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    CRÍTICA: ‘Donkey Kong Country Returns HD’ é remaster que poderia ser um remake

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    Depois da apresentação do Nintendo Switch 2, muito se tem discutido sobre a reformulação do famoso macacão da Nintendo. Donkey Kong é uma das maiores e aparentemente, mais esquecidas franquias da Big N, principalmente nos últimos anos, visto que o último game original da franquia foi lançado há pouco mais de 11 anos. Lançado originalmente para o Wii em 2010, Donkey Kong Country Returns recebeu uma versão 3D para o Nintendo 3DS em 2013. Agora, em 2025, o game recebe uma versão em HD para o Nintendo Switch.

    Apesar de ter causado um grande burburinho quando foi anunciado por seu trailer de lançamento deixar a desejar, a iluminação, vfx e elementos do game foram melhorados e refinados antes do lançamento do game em 16 de janeiro para o Switch. Aqui, podemos considerar esta como uma das mais desafiadoras histórias do DK.

    Desenvolvido pela Retro Studios, responsável por games como a franquia Metroid Prime e Mario Kart 7, somos envolvidos por uma gameplay que parece ter sido criada pela Rare – desenvolvedora da franquia Donkey Kong Country original.

    Apenas para ser lançado por um mundo tomado pela Tribo Tiki Tak – estes chegam após uma erupção no vulcão da ilha Donkey Kong -, inimigos surgem e transformam todos os animais da ilha em escravos.

    Ao longo de níveis desafiadores e nove mundos distintos, Donkey Kong Country Returns HD nos apresenta diversas melhorias em relação ao original, mas explicita quais assets receberam pouco ou quase nenhum tratamento em relação à versão original. Um dos aspectos mais positivos do game, é o modo multiplayer que te permite jogar controlando também, Diddy Kong.

    Donkey Kong

    Pelo valor de R$ 300,00, ouso dizer que a Nintendo fez pouco esforço aqui. Mesmo tendo lançado ótimos remakes em 2024 como Thousand-Year Door, a Big N acertou ao lançar games como Luigi’s Mansion 2 HD – game que anteriormente estava preso no Nintendo 3DS.

    Em Donkey Kong Country Returns HD, melhorias como o modo acessível do 3DS é chamado aqui de Modern, que te garante uma dificuldade mais razoável, mais corações de vida e mais itens no inventário. O que te permite errar mais e ainda assim, prosseguir.

    Em uma era que a Nintendo parece estar olhando especialmente para o Brasil, o erro de não localizar o game para o Português do Brasil mostra a falta de empenho da Nintendo citada anteriormente, por mim.

    Donkey Kong

    Com o novo mundo disponível com 8 fases novas – mostradas pela primeira vez na versão do 3DS -, Donkey Kong Country Returns HD pode te proporcionar cerca de 10 horas de gameplay divertida e moderada. Estas horas podem ser prolongadas para o dobro caso ao fim do game, você opte por jogar o Modo Espelhado.

    Com melhorias relacionadas ao visual, o game pode hoje ser jogado em full HD, o que é uma evolução. Mas com texturas e modelagem de fundo de tela estáticas tendo sido reaproveitados em determinados níveis, ouso dizer que os desafios aqui, tenham sido colocados e remodelados de maneira a não nos fazer prestar tanta atenção aos detalhes.

    Com vegetações escassas se compararmos ao game original, aqui, foi refeito claramente, um trabalho de upscalling da imagem, ignorando outros elementos, que justificassem o valor cheio cobrado pelo game.

    Mesmo sendo relativamente frustrante por não ser um remake, ou haver melhorias suficientemente significativas, recomendo que você jogue o game e tire suas próprias conclusões.

    Como um platformer desafiador, Donkey Kong Country Returns HD diverte, desafia e nos leva por uma curiosa e por vezes, perigosa jornada. Ficando maravilhado com cada um dos níveis, mas também pela dificuldade e jogabilidade, o retorno à franquia Donkey Kong não poderia ter sido melhor. Mesmo que Tropical Freeze tenha sido um dos meus games favoritos do DK, Returns HD talvez tenha um lugar no seu coração, assim como acabou de ganhar no meu.

    Nossa nota

    4,4 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Donkey Kong Country Returns HD foi lançado em 16 de janeiro para o Nintendo Switch.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #32 | ‘Tarzan’ no N64 é diversão numa era de adaptações de filmes

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    Antes de games 3D como o brilhante Indiana Jones e o Grande Círculo adaptarem histórias de personagens icônicos, games baseados em propriedades intelectuais das animações do universo live-action permearam o mundo dos games. Desde Aladdin (1993), até Rei Leão (1994), platformers nos lançaram por histórias conhecidas do mundo dos games, adaptando arcos de maneira por vezes fiéis, desafiadoras e marcantes. Em Tarzan (1999), controlamos o personagem homônimo desde sua infância até a fase adulta, lutando contra ameaças do longa e até mesmo, animais fofinhos.

    Fugindo da lógica do longa, diferente de proteger os animais da floresta, Tarzan precisa por vezes derrotar pequenos inimigos a fim de prosseguir.

    Com uma jogabilidade de platformer 2.5D, o game proporciona uma gameplay diversa no que diz respeito à avançar pela história. Seja pelos níveis bônus a fim de obter vida nadando, como também por fases como “Estampido”. Em que o game deixa de ser por vezes um platformer e se torna algo equivalente à la Battletoads. Em que a dinâmica do game muda quase que completamente, e o personagem, assim como as ameaças andam em direção à tela, não mais de maneira lateral.

    Lançado para PC, PlayStation e Nintendo 64, o game também recebeu um port para o Game Boy Color no mesmo ano. Desenvolvido pela Eurocom Entertainment Software, estúdio responsável por games como outras adaptações de animações da Disney, como o game The Jungle Book de 1994 e Hercules de 1997, Tarzan diverte e funciona como um divertido desafio.

    Tarzan

    Em uma era em que quase todos os lançamentos fantásticos do cinema ganhavam uma adaptação, animações em grande parte da Disney, se aproveitavam e emplacavam games que faziam relativo sucesso.

    Seguindo os moldes de games como os citados anteriormente, como Aladdin, Jungle Book, Rei Leão, éramos sempre lançados por aventuras de plataforma desafiadoras.

    E confesso, que era sempre um desafio imaginar como um filme, ou um game seria adaptado. Distante do que já foi mostrado aqui, no nosso Jogo Véio, games como Rise to Honor, costumavam contar histórias que pareciam filmes, mas ouso dizer que os anos 2000 foram o melhor ano das adaptações.

    Em uma época de games AAA e megalomaníacos, games divertidos como adaptações de filmes tendem a oferecer curiosas e desafiadoras dinâmicas. É necessário repensar a forma como games são feitos hoje.

    E em tempos de estúdios fechados após o primeiro deslize – como ocorreu com a Firewalk Studios de Concord e a Tango Gameworks de Hi-Fi Rush, apesar do sucesso deste último -, entender que futuros lançamentos podem demandar de 6 até 8 anos de produção, ressalta e explicita um cenário onde a indústria prioriza o lucro imediato. Ameaçando assim, a diluir o caráter artístico e envolvente dos games, transformando-os em meros produtos comerciais.

    Tarzan, Jungle Book, Rei Leão e Aladdin (em suas muitas versões) são divertidas aventuras que merecem ser jogadas, independente de quanto tempo tenha passado desde seus lançamentos.

    Assim como Tarzan, trouxemos outros games que marcaram o mundo dos games no nosso Eu Curto Jogo Véio.

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    CRÍTICA: ‘Mark of the Deep’ mistura gêneros e é mais um acerto de desenvolvedora brasileira

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    O aquecido mercado de games brasileiros continuam a nos surpreender. Após o sucesso de Dandy Ace em 2021, a Mad Mimic surpreende ao nos apresentar ‘Mark of the Deep‘. No controle de Rook, o game mistura uma gameplay metroidvania com o gênero souls-like, desafiando nossa progressão a todo o tempo, o game pune, mas recompensa os jogadores mais atentos.

    Com uma campanha de lançamento diversa, o game fez uso de diversos criadores de conteúdo em sua dublagem para enriquecer a localização do game no Brasil. Mostrando assim, que não apenas a desenvolvedora valoriza o público BR, como também tem como intuito trazer para o game os fãs desses influenciadores/figuras convidadas.

    Mark of the Deep é um marco por como se apresenta e assim como foi feito em ‘No Heroes Here‘ e ‘Dandy Ace‘, o game chama atenção para o que o mercado brasileiro é capaz de fazer. O game é desenvolvido pela Mad Mimic e publicado pela Light Up Games.

    Mark of the Deep

    Controlando Rook, mergulhamos nos mistérios que envolvem o naufrágio do Sereia Raivosa, navio em que o pirata servia como tripulante. Presos em um mundo sombrio, tudo parece conspirar para que toda e qualquer esperança seja abandonada. Rapidamente, ao ser puxado para a brutal e desafiadora história, Rook precisa descobrir a razão de uma aparente maldição não afetar ele, mas sim, todos os outros membros de sua tripulação.

    Uma gameplay profunda faz parte do que o game tem a apresentar: uma história hostil em que é necessário lutar a todo e qualquer custo para progredir.

    HISTÓRIA RICA EM DETALHES E GAMEPLAY PUNITIVA

    Mark of the Deep

    Com uma jogabilidade densa, o game insere cada vez mais camadas à experiência com o passar das horas. Seja ficando perdido por labirintos de fases interconectadas, o game ganha uma “facilidade” quando o fast travel é adicionado ao game e ver como a movimentação e as dinâmicas mudam após sua adição, é algo notável. A jornada de Rook e dos tripulantes ganham mais profundidade, não apenas pelas missões secundárias, como também pela forma do mundo contar uma história própria.

    Sozinho, na misteriosa ilha, Rook precisa reunir forças a fim de descobrir onde está seu capitão e revelar os mistérios que insistem em se colocar entre ele e seu objetivo: fugir em segurança da ilha.

    Nos fazendo questionar por vezes o que está diante dos nossos olhos, o game insiste em inserir o que parecem ser dicas ou pistas visuais por quase todos os níveis. Com monumentos que possuem dicas de enredo, fica claro que aquele mundo, aquela ilha, não nos quer lá.

    Munido de seu gancho, sua pistola, habilidades únicas e outras armas que propiciarão nossa jornada, Rook avançará contra hordas de mortos vivos e monstros terríveis transformados pela maldição.

    Onde muitos pensaram em um dia obter êxito, Mark of the Deep se supera ao ser um excelente título sobre piratas. Batendo em títulos AAA como Sea of Thieves, Skull and Bones e muitos outros, este é um game contido em si, sem sonhos de grandeza ou coisa do tipo.

    Servindo como um respiro para o gênero metroidvania, a Mad Mimic se supera mais uma vez ao misturar gêneros e entregar uma experiência de gameplay e narrativa singulares, trazendo profundidade, esmero, terror e beleza.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Mark of the Deep foi lançado para o PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S, em 24 de janeiro de 2025.

    A chave recebida para produção deste texto, foi disponibilizada pela Nuuvem! O game está em promoção na plataforma para PC. Caso queira comprar com 15% de desconto, acesse o link. A promoção dura até o dia 3 de fevereiro.

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    CRÍTICA – ‘Sniper Elite: Resistance’ é o bom e velho headshot nos nazistas

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    Desenvolvido pela Rebellion Developments, o game Sniper Elite: Resistance é um jogo de ação furtiva em terceira pessoa, no qual o jogador assume o papel de um atirador de elite das forças aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.

    O jogo é conhecido por sua mecânica de tiro de precisão, que exige que o jogador leve em consideração uma variedade de fatores, como vento, gravidade e frequência cardíaca, ao mirar em seu alvo.

    Sniper Elite: Resistence chega ao PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X | S e PC no dia 30 de janeiro.

    SINOPSE

    A aclamada franquia Sniper Elite retorna com um novo protagonista. Infiltre-se na França ocupada e lute ao lado da Resistência Francesa para impedir que os nazistas desenvolvam uma nova arma que mudará o curso da guerra.

    ANÁLISE

    A grande marca da franquia segue o ditado popular “time que está ganhando não se mexe” e com isso: a mecânica de tiro, finalizações com câmera lenta e raio X continua impecável, mas com gráficos melhorados.

    Com uma boa variedade de missões, o novo título da franquia entretém; mesmo que seu protagonista não tenha nenhuma profundidade. Durante a gameplay é possível ver alguns pequenos bugs, mas nada que irrite mais que a câmera em locais apertados ou reviver em locais críticos (e com pouco HP).

    Os comandos são simples, o que torna o jogo divertido. Principalmente com uma dificuldade desafiadora mesmo no modo “normal”; exigindo que o jogador use furtividade, combate e habilidade de tiro para ter sucesso.

    O Modo História não é nada mirabolante, que derrapa ao apresentar personagens pouco desenvolvidos e uma trama previsível. No entanto, alguns jogadores poderão ficar satisfeitos pelo contexto histórico do jogo e a oportunidade de experimentar a Segunda Guerra Mundial de uma nova perspectiva.

    Sniper Elite tem armas e mais armas

    Em Sniper Elite: Resistance, você terá acesso a um vasto arsenal de armas autênticas da Segunda Guerra Mundial, que incluem desde as clássicas armas de fogo até explosivos e armas brancas.

    O jogo oferece uma variedade de fuzis de precisão, submetralhadoras, escopetas, pistolas e armas de combate corpo a corpo, permitindo que você escolha a ferramenta perfeita para cada situação e estilo de jogo. Além disso, você poderá personalizar suas armas com diversos acessórios, como miras, silenciadores e pentes estendidos, aprimorando o desempenho e adaptando-as às suas preferências.

    O arsenal do jogo é tão vasto e versátil que permite diversas abordagens estratégicas, desde a furtividade e precisão de um sniper até o combate direto e explosivo.

    Revivendo a Segunda Guerra Mundial

    Vale a pena notar que a franquia sempre prezou pela autenticidade histórica e os desenvolvedores trabalharam duro para recriar armas, veículos e ambientes da Segunda Guerra Mundial com precisão, e o jogo apresenta informações históricas sobre o conflito.

    LEIA TAMBÉM: Filmes da cultura pop onde nazista se ferram

    VEREDITO

    Sniper Elite: Resistance é um jogo divertido e desafiador que é adequado para fãs de jogos de tiro furtivos e jogos de guerra. Se você está procurando um jogo de tiro furtivo desafiador com uma variedade de missões e um modo multijogador divertido, o game é uma boa opção. Mas, se você está procurando um título com uma história forte e personagens bem desenvolvidos, pode ser melhor procurar em outro lugar.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    A melhor maneira de decidir se Sniper Elite: Resistance é o jogo certo para você é experimentá-lo por si mesmo.

    Sniper Elite: Resistance está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X | S e PC.

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    CRÍTICA: ‘Freedom Wars Remastered’ é título do PSVita mais atual do que nunca

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    Freedom Wars Remastered‘ habita um lugar muito atual em discussões, em um RPG de ação guiado pela história de uma sociedade de hipercontrole, em que todos os indivíduos são vigiados e precisam agir de acordo com as “normas” impostas pelos líderes daquela realidade.

    A vigilância exercida aqui, vai além do que podemos imaginar. Desde um número absurdo de câmeras espalhadas pelo mundo, até com “companions” humanóides, chamados de “acessórios” que te vigiam a todo momento.

    Desde o século XVIII, alguns conceitos para entender o controle exercido sobre os indivíduos por parte da sociedade foram criados. Foucault mostrou que as instituições comuns, como sociedades industriais, escola, fábricas e prisões tinham como foco disciplinar os indivíduos que ocupavam estes lugares. Este modelo de “prisão” passou a ser conhecido como pan-óptico.

    Com legendas localizadas para o português do Brasil, podemos aproveitar de fato a jornada que era originalmente do PSVita, agora nas plataformas mais recentes. O game é originalmente desenvolvido pela Dimps e publicado pela Bandai Namco.

    SINOPSE

    Em um futuro distópico, o mundo é devastado pela poluição e esgotado de recursos naturais, e a humanidade vive em complexos prisionais extensos chamados Panopticons. Qualquer um que nasça neste cenário infernal é considerado “Ímpios”. Os jogadores buscam sua liberdade se voluntariando para operações de combate extremamente perigosas para competir com outros Panopticons pelo que resta dos recursos cada vez menores do planeta.

    ANÁLISE

    Freedom Wars Remastered

    Ambientado em um mundo completamente destruído pela poluição no ano de 102014, os seres humanos restantes passam a habitar abrigos subterrâneos chamados de panópticos. Sendo severamente punidos por toda e qualquer violação das normas, desde se deitar na cela, ou até mesmo, perder sua memória. Nos primeiros momentos do game, nosso personagem, um “ímpio” que é punido com 1 milhão de anos de prisão.

    O que acontece com todos os novos habitantes do panóptico, é uma sentença. Sentença esse que pode dobrar ou ser aumentada com qualquer tipo de violação.

    A fim de viver de verdade, ou pelo menos diminuir nossa sentença de 1 milhão de anos, precisamos contribuir com esta sociedade.

    Coletando recursos, resgatando cidadãos e subindo rankings e comprando privilégios – visuais e de ação – nossa pena diminui relativamente pouco. Mas o que precisamos fazer para viver de verdade?

    Freedom Wars Remastered

    Em uma sociedade em que o controle exercido em seus “ímpios” se assemelha a de um autoritarismo exacerbado, nossas punições e vigilância podem vir de mais lugares do que podemos imaginar. Além de combates contra monstros gigantes e uma narrativa que se mantém ao fundo das horas de gameplay, um controle confuso por fim pode ser mostrar completa, mas ainda sim, truncada.

    Com uma história de fundo que pode acabar por se mostrar genérica, sua base nos causa um certo asco e desconforto por como esta sociedade se baseia. Seria ela pelas semelhanças com o mundo real?

    JOGABILIDADE, GRÁFICOS E ESTILO DE GAMEPLAY

    Freedom Wars Remastered

    Com uma navegação por mapas 3D horizontal e vertical, o game nos proporciona uma jogabilidade limitada. Conforme a progressão, os níveis de dificuldade nos forçam a aprender a usar nossas habilidades de maneira mais profunda. Tornando as lutas de proximidade cada vez mais rápidas e dinâmicas. Combates de proximidade e à distância fornecem diferentes aproximações, mesmo com inimigos muito similares uns dos outros, o que pode ser frustrante. Com uma variedade de no máximo 5 inimigos gigantes e outros 4 menores, existe uma limitação de dificuldade.

    Oferecendo diferentes possibilidades aos jogadores e dando ao game um leve aspecto de RPG, é possível equipar no nosso personagem, nosso ímpio, tentáculos de ataque, defesa e cura.

    A partir do nível 6 ou 7, existe um aumento significativo na força dos inimigos, e uma dificuldade relacionada à obtenção de armas menores, o que torna nossa progressão mais lenta e exige muito mais grinding.

    Com um gráfico estilo anime, mas com uma jogabilidade que se assemelha à Monster Hunter – em que é necessário dominar habilidades de combate, a fim de progredir na derrocada dos abdutores.

    SOCIEDADE DO CONTROLE, AMBIENTAÇÃO E MAIS

    No início do século XX, Michel Foucault se debruçou por como a sociedade disciplinar tende a organizar o poder por meio da disciplina, do controle exacerbado. Confinando indivíduos em espaços fechados, como escolas, prisões, fábricas e afins. Moldando não apenas os indivíduos, como incentivando e promovendo a submissão destes.

    Nos anos seguintes, Gilles Deleuze usaria como base o estudo de Foucault e entenderia que a sociedade do controle era uma evolução natural da forma de controle disciplinar percebido alguns anos antes. Analisando como esse poder ligado à disciplina evoluiu para um controle que não mais confina, mas que se dissemina por todas as camadas da sociedade. E em Freedom Wars, não é diferente.

    Regulando comportamentos, podendo ser tanto flexíveis quanto inflexíveis – como no game -, o controle faz com que estes indivíduos vivam em constante medo.

    O ponto aqui, é como o game nos faz sentir completamente fora do controle. Sendo necessário fugir ou mergulhar nas mentiras que giram em torno do controle dos panópticos. Fazendo uso de armas melee e armas de fogo, os recursos deste mundo pós apocalíptico deixa claro que será necessário um grinding um tanto quanto absurdo a fim de prosperar.

    Essa escassez proporciona eventos como a invasão do nosso panóptico por ímpios inimigos. Estes combates nem sempre são desafiadores, mas contra os Abdutores com certeza serão.

    A ambientação pós apocalíptica nos faz sentir quase sempre sem esperança.

    Com personagens secundários que falham em nos fazer sentir imersos na história, seus arcos acabam por ser fracos e desinteressantes. Mas a profundidade necessária para a história continuar, vem do desafio e da curiosidade dos indivíduos que nunca colocaram os olhos no game.

    VEREDITO

    Freedom Wars Remastered nos causa um asco por nos lembrar como é viver diariamente sob o controle exercido em grande parte da população pelo Capital. Nos ambientar a um mundo destruído que é controlado pelos indivíduos de maior poder aquisitivo que vive no “Paraíso” – uma nave cidade que habita os céus -, tende a nos fazer sentir um desconforto e quase sempre nos proporciona paralelos.

    O game obtém êxito em se apresentar à uma nova geração, mas falha no que diz respeito à oferecer uma jogabilidade divertida, diversa e imersiva. Sendo muito mais oneroso do que divertido, o game desafia e mantém seus jogadores entretidos e curiosos. Mas mesmo que todos os passos do game ofereçam dificuldades tremendas e passos demais para que possamos progredir. O game possui um retrogosto de realidade, o que pode tanto incomodar, como surpreender.

    Freedom Wars não é tão simples de ser jogado, mas é desafiador. Com um final que deixa em aberto a possibilidade de uma continuação, acompanhamos aqui uma história de combate, traição, do terreno e do divino. Ao passo em que vemos a história de um mundo violento, tomado pelo desespero, uma continuação talvez seja a única saída. Ou pelo menos a mais inteligente.

    Sendo mais longo do que o necessário, uma vindoura continuação talvez possa se beneficiar de uma história mais direta ao ponto do que este game foi.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Freedom Wars Remastered está disponível para PC, PlayStation 4 e PlayStation 5.

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    Conheça os vampiros mais marcantes da cultura pop

    Os vampiros, criaturas da noite com um fascínio atemporal, conquistaram seu lugar de destaque na cultura pop. Seja nos clássicos góticos ou nas produções modernas, esses seres sedutores e sombrios continuam a cativar a imaginação do público. Neste artigo, vamos explorar alguns dos vampiros mais icônicos e influentes da história, desvendando seus mitos, poderes e a razão de seu sucesso.

    Akasha, a Rainha dos Condenados

    Akasha é um personagem fictício criado pela escritora Anne Rice, era uma princesa em Uruk, atual Iraque, que se tornou a Rainha em Kemet, atual Egito; após se casar com Enkil. Nos romances de Rice, são os progenitores de todos os vampiros quando um espírito maligno chamado Amel, foi capaz de entrar no corpo de Akasha através de uma ferida e fundir-se com sua carne.

    Akasha, logo após sua transformação passou seu “dom maligno” para o Rei Enkil, tirando quase todo o seu sangue e, em seguida, permitindo-lhe de beber a quase totalidade dela; transformando Enkil em um vampiro.

    Com sua beleza exuberante, poder inigualável, presença imponente e sede de dominação a tornaram um ícone na cultura pop, especialmente após a adaptação cinematográfica.

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    Alucard

    Um dos vampiros mais complexos e controversos, Alucard é um personagem que transita entre o herói e o vilão. Sua força sobre-humana, habilidades regenerativas e passado misterioso o tornam uma figura enigmática e fascinante.

    Como descendente de um vínculo não natural entre Drácula e uma mulher humana chamada Lisa, Adrian tinha poderes especiais e estava destinado a ser mais forte do que qualquer humano, mas não potencialmente tão forte quanto seu pai. Depois que Lisa foi morta, tendo sido confundida com uma bruxa, Adrian cresceu sob a influência de seu pai, de onde foi ensinado nas artes das trevas e moldado em um guerreiro que um dia lutaria pelo lado do mal.

    Na morte de Lisa, Adrian estava ao lado dela e sua mãe insistiu que ele não descontasse sua raiva pela morte dela nos humanos, pois suas vidas já são cheias de dificuldades. Com essas palavras, ela teve uma profunda influência no pensamento de Adrian. Posteriormente, entendendo que Drácula iria impor sua ira ao povo, Adrian voltaria seus esforços para destruir o exército de seu pai, esperançosamente encorajando-o a reconsiderar. Além disso, ele escolheu usar o nome “Alucard” – o nome de Drácula ao contrário – para representar que ele defendia crenças opostas às de seu pai.

    Alucard é um espadachim habilidoso e normalmente empunha espadas de uma mão. Os outros ataques de Alucard usam magia negra. Como um metamorfo, Alucard pode se transformar em um morcego, um lobo ou até mesmo névoa.

    Lestat de Lioncourt

    Charmoso, arrogante e com um apetite insaciável por sangue e conhecimento, Lestat é um dos vampiros mais populares da literatura. Sua jornada em busca de identidade e poder o transformou em um ícone da cultura vampírica.

    Lestat de Lioncourt simboliza um vampiro como um ser ousado, entusiasmado e desafiador, que se delicia com sua própria arrogância e atitude vaidosa, e carrega-se com a aura de riqueza e direito que vem apenas de uma educação privilegiada, ganhando o título carinhoso de “o Príncipe Pirralho” por seus vampiros mais velhos. Lestat nasceu em 1760, em Auvergne, França, em um castelo pertencente a seus antepassados. Apesar da sua aparente nobreza ele cresceu em uma pobreza relativa; seus antepassados esbanjaram as riquezas da família dilapidando assim a fortuna familiar.

    Em Paris, seu talento chama a atenção de Magnus, um vampiro secular que está decidido a dar fim à própria existência, e, para isso, transforma Lestat em vampiro, legando a ele sua fortuna e a missão de encontrar as origens de sua espécie.

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    Orlok (Norferatu)

    Representando o lado mais horrendo e grotesco dos vampiros, Nosferatu é uma figura aterrorizante e inesquecível. Sua aparência deformada e aversão à luz do sol o tornaram um dos monstros mais clássicos do cinema.

    Ao invés de Conde Drácula, aqui temos Conde Graffi Orlok, uma das mais fiéis representações cinematográficas do vampiro. Alto, esguio, esquálido, com orelhas, nariz e dentes pontiagudos.

    Conde Orlok é um vampiro da Transilvânia, e é conhecido como “O Pássaro da Morte”, que se deleita com o sangue de humanos vivos.

    Orlok mora sozinho em um vasto castelo escondido entre os picos escarpados em um canto perdido das montanhas dos Cárpatos. Embora baseado no Conde Drácula, Orlok não possui nenhum charme aristocrático ou sedução de seu antecessor. Ele se assemelha a relatos folclóricos históricos de vampiros, que foram descritos como cadáveres ambulantes habitados por uma presença demoníaca.

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    Blade

    Um híbrido humano-vampiro, Blade é um justiceiro que dedica sua vida a caçar os seres que o amaldiçoaram. Sua habilidade com as armas, agilidade sobre-humana e conhecimento profundo sobre os vampiros o tornaram um ícone do cinema de ação.

    Seu lado vampírico lhe confere habilidades como regeneração espontânea, força, reflexos, velocidade, fôlego e agilidade sobre-humanas e não envelhece. Blade também não tem nenhuma fraqueza dos vampiros: pode andar de dia e pode fazer tudo que um vampiro não pode, exceto que às vezes sente necessidade de beber sangue.

    O personagem da Marvel Comics também é um mestre em artes marciais e em disfarces. Além de ótimo espadachim e com suas habilidades vampíricas pode sentir a presença de criaturas sobrenaturais.

    Carmilla

    Uma das primeiras vampiras da literatura, Carmilla é conhecida por sua beleza, sensualidade e capacidade de manipular suas vítimas. Seu legado continua vivo, inspirando diversas outras personagens femininas no universo vampírico.

    Criada pelo autor irlandês Joseph Thomas Sheridan Le Fanu, mais conhecido como Sheridan Le Fanu, a novela – que não é tão pequena para ser considerada um conto e nem tão grande para ser um romance – foi lançada originalmente em 1872 e viria a ser tornar uma das obras mais marcantes da literatura vitoriana de horror.

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    Lilith

    Diablo 4: Conheça Lilith, a Mãe do Santuário

    Lilith é uma personagem icônica da franquia de game Diablo, conhecida como Mãe do Santuário, a Primeira Mãe, a Mãe dos Nefalem, a Mãe, a Rainha dos Súcubos ou a Filha do Ódio e tem grande importância na história da Guerra do Pecado.

    A origem de Lilith na mitologia de Diablo é bastante obscura e misteriosa. De acordo com a mitologia do jogo, ela é a filha do demônio Mefisto, um dos três irmãos conhecidos como os Grandes Males, incluindo Diablo e Baal.

    Na mitologia judaica, Lilith é retratada como a primeira esposa de Adão, que se rebelou contra ele e se tornou um demônio. Em algumas interpretações, ela é associada aos vampiros, representando o lado sombrio e sedutor da feminilidade.

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