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    O Assassino: Conheça o quadrinho que deu origem ao novo filme de David Fincher

    A aguardada adaptação cinematográfica de “O Assassino”, dirigida por David Fincher, promete trazer a ação e o suspense da famosa série de quadrinhos francesa “Le Tueur” para a tela grande.

    Origens e Criadores

    O assassino

    “Le Tueur” foi criado pela equipe talentosa de Luc Jacamon, ilustrador, e Matz, escritor. A série foi publicada pela primeira vez em 1998 na revista em quadrinhos francesa “L’Écho des savanes” e depois ganhou edições encadernadas, reunindo várias histórias em volumes.

    Enredo

    O assassino

    A série gira em torno de um protagonista sem nome, conhecido apenas como “Le Tueur” (O Assassino), um assassino de aluguel altamente competente que opera no submundo do crime. A história é ambientada em Paris e segue a vida deste assassino profissional enquanto ele executa seus contratos e lida com os desafios pessoais e éticos que surgem ao longo do caminho.

    Uma das características mais marcantes da série é a exploração profunda da mente do assassino. A narrativa oferece uma visão do seu mundo interior, dilemas morais, relações com outros personagens e a tensão constante entre sua profissão e sua humanidade. O leitor é levado a questionar a moralidade e a complexidade da vida do protagonista, o que adiciona uma dimensão única à história.

    Estilo Visual

    O assassino

    Luc Jacamon é responsável pela arte da série e é elogiado por seu estilo realista e detalhado. Sua escolha de cores desempenha um papel fundamental na criação da atmosfera sombria que caracteriza o gênero noir. As cenas são frequentemente representadas em tons escuros e sombrios, enfatizando o clima tenso e misterioso da narrativa.

    Outras Adaptações

    O sucesso da série também gerou adaptações para outras mídias, incluindo um filme de ação em live-action lançado em 2007, dirigido por Cédric Anger. O filme capturou a essência da série e manteve sua atmosfera sombria e seu espírito. Essa adaptação ajudou a expandir o alcance da história para além das páginas dos quadrinhos.

    A série de quadrinhos notável que não apenas define o gênero noir, mas também oferece uma exploração profunda dos conflitos morais e emocionais de seu protagonista. Com personagens complexos, uma trama envolvente e uma arte visual impressionante, a série continua a ser apreciada por leitores que buscam histórias ricas em nuances e carregadas de suspense. Se você é fã de narrativas que desafiam as convenções e exploram a natureza humana em todas as suas complexidades, “Le Tueur” é uma leitura imperdível.

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    CRÍTICA – Song of Nunu: A League of Legends Story (2023, Tequila Works)

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    Song of Nunu é o mais novo game baseado na lore do aclamado MOBA League of Legends. Baseado na história de Nunu e Willump, o game acompanha os dois numa jornada tão íntima, quanto grandiosa. Que os levará pela viagem do universo de Runeterra. O game desenvolvido pelo estúdio madrilenho Tequila Works é mais um game da tentativa da Riot de criar títulos de diferentes estilos ao seu enorme roster de personagens.

    League of Legends conta hoje com 165 campeões, então talvez a Riot precise se esforçar bastante a fim de garantir um título para cada um deles. Após cobrir a história de Miss Fortune, Illaoi, Braum, Ahri, Yasuo e Pyke em Ruined King, Sylas em The Mageseeker e Ekko em Conv/rgence, Song of Nunu nos leva pela história do jovem Notai Nunu, e seu melhor amigo, o último Yeti, Willump.

    Os dois viajam por Freljord em busca de Layka, a mãe do garoto enquanto precisam lutar contra as forças da bruxa gélida Lissandra, que busca o gelo verdadeiro para dar fim à uma vindoura guerra. A Tequila Works nos leva por uma aventura platformer 3D, com elementos rítmicos, de combate e acima de tudo, de puzzles divertidos e curiosos. O game foi lançado em 1º de novembro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

    POST RELACIONADO: CRÍTICA – Ruined King: A League of Legends Story (2021, Airship Syndicate)

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    SINOPSE

    Junte-se aos melhores amigos Nunu e Willump em uma aventura pelos campos gelados de Freljord. Descubra o laço inquebrável entre um garoto e um yeti enquanto explora uma terra linda e traiçoeira, fazendo novos aliados (e inimigos) em uma jornada de família, amizade e magia. Song of Nunu: A League of Legends Story é uma aventura narrativa para um jogador, desenvolvida pela Tequila Works. Mergulhe de cabeça em uma narrativa imersiva ambientada nas regiões inexploradas de Freljord, onde cada passo na neve deixa você mais perto da verdade sobre o passado de Nunu e Willump.

    ANÁLISE

    Song of Nunu

    O estúdio Tequila Works é responsável por games como Gylt e Rime, adorados games platformers. Ou seja, o estúdio espanhol sabia o que fazia quando colocou as mãos em uma das maiores Propriedades Intelectuais do mundo, League of Legends. Assim como Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon, o personagem central da trama não é apenas o personagem que dá nome ao jogo, Nunu, mas também Willump.

    O yeti da Riot e seus poderes de gelo tem um importante papel na exploração e na execução dos puzzles. Eu diria que o jovem Notai funciona como um personagem narrativo, que não funcionaria solo, já que seus poderes ofensivos são quase 0, a presença de Willump é marcada por sua força bruta e seus poderes de gelo.

    Enquanto busca por sua mãe, Nunu explora Freljord na esperança de que ela e sua antiga caravana não estejam perdidos, como suas visões e seus sonhos indicam. Como citado anteriormente, o game platformer nos lança por uma aventura repleta de puzzles, sequências de combate simples, mas acima de tudo, um game curto e conciso, que sabe onde quer chegar e nos leva até lá.

    Song of Nunu

    Sem maiores dificuldades, ao longo das 5 horas e meia de game, Nunu e Willump nos levam por uma história que se assemelha à cosmogonia nórdica, com deuses fundadores, as irmãs do destino e aqueles que buscam derrotá-los.

    Com elementos que estão intrinsicamente ligados aos nossos protagonistas e suas origens, alguns mcguffins – elementos narrativos que nossos personagens buscam – estão dentro de si. Ao longo do game, acompanhamos a evolução e crescimento de Nunu e Willump, mas acima de tudo, o crescimento e desenvolvimento da amizade e da confiança entre os dois. Ao que tudo indica, o game nos faz entender que o nosso amado yeti sabe mais do que demonstra em um primeiro momento.

    Com um visual singelo, a gameplay fácil de se compreender, mas uma câmera fixa um pouco travada, o game nos leva por um mundo conhecido por muitos, mas desconhecido por esse que vos escreve. Isso mesmo, me mantive longe da franquia League of Legends por tempo demais por não curtir MOBAs, mas após Arcane, e os games originais baseados nas IPs da Riot me vi imerso em Runeterra e todas as particularidades desse mundo.

    E assim como em Mageseeker, Conv/rgence, Song of Nunu cumpre seu papel ao nos cativar.

    VEREDITO

    Song of Nunu nos cativa por suas sequências de ação, a fofura de Willump, de Nunu e por seus ricos visuais e cenários. Localizado completamente no português do Brasil, o game ganha um fator afetivo no que diz respeito à como ele se comporta no mundo LoL, e também por como seus puzzles funcionam. Ao longo da gameplay, me vi imerso nas histórias dos dois personagens que dividem o protagonismo do game tendo tanta importância para o desenvolvimento da história quanto para a minha compreensão daquele mundo.

    Conforme avançamos, vemos que o mundo do game é mais sobre o mundo de LoL, do que sobre a história dos dois personagens. Mas se pararmos para pensar, a história dos dois, da vilã do game e de Runeterra estão mais conectados do que imaginamos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA – Alvo Humano Vol. 1 (2023, Panini Comics)

    O premiado roteirista Tom King e o aclamado artista Greg Smallwood se unem para uma nova visão noir de um personagem clássico da DC e uma impressionante revisita à divertida LJI dos anos 1980! A edição de Alvo Humano pela Panini, contém 192 páginas e funciona como um encadernado com edições de 1-6.

    SINOPSE

    Christopher Chance ganha a vida sendo o Alvo Humano: um homem contratado para se disfarçar do cliente como isca para supostos assassinos. Porém, em seu último caso protegendo Lex Luthor as coisas deram errado. Agora, Chance tem 12 dias para solucionar o mistério de seu próprio assassinato! Quem no Universo DC odiava Luthor o suficiente para querer vê-lo morto por veneno de ação lenta? E os principais suspeitos são… a Liga da Justiça Internacional?

    ANÁLISE

    Alvo Humano é um clássico personagem da DC Comics dos anos 50 criado pelos autores Edmond Hamilton e Sheldon Moldoff. Esse personagem faz parte da era de ouro dos quadrinhos. Desse modo, o autor Tom King assim como já havia feito com outros personagens dessa era, e realiza uma nova roupagem para os tempos atuais e deixando o personagem atrativo e com enredo intrigante.

    Em Alvo Humano, seguimos o agente Christopher Chance, sendo contratado pelo Lex Luthor para fisgar o assassino que planeja tirar a vida de Lex. Com isso,  Chance acaba sendo envenenado por engano pelo suposto assassino de Lex e tem apenas 12 dias de vida para desvendar quem o envenenou.

    Desse modo, o enredo se expira no gênero Neo-noir e desenvolve uma história misteriosa e intensa. A forma que a trama é conduzida é repleta de suspense e casa perfeitamente com gênero de super-herói. Além de ter uma urgência para descobrir o assassino, visto que cada capítulo é contado um dia de vida a menos do personagem.

    Em relação ao roteiro, Tom King consegue novamente tornar um personagem desconhecido para os dias de hoje extremamente atrativo de modo criativo. Além de adicionar camadas únicas em seu desenvolvimento. Mas o que realmente deixa o personagem atrativo é seu cinismo e elegância digna de um James Bond.

    Ainda que a história seja envolvente, o humor da LJI acrescenta alívio cômico ao enredo. Mesmo o humor sendo tão genuíno, esse tom não diminui a qualidade da narrativa. Outro ponto interessante, é que a história não enrola para encaixar as peças do quebra cabeça do enredo. Mesmo não revelando o desfecho nesta edição, fecha ótimo cliffhanger.

    Destaque também para ambientação da história que é simplesmente fantástica, é basicamente uma mescla dos gloriosos anos 60 do 007 Sean Connery com elementos contemporâneos. Essa combinação torna a atmosfera única e atemporal. 

    Em relação à arte de Greg Smallwood é perfeita e traz um traço realista e detalhista, seja na caracterização dos personagens e a ambientação com os elementos sessentista e atuais. O traço de Smallwood é semelhante ao do Sean Phillips.

    VEREDITO

    Em suma, O Alvo Humano Vol.1 é uma excelente história neo-noir que conduz um enredo ágil e urgente de maneira inteligente e elegante com elementos dos anos 60 e que certamente já se tornou mais um dos clássicos modernos da editora DC Comics.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Alvo Humano

    Editora: Panini Comics

    Autor: Tom King e Greg Smallwood

    Páginas: 192

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    CRÍTICA – The Invincible (2023, 11 Bit Studios)

    Neste mês de novembro de tantos lançamentos, os jogos indies não ficaram para trás com a chegada de mais um título de uma publisher conhecida por lançar jogos muito interessantes. The Invincible é uma adaptação para games do livro escrito pelo premiado autor de ficção científica Stanisław Lem (1921-2006) e houveram algumas tentativas desta história tornar-se uma adaptação para outras mídias, sendo o jogo a sua primeira.

    O título é desenvolvido pela estreante Starward Industries e publicado pela 11 bits estúdios dos jogos da franquia Frostpunk, Moonlighter, Children of Morta e do impressionante This War of Mine.

    The Invincible foi lançado em 6 de novembro estando disponível para PC via Steam, Epic Games que, além do jogo base disponibiliza conteúdos extras como livro de arte, quadrinho e trilha sonoras que podem ser adquiridos separadamente. Para os consoles de nova geração Playstation 5, Xbox Series X/S.

    SINOPSE

    Você é Yasna, uma astrobiologista extremamente inteligente e qualificada. Em meio a uma corrida espacial, você e a sua tripulação acabam em um planeta chamado Regis III. Essa jornada científica logo se torna uma missão de busca à tripulação perdida. Siga os rastros deles, mas tenha em mente que cada escolha pode te aproximar mais do perigo.

    Desvende fenômenos científicos extraordinários em uma aventura filosófica cósmica por paisagens misteriosas. Encontre fragmentos perdidos e os relate ao seu Astrogator. Deixe a voz dele te ajudar em tempos difíceis e lembre-se de não subestimar a brutal simplicidade e o esplendor da evolução. Mergulhe em uma atmosfera atompunk e use várias ferramentas, como telêmetros e rastreadores, e dirija um veículo por uma paisagem de tirar o fôlego. Viva interações realistas com tecnologia analógica em uma linha do tempo retrofuturista. Há lugares como Regis III, que não estão preparados para nos receber e que não estamos preparados para visitar. Ainda assim, a nossa espaçonave se aproxima cada vez mais do destino, onde a nossa história e o nosso futuro se cruzarão em um local desolado.

    ANÁLISE

    The Invincible

    The Invincible é o típico jogo indie que traz uma experiência diferente das grandes produções, uma oportunidade de uma experiência de jogo que, através de suas mecânicas remete a uma perspectiva de um cientista em outro planeta.
    Os aspectos visuais agradam bastante, inclusive podendo comparar a jogos que possuem maiores orçamentos e em alguns casos não entregam a experiência visual de tamanha exigência.

    As texturas das regiões, os visuais dos habitantes do planeta Regis lll, o estilo dos mapas combinado com os efeitos sonoros são bem aproveitados para a imersão que, na perspectiva em primeira pessoa, tornam uma experiência de jogo mais pessoal.

    Ainda no que agrada visualmente os elementos retrofuturistas utilizados no jogo são um atrativo a parte em seus detalhes e adicionando mais prazer a experiência de navegar pela jogatina de The Invincible. As mecânicas são intuitivas para a utilização dos dispositivos desde o início do jogo então é natural a adaptação para jogar Invincible tornando assim sua experiência fluida.

    Entretanto a movimentação é um tanto problemática pois muitos lugares abertos não se tem acesso restringindo de forma significativa a exploração em um mapa que gera tamanha curiosidade de conhecer.

    Em aspectos de dificuldade ele não é tão desafiador, algo compreensível para que seja necessário a imersão na história profunda e, dentre os pontos relacionados, é o mais forte tratando-se de tudo o que significa jogar The Invincible. Falando sobre a história ela é excelente sendo uma experiência muito profunda em aspectos de reflexão em torno dos avanços da humanidade para todos os lugares e as escolhas que o jogador que vai estar na pele de Yasna são importantes por afetar diretamente os rumos narrativos que a busca pelos companheiros de tripulação pode levar.

    VEREDITO

    The Invincible é um jogo interessante com visuais muito agradáveis, uma gameplay que é intuitiva e favorece a atenção do jogador para a história que é a maior valia de toda a sua experiência in game.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    Toda a Luz Que Não Podemos Ver: A arte da audiodescrição na série

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    A adaptação em série limitada do romance Toda a Luz Que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr, é uma conquista inovadora em termos de inclusão. Além de tomar a decisão inovadora de escalar atores cegos (Aria Mia Loberti e Nell Sutton) para o papel do personagem principal cego, os produtores do programa aproveitaram todas as oportunidades para tornar a produção o mais acessível possível para aqueles que trabalham nela. 

    Anúncios de elenco internacional e roteiros foram formatados para pessoas com diferentes níveis de visão e técnicas de leitura e, assim que a produção começou, melhorias (como sinalização em braile) foram feitas no set.

    Na pós-produção, a equipe também queria garantir que a série fosse acessível para um público cego ou com baixa visão/visão parcial, de modo que cada episódio fosse acompanhado por descrições de áudio vívidas. Antes de mergulhar na série, os fãs podem ouvir uma introdução de áudio separada acima, gravada pela estrela Loberti.

    Loberti narra o featurette, que tem como objetivo servir de complemento para o público cego e com baixa visão. Ao longo de 11 minutos, o ator descreve a aparência, os guarda-roupas e os estilos de movimento dos personagens, juntamente com os cenários, locais e outras informações visuais da série.

    Toda luz

    Strechay – que já foi consultor em Demolidor da Marvel, The OA e See da Apple TV+ – foi inestimável no que diz respeito aos elementos acessíveis da série durante a produção. Esta série marca a primeira vez que Strechay conseguiu trabalhar com atores principais cegos na vida real.

    Embora Strechay tenha trabalhado com muitos atores cegos ao longo dos anos, esta foi a primeira vez que trabalhou com atores cegos desempenhando papéis principais. Loberti e Sutton são cegos e interpretam as versões mais velha e mais nova de Marie-Laure.

    Strechay garantiu que os roteiros de Loberti e Sutton fossem fornecidos em seus formatos preferidos. Loberti memorizaria o roteiro principalmente ouvindo-o, enquanto Sutton memorizava suas falas através de uma combinação de audição e leitura em uma tela braile atualizável. A sinalização em braile também foi colocada em todos os sets em duas alturas diferentes – uma para a altura de Loberti e outra para a de Sutton. Os nomes do elenco e da equipe técnica também foram gravados em braile nas costas das cadeiras.

    Aria Mia e sua cadela Ingrid

    A cadela-guia de Loberti, Ingrid, a acompanhava em todos os lugares e estava no set quase todos os dias, exceto para a filmagem de algumas cenas carregadas de emoção. Todos no set foram informados de que quando Ingrid usava seu arnês, isso significava que ela estava trabalhando e não deveria ser incomodada. Quando ela não estava usando o arnês, abraços, animais de estimação e guloseimas extras eram permitidos.

    Como Toda a Luz que Não Podemos Ver se passa durante a Segunda Guerra Mundial, Strechay foi capaz de mergulhar na história única das pessoas cegas e com baixa visão daquela época e garantir que elas fossem devidamente representadas na tela. Ele ficou particularmente intrigado com a contribuição de Helen Keller para o design da cana.

    Strechay também discutiu com Loberti as diferenças em como ela lê braile e como Marie-Laure faria naquela época. “Hoje em dia, somos treinados em braile e em como usar uma bengala branca desde cedo, enquanto alguém na posição de Marie-Laure não teria as mesmas oportunidades”, disse Loberti à Netflix durante a produção. “A técnica braile dela tinha algumas falhas, então acrescentei alguns dos meus próprios maus hábitos nos close-ups. São aqueles pequenos pedaços que você simplesmente não consegue capturar se for uma pessoa com visão tentando se colocar nessa posição. A cegueira não é uma habilidade que você pode aprender. É uma cultura.”

    Toda Luz

    Um ingrediente chave para o sucesso de Strechay é que ele tem uma assistente com visão, Cara Lee Hrdlitschka – que também é coreógrafa e, portanto, bem versada na descrição de movimentos. Ela fornece descrições detalhadas de tudo o que está sendo filmado e preparado.

    Para o diretor Shawn Levy, ter Strechay, Loberti e Sutton envolvidos na produção foi “incalculavelmente valioso”. Strechay está imensamente orgulhoso de todo o elenco e equipe técnica pelo trabalho que fizeram para tornar Toda a luz que não podemos ver o mais acessível possível. Ele está esperançoso de que mais portas sejam abertas em Hollywood para atores de todas as origens e habilidades.

    “A maioria dos atores cegos ou com baixa visão nunca viu a atuação como um resultado ou oportunidade de emprego e, definitivamente, não foram incentivados a [buscar] isso”, diz ele. “Se você nunca permitir essa oportunidade às pessoas, não haverá esses resultados. Estamos avançando com Nell e Aria. Eles estão fazendo o trabalho que deveriam fazer.”

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA – Star Ocean: The Second Story R (2023, Square Enix)

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    Star Ocean: The Second Story R é o remake do segundo game da amada franquia Star Ocean. O game foi desenvolvido originalmente pela tri-Ace e publicado no passado também pela Square Enix. O primeiro game foi lançado originalmente apenas no Japão em 96 para o Super Nintendo, mas ganhou uma tradução por fãs quando foi lançada no ocidente. O primeiro game da franquia ganhou um remake em 2007 para o PSP. The Second Story foi lançado em 1998 para o PlayStation e agora ganhou um remake para a atual geração.

    Com dois personagens jogáveis, somos lançados na história de Claude ou Rena 25 anos anos depois de seu lançamento original. Na história, os dois jovens e suas jornadas se misturarão enquanto precisam evitar que antigos perigos de uma profecia coloquem o mundo ou o universo em risco. Claude, com sua história única, é transportado para o outro lado da galáxia para uma aventura 2.5D em um planeta místico.

    SINOPSE

    Escolha entre Claude ou Rena neste RPG de fantasia científica. Jogue através de suas perspectivas e desbloqueie vários finais. Recrute aliados e derrote inimigos em batalhas rápidas em tempo real.

    ANÁLISE

    The Second Story R

    Star Ocean: The Second Story R é o remake que traz enormes surpresas em relação ao game original. Não apenas em relação à atualização da história, mas também em relação à gameplay, dublagens e visual. Ao longo de uma aventura que se expande por milhões de anos luz, acompanhamos perigos terrenos, sobrenaturais, tudo enquanto mergulhamos em um visual único. Agradeço à Square Enix por nos ter enviado o game que garantiu algumas horas de diversão, enquanto me senti imerso na aventura de Claude, Rena e sua party.

    Uma surpresa em The Second Story R, vem do fato do game contar com elementos e personagens jogáveis de quase todos os games da franquia, mas não apenas isso. Com todas as cenas dubladas e charmosas animações, somos lançados por uma história com repercussões que se estendem por todo o problema. As ameaças podem destruir não apenas Claude e Rena, mas levar o mundo por uma profunda escuridão.

    Ao longo de 36 horas, a gameplay me levou por caminhos inesperados. E assim como quase todos JRPGs, que sempre tem problemas para me prender, me vi entretido e envolvido apenas na metade desse tempo. Ao longo de sidequests e conhecendo seus companheiros de party, somos envolvidos em um mundo de aventuras e desafios, cujas dificuldades só aumentam a cada esquina que o game toma. Com ameaças crescentes e até 13 membros para sua party, você escolhe seu estilo de gameplay e como prefere progredir na história.

    The Second Story R

    Com dificuldades que nos levam por tanto replays de combates – caso você seja derrotado em combate – com diferentes estratégias e diferentes componentes, sua party e seus companions podem te colocar como o salvador do universo.

    Star Ocean: The Second Story R conta com complexos sistemas de RPG, desde sistema de atributos – ou como o game chama IC/Especialidade -, até mesmo árvore de habilidades disponibilizadas por esses atributos. Com desafios do game, ou de seus personagens, podemos garantir melhorias, itens, criações de itens e até mesmo um avanço mais tranquilo, quando o assunto é dificuldade, o game não vai pestanejar em colocar inimigos entre você e seu desafio. Podendo avançar até 5 ou 6 níveis por dungeon – se você assim optar por encarar cada um dos inimigos -, você não terá problemas na progressão. Isso se levar em conta também a distribuição de pontos corretas em determinados atributos.

    Com companions e parceiros de party bem diversos, o game nos cativa e nos lança em uma aventura em uma galáxia rica de história e perigos. Mas não apenas por isso.

    The Second Story R

    Com um riquíssimo environment 3D, a modelagem 2.5D dos personagens, Second Story R nos faz perceber a beleza do game em diversos níveis. Com cuidado da produção e do desenvolvimento, podemos testemunhar como o level design foi produzido cuidadosamente, levando em conta o passado, mas dando uma roupagem nova ao game.

    Com a mistura de gêneros em diferentes, viajamos por mundos diversos, desde naves e planetas tecnológicos, até civilizações com os pés no chão, que vivem em uma era mais analógica, sem acesso à tecnologias futurísticas, mas acesso à artefatos místicos. Em Star Ocean, nada é o que parece em um primeiro momento. E por mais que Claude e Rena pareçam tão inocentes, suas habilidades hão de se mostrar exatamente o que sua equipe precisa.

    Em um universo em que magia e tecnologia se misturam, Star Ocean: The Second Story R nos leva por uma divertida e desafiadora aventura. Ainda que seja necessário perseverança para avançar em determinados diálogos que podem levar até 10-15 minutos, o game pode se mostrar o terror para portadores de TDAH como esse que vos escreve.

    Uma dica é: pule os diálogos de arcos menores, quando o game começar a exibir cutscenes, preste bastante atenção.

    VEREDITO

    Como um game narrativo, Star Ocean: The Second Story R falha ao não ser legendado para o Brasil. Podendo jogá-lo tanto em inglês quanto em japonês, o game deixa o gosto amargo na boca do fato da Square Enix ainda não localizar todos seus JRPGs como deveria. Com cerca de 36 horas de gameplay, pude acompanhar o lado da história de Claude. Com certas dificuldades se colocando entre ele, um jovem vindo de uma realidade futurista indo parar em um mundo em que magia e tecnologia se misturam. E assim, encontramos Rena, uma jovem cuja origem está intrinsicamente ligada às ameaças que hão de surgir em nosso caminho.

    O game diverte, nos emociona e nos motiva a sempre tentar dar o nosso melhor, pois se somos parte de uma profecia, precisamos evitar a todo custo que ela se torne realidade.

    Ainda em tempo, algo que gostaria de abordar aqui, é como a experiência de jogar o game em um Nintendo Switch – de maneira portátil – me garantiu uma maior diversão do que me garantiria caso eu o jogasse em um console de mesa.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Star Ocean: The Second Story R foi lançado no dia 2 de novembro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

    Confira o trailer do game:

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