CRÍTICA – Exorcismo (2016, Thomas B. Allen)

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Exorcismo é um daqueles livros que você começa a amar já na capa, um livro lançado pela DarkSide, com ótimo acabamento em capa dura, com detalhes do Tabuleiro OUIJA em sua parte interna. É sem dúvidas, um livro perfeito para quem gosta do tema exorcismo; e sim, ele é baseado em fatos reais. O livro foi escrito com base no diário que o autor Thomas B. Allen adquiriu com o padre Walter Halloran, um dos padres que participou desse exorcismo, para manter a vítima e sua família em segurança, os nomes foram modificados no livro. A história desse exorcismo deu origem ao filme O Exorcista de 1974, no filme quem sofre o exorcismo é uma menina, interpretada pela atriz Linda Blair, já na história real, assim como consta no livro quem sofreu o exorcismo foi um garoto.

“Quando os tempos ficavam difíceis, tudo em que se podia confiar era na família.”

No livro conhecemos o jovem Robert Mannheim nascido em 1935; em janeiro de 1949 o jovem Robbie (apelido de Robert) estava quase completando seus 14 anos, sua vida era como de um adolescente qualquer daquela época, ele não tinha nenhum problema mental ou físico, era um garoto saudável e muito educado. Sendo filho único, ele tinha que brincar com os adultos e um dos adultos que ficavam com ele era a tia HarrietRobbie amava jogos de tabuleiro e para nutrir o interesse do menino Harriet apresentou o tabuleiro Ouija, ensinando o mesmo a manusear planchette, dizendo ao menino que aquele tabuleiro era um meio de se comunicar com o outro mundo.

Harriet que dedicava bastante de seu tempo para falar com os espíritos, disse a Robbie que se os espíritos não se comunicarem pelo tabuleiro Ouija, eles poderiam se comunicar com batidas nas paredes. Forças poderosas começam a se concentrar na casa de Robbie, por conta da tia Harriet, mas todos sabem que nem todos os espíritos são amigos e muitas das vezes os espiritas não sabem com quem estão mexendo, afinal um espírito maldoso, sabe enganar muito bem.

“A covardia não é apenas uma questão de medo ignóbil, ela encolhe a alma.”

No dia 15 de janeiro de 1949 barulhos estranhos começaram na casa de Robbie, como pingos e arranhões, sendo que não havia nenhuma torneira pingando ou nem se quer tinha alguém arranhando algo. Tia Harriet morreu no dia 26 de janeiro, onze dias depois dos acontecimentos na casa; devastado e triste com a morte da tia HarrietRobbie volta a usar o tabuleiro Ouija para se comunicar com a tia.

A partir daí coisas estranhas começam a acontecer com o garoto enquanto ele dorme, os pais vão atrás de ajuda, mas ninguém se dispõem em ajudar; o hospital não pode fazer nada, afinal, o que estava acontecendo com o garoto era algo que ninguém poderia explicar. Até que essa história chega nas mãos dos padres Bishop e Bowdern, que após vários dias analisando os acontecimentos que estava ocorrendo na casa de Robbie e com o próprio garoto, chegam a conclusão de que aquilo é sim um caso de possessão, mas que os dois não estão qualificados para lidar com a situação. Ao pedirem ajuda para outro padre, os dois escutaram um não, e assim, decidiram tomar a providência de fazer o exorcismo eles mesmos, com a autorização de seu superior e com a promessa de que tudo que acontecesse naquela casa ia ficar entre as pessoas de lá e nada seria divulgado para mais ninguém. E assim o exorcismo começou.

“Havia um adágio, dito geralmente a jovens católicos preguiçosos: ‘A mente vazia é a oficina do diabo’.”

O exorcismo durou meses, os padres sofreram demais, assim como seus ajudantes, o próprio Robbie e sua família, todos acontecimentos foram anotados em um diário, diário esse que consta no fim do livro. Um livro repleto de dor e sofrimento, com acontecimentos que muitos dizem não ser real, mas que só os padres que presenciaram sabem como é enfrentar o mal real, hoje os padres já não estão mais entre nós, mas sua história assim como a de Robbie estará eterna em nossas memórias por conta desse livro fantástico de Thomas B. Allen.

“Na época de Jesus, uma crença popular na Galileia afirmava que os diabos causavam doenças mentais. A força para expulsar esses demônios era um poder enorme, assim como hoje em dia. Como um teólogo católico modernista observou: ‘A diferença entre a concepção antiga da possessão demoníaca e concepção moderna das doenças mentais é, na sua maior parte, apenas uma diferença na terminologia. Embora a possessão seja chamada de neurose ou psicose nos dias de hoje, a cura é a mesma: a sugestão’.”

 

Escrito por: Thomas B. Allen;
Editora: DarkSide;
Ano: 2016;
Páginas: 254;

SINOPSE:

“Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty, O Exorcista, não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade. A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la — se tiver coragem! — no livro Exorcismo, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.”

Avaliação: Ótimo

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