CRÍTICA – Tomb Raider: A Origem (2018, Roar Uthaug)

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Desde seu primeiro game em 1996, a Tomb Raider, Lara Croft evoluiu significativamente. Durante 15 jogos, a protagonista teve diversas mudanças físicas e mostrou muitas facetas de uma só personagem.

A personagem ganhou duas versões em live-action, e foi adaptada para os cinemas duas vezes; em 2001 e 2003. Ambos os filmes estrelados por Angelina Jolie mostravam uma Lara Croft hipersexualizada, mas que de certa forma, ainda mantinha um pouco da persona que víamos nos games que jogamos durante quase toda nossa infância e adolescência.

Em 2013, Tomb Raider ganhou um reboot nos games produzido pela Square Enix e Crystal Dynamics, o game mostrava uma nova Lara Croft, que entrara recentemente na vida adulta.

Croft partia junto de sua equipe a bordo do Endurance, em busca da ilha mística de Yamatai. Segundos lendas e histórias contadas pelo seu pai, a ilha estava localizada no que é conhecido como Mar do Diabo, e abrigava a Rainha Himiko, conhecida pelo título de “Rainha Sol”, e segundo conta a lenda foi abençoada por poderes xamânicos que lhe permitia controlar o tempo. Ao chegarem próximo da ilha, a tripulação do Endurance é pega de surpresa por uma tempestade, que afunda a embarcação, e nesse momento a aventura de Lara começa.

Tomb Raider de 2013, foi um dos games de mais sucesso daquele ano, e ganhou uma continuação em 2015, com Rise of the Tomb Raider.

Tomb Raider: A Origem, é a mais nova tentativa da Warner Bros. de levar a franquia às telonas. Lançado em 2018, o longa é estrelado por Alicia Vikander e dirigido por Roar Uthaug, e é uma adaptação direta do game de 2013, tornando-se uma tentativa clara de ser um reboot de sucesso no cinema, assim como o foi no game.

O primeiro ato Tomb Raider: A Origem começa de forma promissora, e nos primeiros minutos, nos mostra uma Lara Croft forte porém ambígua, relutante em aceitar o legado deixado por seu pai – um pesquisador e arqueólogo famoso, que desapareceu há 7 anos – ou seguir em frente, sem depender de sua herança e o império Croft. Diferente do game em que foi baseado, o filme nos entrega todo o background de Lara, suas motivações, sua vida antes da aventura se iniciar, com a intenção de desenvolver um vínculo entre personagem e espectador, que infelizmente não é suficiente para tal laço ser desenvolvido.

O filme tem como foco a evolução de Lara, e ela tomando o controle de sua vida e sendo tudo que foi moldada para ser desde pequena. A trama é cercada de clichês, que nos dão a sensação de já ter visto aquelas cenas.

A relação de Lara e seu pai ausente (Dominic West), é firmada por meio de flashbacks que nos mostram um pouco mais da formação da jovem Croft como a arqueóloga que seu pai a criou para ser.

Apesar de cenas brilhantes no que se refere a adaptação do material fonte, Tomb Raider: A Origem deixa a desejar no que se refere à obra como produção cinematográfica. Com um roteiro irregular e conveniente, a direção de Roar Uthaug tenta compensar o filme com a trilha sonora, que nos deixa a todo momento esperando cenas de ação que não chegam.

A Lara Croft de Tomb Raider: A Origem apesar de forte, é rasa e superficial, claramente prejudicada pelo roteiro e pela direção. A atuação de Alicia Vikander, é ordinária, comum, e consegue transpôr bem pouco da personagem mostrada nos jogos da franquia e nos faz perceber que apesar de talento, a atriz não tem carisma o suficiente para segurar sozinha um título como Tomb Raider

Avaliação: Ruim

.Confira o trailer:

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Tomb Raider: A Origem chega hoje, 15 de Março, aos cinemas de todo o Brasil.

Confira também o primeiro vídeo oficial de The Shadow of the Tomb Raider:

 

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