CRÍTICA – Bad and Crazy (1ª temporada, 2023, Netflix)

    Os doramas se tornaram um grande sucesso no serviço de streaming Netflix e a cada nova atualização de seu catálogo mais produções asiáticas vão ganhando espaço nas listas e corações dos assinantes. Dentre estas produções está Bad and Crazy lançado originalmente pela emissora TVN e tendo em seu elenco Lee Dong-Wook (Goblin), Wi Ha-Joon (As três Irmãs) e Ha Ji-Eun (Invasão Zumbi) contendo doze episódios que foram lançados semanalmente.

    O seriado não segue o formato costumeiro dos seriados asiáticos contendo entre 16 e 20 episódios, apesar de ser mais curto a história consegue ser fechado dentro de sua exibição.

    Lançado originalmente em 2021, Bad and Crazy estreou na gigante do streaming em novembro de 2022.

    SINOPSE

    Bad and Crazy gira em torno de um detetive corrupto que começa a manifestar dupla personalidade com senso de justiça. Soo-Yeol (Lee Dong-Wook) trabalha como policial sendo competente no que faz, mas tem atitudes questionáveis. Ele fará qualquer coisa para obter sucesso e não vai deixar que nada interfira em seu caminho. Devido a sua personalidade ambiciosa, recebeu diversas promoções em um curto período. Sua vida muda com a chegada de K (Wi Ha-Joon) uma pessoa justa e moral, mas também um pouco desequilibrado. Sempre que vê alguma injustiça, ele a enfrenta.

    ANÁLISE

    Bad and crazy é uma história altamente divertida, principalmente pela ambivalência moral do seu protagonista que enfrenta o seu lado mais nobre, sendo até punido por ele. Aqui, a química entre Ha-Joon e Dong-Wook é excelente em cena, se tratando que ambos interpretam duas facetas do mesmo personagem, promovendo momentos emocionantes e engraçados proporcionalmente.

    A trilha sonora do K-drama é outro destaque, dando sentido exato para cada momento da história, destacando a música “Bump!” tema do co-protagonista K, o motoqueiro misterioso que luta contra a injustiça.

    O roteiro consegue desenvolver muito bem o protagonista sobre seu lado corrupto, insensível e altamente egoísta logo em seus primeiros episódios (bad) e seus encontros imprevisíveis com o motoqueiro misterioso (crazy) que pune Soo-Yeol por suas atitudes.

    É muito interessante conhecer a personalidade de K o “ultimo herói desta era” personificando um lado de Soo-Yeol mais nobre e seu guardião dos eventos que constituem a sua história de vida. Torna-se surpreendente como esta história nos conta sobre o que somos em um todo. Seja bom, mal ou louco, são partes de nós e não existe apenas um aspecto que seja essa totalidade ou verdadeiramente a represente.

    Ao longo dos doze episódios existem algumas tramas contadas. A investigação em torno do assassinato de um policial, uma apreensão de uma traficante de drogas além de um serial killer e conectado a história de vida de Soo-Yeol.

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    Apesar de ser um tema menos abordado, existe uma tensão romântica entre Soo Yeol e Lee Hyu-Gyeom (Han Jin-Eun) de um relacionamento terminado graças ao egoísmo de Yeol, porém K ainda nutre muitos sentimentos pela amada de ambos.

    Cada uma destas tramas é contada concomitantemente a outra, hora se conectando ou sendo o tema principal de cada episódio e todas as história são finalizadas sem deixar questões em aberto o que torna Bad and Crazy ainda mais interessante.

    VEREDITO

    Tão incomum quanto seu título Bad and Crazy é um excelente K-drama deste universo que cada vez mais ganha espaço no mundo dos streamings, sendo muito divertido, emocionante, empolgante e intrigante como a história de seu protagonista e suas duas facetas.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original:

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    CRÍTICA – My Name (1ª temporada, 2021, Netflix)

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