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    CRÍTICA: ‘CorpoNation: The Sorting Process’ nos lança por mundo distópico, controlado pelas corporações

    CorpoNation: The Sorting Process‘ me causou um dos maiores incômodos que um game poderia causar em um jogador, não por sua dificuldade, ou pela forma do game contar uma história. Apenas por possuir um sistema de ciclo dos dias que oprime os jogadores de todas as maneiras possíveis, tornando-nos lacaios da Ringo CorpoNation. Fazendo uma ferrenha crítica ao sistema capitalista e como ele obriga sua força de trabalho a se sujeitar cada vez mais à exploração descabida em troca de uma renda, o game critica algumas megacorporações e suas formas de trabalhar.

    Fazendo as vezes de mega corporações que possuem um monopólio não apenas de determinada fatia de mercado, mas de todo ele, funcionando como um conglomerado, a Ringo CorpoNation estende seus tentáculos pelo governo, estabelecendo regulações que a favorece, controla o mercado financeiro e os meios de comunicação por meio da Ringo News.

    Como um funcionário que aparentemente fará e aceitará de tudo para manter seu emprego, Max, ou melhor, emprego B-2540, nos levará por uma jornada atrás da verdade em um jogo point-and-click, você precisará memorizar fórmulas, intruções e poderá até se divertir. Com jogos e atrações permitidas pelo Estado, é claro.

    CorpoNation: The Sorting Process chegou ao PC pela Steam no dia 22 de Fevereiro e chegará ao Xbox e Nintendo Switch no dia 9 de maio.

    SINOPSE

    Sua função é organizar as amostras genéticas da Ringo CorpoNation. Com os créditos que receber, você pode fazer compras, jogar e pagar suas contas em dia. Funcionários mal-intencionados podem tentar te induzir a trair sua querida empregadora, mas nós sabemos que você dará 110%.

    Vivencie uma narrativa linear distópica, onde você trabalhará como Técnico de Laboratório para um estado de propriedade corporativa. Seu trabalho é organizar uma misteriosa coleção de amostras genéticas e ser um funcionário exemplar, apesar dos trabalhadores rebeldes que tentam te recrutar. A gloriosa CorpoNation conta com você para trabalhar de forma diligente e colocar seu dinheiro de volta na economia.

    ANÁLISE

    CorpoNation

    CorpoNation: The Sorting Process, nos coloca no papel de um separador de amostras. Alguém que separa amostras de DNA de acordo com características bem específicas, mas que caso dê duro, e atinja 110% de sua capacidade, tem chance de chegar ao topo. Mas será mesmo? Por meio de elementos que exarcebam nossa perspectiva de uma espécie de aprisionamento, a mecânica de ciclos nos faz entender que assim como na vida, é como na vida real: o capital só precisa de você para gastar o que ganha e gerar mais riqueza para o seu empregador.

    Com grandes limitações no que dizem respeito à viver de fato, o game me fez lembrar do episódio Fifteen Million Merits de Black Mirror. Em que os personagens viviam trabalhando, no caso da série, entretendo seus espectadores até atingir o estrelato. Aqui, o game parece deixar claro que uma estranha falácia da meritocracia está por trás do nosso trabalho duro, assim como na vida real.

    Como uma grande crítica ao sistema capitalista e liberal, o game nos engendra por uma história tão complicada quanto as memórias que precisamos decorar. Com personagens secundários, terciários e até mesmo a Ringo – que atua também como um personagem -, nos faz perceber que esta é uma das muitas histórias que precisam ser contadas hoje.

    Por meio de sequências que nos fazem questionar o que estamos vendo, temos não apenas ciclos de trabalho, como também de “lazer“, mas estes, extremamente limitados, de acordo com diversas regulações do Estado.

    CorpoNation

    Alguns dos aspectos mais interessantes desta história vem de uma visão deturpada de mundo que vão nos lançar por um perigo iminente. De ser até mesmo capturado por nossos empregadores caso ajamos contra o sistema que agora parece ter o controle de nossa vida. Por meio de chats no nosso computador com outros colaboradores, jogos permitidos pelo governo e a clara intenção de nos forçar a gastar o dinheiro que ganhamos decorando o quarto, pagando taxas de habitação, alimentação e outros, o game nos garante um período de vivência além do trabalho bem limitado, mostrando o que muitos indivíduos nessa situação passam, ou passaram, no passado.

    Em uma espécie de ‘escravidão legalizada,’ o game estabelece que o melhor que podemos fazer é trabalhar e dar 110% da nossa força de trabalho para perseverar na companhia.

    Com votos de que a perseverança e todas as possibilidades estão abertas a quem tentar, mergulhamos em uma rede de intrigas daqueles que tentam derrubar o monopólio da Ringo CorpoNation e acabar com eles de uma vez por todas.

    AGENTE DUPLO, DERRUBANDO A CORPONATION

    CorpoNation

    Além de mergulhar em uma rede de intrigas que parece retirar toda e qualquer concorrência ou empecilho do caminho, uma rede inimiga, ou melhor, de pessoas que não concordo com a Ringo farão de tudo para impedir que a mega corporação continue enriquecendo às custas do sofrimento dos outros. Com desenvolvimentos narrativos relativos aos jogadores entrarem na ‘Resistência’ ou não, ou serem descobertos no processo, atividades referentes à separação de amostras só vão ficando ainda mais complicados, sendo necessário agora, trabalhar para a Resistência e para a Ringo ao mesmo tempo.

    Perigos ligados à como vemos o mundo e nos alienamos, dão aos jogadores uma falsa sensação de que está tudo bem, mesmo quando não está. Com reviravoltas relacionadas à necessidade de produzir ainda mais dias diversos, a dificuldade aumenta quando vemos que os perigos e nossas ligações junto à resistência se tornam ainda mais estreitas.

    Com jargões tipicamente corporativos e o lema ‘Trabalho é dignidade,’ podemos traçar um claro paralelo entre os mais tóxicos aspectos das empresas que o game aborda e tira sarro. Deixando claro o quão errado é e como esse fluxo de trabalho e a maneira de viver para o capital tende a destruir os aspectos mais sensíveis e humanos existentes nos indivíduos.

    De maneira linear, podemos acompanhar nossa jornada dentro da Ringo e precisamos tomar cuidado para não sermos pegos, afinal, ‘trabalho é dignidade,’ e o CEO te quer lambendo o chão por onde ele passa.

    Ao longo de momentos ligeiramente embaraçosos e outros nem tanto, o game nos faz questionar nossas ações e perceber uma ligação com diversos momentos de nossa vida real/profissional, conectando o game com momentos de desconforto que vivemos. Nos fazendo assim, perceber o quão terrível o mundo capitalista é, principalmente em uma sociedade distópica completamente organizada para oferecer ainda mais retorno ao dono das mega corporações.

    VEREDITO

    CorpoNation: The Sorting Process nos leva por uma jornada curiosamente inesperada. Ao longo da progressão, seremos testados algumas – muitas – vezes e se falharmos, nossa jornada chegará ao fim tão subitamente quanto o início desta história. O trabalho da Canteen e da Playtonic Games aqui se difere de tudo da minha vida gamer até aqui. Me fazendo pensar e se conectando com diversos momentos da nossa atual geração e este período do capitalismo tardio.

    A realidade de CorpoNation: The Sorting Process se relaciona de muitas maneiras com 1984 de George Orwell, com o controle totalitarista do Grande Irmão, neste caso, o Estado e a Ringo que tem o controle de tudo (inclusive fiscalizam tudo, desde chats ‘privados’ até mesmo quanto dinheiro você ganha por mês e porque não está gastando com a Ringo ‘fazendo a economia girar’).

    Ao longo das horas do game me vi imerso de muitas maneiras, e mantive um logbook de atividades e amostras Alfa, Beta, Ômega e Zeta e seus padrões, e de fato me afeiçoei aos personagens com quem conversava no chat. Pois graças a eles que acreditavam que ‘trabalho é dignidade,’ eu percebi desde o início o que havia de errado com a CorpoNation.

    A sequência final, caso você tenha chance de testemunhá-la nos diferentes caminhos de acordo com suas escolhas ao longo do game pode te surpreender. Seja acabando com o império da CorpoNation ou sendo enviado para reabilitação, o game encanta, diverte e até mesmo surpreende. Como um game por vezes incômodo que nos faz pensar e coloca em nós o papel de questionar. E em uma era em que adoradores de bilionários batem palmas para grandes absurdos, o que a Canteen e a Playtonic faz é brilhante e louvável.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA: ‘O Homem dos Sonhos’ nos leva por jornada onírica curiosa e por vezes, tão real quanto possível

    O Homem dos Sonhos‘ é um daqueles filmes subestimados, cujas curiosidades parecem surgir dos lugares mais improváveis, neste caso, dos sonhos. Estrelado por Nicolas Cage e grande elenco, o filme é produzido pela A24 e dirigido por Kristoffer Borgli, nele, somos lançados na história do professor universitário Paul Matthews, que misteriosamente começa a aparecer nos sonhos de centenas e depois, milhares de pessoas.

    Enquanto nos apresenta algumas das facetas mais curiosas de um personagem tão simplório quanto um professor universitário com seus quase 60 anos.

    ‘O Homem dos Sonhos’ nos lança em uma das mais curiosas facetas de Cage, um personagem curiosamente bom, mas fechado e reprimido, que passa a mudar na primeira oportunidade: quando ganha visibilidade e reconhecimento.

    SINOPSE

    Um infeliz pai de família vê sua vida virada de cabeça para baixo quando milhões de estranhos de repente começam a vê-lo em seus sonhos. Quando suas aparições noturnas tomam um rumo de pesadelo, Paul é forçado a navegar em seu novo estrelato.

    ANÁLISE

    O Homem dos Sonhos

    Em uma viagem curiosamente pé no chão, acompanhamos a história de Paul, um professor de biologia que estuda o desenvolvimento das espécies e em uma de suas aulas mostra como as espécies evoluíram para se destacar pelos mais diversos motivos. E assim como nós, humanos, que desenvolvemos um fotorreceptor responsável por nos permitirem a ver a cor laranja – ausente em outros seres vivos -, e outros animais como a zebra e suas listras evoluíram para mostrar sua força em seu números, já que estas dão uma sensação de maior número quando em manadas.

    O longa viaja por conceitos junguianos como o inconsciente coletivo e e as estruturas cifradas dos sonhos analisada no passado por Freud.

    Com uma estrutura tradicional, o filme da A24 nos leva por momentos que variam entre sonhos bizarros e dias comuns, sem delimitá-los claramente, perseguições na rua, ou brigas, podem ser tanto um sonho/pesadelo, quanto um dia comum na vida dos personagens.

    O Homem dos Sonhos

    Seja por como o longa e seu diretor nos ambientam a um subtexto que funciona como uma crítica às subcelebridades que surgem de um dia para outro e rapidamente perdem sua importância, ‘O Homem dos Sonhos’ oferece à sua história um dos mais interessantes contrapontos na era em que vivemos: as pessoas são realmente boas, ou simplesmente não tem nenhum poder sobre os outros?

    Quando uma mesma pessoa parece habitar a terra de ninguém, os sonhos, o que pode haver de errado com ela ou a sociedade que rapidamente o torna um ícone pop? Funcionando por vezes como um meme vivo e em outras, como a creepypasta ‘This Man,’ o longa nos faz questionar como alguns acontecimentos do filme se dão pelo inconsciente coletivo.

    VEREDITO

    O Homem dos Sonhos

    Como uma história de cautela, ‘O homem dos sonhos’ diverte, confunde e mostra como a loucura presente nesta trama pode incomodar. Feito para ser assim, o personagem de Cage é cômico, falho, muito falho mesmo e os fatos que vemos desenrolar em tela só comprovam isso a cada um dos três atos.

    Com o cuidado da direção em nos ambientar à um terrível mundo onírico, mas estando sempre no limiar do real e irreal, vemos estes e todos os sonhos serem terrivelmente reais.

    Distante de se mostrar como uma pura comédia como muitos veículos o tem anunciado, acredito que este é um longa de terror sombrio e um suspense muito bem construído. ‘O homem dos sonhos’ nos faz entender como a atuação de Cage é diferente de tudo que o ator tem entregado nos últimos anos, e os perigos dessa trama vem não só dos sonhos, como também do mundo real.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    O Homem dos Sonhos chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 4 de abril.

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA: ‘A Ascensão do Ronin’ é uma ótima aventura samurai

    Samurais sempre foram personagens cativantes da cultura pop, marcando seu território no mundo dos games com diversas produções que se tornaram clássicos ao longo de diversas gerações de consoles e até computadores. Neste ano é lançada mais uma produção voltada ao tema com o RPG de ação ‘A Ascensão do Ronin‘ que foi desenvolvido pela Team Ninja, responsável pelos jogos Nioh e Ninja Gaiden

    O novo título do estúdio veterano é publicado pela Sony Interactive em 22 de março de 2024 exclusivo para Playstation 5 com as opções de jogá-lo em modo single player e multiplayer com até 3 jogadores.

    Na página oficial de compra do jogo na Playstation Store é possível realizar o resgate gratuito de 3 avatares temáticos referentes a personagens importantes das facções disponíveis em A Ascensão do Ronin. 

    SINOPSE

    Em A Ascensão do Ronin, o jogador será um samurai sem mestre (ronin) e seu destino estará  em suas mãos. Com uma história que pode  se desenrolar de maneiras diferentes, dependendo das escolhas que fizer e dos personagens a que você se junta ao caminho. 

    A história se inicia no Japão, 1863 após três séculos de tirania do xogunato Tokugawa, os navios negros do ocidente avançam sobre as fronteiras japonesa, deixando o país em tumulto. Em meio ao caos da guerra, doenças e agitação política, um  guerreiro anônimo forja seu próprio destino, tendo em jogo o futuro do próprio Japão.

    ANÁLISE

    A Ascensão do Ronin

     Como um bom fã de uma história de samurai a experiência de jogar A Ascensão do Ronin foi bastante gratificante, mesmo tendo alguns percalços de jogabilidade que acabaram ficando bem notórios. 

    Se tratando do visual do novo título da Team Ninja  é muito bonito e no playstation 5 tem um bom desempenho sem quedas de frames, personagens mal modelados ou áreas que o cenário desaparece. 

    O que ficou evidente foi algo mais relacionado a física do jogo, como subir em alguns lugares e o personagem ficar preso ou durante um combate os inimigos de nível baixo atacar para o lado oposto do adversário diminuindo a emoção de um combate, algo que não aconteceu em confrontos com personagens mais fortes. 

    Em relação às mecânicas do jogo é muito clara as inspirações que ascensão do ronin se apega para construir o seu próprio que vão desde Nioh a Ghost of Tsushima, criando um combate desafiador porém com uma fluidez de um jogo de ação. O que mais me chamou à atenção foi o sistema de aparagem que, realizado no timing correto, abre espaço para criar um grande dano servindo  para o jogador no momento de ataque quanto de defesa, pois os inimigos também conseguem fazer o mesmo movimento defensivo e exige um pouco de atenção.

    A Ascensão do Ronin

    Ainda sobre a jogabilidade o combate me agrada bastante por trazer emoção aos mínimos confrontos, mesmo que sejam inimigos com um padrão de ataque que seja conhecido, aliado com uma variedade ampla de equipamentos e armas personalizando o estilo de luta de cada jogador. Outro elemento agregador ao sistema de combate é o dano de conjunto, algo muito utilizado em jogos de RPG que se encaixou muito bem ao aspecto ação. 

    Mesmo que não seja tão direcionado a isso, existe a possibilidade de uma abordagem mais furtiva ou mais direta ao precisar realizar alguma tarefa, seja uma missão ou atividade de mundo, entretanto o aspecto furtivo não é tão sofisticado mas realizar um dano crítico por ataque de oportunidade sempre é um ótimo momento. 

    As missões de história proporcionam por volta de 40 horas de jogo de acordo com a progressão individual, mas pode estender-se ao realizar as missões secundárias e o criar elo com todas as cidades e, quanto a isso, tem atividades de mundo com boa variação, muito recompensadoras em aspecto de itens e materiais além de conhecer diferentes histórias que ocorrem ao mesmo tempo que a narrativa principal. 

    A Ascensão do Ronin

    Outro ponto interessante no jogo é a experiência de um rpg que está bem inserida na rotina de jogabilidade, sendo necessário realizar farming de materiais para confeccionar itens específicos ou gerenciar itens adquiridos para melhorar qualidade e dispensar o que já não é necessário.  

    A evolução de personagem tem uma boa complexidade, que pode ser guiada pela escolha de um estilo específico ao iniciar um save com 5 classes de afiação de espada ( assassino, dizimador, sedutor, sabotador e iniciante) que privilegiam determinado atributo entre força, inteligência, destreza e carisma ou, como na minha escolha,  sem afiação de espada que torna-se  algo mais livre com a progressão de atributos específicos a ser realizado pela escolha do jogador. 

    A customização do ronin achei excelente pois permite um avatar significativamente personalizado, isso acrescenta mais imersão para experiência de jogo como um todo além da diversão de ter uma versão samurai só sua.

    A história também chama atenção por mesclar a ficção com os fatos reais de uma forma muito perspicaz, mesmo que as escolhas não tenham um impacto tão direcionado para o rumo que a narrativa pode tomar no sentido de associar-se de forma definitiva a uma facção ou outra. Entretanto essa ausência é condizente com o que essencialmente é um ronin, um samurai que não serve a ninguém a não ser a si mesmo. 

    Particularmente o que gostei bastante  mescla entre o rpg e ação ganha um contorno muito mais interessante por ter elementos de soulslike sem um aspecto exageradamente punitivo, sendo necessário ter atenção ao perder combates no jogo por ser necessário recuperar a experiência vencendo o seu algoz.

    A Ascensão do Ronin

    A experiência de jogo no geral é equilibrada para um jogador que tenha interesse em ingressar no gênero de rpg com ação proporcionalmente para alguém muito acostumado com o sistema do gênero. Algo que considero de grande relevância por proporcionar um espaço intermediário que acrescenta pessoas interessadas, mas não deixa de fazer algo que proporcione prazer a alguém acostumado com o gênero. 

    VEREDITO

    A Ascensão do Ronin é um título que não reinventa seu gênero, mas proporciona um excelente entretenimento por sua jogabilidade e imersão através de sua história e personalização sendo um ótimo jogo para quem busca um desafio e diversão. 

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer de lançamento do game:

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    EU CURTO JOGO VÉIO #5 | ‘Jackie Chan Stuntmaster’ era ação incessante e divertida no PS1

    Ao longo dos anos, games de ação tomaram cada vez mais espaço e no PlayStation 1 não foi diferente. De Metal Gear Solid, à Syphon Filter e até mesmo Castlevania: Symphony of the Night fizeram o console ser um dos mais amados por todas as gerações que o puderam jogar. Mas além dos games que reinaram em uma geração, está um dos meus favoritos de todo o tempo, Jackie Chan Stuntmaster. Repleto de desafios e uma dificuldade aceitável, o game nos lança por um mundo estranhamente conhecido – se você já assistiu qualquer filme de Jackie Chan dos anos 90 -, e mais, nos proporciona boas risadas se analisarmos hoje seu visual, trilha sonora, efeitos sonoros e gameplay.

    Jackie Chan Stuntmaster foi desenvolvido pela Radical Entertainment e publicado pela Midway Games. O game lança os jogadores por um mundo em que o avô de Jackie trabalhava com antiguidades, mas é sequestrado quando uma antiga peça é alvo do interesse de um grupo criminoso. A partir daí, Jackie precisa passar pelos níveis, coletando as máscaras vermelhas e batendo nos inimigos até encontrar seu avô.

    SINOPSE

    O jogo conta a história de um jovem entregador (Jackie Chan) que teve a missão de entregar um pacote em um templo de artes marciais chamado Temple of the Shaolin (Templo Shaolin). Neste mesmo dia, enquanto jantava em um restaurante, percebeu que seu avô estava sendo interrogado discretamente por cinco pessoas. Quando os cinco homens percebem que Jackie havia os descoberto, partem em fuga para não levantarem suspeita, mas Jackie continua seguindo-os.

    Porém, seguindo na busca de seu avô, ele acaba num beco sem saída, de onde ele irá começar suas aventuras para salvar seu avô e reaver o pacote.

    ANÁLISE

    Stuntmaster

    Se assemelhando também à animação dos anos 2000 mas deixando o misticismo de lado, Stuntmaster é um mergulho na infância desse que vos escreve. Após passar horas e horas jogando sem memory card à época, eu tinha uma árdua tarefa, chegar ao fim do game e coletar todas as máscaras ao longo de um dia inteira. Ao contrário de deixar o videogame ligado como muitos faziam – aqui em casa as coisas não funcionavam bem assim -, era sempre necessário retornar ao começo do game.

    Jackie Chan Stuntman nos lança por uma aventura repleta de desafios. Desde derrotar inimigos em plataformas estreitas sem cair delas, até mesmo como se locomover pelas fases enquanto tentar encontrar cada uma das 10 máscaras espalhadas por cada um dos níveis.

    Como um exercício, rejoguei Stuntmaster na tentativa de tentar entender a real dificuldade do game, que não se sustenta nos dias de hoje. Mesmo com uma visão completamente diferente da época e maior destreza nas mãos, senti que Stuntmaster é divertido e desafiador mas por como os níveis são pensados.

    E mesmo quando hordas e mais hordas de inimigos insistem em aparecer, basta quebrar uma caixa, um vaso de planta ou um barril para garantir mais vida.

    VEREDITO

    Jackie Chan Stuntmaster diverte por como é pensado, nos faz mergulhar em uma jornada do tempo, mesmo se você não o tiver jogado no passado. E graças a seus gráficos e efeitos sonoros, garante divertidas risadas, e é uma ótima pedida se você curte jogo véio.

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    CRÍTICA – O Remake de ‘Brothers: A Tale of Two Sons’ é tão emocionante quanto seu original

    A relação entre irmãos geralmente é muito complicada, hora tudo está muito bem ou tudo muito complicado, mas em geral é um laço muito forte que carregamos ao longo das nossas vidas. Com essa temática foi lançado em 2013 ‘Brothers: A Tale of Two Sons’ desenvolvido pela Stabreeze Studios, com a direção de Josef Fares de It Takes Two sendo um grande sucesso quando lançado para os consoles de antiga geração.

    Em 28 de fevereiro de 2024 o jogo recebeu um remake desenvolvido pela Avantgarden, responsável por Murasaki Baby e Last Days of June, lançado para Playstation 5, Xbox Series X/S e PC Via Steam e Epic Games Store.

    SINOPSE

    Guie dois irmãos num conto de fadas épico cheio de descobertas, perdas, aventuras e mistério. O pai dos irmãos sofre de uma doença terminal, por isso os dois devem partir corajosamente e encontrar a “Água da Vida” – a única cura que pode salvá-lo. Sem poderem fracassar, os irmãos devem confiar um no outro e usar suas habilidades individuais para se protegerem e superarem os obstáculos que enfrentarão nesta jornada inesquecível.

    ANÁLISE

    Brothers

    Infelizmente nas gerações passadas não tive a oportunidade de jogar Brothers: A Tale of Two Sons, pois tranquilamente faria parte da minha lista de jogos preferidos daquele período. Eu considero um remake uma forma de celebração aos jogos passados e definitivamente esse título merecia isso para a recente geração.

    Brothers é visualmente impressionante, sendo digno de elogios o trabalho realizado pela Avantgarden em transportar esse aspecto muito elogiado para a nova geração, com a possibilidade de direcionar o desempenho para os gráficos ou taxa de quadros. Em relação a bugs com uma rara exceção de subir em uma pedra e um dos irmãos ficar parado no meio da escalada no início da gameplay não apresentou nenhum problema.

    A trilha sonora é excelente por conduzir a jornada ao longo das fases como um conto, reforçando a razão do título do jogo com um conjunto de efeitos sonoros que acrescentam de forma significativa a imersão do jogo.

    Brothers

    A jogabilidade é bem incomum em relação ao que é por costume em jogos por ser simultaneamente algo muito simples de se realizar, porém difícil de se coordenar até que se acostume com o funcionamento do jogo. Isso se dá por literalmente cada analógico do controle e seus respectivos gatilhos serem os comandos para cada um dos irmãos, que tem sua própria função na dupla e movimentar ambos exige um tanto de coordenação mesmo que só tenha 2 comandos para cada um.

    Isso se conecta com os puzzles que surgem ao longo da jornada, sempre seguindo o estilo que cada irmão tem uma participação na sua resolução.

    Neste aspecto, saber o que é necessário para solucionar os desafios impostos é muito instintivo, mas caso você não perceba sempre um deles indica por onde começar ou o que fazer a seguir para progredir no jogo ausente de uma linguagem compreensível.

    Brothers

    Eu não costumo mencionar a direção quando se trata de um jogo, mas neste caso é interessante ressaltar o excelente trabalho de Fares em trazer algo que é direcionado para o subjetivo e experimental, uma característica muito especial dos jogos indies e que tornam o título algo muito único.

    A relação entre jogabilidade e história é uma harmonia que em poucos jogos se encontra algo que, agora que tive a incrível experiência de joga-lo, justifica ele ser tão querido desde o seu lançamento.

    Particularmente eu acho interessante quando um jogo utiliza uma linguagem não verbal para contar sua história e, mesmo que em Tale of Two Sons exista sons, não é possível compreender o que é dito ficando aberto a interpretação de quem joga. Essa abertura para o imaginário realça o aspecto emocional que a narrativa produz, pois a interpretação dos diálogos fica direcionada a sua vivência como uma pessoa em contato com isso.

    Mesmo que não tenha uma grande duração, apesar de ter sido acrescentado mais conteúdo, a história é intensa, com surpresas ao longo do caminho e um desfecho que não existe descrição melhor do que emocionante. Tendo ao longo do caminho interações opcionais que não afetam o seu rumo, mas acrescentam a jornada a experiência de jogo como um todo.

    VEREDITO

    O remake de Brothers: The Tale of Two Sons consegue trazer para a nova geração um dos jogos mais emocionantes de sua época, potencializando as suas qualidades, realizando as melhorias necessárias e preservando o trabalho criativo original.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    TBT #269 | ‘Willy’s Wonderland’ é o FNAF de horror e ação ainda mais absurdo que o original

    Há quem diga que Nicolas Cage é caricato, fraco em suas atuações e muito mais. Mas um ator vencedor de dois Óscars e diversos prêmios pode ser isso e muito mais. Abraçando por vezes a personalidade que muitos assumem que ele possui como em ‘O Peso do Talento‘ e até mesmo ‘Willy’s Wonderland‘. O filme que parece se basear na trama de Five Nights at Freddy’s, mas mergulha de cabeça no mais bizarro que existe, com alguns twists. Com a clássica trama do herói silencioso que adentra as tramas de uma misteriosa cidade em que pessoas de passagem desaparecem, somos surpreendidos por divertidas e curiosas sequências.

    Lar de uma deturpada diversão no passado, a Willy’s Wonderland funcionava como uma casa de festas de dia, mas que a noite, reservava terríveis eventos aos convidados do Willy, um serial killer que escondia suas ações por traz de uma fachada polida e simpática.

    SINOPSE

    Quando seu carro quebra, um homem solitário concorda em limpar um parque de diversões em troca do conserto. Logo ele se encontra em meio a uma guerra contra animatrônicos.

    ANÁLISE

    Willy's Wonderland

    Quando um visitante de uma cidade no meio do nada tem seu pneu misteriosamente rasgado, ele é obrigado a passar a noite como zelador de um lugar – uma casa de festas longe de tudo -, a fim de pagar pelo conserto de seu carro. Ao longo do filme acompanhamos a jornada do zelador, e de jovens da cidade no lugar em que ameaças parecem surgir a todo o tempo, colocando suas vidas em risco. Como um protagonista completamente silencioso, os mistérios relacionados à presença do Zelador giram em torno do personagem ignorar completamente os perigos que surgem a sua frente.

    Enquanto se nega a se levar a sério, o filme nos lança por perigos o tempo todo, mas os perigos só funcionam para os outros personagens, já que o Zelador atua quase sempre como uma força da natureza em direção aqueles que causam o mal.

    Willy's Wonderland

    Como uma diversão garantida não apenas por seus absurdismos, mas pelas sequências de ação completamente inverídicas, Willy’s Wonderland nos faz ver como o que parece ser a primeira adaptação de Five Nights at Freddy’s. Por meio de perigos completamente injustificáveis, vemos como este filme também funciona como uma absurda comédia de terror repleta de ação.

    Enquanto busca apenas passar a noite, o Zelador transpassa todos os perigos que surgem em sua frente, batendo de frente com os terríveis desafios e as ameaças que insistem em surgir.

    VEREDITO

    Willy’s Wonderland diverte, assusta e falha em nos apresentar perigos assustadores. Ao se distanciar de ser um horror e se entregando ao pastelão que ele claramente é, nos faz entender que Nicolas Cage pode ser o que ele quiser no cinema. Até mesmo um protagonista completamente silencioso que só quer ver o sol nascer de novo, nem que precise quebrar no braço diversos animatrônicos malignos e sombrios.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Willy’s Wonderland está disponível no Prime Video.

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