Início Site Página 4

    EU CURTO JOGO VÉIO #40 | ‘God of War’ continua divertido e desafiador 20 anos depois

    No dia 22 de Março de 2025 a franquia God of War comemorou 20 anos desde seu lançamento. Tendo sido um marco para este que vos escreve e para o mundo do jogo, God of War cresceu por um vácuo deixado pela franquia que deu origem ao gênero hack’n slash, Devil May Cry – cujo terceiro game da franquia acabaria sendo lançado no mesmo ano.

    Antes mesmo de criar uma franquia que conhecemos hoje, God of War deu início a um movimento que não pararia tão cedo, e que mesmo 20 anos depois, ainda cativaria os fãs por tudo que foi, mas agora, por tudo que a franquia é.

    No controle de uma versão do Kratos muito diferente dos games atuais, acompanhamos um game em que um general espartano que após matar sua família em um frenesi causado por seu líder, o deus Ares, jura vingança contra a poderosa entidade.

    Focada na mitologia grega, ou pelo menos partes da mitologia, conhecemos o mundo, seu panteão e nos lançamos por um game cujo cerne está em despedaçar inimigos e gritar a cada 5 minutos em direção aos céus.

    Tendo rejuvenescido o gênero como o conhecemos hoje, God of War tem o importante papel na formação de alguns gamers pelo mundo. Eu, inclusive.

    POST RELACIONADO | God of War e os 20 anos da jornada épica de Kratos

    God of War é retrato de sua época

    God of War

    Em um período que games que costumavam adaptar histórias do cinema reinavam quase que supremos, games com histórias originais costumavam ser raros. Mas estes fizeram sucesso. Divertindo, desafiando e nos cativando, aqui, vemos uma história de vingança, enganação e superação. Após perder tudo, Kratos entende que sua única saída é derrotar aquele que o enganou, seu antigo líder, o deus da guerra.

    Lançar os jogadores em sequências contra monstros gregos tradicionais são parte do desafio, bem como conhecer os outros deuses que aparentemente nos auxiliam concedendo dons/habilidades, mas também conselhos, como é com Atena.

    Esta última tem um papel importante na jornada de Kratos se você conhece a história.

    God of War

    Sem qualquer tipo de redenção, Kratos avança em direção à vingança. Sem nunca assumir seus próprios erros, banhando a Grécia com sangue de humanos e monstros, apenas para concluir seu objetivo: obter poder para enfrentar seu nêmesis.

    Compreender God of War como algo além de um retrato de sua época é certamente trabalhoso, para não dizer o mínimo. O game que não se propõe a aprofundar em nada em termos narrativos, temos a violência aqui como ponto central da trama. Diferente dos games que se seguiriam após 2018, Kratos aqui, tem pouco, ou quase nenhum desenvolvimento.

    Perigosas dinâmicas em aventuras que que desafiam

    God of War

    Ao passo em que o Olimpo parece estar completamente fora de controle, a antiga guerra entre Atena e Ares continua a ser travada. E quando o deus envia tropas para a cidade cuja deusa é sua patrona, ela pede ajuda de Kratos e mostra que ali, ele pode receber dons capazes de ajudá-lo em sua empreitada.

    E mesmo que tudo na jornada de Kratos pareça melhor do que a realidade, ele recebe os dons de Poseidon, Afrodite, Zeus, Hades e até mesmo Artêmis – esperando não ter que oferecer nada em troca, a não ser seu poder destrutivo.

    Servindo aos seus próprios interesses e secretamente aos dos deuses, ele parte por uma aventura que dura em média 12 horas. Com habilidades tenebrosas e ondas e mais ondas de inimigos, cabe a nós enfrentar as hordas que sempre se colocaram em nosso caminho.

    Como um hack’n slash poderoso, God of War cumpre o que promete: uma aventura que se propõe a todo o tempo contar uma história séria sem qualquer pretensão de ser de fato séria. Chafurdando e se deleitando do que é narrativamente brega, aqui vemos clichês, traições e vemos um personagem cego pela vingança.

    Kratos nos permite ver o mundo do game a partir de uma ótica única. Uma ótica com perigos que vão além de onde nossos olhos podem ver. Ao nos receber desde seu primeiro momento, em que coloca Kratos em queda livre, o que surge a partir dali é pura surpresa.

    God of War nos diverte, nos preocupa por suas linhas narrativas, mas acima de tudo, nos surpreende – ou melhor, me surpreende – quase 20 anos depois de seu lançamento, em um re-play, uma rejogada. Com enormes set pieces, ou o que era possível de mostrar no PS2, a Santa Monica Studios mostrava o que era capaz de fazer, mesmo com limitações.

    Kratos é o espírito de uma época – pelo menos era assim com o dos games de PlayStation 2, PlayStation 3 e PSP. O Kratos de hoje, é mais. Muito mais do que um dia já foi.

    Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.

    Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    God of War e os 20 anos da jornada épica de Kratos

    0

    Há duas décadas, em 22 de março de 2005, o mundo dos videogames foi apresentado a God of War, uma saga que redefiniria o gênero de ação e aventura. Desenvolvida pelo Santa Monica Studio da Sony, a franquia acompanha a tumultuada jornada de Kratos, um guerreiro espartano cuja busca por vingança e redenção o leva a confrontos épicos com divindades de diferentes panteões mitológicos.​

    A origem de uma lenda

    O primeiro título, lançado para o PlayStation 2, introduziu os jogadores ao universo brutal da mitologia grega. Kratos, atormentado por seu passado e manipulado pelos deuses do Olimpo, embarca em uma missão para derrotar Ares, o deus da guerra. Com uma jogabilidade inovadora e uma narrativa intensa, o jogo rapidamente se destacou, estabelecendo um novo padrão para o gênero.​

    Expansão e profundidade

    Com o sucesso inicial, a série expandiu-se com sequências como God of War II (2007) e God of War III (2010), aprofundando a trama de Kratos e explorando ainda mais a mitologia grega. Títulos como Chains of Olympus (2008) e Ghost of Sparta (2010) para PSP, além de Ascension (2013) para PlayStation 3, ofereceram prequels e histórias paralelas, enriquecendo o universo da franquia.​

    Uma nova mitologia

    God of War

    Em 2018, a série foi revitalizada com God of War para PlayStation 4. Ambientado na mitologia nórdica, o jogo apresentou um Kratos mais maduro, agora acompanhado por seu filho Atreus. Essa mudança não apenas renovou a jogabilidade, mas também trouxe uma profundidade emocional inédita à narrativa, sendo aclamada tanto por críticos quanto por fãs.​

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – God of War Ragnarök (2022, Santa Monica Studios)

    Comemorações e novidades

    Para celebrar os 20 anos da franquia, a Sony lançou a God of War Dark Odyssey Collection, disponível sem custo adicional para os proprietários de GoW Ragnarök no PlayStation Store e PC. Esta coleção inclui uma atualização da aparência Dark Odyssey original de GoW II, além de diversos itens cosméticos.

    Além disso, uma coleção de vinil com 13 discos e 150 faixas remasterizadas, abrangendo desde o título original até Ragnarök: Valhalla (2023), foi lançada em parceria com a Laced Records. Este box set é um tributo sonoro à rica história musical da série.

    Rumores também sugerem o desenvolvimento de um novo título ambientado na Grécia, indicando que a saga de Kratos ainda reserva surpresas para os fãs. ​

    Legado duradouro

    Ao longo de 20 anos, God of War não apenas definiu padrões no mundo dos videogames, mas também explorou temas profundos como vingança, redenção e a complexidade das relações familiares. A jornada de Kratos, marcada por batalhas épicas e dilemas morais, continua a ressoar com jogadores ao redor do mundo, solidificando seu lugar como uma das franquias mais emblemáticas da história dos games.​

    Para os fãs que desejam reviver momentos icônicos ou para novos jogadores prontos para embarcar nesta odisséia, GoW permanece como um testemunho do poder da narrativa interativa e da evolução constante dos videogames.


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA: ‘Bleach Rebirth of Souls’ é jogo que fãs esperam há muito tempo

    Criado por Tite Kubo no começo dos anos 2000, Bleach se tornou parte da trindade dos mangás e animes mainstream que fizeram sucesso naquela década. E entre Naruto, One Piece e Bleach, o último foi um dos únicos a não ganhar uma adaptação no mundo dos games. Ou pelo menos, não a adaptação que merecia. Algo como ver arrancars, shinigamis e qualquer outro inimigo se enfrentando sempre foi difícil.

    Ao passo em que Bleach Rebirth of Souls nos lança em um combate tridimensional, navegar pela arena de combate ou pelas histórias acaba por se mostrar eventualmente como uma tarefa árdua. Com elementos de combate muito repetitivos, seremos lançados em arenas de combate e com pouco mais de 30 personagens jogáveis, mergulharemos no mundo de Bleach de maneira definitiva.

    Com algo muito parecido com o que a Bandai Namco e a Cyber Connect fizeram à exaustão com a franquia Naruto, a Tamsoft aqui brilha no que diz respeito à recontar as histórias do mangá e do anime.

    Respeitando quase sempre as limitações da história, mas nos surpreendendo a todo tempo no que diz respeito à avançar por um mundo conhecido em que a ganância poderá causar o fim do mundo como conhecemos.

    Rebirth of Souls é repetitivo, mas desafiador

    Bleach

    Com diferentes modos de jogo, Bleach Rebirth of Souls nos apresenta o game mais diverso do mundo criado por Tite Kubo até aqui. Com modo história, divididos entre história principal e secreta – o último nos apresenta algumas linhas narrativas que fogem da história do anime e do mangá. Para ser mais específico, podemos ver no game elementos que fogem do tradicional.

    Com uma interface do usuário rica, podemos mudar para as transformações dos personagens, bem como diminuir uma ou mais barras de vida de acordo com golpes finalizadores.

    Outros modos do game vem do Modo Offline e do Modo Online. No modo offline, o game nos permite treinar, jogar contra local e realizar missões para obter itens que propiciarão nossa progressão.

    Bleach

    Nos tirando quase sempre da diversão para nos forçar a cumprir determinados requisitos a fim de completar 100% das missões, o modo história pode ser divertido para refrescar nossa memória a respeito do que o mangá e o anime contaram até aqui – ou até o fim da Invasão Arrancar.

    Segundos alguns jogadores apontaram, as dlcs do game expandirão a experiência, adicionando arcos como A Guerra Sangrenta de Mil anos, que ganhou recentemente uma adaptação após a produção do anime ser interrompida por mais de 10 anos. Bem como personagens secundários da história que não são jogáveis.

    Prosseguir sem olhar para trás, ou quase isso

    Bleach

    A jornada de Kurosaki Ichigo possui muitos percalços. E por percalços, entenda membros da Soul Society, Hollows, Arrancars, e principalmente, Aizen – em sua forma final, ele é um inferno.

    Avançar por um mundo extremamente hostil faz parte da história e aqui, Ichigo parece ter plena ciência disso e só depende de nós fazer frente aos inimigos. Seja buscando Rukia de uma execução na Soul Society, salvando Orihime de Arrancars, ou tentando impedir que o mal destrua o mundo como conhecemos, aqui a gameplay possui certas limitações. Mas nos dá a chance de lutar dos dois lados da arena, do lado do bem ou do mal.

    Em alguns dos momentos mais interessantes do game, é possível reviver momentos históricos do mangá e do anime como a luta contra Zangetsu, ou quando o próprio Zangetsu branco assume o controle na luta contra Byakuya.

    Bleach

    Apesar do combate de Bleach Rebirth of Souls ser repleto de camadas, a forma mais eficaz de diminuir konpakus – barras de vida – são os golpes de pressão espiritual – uma espécie de golpe especial – ou os ataques follow-ups seguidos dos kikon move – golpes finalizadores.

    Entender que mesmo que diferentes personagens possuam diferentes habilidades, por uma, duas ou até três talvez, talvez seja necessário usar o mesmo golpe – o kikon move para derrotar inimigos.

    Por mais que o game venha se tornar mais um do cenário competitivo de e-sports, ver como ele foi recebido pela crítica pode ser um final do futuro do game. E se a Bandai e a Tamsoft jogarem as cartas da maneira correta, o game pode ter uma cauda longa e se torne muito mais do que ele foi ao longo de seu lançamento.

    E mesmo que utilizar personagens como Grimmjow, Aizen, Ichigo e até mesmo Nelliel em combate seja extremamente satisfatório, talvez Bleach seja divertido de jogar casualmente. E não por horas e mais horas a fio – como eu o fiz.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Bleach Rebirth of Souls foi lançado no dia 20 de março para o PC, PlayStation 4, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

    Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.

    Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    EU CURTO JOGO VÉIO #39 | ‘Assassin’s Creed’ e a liberdade que esquecemos há muito tempo

    Na terceira semana de março (20) chegou às lojas físicas e digitais o mais recente capítulo da franquia Assassin’s Creed da Ubisoft, ambientando o Japão feudal com dois excelentes protagonistas. Não existe oportunidade mais interessante do que neste momento celebrar algo tão novo falar a respeito de como tudo isso começou.

    O primeiro Assassin’s Creed foi lançado em 2007, para Playstation 3 e Xbox 360, e neste ano chega ao décimo ano de sua estreia com a proposta ousada de se inspirar em Prince of Persia, outra franquia clássica e marcante para muitos gamers mais clássicos.

    O conceito deste universo é a vivência das memórias que carregamos em nosso DNA. Com isso, a experiência, conhecimento e habilidades vividas anteriormente, poderiam ser anexados. Neste primeiro jogo, Desmond Miles passa por tudo isso enquanto estava preso nas indústrias Abstergo.

    Posteriormente, jogamos a história de Altair Ibn-La’Ahad, um membro da ordem secreta conhecida como “Os Assassinos” durante a era da Terceira Cruzada. Nosso primeiro contato com ele ocorre na busca pela misteriosa Maçã do Éden, no Templo de Salomão, e acabamos falhando, perdendo sua credibilidade com seu líder, tendo a missão de eliminar oito alvos para retomar a posição na guilda.

    Legado de liberdade e origem do Credo

    Creed

    Agora, que estamos perto de duas décadas de história, e a franquia possui uma quantidade de títulos que ora agradaram, ora não. Me surpreende como tão poucas pessoas não conseguem se lembrar deste primeiro jogo, cuja a essência da franquia surgiu de fato.

    Na odisseia de Altair temos que ir para quatro cidades: Massiaf, Jerusalém, Acre e Damasco onde temos um ciclo de investigação para realizar os preparativos para o grande momento do jogo, o assassinato do alvo que sempre era seguido por um diálogo entre o protagonista e recente eliminado.

    Ao longo dos outros capítulos, de uma forma diferente ou mais estilizada, ainda existe este pequeno resquício disso. Como, por exemplo, em Assassin’s Creed Valhalla, Eivor conversando com um membro recém abatido da Ordem dos Antigos – os templários antes do primeiro jogo -, ao lado de Odin. Fazendo talvez uma comparação mais clássica com o bordão de Ezio Auditore, “Requiescat in pace” após saber todos os segredos do seu inimigo moribundo.

    Creed

    A tênue relação dos eventos fictícios deste universo com fatos históricos reais, colocando a guerra entre assassinos e templários nos bastidores e ainda acrescentando um contexto de universo muito mais amplo quando sabemos da existência dos Isu, sendo este, o fio que sempre esteve presente em todos os jogos e conecta todas essas histórias em uma rede muito grande de acontecimentos. Mas a primeira grande descoberta para um fã dessa franquia começa quando Altair encontra um artefato do Éden, algo que oferece muito conhecimento e vai se aprofundando a cada jogo lançado.

    Para tornar este conceito mais interessante, o protagonista interage com pessoas existentes na história, tornando essa narrativa muito mais interessante, sendo a exemplo neste jogo Ricardo l da Inglaterra e Robert de Sable, líder da ordem dos templários. Posteriormente, isso se torna natural à medida que fazemos aliados, inimigos e até mesmo alguns romances, chegando a um novo patamar com a chegada de Shadows e a oportunidade de jogar com Yasuke.

    Creed

    Além de tudo isso, existia um passatempo muito divertido: causar problemas para os guardas da ordem templária ou sarracenos e depois, simplesmente sair correndo pelos telhados das cidades até nos escondermos entre as pessoas como apenas mais um indivíduo na multidão. Esse elemento que constitui a ordem dos ocultos – futuramente batizada de assassinos -, é algo que está na jogabilidade pela furtividade, porém está conectada de forma contundente com os princípios seguidos pela ordem que acredita na liberdade acima do controle de seus inimigos milenares.

    A combinação de tudo isso se tornou o alicerce sólido deste universo que passou a ser tão querido, seja pelo parkour pela cidades, a intrigante teia de investigação iniciada por Altair ou até mesmo a simples liberdade de explorar um mundo gigante cheio de segredos. Afinal “nada é verdade, tudo é permitido”

    Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.

    Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Yasuke: O icônico samurai negro e suas principais adaptações

    A história do Japão feudal está repleta de figuras lendárias, mas poucas são tão intrigantes e únicas quanto Yasuke, o samurai negro. Sua vida, cercada de mistério e fascínio, atravessa séculos e continua a inspirar obras de ficção, animações, filmes, livros e jogos em todo o mundo.

    Quem foi Yasuke?

    Yasuke era um africano, provavelmente oriundo da região onde hoje ficam Moçambique ou a Etiópia, levado ao Japão em 1579 por missionários jesuítas ou mercadores portugueses. Sua presença impressionou o famoso daimyo Oda Nobunaga, uma das figuras mais importantes da unificação do Japão. Nobunaga ficou fascinado não só pelo tamanho físico e força de Yasuke, mas também por sua inteligência e habilidades, e logo o transformou em seu retentor e, segundo relatos históricos, o tornou um samurai – algo impensável para um estrangeiro na época.

    Apesar de ter lutado ao lado de Nobunaga e participado de batalhas importantes, o destino final de Yasuke é incerto. Sua história, no entanto, atravessou o tempo como uma lenda e, nos últimos anos, virou inspiração para diversas obras modernas.

    Yasuke nas telas

    A produção original da Netflix, Yasuke (2021), mistura a história real do samurai com elementos de fantasia, magia e mechas (robôs gigantes). Com produção do estúdio MAPPA (responsável por Jujutsu Kaisen e Attack on Titan) e trilha sonora de Flying Lotus, a série foi elogiada pelo visual e pela liberdade criativa, apesar de ter dividido opiniões entre os que esperavam uma abordagem mais fiel ao registro histórico.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Yasuke (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Adaptação live-action

    Até o momento ainda não há uma versão live-action de Yasuke, após o sucesso do anime da Netflix inspirado na história do samurai, o serviço de streaming havia anunciado que uma série protagonizada por Omar Sy, da série Lupin, estava em desenvolvimento mas desde então nada mais foi divulgado e aparentemente o projeto não seguiu em frente.

    Já em 2024, de acordo com a Variety, a Warner Bros. anunciou um longa dirigido e roteirizado por Blitz Bazawule, conhecido pelo remake de A Cor Púrpura.

    Precisamos aguardar por novidades sobre um Yasuke de carne e osso.

    Yasuke na Literatura

    A história de Yasuke também chegou aos livros:

    “Yasuke: The True Story of the Legendary African Samurai” (2019), escrito por Thomas Lockley e Geoffrey Girard, apresenta uma pesquisa detalhada sobre a vida de Yasuke, desmistificando alguns elementos e reforçando o impacto que ele teve na corte de Nobunaga.

    HQs e mangás: vários quadrinhos japoneses já adaptaram a figura de Yasuke e algumas publicações independentes que exploram sua jornada de forma mais histórica ou fantástica.

    Yasuke nos games

    Shadows

    For Honor

    Yasuke também foi uma das skins disponíveis no jogo For Honor, um game de combate medieval que inclui guerreiros de diferentes culturas. A presença do personagem foi uma homenagem ao legado multicultural dos campos de batalha históricos.

    Assassin’s Creed Shadows

    Uma das maiores novidades do universo gamer é Assassin’s Creed Shadows, da Ubisoft, que tem Yasuke como um dos protagonistas. O jogo tem uma abordagem mais realista, misturando a cultura japonesa e o impacto da presença africana naquele período, além de toda a jogabilidade clássica da franquia.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA: ‘Assassin’s Creed: Shadows’ é jornada multifacetada, digna do cinema japonês

    Por que Yasuke continua tão fascinante?

    A figura de Yasuke representa algo raro: a quebra de barreiras culturais e sociais em uma época e contexto extremamente fechados. Sua história desperta a imaginação porque mistura exotismo, superação, honra e mistério. Além disso, seu legado ressoa em um mundo que busca diversidade e representatividade em todos os espaços – inclusive nas histórias épicas.

    Enquanto novas adaptações continuam surgindo, Yasuke já se tornou muito mais do que uma curiosidade histórica: ele é um ícone cultural e um símbolo da universalidade da coragem e da honra.


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    EU CURTO JOGO VÉIO #38 | ‘Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back’ é ponto alto de franquia

    0

    Crash Bandicoot foi lançado em uma época em que mascotes brilhavam no mundo dos games. Mario, Sonic, Banjo-Kazooie e até mesmo Gex foram o rosto de algumas franquias que conquistaram o público e passaram a estampar algumas dos games mais simpáticos de sua época. Lançado para o PlayStation, Crash Bandicoot 2 continua a história do primeiro game. Mas com um hub diferente do que vimos na primeira iteração do personagem, Crash 2 nos lança por uma divertida jornada na qual o personagem central é enganado para cumprir o objetivo do terrível vilão Doutor Neo Cortex.

    Como um tradicional game de plataforma, Crash 2 é uma evolução não apenas gráfica como motora do que foi visto em seu antecessor. Sendo necessário coletar 25 cristais – para o vilão do game -, Crash está fazendo o que acha ser certo. Mas mal sabe ele, o quanto está enganado.

    Acessando diferentes níveis por meio da Warp Room, somos lançados por diferentes níveis a fim de obter os cristais. Conquistando pelas diferentes dinâmicas e desafiadoras mecânicas, às vezes, tudo que precisamos fazer é avançar por uma floresta tomada de inimigos, ou correr por níveis congelados nas costas de ursinhos.

    Crash Bandicoot 2

    Passando por 32 níveis, enfrentamos diferentes bosses ao fim de cada warp room. Ao passo que avançamos, cada nível nos desafia de maneiras diferentes, nos forçando a adaptar nossa jogabilidade a fim de progredir.

    Eventualmente, Crash descobre a verdade e passa a buscar os diamantes a fim de destruir os esforços e Neo Cortex de uma vez por todas.

    CRASH BANDICOOT 2 É PLATAFORMA NA VEIA

    Crash Bandicoot 2

    Lançado originalmente para o PlayStation em 1997, Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back quando jogado hoje nos faz ver o quanto diversão despretensiosa é importante. E Crash 2 não se leva a sério em momento algum.

    Assim como no passado, a obtenção de Aku Aku propiciam e tornam a gameplay mais fluída. E diferente do primeiro game da franquia, aqui, os checkpoints fazem sentido. Não sendo dispersados a cada um terço dos níveis, em Crash 2, os checkpoints são colocados após alguns dos desafios mais difíceis de ser derrotados.

    Lembro de na minha mais tenra infância me ver imerso diante da tela com um controle de PlayStation na mão, passando os mesmos níveis todos os dias – sem um Memory Card. Os desafios, movimentações dos inimigos e até mesmo o movimento dos bosses já tinham sido decorados à perfeição. Hoje, quase 30 anos após seu lançamento, com uma memória um pouco cansada, me vi imerso e realmente desafiado.

    Em 2017 o game ganhou um remaster por meio da Crash Bandicoot N. Sane Trilogy. Produzido pela Toys for Bob, o remaster se debruçou em cima do material fonte da Naughty Dog e nos fez apaixonar e sentir desafiados como no passado.

    Crash 2 coloca em seus jogadores desafios e um sentimento único de frustração dependendo do nível.

    FRANQUIA QUE SE MANTÉM RICA 29 ANOS DEPOIS

    Crash é uma das franquias mais amadas dos jogos. Não apenas por como apresenta seus desafios, mas também por cativar em seus momentos mais nonsense. Crash Bandicoot eleva sempre o nível da gameplay, proporcionando momentos de tirar o fôlego e de passar raiva também.

    Tendo sido aclamado no lançamento do game nos anos 90 e recebendo uma nota 80+ no lançamento do remaster do game em 2017, a franquia Crash se mantém fresca e receptiva a novos jogadores até os dias de hoje.

    Estando hoje nas mãos da Toys for Bob, é difícil ver que a desenvolvedora retorne a franquia. Mesmo depois do estúdio ter se desligado da Activision Blizzard. Ao final do ano de 2024, foi a Toys for Bob revelou um teaser que muitos pensaram ser de Spyro 4, o que animou os fãs.

    Enquanto uma esperança de um novo game da franquia chegar – já que no lançamento Crash Bandicoot 4: It’s About Time recebeu a nota de 85+ no metacritic – ver Crash ganhar novas aventuras é recompensador e brinca com a nostalgia de todo e qualquer jogador do passado.

    Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.

    Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.