemos no material fonte de H.P. Lovecraft, tal como Yog-Sothoth, Nyarlathotep e também Shub-Niggurath. Os seres que são apresentados na obra de Lovecraft como Deidades, mas em Call of Cthulhu, são esses seres que colocam a prova o quão longe a humanidade é capaz de ir por meio da ambição, ou de uma deturpação da mente causada por seres com poderes que ultrapassam a compreensão humana.



Veredito

Call of Cthulhu

Por se tratar de um game que tem como base os Cthulhu Mythos, Call of Cthulhu deixa a desejar. Mesmo com uma ótima trilha sonora, sua captura de movimento é o ponto que parece mais deixar a desejar; o game produzido pela Cyanide é um game divertido por aqueles que desejam saber um pouco mais sobre o material de H.P. Lovecraft, mas se você tem a intenção de ver a maior deidade do escritor americano, que dá nome ao game, procure outra mídia, ou irá se arrepender piamente.

O game Call of Cthulhu foi lançado no dia 30 de Outubro de 2018 para PlayStation 4, Xbox One e PC. No ano seguinte, o game recebeu um port para o Nintendo Switch.

Nossa nota

Confira o trailer de lançamento do game:

Nota do público
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