CRÍTICA – Primeira Morte (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Primeira Morte (do inglês First Kill) é a mais nova série dramática da Netflix. A série é baseada em uma história curta da autora Victoria “V. E.” Schwab, best-seller do New York Times que conta a história de amor entre Juliette e Calliope, respectivamente uma vampira e uma caçadora de monstros.

    A série da Netflix conta a história de duas protagonistas abertamente queer, que precisam enfrentar não apenas as dificuldades da adolescência, mas entender seus respectivos lugares no mundo agora que estão apaixonadas e vivem em mundo completamente opostos.

    Primeira Morte estreou na Netflix no dia 10 de Junho.

    SINOPSE

    Baseada em uma história curta da autora Victoria “V. E.” Schwab, best-seller do New York Times, Primeira Morte apresenta uma clássica história de amor proibido cheia de reviravoltas. Juliette (Sarah Catherine Hook) é uma vampira adolescente e está na idade certa para fazer sua primeira vítima. Para que seja considerada parte da família de vampiros, ela planeja matar Calliope (Imani Lewis), uma garota nova na cidade. No entanto, ela se surpreende quando descobre que Calliope é uma caçadora de vampiros, fazendo parte de uma tradicional família de caçadores.

    ANÁLISE

    Ambientado em Savannah, na Geórgia, a série nos lança na história das Fairmont e Burns. Os Fairmont, são vampiros chamados de Imaculados, que podem sair em plena luz do dia e que são imensamente mais resistentes do que os vampiros comuns. Sua origem que data desde o Jardim do Éden, nos apresenta elementos que giram em torno de provar que toda e qualquer criatura presente na série é oriunda e tecnicamente, “natural”, ainda que sobrenaturais. Os Burns, são uma longa linhagem de caçadores de vampiros.

    Muito da história de Primeira Morte me deixa confuso desde seus primeiros minutos. Não apenas pelo fato da trama se aprofundar sem esclarecer diversos fatos anteriormente explicitados, como se fossem de conhecimento comum, mas também pelo fato da série não se aprofundar realmente em nada.

    O cuidado que o roteiro e os diretores tem com seu par de protagonistas é incrível, ver a relação de Juliette e de Calliope em tela é incrível, mas o mesmo não pode ser dito da trama.

    Ainda que repleta de detalhes que permeiam a forma de nossas personagens verem o mundo que estão adentrando, o caminho pelo qual a trama insiste em perseguir não é interessante, tampouco cativante, e parece deixar nossas personagens sempre na metade do caminho.

    Ao longo de seus oito episódios, Primeira Morte nos apresenta uma trama cuja base para seus arcos é quase que inexistente. Por mais que sua trama pareça ter uma história a contar, a série não parece saber onde quer levar essa trama. Ver uma relação queer em tela é algo muito bonito, isso quando essa relação não é repleta de dramas e dificuldades que a mídia sempre faz questão de apresentar, como se essas histórias fossem uma sequência de desgraças. Se a relação de Julie e Cal fosse leve e tranquila como a história apresentada em Heartstopper, a trama tomaria um rumo completamente diferente.

    VEREDITO

    Primeira Morte

    Primeira Morte poderia tomar tantos rumos diferentes e se mostrar relevante para o atual cenário sobrenatural de séries, mas acaba por se mostrar mais do mesmo. Como uma mistura fraca de Vampire Diaries e Shadowhunters, a série falha e parece se perder em si mesma. Como uma trama que começa com força, parece murchar rapidamente antes mesmo de chegar a sua metade, acaba sendo o único mistério que a série me apresenta.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Primeira Morte está disponível na Netflix.

    Confira o trailer da série:

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