CRÍTICA – Life is Strange: True Colors (2021, SQUARE ENIX)

    Life is Strange: True Colors é um dos grandes lançamentos da SQUARE ENIX em 2021. Indicado ao Game Awards nas categorias Games For Impact, Best Narrative e Best Performance, a tão aguardada continuação da franquia Life is Strange já nasceu com grande hype.

    Infelizmente, seu lançamento para Nintendo Switch foi postergado, chegando ao console alguns meses após a liberação global em outras plataformas (Playstation 4 e 5, Xbox One, Series X e S, PC e Stadia). Devido às configurações do Switch, o game precisou ser refeito, sendo portado basicamente do zero para o console da Nintendo.

    Confira abaixo o que achamos do jogo para Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Inicie uma nova e ousada era do premiado Life is Strange, com uma nova protagonista e um mistério emocionante a ser solucionado!

    Faz tempo que Alex Chen reprime a “maldição” que a assola: a habilidade sobrenatural de vivenciar, absorver e manipular as fortes emoções de outras pessoas, que aparecem para ela como auras coloridas e vibrantes.

    Após a morte de seu irmão em um suposto acidente, Alex precisa lidar com seu poder instável para descobrir a verdade e desvendar os segredos sombrios de uma pequena cidade.

    ANÁLISE

    Confesso que Life is Strange: True Colors era um dos games que eu mais estava aguardando em 2021. Sabendo do histórico da franquia, estava bem animada para ver a nova proposta, com uma protagonista diferente e essa habilidade estilo O Vidente.

    Entretanto, o atraso no lançamento para Nintendo Switch fez o meu hype diminuir, pois todo mundo estava jogando em outros consoles, e era quase impossível não receber um spoiler aqui e ali. Mesmo assim, me mantive motivada e, quando a hora finalmente chegou, fiquei surpreendida com uma narrativa bem interessante.

    O visual no Nintendo Switch ficou bem comprometido em comparação com outros consoles. O efeito de desfocar o fundo das cenas é usado constantemente, fora que quando há zoom em alguma foto ou história em quadrinho (elemento utilizado em uma das fases da história), você não consegue ver os detalhes dos itens. A qualidade dos gráficos ficou bem comprometida, e acaba deixando um gosto amargo em meio a uma experiência que tinha tudo para ser melhor.

    Esses problemas visuais se estendem a outras situações dentro de Life is Strange: True Colors. É curioso pensar que o game foi anunciado para todas as plataformas ao mesmo tempo, e foi postergado para o Switch na semana do lançamento. A diferença entre consoles não deveria ser uma preocupação desde o início do desenvolvimento?

    CRÍTICA - Life is Strange: True Colors (2021, SQUARE ENIX)

    É fato que, se analisarmos que o jogo foi reformulado basicamente em um período de três meses, não é lá um resultado tão ruim, mas causa um desconforto principalmente pelo valor cobrado (R$ 299,90 na eShop brasileira).

    Entretanto, as mecânicas funcionam bem e a história é atrativa. Provavelmente os dilemas de Alex e a trilha sonora sejam os pontos que mais chamam a atenção em Life is Strange: True Colors. A trilha sonora é muito boa, causa grande impacto em diversas cenas e realmente eleva a experiência.

    O trabalho de áudio de Life is Strange: True Colors também é muito bem desenvolvido, e a equipe que empresta suas vozes aos personagens está de parabéns. Seu trabalho é crucial para que o jogador se mantenha conectado às emoções vivenciadas em tela.

    A trama também se empenha em trazer situações e debates importantes, como traumas familiares, pessoas em situação de vulnerabilidade, saúde mental e sexualidade. A forma como os roteiristas encontraram para trazer esses pontos à mesa, com uma personagem super poderosa, é algo bem bacana e que realmente funciona.

    No fim do dia, as horas gastas em Life is Strange: True Colors garantem um ótimo entretenimento, mesmo com os problemas técnicos e a qualidade inferior dos gráficos. Acredito que a experiência deva ser incrível no Playstation e no Xbox Series X e S, mas no Nintendo Switch poderia ser melhor.

    VEREDITO

    Com uma ótima história e trilha sonora, Life is Strange: True Colors é um excelente jogo de escolhas. Apesar dos problemas visuais no Nintendo Switch, é um game que vale a pena ser conferido por seu roteiro afiado e ótima trilha sonora.

    Nossa nota

    4,0/5,0

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