Há duas décadas, em 22 de março de 2005, o mundo dos videogames foi apresentado a God of War, uma saga que redefiniria o gênero de ação e aventura. Desenvolvida pelo Santa Monica Studio da Sony, a franquia acompanha a tumultuada jornada de Kratos, um guerreiro espartano cuja busca por vingança e redenção o leva a confrontos épicos com divindades de diferentes panteões mitológicos.
A origem de uma lenda
O primeiro título, lançado para o PlayStation 2, introduziu os jogadores ao universo brutal da mitologia grega. Kratos, atormentado por seu passado e manipulado pelos deuses do Olimpo, embarca em uma missão para derrotar Ares, o deus da guerra. Com uma jogabilidade inovadora e uma narrativa intensa, o jogo rapidamente se destacou, estabelecendo um novo padrão para o gênero.
Expansão e profundidade
Com o sucesso inicial, a série expandiu-se com sequências como God of War II (2007) e God of War III (2010), aprofundando a trama de Kratos e explorando ainda mais a mitologia grega. Títulos como Chains of Olympus (2008) e Ghost of Sparta (2010) para PSP, além de Ascension (2013) para PlayStation 3, ofereceram prequels e histórias paralelas, enriquecendo o universo da franquia.
Uma nova mitologia
Em 2018, a série foi revitalizada com God of War para PlayStation 4. Ambientado na mitologia nórdica, o jogo apresentou um Kratos mais maduro, agora acompanhado por seu filho Atreus. Essa mudança não apenas renovou a jogabilidade, mas também trouxe uma profundidade emocional inédita à narrativa, sendo aclamada tanto por críticos quanto por fãs.
Para celebrar os 20 anos da franquia, a Sony lançou a God of War Dark Odyssey Collection, disponível sem custo adicional para os proprietários de GoW Ragnarök no PlayStation Store e PC. Esta coleção inclui uma atualização da aparência Dark Odyssey original de GoW II, além de diversos itens cosméticos.
Além disso, uma coleção de vinil com 13 discos e 150 faixas remasterizadas, abrangendo desde o título original até Ragnarök: Valhalla (2023), foi lançada em parceria com a Laced Records. Este box set é um tributo sonoro à rica história musical da série.
Rumores também sugerem o desenvolvimento de um novo título ambientado na Grécia, indicando que a saga de Kratos ainda reserva surpresas para os fãs.
Legado duradouro
Ao longo de 20 anos, God of War não apenas definiu padrões no mundo dos videogames, mas também explorou temas profundos como vingança, redenção e a complexidade das relações familiares. A jornada de Kratos, marcada por batalhas épicas e dilemas morais, continua a ressoar com jogadores ao redor do mundo, solidificando seu lugar como uma das franquias mais emblemáticas da história dos games.
Para os fãs que desejam reviver momentos icônicos ou para novos jogadores prontos para embarcar nesta odisséia, GoW permanece como um testemunho do poder da narrativa interativa e da evolução constante dos videogames.
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Criado por Tite Kubo no começo dos anos 2000, Bleach se tornou parte da trindade dos mangás e animes mainstream que fizeram sucesso naquela década. E entre Naruto, One Piece e Bleach, o último foi um dos únicos a não ganhar uma adaptação no mundo dos games. Ou pelo menos, não a adaptação que merecia. Algo como ver arrancars, shinigamis e qualquer outro inimigo se enfrentando sempre foi difícil.
Ao passo em que Bleach Rebirth of Souls nos lança em um combate tridimensional, navegar pela arena de combate ou pelas histórias acaba por se mostrar eventualmente como uma tarefa árdua. Com elementos de combate muito repetitivos, seremos lançados em arenas de combate e com pouco mais de 30 personagens jogáveis, mergulharemos no mundo de Bleach de maneira definitiva.
Com algo muito parecido com o que a Bandai Namco e a Cyber Connect fizeram à exaustão com a franquia Naruto, a Tamsoft aqui brilha no que diz respeito à recontar as histórias do mangá e do anime.
Respeitando quase sempre as limitações da história, mas nos surpreendendo a todo tempo no que diz respeito à avançar por um mundo conhecido em que a ganância poderá causar o fim do mundo como conhecemos.
Rebirth of Souls é repetitivo, mas desafiador
Com diferentes modos de jogo, Bleach Rebirth of Souls nos apresenta o game mais diverso do mundo criado por Tite Kubo até aqui. Com modo história, divididos entre história principal e secreta – o último nos apresenta algumas linhas narrativas que fogem da história do anime e do mangá. Para ser mais específico, podemos ver no game elementos que fogem do tradicional.
Com uma interface do usuário rica, podemos mudar para as transformações dos personagens, bem como diminuir uma ou mais barras de vida de acordo com golpes finalizadores.
Outros modos do game vem do Modo Offline e do Modo Online. No modo offline, o game nos permite treinar, jogar contra local e realizar missões para obter itens que propiciarão nossa progressão.
Nos tirando quase sempre da diversão para nos forçar a cumprir determinados requisitos a fim de completar 100% das missões, o modo história pode ser divertido para refrescar nossa memória a respeito do que o mangá e o anime contaram até aqui – ou até o fim da Invasão Arrancar.
Segundos alguns jogadores apontaram, as dlcs do game expandirão a experiência, adicionando arcos como A Guerra Sangrenta de Mil anos, que ganhou recentemente uma adaptação após a produção do anime ser interrompida por mais de 10 anos. Bem como personagens secundários da história que não são jogáveis.
Prosseguir sem olhar para trás, ou quase isso
A jornada de Kurosaki Ichigo possui muitos percalços. E por percalços, entenda membros da Soul Society, Hollows, Arrancars, e principalmente, Aizen – em sua forma final, ele é um inferno.
Avançar por um mundo extremamente hostil faz parte da história e aqui, Ichigo parece ter plena ciência disso e só depende de nós fazer frente aos inimigos. Seja buscando Rukia de uma execução na Soul Society, salvando Orihime de Arrancars, ou tentando impedir que o mal destrua o mundo como conhecemos, aqui a gameplay possui certas limitações. Mas nos dá a chance de lutar dos dois lados da arena, do lado do bem ou do mal.
Em alguns dos momentos mais interessantes do game, é possível reviver momentos históricos do mangá e do anime como a luta contra Zangetsu, ou quando o próprio Zangetsu branco assume o controle na luta contra Byakuya.
Apesar do combate de Bleach Rebirth of Souls ser repleto de camadas, a forma mais eficaz de diminuir konpakus – barras de vida – são os golpes de pressão espiritual – uma espécie de golpe especial – ou os ataques follow-ups seguidos dos kikon move – golpes finalizadores.
Entender que mesmo que diferentes personagens possuam diferentes habilidades, por uma, duas ou até três talvez, talvez seja necessário usar o mesmo golpe – o kikon move para derrotar inimigos.
Por mais que o game venha se tornar mais um do cenário competitivo de e-sports, ver como ele foi recebido pela crítica pode ser um final do futuro do game. E se a Bandai e a Tamsoft jogarem as cartas da maneira correta, o game pode ter uma cauda longa e se torne muito mais do que ele foi ao longo de seu lançamento.
E mesmo que utilizar personagens como Grimmjow, Aizen, Ichigo e até mesmo Nelliel em combate seja extremamente satisfatório, talvez Bleach seja divertido de jogar casualmente. E não por horas e mais horas a fio – como eu o fiz.
Nossa nota
3,5 / 5,0
Confira o trailer do game:
Bleach Rebirth of Souls foi lançado no dia 20 de março para o PC, PlayStation 4, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
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Na terceira semana de março (20) chegou às lojas físicas e digitais o mais recente capítulo da franquia Assassin’s Creed da Ubisoft, ambientando o Japão feudal com dois excelentes protagonistas. Não existe oportunidade mais interessante do que neste momento celebrar algo tão novo falar a respeito de como tudo isso começou.
O primeiro Assassin’s Creed foi lançado em 2007, para Playstation 3 e Xbox 360, e neste ano chega ao décimo ano de sua estreia com a proposta ousada de se inspirar em Prince of Persia, outra franquia clássica e marcante para muitos gamers mais clássicos.
O conceito deste universo é a vivência das memórias que carregamos em nosso DNA. Com isso, a experiência, conhecimento e habilidades vividas anteriormente, poderiam ser anexados. Neste primeiro jogo, Desmond Miles passa por tudo isso enquanto estava preso nas indústrias Abstergo.
Posteriormente, jogamos a história de Altair Ibn-La’Ahad, um membro da ordem secreta conhecida como “Os Assassinos” durante a era da Terceira Cruzada. Nosso primeiro contato com ele ocorre na busca pela misteriosa Maçã do Éden, no Templo de Salomão, e acabamos falhando, perdendo sua credibilidade com seu líder, tendo a missão de eliminar oito alvos para retomar a posição na guilda.
Legado de liberdade e origem do Credo
Agora, que estamos perto de duas décadas de história, e a franquia possui uma quantidade de títulos que ora agradaram, ora não. Me surpreende como tão poucas pessoas não conseguem se lembrar deste primeiro jogo, cuja a essência da franquia surgiu de fato.
Na odisseia de Altair temos que ir para quatro cidades: Massiaf, Jerusalém, Acre e Damasco onde temos um ciclo de investigação para realizar os preparativos para o grande momento do jogo, o assassinato do alvo que sempre era seguido por um diálogo entre o protagonista e recente eliminado.
Ao longo dos outros capítulos, de uma forma diferente ou mais estilizada, ainda existe este pequeno resquício disso. Como, por exemplo, em Assassin’s Creed Valhalla, Eivor conversando com um membro recém abatido da Ordem dos Antigos – os templários antes do primeiro jogo -, ao lado de Odin. Fazendo talvez uma comparação mais clássica com o bordão de Ezio Auditore, “Requiescat in pace” após saber todos os segredos do seu inimigo moribundo.
A tênue relação dos eventos fictícios deste universo com fatos históricos reais, colocando a guerra entre assassinos e templários nos bastidores e ainda acrescentando um contexto de universo muito mais amplo quando sabemos da existência dos Isu, sendo este, o fio que sempre esteve presente em todos os jogos e conecta todas essas histórias em uma rede muito grande de acontecimentos. Mas a primeira grande descoberta para um fã dessa franquia começa quando Altair encontra um artefato do Éden, algo que oferece muito conhecimento e vai se aprofundando a cada jogo lançado.
Para tornar este conceito mais interessante, o protagonista interage com pessoas existentes na história, tornando essa narrativa muito mais interessante, sendo a exemplo neste jogo Ricardo l da Inglaterra e Robert de Sable, líder da ordem dos templários. Posteriormente, isso se torna natural à medida que fazemos aliados, inimigos e até mesmo alguns romances, chegando a um novo patamar com a chegada de Shadows e a oportunidade de jogar com Yasuke.
Além de tudo isso, existia um passatempo muito divertido: causar problemas para os guardas da ordem templária ou sarracenos e depois, simplesmente sair correndo pelos telhados das cidades até nos escondermos entre as pessoas como apenas mais um indivíduo na multidão. Esse elemento que constitui a ordem dos ocultos – futuramente batizada de assassinos -, é algo que está na jogabilidade pela furtividade, porém está conectada de forma contundente com os princípios seguidos pela ordem que acredita na liberdade acima do controle de seus inimigos milenares.
A combinação de tudo isso se tornou o alicerce sólido deste universo que passou a ser tão querido, seja pelo parkour pela cidades, a intrigante teia de investigação iniciada por Altair ou até mesmo a simples liberdade de explorar um mundo gigante cheio de segredos. Afinal “nada é verdade, tudo é permitido”
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A história do Japão feudal está repleta de figuras lendárias, mas poucas são tão intrigantes e únicas quanto Yasuke, o samurai negro. Sua vida, cercada de mistério e fascínio, atravessa séculos e continua a inspirar obras de ficção, animações, filmes, livros e jogos em todo o mundo.
Quem foi Yasuke?
Yasuke era um africano, provavelmente oriundo da região onde hoje ficam Moçambique ou a Etiópia, levado ao Japão em 1579 por missionários jesuítas ou mercadores portugueses. Sua presença impressionou o famoso daimyo Oda Nobunaga, uma das figuras mais importantes da unificação do Japão. Nobunaga ficou fascinado não só pelo tamanho físico e força de Yasuke, mas também por sua inteligência e habilidades, e logo o transformou em seu retentor e, segundo relatos históricos, o tornou um samurai – algo impensável para um estrangeiro na época.
Apesar de ter lutado ao lado de Nobunaga e participado de batalhas importantes, o destino final de Yasuke é incerto. Sua história, no entanto, atravessou o tempo como uma lenda e, nos últimos anos, virou inspiração para diversas obras modernas.
Yasuke nas telas
A produção original da Netflix, Yasuke (2021), mistura a história real do samurai com elementos de fantasia, magia e mechas (robôs gigantes). Com produção do estúdio MAPPA (responsável por Jujutsu Kaisen e Attack on Titan) e trilha sonora de Flying Lotus, a série foi elogiada pelo visual e pela liberdade criativa, apesar de ter dividido opiniões entre os que esperavam uma abordagem mais fiel ao registro histórico.
Até o momento ainda não há uma versão live-action de Yasuke, após o sucesso do anime da Netflix inspirado na história do samurai, o serviço de streaming havia anunciado que uma série protagonizada por Omar Sy, da série Lupin, estava em desenvolvimento mas desde então nada mais foi divulgado e aparentemente o projeto não seguiu em frente.
Já em 2024, de acordo com a Variety, a Warner Bros. anunciou um longa dirigido e roteirizado por Blitz Bazawule, conhecido pelo remake de A Cor Púrpura.
Precisamos aguardar por novidades sobre um Yasuke de carne e osso.
Yasuke na Literatura
A história de Yasuke também chegou aos livros:
“Yasuke: The True Story of the Legendary African Samurai” (2019), escrito por Thomas Lockley e Geoffrey Girard, apresenta uma pesquisa detalhada sobre a vida de Yasuke, desmistificando alguns elementos e reforçando o impacto que ele teve na corte de Nobunaga.
HQs e mangás: vários quadrinhos japoneses já adaptaram a figura de Yasuke e algumas publicações independentes que exploram sua jornada de forma mais histórica ou fantástica.
Yasuke nos games
For Honor
Yasuke também foi uma das skins disponíveis no jogo For Honor, um game de combate medieval que inclui guerreiros de diferentes culturas. A presença do personagem foi uma homenagem ao legado multicultural dos campos de batalha históricos.
Assassin’s Creed Shadows
Uma das maiores novidades do universo gamer é Assassin’s Creed Shadows, da Ubisoft, que tem Yasuke como um dos protagonistas. O jogo tem uma abordagem mais realista, misturando a cultura japonesa e o impacto da presença africana naquele período, além de toda a jogabilidade clássica da franquia.
A figura de Yasuke representa algo raro: a quebra de barreiras culturais e sociais em uma época e contexto extremamente fechados. Sua história desperta a imaginação porque mistura exotismo, superação, honra e mistério. Além disso, seu legado ressoa em um mundo que busca diversidade e representatividade em todos os espaços – inclusive nas histórias épicas.
Enquanto novas adaptações continuam surgindo, Yasuke já se tornou muito mais do que uma curiosidade histórica: ele é um ícone cultural e um símbolo da universalidade da coragem e da honra.
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Crash Bandicoot foi lançado em uma época em que mascotes brilhavam no mundo dos games. Mario, Sonic, Banjo-Kazooie e até mesmo Gex foram o rosto de algumas franquias que conquistaram o público e passaram a estampar algumas dos games mais simpáticos de sua época. Lançado para o PlayStation, Crash Bandicoot 2 continua a história do primeiro game. Mas com um hub diferente do que vimos na primeira iteração do personagem, Crash 2 nos lança por uma divertida jornada na qual o personagem central é enganado para cumprir o objetivo do terrível vilão Doutor Neo Cortex.
Como um tradicional game de plataforma, Crash 2 é uma evolução não apenas gráfica como motora do que foi visto em seu antecessor. Sendo necessário coletar 25 cristais – para o vilão do game -, Crash está fazendo o que acha ser certo. Mas mal sabe ele, o quanto está enganado.
Acessando diferentes níveis por meio da Warp Room, somos lançados por diferentes níveis a fim de obter os cristais. Conquistando pelas diferentes dinâmicas e desafiadoras mecânicas, às vezes, tudo que precisamos fazer é avançar por uma floresta tomada de inimigos, ou correr por níveis congelados nas costas de ursinhos.
Passando por 32 níveis, enfrentamos diferentes bosses ao fim de cada warp room. Ao passo que avançamos, cada nível nos desafia de maneiras diferentes, nos forçando a adaptar nossa jogabilidade a fim de progredir.
Eventualmente, Crash descobre a verdade e passa a buscar os diamantes a fim de destruir os esforços e Neo Cortex de uma vez por todas.
CRASH BANDICOOT 2 É PLATAFORMA NA VEIA
Lançado originalmente para o PlayStation em 1997, Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back quando jogado hoje nos faz ver o quanto diversão despretensiosa é importante. E Crash 2 não se leva a sério em momento algum.
Assim como no passado, a obtenção de Aku Aku propiciam e tornam a gameplay mais fluída. E diferente do primeiro game da franquia, aqui, os checkpoints fazem sentido. Não sendo dispersados a cada um terço dos níveis, em Crash 2, os checkpoints são colocados após alguns dos desafios mais difíceis de ser derrotados.
Lembro de na minha mais tenra infância me ver imerso diante da tela com um controle de PlayStation na mão, passando os mesmos níveis todos os dias – sem um Memory Card. Os desafios, movimentações dos inimigos e até mesmo o movimento dos bosses já tinham sido decorados à perfeição. Hoje, quase 30 anos após seu lançamento, com uma memória um pouco cansada, me vi imerso e realmente desafiado.
Em 2017 o game ganhou um remaster por meio da Crash Bandicoot N. Sane Trilogy. Produzido pela Toys for Bob, o remaster se debruçou em cima do material fonte da Naughty Dog e nos fez apaixonar e sentir desafiados como no passado.
Crash 2 coloca em seus jogadores desafios e um sentimento único de frustração dependendo do nível.
FRANQUIA QUE SE MANTÉM RICA 29 ANOS DEPOIS
Crash é uma das franquias mais amadas dos jogos. Não apenas por como apresenta seus desafios, mas também por cativar em seus momentos mais nonsense. Crash Bandicoot eleva sempre o nível da gameplay, proporcionando momentos de tirar o fôlego e de passar raiva também.
Tendo sido aclamado no lançamento do game nos anos 90 e recebendo uma nota 80+ no lançamento do remaster do game em 2017, a franquia Crash se mantém fresca e receptiva a novos jogadores até os dias de hoje.
Estando hoje nas mãos da Toys for Bob, é difícil ver que a desenvolvedora retorne a franquia. Mesmo depois do estúdio ter se desligado da Activision Blizzard. Ao final do ano de 2024, foi a Toys for Bob revelou um teaser que muitos pensaram ser de Spyro 4, o que animou os fãs.
Enquanto uma esperança de um novo game da franquia chegar – já que no lançamento Crash Bandicoot 4: It’s About Time recebeu a nota de 85+ no metacritic – ver Crash ganhar novas aventuras é recompensador e brinca com a nostalgia de todo e qualquer jogador do passado.
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Em 14 de fevereiro de 2025, fomos presenteados com muita nostalgia: uma nova coletânea de jogos da nossa querida Lara Croft. Lançado pela Aspyr, Tomb Raider IV-VI Remastered chega ao PC, no Nintendo Switch, no PS4, no Xbox One, no PS5 e nos Xbox Series X e S. Obrigado, Aspyr, pela chave disponibilizada para este review, sendo ela de Switch.
Com esse retorno de Tomb Raider, teremos os títulos Tomb Raider: The Last Revelation, Tomb Raider: Chronicles e Tomb Raider: The Angel of Darkness disponíveis com diversas novidades. Na parte de história, não teremos muitas mudanças, mas houve pequenas adições em algumas áreas, deixando os games mais completos em sua experiência final.
Nesses títulos, a desenvolvedora buscou elevar ainda mais a experiência gráfica. Por isso, os jogos estão mais bonitos, e você pode alternar entre os visuais a qualquer momento com um botão. Apenas o último título, Angel of Darkness, não recebeu uma grande mudança gráfica em si.
Além das mudanças gráficas já esperadas, temos a adição de controles modernos, para ajudar quem prefere evitar os controles tanque do PS1. Você pode alternar entre eles facilmente no menu. Porém, mesmo com controles modernos, não se engane: não estamos falando de algo semelhante aos jogos atuais de Lara Croft a partir de 2013, mas sim de uma jogabilidade nos moldes de Tomb Raider Legend, Anniversary e Underworld, assim como na primeira trilogia do remaster lançada anteriormente.
Ainda sobre os controles, apesar da modernização permitir que novas pessoas conheçam a franquia e tornando-a mais acessível para aqueles que nunca gostaram do modo tanque, ainda assim, nos três primeiros títulos, muitas pessoas não se adaptaram tão bem. Afinal, são jogos mais antigos.
COMO IV-VI MUDOU A EXPERIÊNCIA
Vendo a recepção do público, a Aspyr tentou melhorar ao máximo essa movimentação moderna e, sim, o resultado é bem legal. Executar os movimentos da Lara agora se tornou um pouco mais fluido, porém não é totalmente perfeito. Se você estiver em um local muito pequeno, ainda teremos a câmera passando por dentro de algumas paredes. Tentando saltar e atirar, com certeza a Lara vai encostar nas paredes, e a câmera se perderá.
Então, continua sendo um desafio em certos combates, e isso pode te fazer perder a calma. Falando principalmente sobre saltos, às vezes você vai errá-los em momentos cruciais, tornando o jogo desafiador nessas partes.
O que me agradou muito foram as novas melhorias de qualidade de vida do game, como as barras de vida, um contador de munição na tela, um botão para pular cutscenes e várias novas animações. O game também conta com um sistema de troféus, com exceção do Switch, que não possui esse tipo de recurso.
Os códigos de trapaça também estão disponíveis, mantendo-se exatamente como nos antigos e funcionando em todas as plataformas. Inclusive, se estiver jogando no PC, recomendamos muito a utilização de um joystick — não só para os códigos, mas também para uma experiência bem mais agradável de jogatina.
O modo foto ganhou novas poses, mas também podemos utilizar as anteriores. Recebemos também um tipo de edição de câmera, o Flyby Camera Maker, que permite posicionar a câmera em locais diferentes para criar uma sequência de captura perfeita, por exemplo.
O título encontra-se mais barato no PC, e essa é a nossa recomendação. Pegá-lo pelo PC vai te fazer economizar bastante. No entanto, ele roda bem no Switch, e, consequentemente, nas demais plataformas, que devem lidar tranquilamente com todos esses títulos. Não tive problemas de performance, mas alguns bugs podem ser encontrados no jogo, como um salto pequeno que faz Lara simplesmente morrer, como se tivesse caído de uma altura absurda. Outros jogadores também relataram outros tipos de bugs, mas, até o momento, não os presenciei. Aguardo muito por futuras atualizações que corrijam esses problemas.
PERSONALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
No PS5, há uma escolha estranha: a retirada da dublagem nos momentos em que a Lara explica as mecânicas para o jogador. Essa decisão aparentemente veio da plataforma e não dos desenvolvedores, mas não ficou muito claro para nós o motivo desse downgrade, já que ouvir a dublagem é sempre legal.
Falando em dublagem, o último título possui dublagem em português, que já estava disponível na época. Não é uma dublagem perfeita, mas com certeza é interessante tê-la. Porém, continua com os problemas de sua época. Em alguns momentos, o áudio fica muito baixo, dificultando entender o que a Lara falou. Acredito que todos estávamos esperando uma correção nesse volume, já que a ideia de remasterizar um jogo para a atualidade é trazer melhorias e, ao mesmo tempo, preservar os jogos antigos. Então, espero bastante que a empresa traga essa correção em algum patch futuro, assim como nas questões de bugs que mencionei.
Inclusive, The Angel of Darkness foi uma decepção. Os outros dois títulos funcionam melhor, têm a melhoria gráfica esperada e proporcionam ótimas experiências para recomendarmos. No entanto, ver The Angel of Darkness novamente receber uma segunda chance foi o que criou o hype dessa coletânea, fazendo com que todos esperassem por correções. Afinal, seu lançamento foi problemático e nunca teve uma versão corrigida.
No fim, tivemos poucas adições ao jogo, e ele continua com diversos problemas de sua época. Novamente, aguardo por patches que entreguem, de fato, uma melhoria. Um adiamento até seria bem-vindo, caso fosse necessário, para poderem focar especificamente nesse jogo. Ele realmente era o mais aguardado por mim e por diversos fãs.
É extremamente positivo ver jogos antigos voltando dessa forma, com melhorias de qualidade de vida e em coletâneas que fazem o preço valer a pena — não só pela nostalgia, mas também pela preservação, como mencionei brevemente. Afinal, esses são jogos que anteriormente estavam presos a uma mecânica única e a consoles mais antigos.
Eu amei a experiência de rejogar Chronicles até o fim, compreendendo que ele tem prós e contras. Ainda não terminei de zerar os outros dois títulos, mas estou no caminho, já que avancei bastante em ambos no momento em que escrevo isso.
Apesar dos pesares, os três títulos são mais do que bem-vindos na atualidade, permitindo-nos revisitá-los ou conhecê-los pela primeira vez. É inegável o esforço da desenvolvedora para entregar melhorias aos jogos e torná-los acessíveis nas plataformas atuais.
O que pode decepcionar são os momentos que comentei anteriormente sobre os controles, especialmente em saltos e combates. Além disso, suas histórias podem não ser tão cativantes, pois, nessa trilogia, vemos Lara repetindo algumas fórmulas já exploradas diversas vezes. Por isso, é totalmente comum você zerar um título e dar um tempo antes de retornar para os próximos. Principalmente no caso de The Angel of Darkness.
De toda forma, se você é fã e encontrou essa trilogia em uma boa promoção, ou até mesmo se percebeu que ela recebeu melhorias desde o lançamento, pode ser o momento perfeito para apreciar um bom jogo retrô.
Nossa nota
3,5 / 5,0
Confira o trailer do game:
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