CRÍTICA | Crowley – A Grande Besta (2019, Skript)

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CRÍTICA | Crowley - A Grande Besta (2019, Skript)

O século XX foi repleto de figuras icônicas, que passaram a definir o que muitos viriam a conhecer depois de seu tempo, tendo deixado alguns legados. E Aleister Crowley, sempre foi uma das personalidades mais controversas dessa época, tendo sido creditado muitas vezes como Satanista, ou um Mestre do Ocultismo.

O tão característico ícone acabou por se tornar um dos personagens mais conhecidos por aqueles mais interessados pelo oculto, ou por Magia – ou Magick, como ele gostava de chamar.

Graças ao fato de em 2017 todos os escritos de Aleister Crowley terem entrado em domínio público, a Editora Skript lançou em 2019 a HQ Crowley – A Grande Besta.

Aleister, nasceu Edward, o filho de uma família abastada e extremamente fervorosa no que tange a religião na Inglaterra do século XIX. Sua transição pelos séculos veio ao deixar pra trás seu nome de batismo, passando a viver por suas próprias intenções.

Um hedonista assumido, Crowley passou a vida em busca dos mais diversos prazeres e se tornou poeta, alpinista, enxadrista, pintor, filósofo, parte dos esforços britânicos na Segunda Grande Guerra, líder religioso, dândi, profeta, crítico social, mago, testador de limites e experimentalista.

Ele também foi o pai de uma filosofia religiosa chamada de Thelema, que tinha como a lei principal: “Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei, amor sob vontade.”

Ao testar os limites – os próprios ou de seus seguidores -, Aleister Crowley acabou por quebrar aqueles que o cercavam. A Magia foi a forma que ele encontrou de se tornar um Grande Mestre, ou a Grande Besta.

O icônico mestre do oculto se reuniu com as forças Aliadas durante a Segunda Guerra como um dos membros que procurava bater de frente com o braço da SS responsável pelo estudo de forças ocultas, a Schutzstaffel, liderados por Heinrich Luitpold Himmler.

Aleister usou da riqueza de sua família para impulsionar seu conhecimento, assim como sua influência, tendo viajado para o Egito, México e Portugal. Ao viver por muitos anos no Egito e estudar uma das civilizações mais antiga da humanidade, Crowley passou a acreditar ser o profeta de uma nova era – com base em uma experiência espiritual que ele e sua esposa Rose Edith tiveram em 1904. Segundo o “mago”, um ser espiritual entrou em contato com ele, e ditou um texto que viria a ser conhecido como O Livro da Lei, que passou a ser a base da Thelema.

De forma mais profunda, no quadrinho com roteiro de Douglas Freitas e ilustrações de Rob Saint, somos capazes de entender um pouco da mente do controverso personagem, sendo possível notar o quão narcisista, manipulador, tóxico e insano ele era. Crowley foi capaz de mudar para a sempre a vida de todos aqueles que o rodeavam… mas não para a melhor.

Nossa nota

Crowley – A Grande Besta está disponível para compra nesse link! Você já leu o quadrinho? Conta pra gente o que achou nos comentários e dê sua nota abaixo!

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