The Last of Us Parte 2: 10 razões para você deixar de ser um nerd boomer e curtir o game

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The Last of Us Parte 2

Na semana passada, The Last of Us Parte 2 foi lançado. E uma enorme onda de review bomb tem jogado a nota de usuário para o game lá embaixo em agregadores de críticas como o Metacritic. No dia em que essa publicação está sendo escrita, a nota dos críticos especializados da indústria é de 95, enquanto a de usuários do site é de 4.4, sendo que cerca de 45 mil usuários contribuíram nesse review bomb.

As críticas dos usuários têm sido as mais diversas, desde que a história não é convincente, gráficos não tão bons, ou até mesmo o fato da continuação se distanciar do que foi estabelecido ao fim do primeiro game.

Na minha opinião, você precisa sair da sua caverna, e ver que o mundo, e as narrativas mudaram desde 2013, quando The Last of Us foi lançado pela Naughty Dog.

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Aqui estão 10 razões pelas quais você precisa dar uma chance a The Last of Us Parte 2, assim como a sexualidade é algo que vai além da sua pequena mente. E ainda em tempo: THE LAST OF US PARTE 2, É UM JOGO, a sexualidade de seus personagens não são da sua conta, assim como as de pessoas reais, E NÃO VIRTUAIS.

10. Narrativa cativante

The Last of Us Parte 2

The Last of Us Parte 2 se passa 4 anos após os acontecimentos do primeiro game. Assim como foi anunciado, a Parte 2 é realmente uma história de vingança, que vai além do esperado, até mesmo por mim.

A experiência narrativa do game nos apresenta facetas diferentes das que estamos acostumados, aprofundando ainda mais os personagens apresentados no primeiro game, e os mais novos.

Os saltos evolutivos dos gráficos, a captura de movimentos, torna a percepção do jogador dos sentimentos dos personagens, até as mais sutis mudanças de humor, notável.

9. Background de personagens

The Last of Us Parte 2

O mundo de The Last of Us Parte 2 se mostra rico nos detalhes, na narrativa de seus personagens.

Com pouco mais de 26 horas de gameplay fechei o game – nenhuma ponta solta foi deixada até aqui. As linhas de diálogo, até mesmo o esmero ao nos apresentar pequenos detalhes do passado de personagens centrais e secundários, dispondo de forma clara as motivações para suas ações, e até mesmo convicções.



8. A orientação sexual dos personagens não tem nenhuma ligação com a narrativa

The Last of Us Parte 2

Ainda que a relação de Ellie e Dina tenha sido amplamente divulgada antes mesmo do lançamento por meio de trailers, screenshots e afins, a orientação sexual das duas é tratada de forma bela, carinhosa, e nem um pouco desrespeitosa com a comunidade LGBTQ+.

A equipe de desenvolvedores, assim como a direção do game soube se enveredar por um caminho em que ambas as personagens, assim como outras – que não vale dar spoiler – são tratadas com cuidado, de forma leve e incrivelmente bela, e diferente da “tradicional família brasileira”, entre as personagens do game existe de fato respeito.

7. Mesmo se a orientação sexual das personagens tivesse impacto na história, isso não é da sua conta

The Last of Us Parte 2

Diferentes narrativas e realidades devem ser retratadas. O mundo mudou imensamente desde o lançamento de The Last of Us em 2013, quando certos pontos passaram a ser de fato discutidos, e o que antes servia de alívio cômico, tomou o lugar devido nas mais diversas tramas, ganhando inclusive o peso emocional que qualquer relação interpessoal possui.

A relação de Ellie e Dina é uma relação de amor, insegurança, parceria e confiança, assim como toda relação do mundo real é. Mas é muito mais do que isso. Muito mais do que pode ser visto na superfície, a trama do game dá espaço para que a relação das duas seja vista de forma bela, singular, e até mesmo uma história de redenção.

A Naughty Dog foi feliz por mostrar que ainda no meio de um apocalipse, uma bela relação pode nascer, não deixando de lado os mais diversos sentimentos que uma relação assim pode incitar, inclusive ver no meio de tudo de errado, que ainda há algo certo e pelo que lutar.

PS.: Uma relação saudável importa para as pessoas envolvidas nela, e não deviam ter qualquer tipo de impacto na vida daqueles que estão fora dela. Então tome conta da sua vida e pare de impedir que os outros sejam felizes. Se a orientação sexual de duas pessoas no mundo real não é da sua conta, imagine o de duas personagens fictícias, dentro de um game?!



6. O ponto mais alto da atual geração de consoles

The Last of Us Parte 2

The Last of Us Parte 2 entrega tudo que foi prometido ao longo de sua divulgação, ao se mostrar o ponto mais alto da atual geração de consoles, e entregar uma captura de movimentos impecável, texturas incríveis e uma física extremamente interessante, que aparentemente beira o real.

The Last of Us Parte 2 se distancia de seu antecessor que ganhou um remaster para o PS4 logo no lançamento do console, quando toda sua capacidade ainda estava longe de ser conhecida. Mas a continuação foi capaz de superar o que foi visto em games como Death Stranding, Uncharted 4: A Thief’s End, God of War (2018), e Marvel’s Spider-Man, que conseguiram ir longe ao conseguir extrair o melhor do console ao longo do desenvolvimento.

Com o salto evolutivo da próxima geração, elementos que nos remetem ao realismo podem propiciar alguns dos mais interessantes games da próxima geração, como foi visto no trailer de apresentação do PlayStation 5.

5. Narrativas que fogem da zona de conforto devem ser contadas

The Last of Us Parte 2

A fim de se distanciar de seu antecessor, o game decide mudar o status quo de alguns personagens, tal como tirar a vida de alguns deles. E utiliza tal acontecimento como a força motriz para todo o desenrolar do game, assim como o crescimento, e desenvolvimento dos personagens.

Sem dar spoilers, o círculo de ódio mostrado no game mostra que um ato pode desencadear algo ainda mais violento, que pode não ter fim tão cedo, ou pode – felizmente – resultar em um terceiro game da franquia.



4. The Last of Us Parte 2 abre uma vasta gama de possibilidades quanto a seu futuro

The Last of Us Parte 2

O fim de The Last of Us não foi definido ao fim de sua segunda parte. Deixando espaço para seus protagonistas, e mostrando que Ellie não chegou ao fim de sua odisseia, e que os personagens recém-apresentados no game, terão um grande papel a desempenhar no futuro da franquia.

3. A Parte 2 desperta uma imensidão de sentimentos nos jogadores

The Last of Us Parte 2 nos faz sentir tão miseráveis, quanto felizes num piscar de olhos, indo ao mais contido riso a mais tenebrosa tensão. Com uma trilha sonora envolvente, cuidadosamente composta pelo músico argentino Gustavo Santaolalla.

Neil Druckmann, roteirista e diretor do game, conseguiu atingir o mais alto patamar em tramas narrativas na indústria dos games, conseguindo conciliar arcos tão dinâmicos quanto envolventes, dando espaço para que até mesmo os antagonistas possam ser bem desenvolvidos, nos fazendo sentir simpatia pelos mesmos.



2. Novas mecânicas, aproximações quando em perigo e ameaças

Ainda que a característica trilha de quando somos notados pelo nosso inimigo tenha sido mantida, novas mecânicas de enfrentamento foram apresentadas na continuação.

As mecânicas de se deitar ao chão em meio à grama alta, e até mesmo a “melhoria” de rachaduras e buracos na parede, mudam completamente a forma como enfrentamos inimigos e nos deparamos com as mais diversas ameaças do mundo assolado pelo Cordyceps.

Novas ameaças foram introduzidas no game, assim como a WLF – sua principal inimiga -, os Cicatrizes e os infectados como: Espreitadores, Estalador Cascavel, Trôpegos e o Rei dos Ratos.

Com novas ameaças, elementos de jogabilidade como o “crafting” de facas que estava muito presente no primeiro game da franquia, foi retirado, dando mais fluidez e um maior foco na criação de itens que propiciam uma progressão mais tranquila. Indo desde a criação de flechas, à criação de cartuchos, bombas, molotovs, granadas de dispersão e afins.

1. E para poder falar mal do game: VOCÊ PRECISA TER JOGADO

Muitas das críticas presentes no Metacritic, vem de famosos “jogadores do YouTube”, é compreensível que o preço cheio do game em seu lançamento bateu acima de R$ 250,00 na PlayStation Network, mas durante a pré-venda, o game estava bem mais barato.

Muito tem sido falado por muitos que não sabem da profundidade do game, e vão no “hype negativo” de influenciadores.

Minha recomendação é: Procure assistir jogadores que pensem diferente de você, como esse que vos escreve. E peço que dê uma chance para The Last of Us Parte 2.

Caso você não o jogue, ficará de fora de um dos maiores jogos da década.



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