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    CRÍTICA: A segunda temporada de ‘Round 6’ mostra a complexidade na subjetividade humana

    No final de 2024 tivemos a sequência de Round 6, uma das produções sul coreana de grande sucesso ao redor do mundo e com uma sequência que gerou uma grande expectativa por parte dos seus fãs. Nesta segunda temporada novos atores se juntam a Lee Jung Jae (Seong Gi Hun), Gong Yoo (Recrutador), Lee Byun Hun (Líder) e Wi Ha Joon (Hwang Jun Ho) como novos jogadores e outros personagens que irão continuar a história encerrada ao final do primeiro ano.

    Entre as novidades estão Park Sung Hoon (A Lição), Kang Ae Shim (Rainha do Divórcio), Yang Dong Geun (Yaksha), Joy Yu Ri (Mimicus) além de Choy Seung Hyun conhecido como o cantor de rap T.O.P.

    A produção que tem sete episódios nesta sequência chegou em 26 de dezembro de 2024, segue com Hwang Dong Hyuk no roteiro e direção com a previsão da terceira temporada para ser exibida ao longo de 2025.

    SINOPSE

    Três anos após vencer o Jogo da Lula, o Jogador 456 segue firme em seu propósito de descobrir quem está por trás da competição para colocar um fim no cruel esquema. Financiando sua investigação particular com a fortuna que conquistou na primeira temporada, Gi-hun começa pelos lugares mais óbvios, procurando o homem de terno que lhe propôs um jogo na plataforma do metrô.

    À medida que começa a obter resultados em suas buscas, Gi-hun percebe que sua luta contra a organização será mais mortal do que imaginava: para acabar com o jogo, ele precisará voltar a participar dele.

    ANÁLISE

    Round

    Em minha análise sobre o que gostei ou não a respeito desta segunda temporada de Round 6 me chamou à atenção como essencialmente o mesmo jogo pode ser uma dinâmica completamente diferente apenas mudando os contextos das pessoas que participam, o que podemos elogiar o excelente trabalho do roteiro que ao apenas reunir um outro grupo de jogadores existe uma dinâmica nova.

    Na primeira temporada sempre penso sobre a dinâmica destas pessoas desesperadas por um rumo melhor em suas vidas girar muito mais em torno das decisões morais, o conhecido questionamento “quanto de dinheiro resolveria a sua vida?”. Inclusive com um participante sendo um criminoso que não se arrependia de manipular, oprimir e matar para ser o vencedor que acaba sendo o nosso protagonista carregando a culpa de sua vida financeira ser resolvida às custas de outras o que leva aonde chegamos na temporada atual.

    Gi Hun não é o tipo de protagonista que é perfeito, pelo contrário, ele é falível da mesma forma como foi o seu plano de encontrar o Recrutador, que diga-se de passagem foi brilhantemente interpretado por Gong Yoo, custando aliados e ainda cruzando com o caminho do detetive Jun Ho que pretende retornar ao local dos jogos.

    Round

    O que mais gosto neste começo muito mais cadenciado para nos situar do que está acontecendo após a passagem de tempo é que não estamos encontrando um personagem que se tornou um super herói neste período. Ele continua ainda sendo uma pessoa comum, teve alguma preparação mas com uma motivação que poderíamos considerar quase impossível quando pensamos que seus inimigos são pessoas super ricas, sem identidade, altamente desumanizadas e desta forma o vemos retornar a um lugar conhecido.

    Neste ponto considero que esta sequência supera a primeira temporada porque seria muito seguro repetir os mesmos elementos narrativos anteriores, mas trouxe uma nova leva de personagens que muda o conceito do jogo para o desfecho que temos nesta temporada.

    Diferente de antes, não estamos vendo pessoas trazendo reflexões a respeito de questões morais, mas também sociais criando o que considero de fato uma disputa de classes entre os participantes que são muito mais questionadores em relação ao outro grupo.

    Anteriormente não havia uma quantidade de pessoas que se moveu socialmente a ponto de ganhar visibilidade como nos casos do jogador 230, um rapper que usa nome de vilão de quadrinhos, youtuber guru de investidores, figuras religiosas e até empresários. Por outro lado temos o contraste com o mesmo perfil que já conhecemos, muito mais evidenciado com a presença de uma mulher gestante, um apostador compulsivo e uma mulher trans que se torna um dos grandes destaques da temporada.

    Isso fica evidente quando vemos os novos jogos em grupo que são inseridos, o desejo de seguir ou encerrar a participação nos jogos e crescimento das tensões em torno deste assunto.

    O conflito dentro do jogo ainda ganha mais contornos interessantes com a presença de um infiltrado que consegue se passar muito bem por uma pessoa comum a ponto de retirar as suspeitas do protagonista sobre si. Além dele sabemos de um segundo infiltrado entre os grupos que estão procurando pela localização da ilha acrescentando mais uma camada ao mistério sobre a influência dos responsáveis dos jogos.

    Aspectos técnicos como a direção e montagem continuam sendo incríveis, além da cenografia sempre repleta de referências ou spoilers do que pode vir a surgir nesta nova leva de episódios.

    Atuações são bem sólidas e intensificam o crescimento dos personagens na trama citando como exemplo a jogadora 120 Hyun Ju interpretada por Park Sung Hoon, cujo os bastidores de sua participação por si só são uma crítica direta a forma como a sociedade sul coreana e até podemos estender para a nossa própria são preconceituosos com atores abertamente LGBTQIAPN+ no meio artístico.

    Como já sabia que haveria uma temporada seguinte, já achava esperado que o final do segundo ano fosse em aberto e com a expectativa de algo muito mais perigoso aos jogadores nos episódios que estarão por vir.

    VEREDITO

    Acredito que a segunda temporada de Round 6 mantém a qualidade técnica em relação ao ano anterior, mas consegue superar em quesitos narrativos apresentando uma nova dinâmica em um contexto já conhecido e com a expectativa de desdobramentos muito mais dramáticos.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer de Round 6:

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    CRÍTICA: ‘Indiana Jones e o Grande Círculo’ é respiro em franquia limitada pelo tempo

    Harrison Ford é o rosto do icônico explorador Indiana Jones há mais de 40 anos. Porém, com o passar do tempo e a idade avançada do ator, que hoje tem 82 anos, a franquia parecia limitada por um fator inevitável: a biologia. Indiana Jones e o Grande Círculo surge como uma solução criativa, transportando o personagem para o universo dos games, onde novas aventuras podem ser vividas sem as amarras do tempo.

    No jogo, Troy Baker assume o papel de Indiana Jones, trazendo o lendário arqueólogo para uma nova geração. A trama nos leva a um mundo repleto de perigos, viajando por diferentes países enquanto enfrentamos nazistas e fascistas em busca de um artefato de grande poder. Mesmo em um formato diferente, a essência clássica do personagem permanece intacta, com puzzles, ação e mistérios que evocam os melhores momentos da franquia no cinema.

    Com uma gameplay em primeira pessoa, o jogador vive a experiência na pele de Indiana Jones, explorando regiões de grande importância cultural e histórica. A história combina o charme nostálgico do personagem com elementos inéditos, como Gina, uma nova companheira de aventuras, e o enigmático Grande Círculo, um artefato cuja origem e propósito guiam a narrativa.

    SINOPSE

    Descubra um dos maiores mistérios da história em Indiana Jones e o Grande Círculo, uma aventura solo em primeira pessoa ambientada entre os eventos de Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada. Em 1937, forças sinistras estão vasculhando o mundo atrás do segredo de um poder ancestral ligado ao Grande Círculo. Só uma pessoa pode impedi-las: Indiana Jones.

    ANÁLISE

    Grande Círculo

    Desenvolvido pela Machine Games, responsável pelos games mais recentes da franquia Wolfenstein, como The New Order, The Old Blood, The New Colossus e Youngblood, o game mergulha em tudo que a franquia tem de melhor. Com recursos de roteiro diretamente ligados à tudo que Indy é, o game apela para o senso de humanidade do personagem, sua curiosidade, enquanto explora algumas das suas melhores características.

    Viajando por Roma, Tailândia, Egito e Himalaia, vemos o quão profunda e repleta de detalhes a trama do Grande Círculo é. Envolvendo locais de grande poder, ou pelo menos de grande importância histórica, somos engolidos por uma trama tão profunda quanto o início dos tempos, ou melhor, a gênese.

    Com gigantes, nazistas e fascistas e terríveis ameaças, precisamos lutar para realizar a missão principal de entender melhor o que os nazistas buscam, mas também entender a razão da jornada ter encontrado Indy.

    PUZZLES, GAMEPLAY E ENREDO

    Grande Círculo

    “Você me perseguiu pelo mundo. Você está obcecado, Jones!”

    “Você é nazista! É claro que eu vou te deter!”

    Um dos pontos fortes de Indiana Jones se dá pelo simples fato deste ser essencialmente, o que o filme é. Mas nos forçando a pensar como Indy pensaria, tentando entender a lógica de puzzles e dinâmicas do mundo no qual estamos inseridos, precisamos perseverar.

    Com puzzles de roldanas, engrenagens e artefatos misteriosos, Indiana precisará se disfarçar a fim de navegar por território inimigo. Ele terá que desvendar mistérios que os inimigos planejam usar a todo e qualquer custo.

    Apesar de pecar em um aspecto direcionado à navegação – pela falta de fast travels espalhados pelos enormes mapas -, precisamos atravessar enormes áreas a fim de completar nossos objetivos, mas não apenas isso. Outro ponto negativo a meu ver, é o número absurdo de missões secundárias pode levar até algumas horas para ser concluídas.

    Riquíssima no que diz respeito aos detalhes de enredo e por como trata o legado de Indiana Jones, o game se aprofunda nos aspecto mais profundos da personalidade do personagem que acompanhamos há mais de 40 anos. Enquanto nos lança nos mistérios do Grande Círculo, mergulhamos no Vaticano, exploramos tumbas, escalamos montes congelados e mergulhamos em lagos perigosos do sudeste asiático.

    Muito longe de querer nos ensinar como o mundo funciona, o game se aproveita dos aspectos lúdicos e místicos, que puderam ser vistos em todos os filmes até aqui.

    VEREDITO

    Chafurdando em tudo que a franquia tem de melhor, Indiana Jones e o Grande Círculo aproveita o espaço deixado entre os filmes para nos apresentar jornadas e aventuras completamente inéditas. Seguindo um precedente já explorado em Indiana Jones e a Relíquia do Destino, o jogo utiliza janelas de tempo para inserir aventuras pontuais de Indy, criando um potencial para que esse formato se torne recorrente no futuro.

    Embora não alcance os pontos mais altos das histórias do amado arqueólogo, o game entrega uma experiência divertida e cativante. Ele desperta uma profunda nostalgia, lembrando-nos do porquê as aventuras de Indiana Jones são tão marcantes. Mais do que isso, prova que essas histórias podem ser atemporais – e que mergulhar nelas será sempre tão gratificante quanto socar a cara de um nazista ou um fascista.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Indiana Jones e o Grande Círculo é desenvolvido pela MachineGames e publicado pela Bethesda. O game foi lançado para PC e Xbox Series X/S no dia 9 de dezembro e está disponível no Game Pass. O game será lançado também no futuro para o PlayStation 5.

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    CRÍTICA: ‘Legacy Of Kain: Soul Reaver 1 e 2 Remastered’ é como um remaster como deve ser

    Traição, ódio e vingança em uma ambientação muito sombria são a combinação perfeita que define a franquia Legacy of Kain, um clássico dos games que foi um sucesso durante o final dos anos 90 e década de 2010. Entre os lançamentos o jogo Soul River é um dos mais conhecidos e para a celebração de 25 anos deste lançamento chegou para antiga e nova geração a coletânea remasterizada Legacy of Kain: Soul River 1 & 2.

    Com o lançamento acontecendo no último dia 10 de dezembro, o desenvolvimento original foi realizado pela Crystal Dynamics e o trabalho de remasterização e publicação deste lançamento é feito pela Aspyr conhecida por fazer a portabilidade de jogos como a trilogia remasterizada dos primeiros três títulos da série Tomb Raider.

    SINOPSE

    Séculos após ser traído e executado por Kain, seu antigo mestre, Raziel ressurge e parte em uma busca implacável por vingança contra aqueles que o destruíram.

    Mate seus antigos irmãos vampiros com as próprias garras, raios de energia telecinética e a incrível lâmina espectral Sou Reaver e fique mais forte devorando a alma dos inimigos com a benção que o Deus Ancião concedeu a você para se deslocar entre os reinos Espectral e Material e percorra os reinos para solucionar quebra-cabeças, revelar novos caminhos e derrotar seus inimigos.

    ANÁLISE

    Legacy Of Kain

    Este jogo é um bom exemplo sobre o que realmente deveria ser a função de uma versão remasterizada de um jogo que fez sucesso e pode ser considerado um clássico, pois Soul Reaver 1 e 2 é uma versão atualizada cheia de elementos interessantes que vale a pena para um jogador de uma geração de games conhecer e uma experiência muito completa para um apreciador mais antigo que teve contato direto com o título durante seu lançamento.

    A primeira coisa que achei altamente interessante foi o launcher de Soul Reaver, que além de ter os dois jogos disponíveis, encontrei uma inúmera quantidade de conteúdo extra relacionado a produção dos jogos como a gravação dos diálogos, testes que foram realizados durante o processo de desenvolvimento, o roteiro de ambos os jogos e com direito a uma explicação detalhada deste universo.

    Me deparando com tudo isso tive a saudosa lembrança da época dos lançamentos em mídia física como as fitas VHS e DVD’s que além do produto estava recheado de detalhes sobre a produção e o que mais fosse relevante em torno da experiência o que fez este reencontro com Soul Reaver algo muito mais especial.

    Legacy Of Kain

    A respeito dos jogos achei muito interessante que o trabalho de remasterização tornou a experiência atual com suas melhorias gráficas e no som, mas não algo completamente distante para não reconhecermos que este jogo ainda é de um geração anterior.

    Como é esperado de um remaster, os controles são muito mais responsivos para as interações com o ambiente, para os puzzles, transição entre reinos e até algo muito mais simples como a movimentação do nosso vampiro no ambiente de jogo e para os combates que ficaram muito mais eficientes por isso.

    O design de personagem é outro ponto que merece muitos elogios porque enfatiza a expressões do protagonista e isso se torna um facilitador para te conectar de forma mais imersiva com a trama.

    A jogabilidade de Soul Reaver é uma combinação de ação e estratégia tendo como a cerne disso utilizar os ataques físicos com as habilidades vampíricas adquiridas por Raziel após estar no rio das almas por mais de um milênio. Mesmo após tanto tempo desde minha última run em neste título continua sendo muito divertido desbravar Nosgoth e enfrentar os inimigos deste personagem que está em busca de vingança.

    Legacy Of Kain

    Acredito que os puzzles são bem desafiadores mesmo para a nossa época moderna de jogos, tendo a necessidade alternar entre os planos espiritual, material e ter sucesso para avançar na trama ou descobrir algum segredo é muito recompensador o que facilmente encoraja a continuar seguindo na jogatina para a próxima etapa.

    Concluindo toda a experiência deste remaster que destacar a história que continua sendo fascinante como foi na experiência de outrora, me trazendo uma reflexão sobre como falta em um universo de jogos uma história com temática vampírica tão intensa como é o exemplo dado por Soul River.

    VEREDITO

    Como um remaster tem que ser Soul River 1 & 2 é uma celebração muito interessante a um clássico de sua época, com as melhorias que impactam a jogabilidade e o visual e uma experiência nostálgica que exalta um clássico.

    Nossa nota

    4,7 / 5,0

    Legacy of Kain: Soul Reaver 1-2 Remastered foi lançado no dia 10 de dezembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

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    CRÍTICA: ‘Detetive Alex Cross’ é um grande detetive e muito mais

    Em 2024 tivemos um ano com boas séries com o tema policial/investigativo e durante o mês de novembro chegou no serviço de streaming Prime Video mais uma grande novidade deste gênero. ‘Detetive Alex Cross‘ é uma adaptação da série de romance policial escrita por James Patterson, com 8 episódios que foram disponibilizados no dia 14 de novembro de forma legendada e com dublagem em nosso idioma.

    O seriado não é a primeira adaptação da obra literária, tendo os filmes ‘Beijos Que Matam‘, ‘Na Teia da Aranha‘ e a ‘Sombra do Inimigo‘ produções lançadas entre 2001 e 2012 e o brilhante detetive sendo interpretado pelos renomados atores Morgan Freeman e Tyler Perry.

    Nesta nova adaptação o papel principal é interpretado por Aldis Hodge (Adão Negro) tendo a companhia no elenco de Isaiah Mustafa, Juanita Jennings, Calleb Elijah e Melody Hurd. A criação do seriado foi feita por Ben Watkins que após o lançamento da primeira temporada o serviço de streaming Prime Video anunciou a renovação da série para um novo ano que momentaneamente não tem previsão de estréia.

    SINOPSE

    Alex Cross, um detetive de polícia e psicólogo forense de Washington, D.C., equilibra sua vida profissional arriscada com sua faceta de pai dedicado. Tomado por uma determinação obsessiva em revelar os segredos das mentes de criminosos e vítimas, Cross trabalha incansavelmente para descobrir a verdade de seus casos e fazer justiça.

    Lidando com depressão e oscilações de humor desde o assassinato de sua esposa, Cross considera pedir afastamento de suas funções. Entretanto, o detetive se vê na investigação de um novo e profundo caso envolvendo o assassinato de um ativista do movimento Black Lives Matter.

    ANÁLISE

    Alex Cross

    Em tempos que os personagens negros ganham muita força por nos representarem como figuras em posição relevante na sociedade, Alex Cross faz muito bem o seu papel e acrescenta camadas muito mais realistas em torno da sua narrativa.
    Nesta primeira temporada a contextualização sobre a origem do detetive é brevemente revelada, indo diretamente para o momento atual com o caso que será a jornada da temporada.

    Surpreendentemente já temos a revelação da identidade do assassino para que a dinâmica da história seja apenas o jogo entre ele e Cross, sendo o verdadeiro mistério quem está por trás do assassinato de sua esposa e outros núcleos de trama que são incríveis.

    Essa série não se esconde sobre os temas que decide falar sobre, não se limitando a ser apenas mais uma série policial de sempre com o mesmo papel de detetive que já conhecemos e uma análise de caso que na maioria das vezes ignora os contextos que estes acontecimentos estão inseridos. Neste caso o roteiro é excelente por acrescentar de forma muito sistêmica o caso a tudo que está em sua volta e como isso se torna brilhante para a proposta da série.

    Alex Cross

    Em Cross a discussão sobre o racismo, privilégio da branquitude, violência policial e como este sistema não se importa de forma alguma com proteger a população negra e até estereotipá-la é o ponto sólido que sustenta a trama, acrescentando a este cenário o detetive ser parte deste público vítima do ódio vivendo a dicotomia de ser um negro que trabalha como um policial.

    Além disso temos a excelente atuação de Aldis Hodge que expressa de forma tão competente tudo isso com o acréscimo de um homem em um processo de luto patológico de uma vítima de violência e como isso afeta ativamente as suas relações afetivas e profissionais.

    O processo de dedução que usa da psicologia forense e psicopatologia para resolver o caso é muito interessante por ser uma abordagem muito diferente do que se produz em relação ao gênero que geralmente um policial e o psicólogo são parte de uma equipe e nesta série tudo está centralizado neste personagem.

    A direção é boa porque coloca tudo que citei em questão de roteiro de uma forma muito relevante em harmonia com sequências de ação que não deixam a série cair o ritmo ou o seu interesse como espectador a respeito do que está acontecendo.

    Outro elemento que gosto em Detetive Alex Cross é que a série consegue fechar de uma forma bem competente os assuntos e o caso da primeira temporada, sem deixar de lado aquele fio narrativo que pode conectar estes acontecimentos com o que surgir no ano seguinte.

    VEREDITO

    Detetive Alex Cross é uma ótima série que não se limita ao espaço territorial de uma série investigativa, com um protagonista carismático e um roteiro sólido tenho boas expectativas para o que virá a seguir em sua próxima temporada.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA: ‘The Thaumaturge’ tem história fantástica rica, com pés na realidade

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    Ambientado em um período histórico repleto de perigos, ‘The Thaumaturge‘ nos lança na Varsóvia em pleno início do Século XX. Com a Polônia ocupada pelo exército do Czar, seu povo precisa sobreviver apesar do exército que tenta de toda forma se aproveitar deles. Wiktor Szulski – portador de um dom considerados por muitos uma maldição -, nos lança por um RPG cujas nossas ações terão repercussões não apenas para nós, como para todos os personagens ao nosso redor.

    Lançados em um mundo repleto de violência, como um thaumaturge (ou taumaturgo), precisamos retornar à sua cidade natal após a morte de seu pai. Enquanto precisa encarar seu destino, Wiktor precisa controlar não apenas seu salutor, como outros que hão de surgir em seu caminho. Entidades fantasmagóricas repletas de poder, que se alimentam das Falhas de seus portadores.

    Enquanto mescla sua história com personagens fictícios e outros reais até demais. Ao passo que progredimos nos deparamos com histórias tenebrosas, jogadas de poder e uma violência sem igual. Tudo isso, enquanto pode culminar em um dos mais violentos conflitos armados da história.

    SINOPSE

    Wiktor Szulski é um taumaturgo, um mestre de artes místicas, que consegue espiar os corações e mentes alheias, descobrir as suas emoções, desejos e segredos mais profundos. No entanto, os seus poderes também contribuem para o seu orgulho, que lhe dá várias oportunidades ou leva a consequências negativas.

    ANÁLISE

    The Thaumaturge

    Desenvolvido pelo estúdio polonês Fool’s Theory, que também é responsável por The Witcher Remake – ainda sem data de lançamento. Publicado pelo também polonês 11 Bit Studios, o game se faz interessante em quase todas as suas escolhas narrativas. Mas não obstante, ele nos força a compreender como esta história e nossas escolhas podem definir o rumo de uma nação. E quem sabe, mudar os rumos da guerra.

    Com personagens reais mostrados aqui, como aquele envolvido em misticismo, como Grigori Rasputin, Nicolau II e muitos outros. Ambientado em 1905, acompanhamos um Wiktor perturbado por seu salutor, em busca de um “miraculoso” curandeiro. Quando seu caminho se cruza com o de Rasputin, sua jornada muda para sempre.

    Revelando “visões” sobre uma vindoura guerra, a morte de Francisco Ferdinando, mergulhamos em uma história rica em detalhes e uma trama bem singular.

    TEMÁTICA, MISTICISMO E GAMEPLAY

    The Thaumaturge

    Com uma temática que brilha quando o assunto é brincar com o paranormal, entendemos que não apenas os poloneses como também todos povos do mundo possuem algo em comum. Principalmente, quando o assunto é o sobrenatural. Após um longo período viajando pela Europa à procura de uma cura, Wiktor é chamado de volta à Polônia após a morte do seu pai, com quem já não se dava muito bem.

    Brincando sempre com o etéreo, somos lançados sempre em momentos que nos fariam questionar nossa sanidade. Para tal, isso acontece por diversas vezes ao longo do game. Nos forçando a optar por diversas linhas de diálogo, fica claro a todo o momento que nossas escolhas terão consequências.

    Chafurdando na antiga crença de taumaturgos que se cruza com a história de diversas religiões. Nos mostrando habilidosos e poderosos “milagreiros” do cristianismo, hinduísmo, islã, judaísmo e muitas outras crenças, é possível testemunhar que aqui, tudo deve ser levado em conta.

    Como um RPG isométrico, é justo dizer que muito aqui precisa ser considerado. Desde o combate em turnos, até como vemos o mundo – uma Polônia destruída pela ocupação e descaso do regente.

    Tendo sido ocupada por muitos povos e reinos ao longo dos séculos, vemos aqui uma vontade de resistir a qualquer empreitada. Em uma história que por fim, culminaria na “guerra para acabar com todas as guerras”.

    VEREDITO

    Com habilidades únicas ativas e passivas, nossos salutors nos garantem uma vantagem significativa em relação aos nossos adversários. Permitindo que usemos ataques sobrenaturais que garantem cura, foco e outros golpes além de socos e tiross de pistola. Forçando-nos a sempre estar de olho na barra de ação durante os combates, precisamos entender que temos ações limitadas, e golpes de oponentes podem se colocar entre nossa progressão e nossa morte.

    Prosseguir por uma história rica em detalhes vão além de acompanhar e ser um leitor passivo daquela trama. Assim como jogar vão além de abusar das habilidades de Wiktor de descobrir detalhes dos acontecimentos deste mundo.

    The Thaumaturge é sobre a violência sofrida por povos em época de guerra, sobre como a violência escala inescrupulosamente quando ninguém se coloca entre ela e o que é certo.

    Apesar de ser imersivo em quase tudo que se propõe, o game acaba por perder alguns jogadores por sua localização. Pois ainda que rica, se mantém repleta de minúcias claras de um recorte histórico.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    The Thaumaturge foi lançado em março de 2024 para PC e em dezembro foi lançado para PlayStation 5Xbox Series X/S.

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    REVIEW: Maono WM620 é microfone compacto perfeito para gravações e muito mais!

    A Maono não cansa de surpreender! Dessa vez, com um ótimo microfone de lapela capaz de surpreender por seu tamanho e qualidade – que são proporcionalmente inversas. Marcante por sua qualidade e o custo-benefício, o WM620 é compacto, possui uma case que proporciona uma experiência perfeita para entrevistas e produções de conteúdo.

    Agradeço a Maono antecipadamente pelo envio. E deixo claro que como todo conteúdo aqui no Feededigno, nossos textos são imparciais e apresentam apenas as impressões reais que tivemos.

    Nesses pouco mais de 7 anos de produção de conteúdo, produzimos conteúdos baseados em tecnologia aos montes. Ouso dizer que aqui, a Maono se distancia por sua flexibilidade, conforto e qualidade. Compacto, poderoso e eficaz, o WM620 mostra a que veio sem muita dificuldade.

    ANÁLISE

    A chegada de um microfone como o WM620 ao mercado traz consigo a praticidade necessária para produzir conteúdos em diferentes cenários. O microfone funciona bem em espaços lotados, como eventos e festas, ou em situações ao ar livre com muito vento.

    Além da já padrão função de cancelamento de ruído ambiental, o microfone de lapela possui nele outras funções que proporcionam uma gravação clara.

    Com cancelamento de ruído de 2 níveis, controle de ganho de até 4 passos. Outro ponto no qual o microfone mais se destaca, é a bateria. Com uma bateria interna que oferece até 6 horas de gravação e por mais 12 horas com o suporte da case. Consequentemente, ele oferece aos usuários uma gravação clara, seja utilizando o grampo de lapela ou o ímã. Nos presenteando com tudo que há de melhor no mundo tecnológico, o microfone oferece a praticidade e versatilidade de dois microfones em uma case robusta.

    MULTIFUNÇÃO, CUSTO-BENEFÍCIO E POTÊNCIA

    WM620

    Você pode prender o microfone tanto na lapela quanto em outras partes da roupa, e ele se comporta de maneira potente quando o comparamos a outros microfones USB tipo-C. À medida que aprendemos a utilizá-lo corretamente, conseguimos gravar em ambientes abertos e lotados, o que garante uma performance potente.

    Comportando-se de maneira robusta, mesmo diante de grandes missões, como cobertura de eventos e até mesmo diversão desenfreada, o WM620 se faz funcional tanto no Android como no iOS. Responsivo, este se mostra facilmente como um dos melhores microfones para celular do mercado.

    Com um custo-benefício absurdo em relação aos seus concorrentes, o WM620 se destaca em tudo que se propõe. Registrando uma taxa de amostragem de 48kHz, 16 bit de profundidade de Bit, e uma proporção de sinal de ruído de 100dB, fornece uma captação rica, tanto em agudos quanto graves. De maneira enriquecedora, o microfone da Maono oferece soluções extremamente positivas para gravações estouradas ou com muita poluição sonora.

    Com funções disponíveis apenas em produtos high-end, ouso dizer que aqui, a Maono entrega uma potência que se equipara aos produtos de linhas muito acima do mercado, com aquele preço. Capturando as sutilezas e as mudanças mais bruscas de vozes, este apresenta uma estrutura potente capaz de captar necessário para oferecer riqueza e clareza de som.

    VEREDITO

    O WM620 da Maono é uma excelente opção para quem busca qualidade e praticidade em gravações. Após meses de uso, mostrou-se eficiente em ambientes ruidosos e situações ao ar livre, entregando áudio cristalino com uma construção robusta e configurações intuitivas. Com excelente custo-benefício, é uma escolha confiável tanto para criadores de conteúdo quanto para profissionais.

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