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    Brincando Com Fogo: Quem são os solteiros da 4ª temporada?

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    Lembra daqueles jovens solteiros cujas vidas sexuais eram ditadas por um cone falante chamado Lana? Sim, bem, um novo lote quentinho acabou de chegar ao retiro – e eles estão prontos para a festa. Na quarta temporada de Brincando Com Fogo (Too Hot to Handle), 10 competidores chegam pensando que fazem parte de um reality show de namoro chamado Wild Love

    Todas as temporadas têm a mesma dinâmica de roteiro: todos ali estão juntos por um único objetivo que é criar conexões emocionais e aprenderem a lidar com ela participando de workshops e seguindo as regras impostas pela assistente virtual, Lana. Ah! e regras quebras são descontadas do valor do prêmio final!

    Descubra agora quem são os participantes dispostos a quebrarem todas as regras sendo impulsionados por seus desejos carnais.

    Brittan

    Idade: 22 anos

    Origem: Havaí

    Nascida e criada no Havaí, a modelo Brittan está em êxtase por estar cercada de boys incríveis e sol no retiro. Uma autoproclamada filhinha do papai, Brittan acha que conhece todos os homens – e está pronta para conseguir exatamente o que quer. 

    Creed

    Idade: 24 anos

    Origem: Austrália

    Empresário, Creed está acostumado a ter todos os olhos voltados para ele quando entra em uma sala e não espera menos do que isso no retiro. Ele frequentemente manda DM, namora e abandona uma infinidade de mulheres sem consequências.

    Dominique

    Idade: 23 anos

    Origem: Colorado

    Dominique é uma estudante de ciência da computação do Colorado que usa sua beleza e inteligência a seu favor. Quando ela não está codificando ou lendo cartas de tarô para amigos e familiares, ela está manifestando seu próximo romance.

    James

    Idade: 23 anos

    Origem: Havaí

    Festeiro, engraçado e charmoso, o fisioterapeuta James tira o máximo proveito de seu status de solteiro. Um fanático por basquete baseado no Havaí, o atletismo e a aparência de James lhe valem pontos dentro e fora da quadra.

    Jawahir

    Idade: 22 anos

    Origem: Amsterdã

    Jawahir, que mora em Amsterdã, é modelo e atriz que mal pode esperar para fazer uma tempestade no retiro. Com apenas um relacionamento em seu currículo, Jawahir não está acostumada a ter seus avanços restringidos por ninguém – e este retiro não é exceção.

    Kayla

    Idade: 22 anos

    Origem: Los Angeles

    A modelo sedutora de LA Kayla diz que os caras tendem a “ficar um pouco obcecados” por ela. Kayla, que se considera uma destruidora de corações e uma jogadora, nunca carece de atenção e não tem problemas em pisar no pé se estiver de olho em alguém.

    Nick

    Idade: 28 anos

    Origem: Michigan

    Um cara de uma cidade pequena de Michigan, o artista e praticante de iogua Nick sempre soube que estava destinado a mais. Ele viajou ao redor do mundo, ficando com mulheres em todos os países que visita. Um veterano com pelo menos 10 relacionamentos, Nick não é estranho ao amor e à luxúria.

    Nigel

    Idade: 29 anos

    Origem: Nova Jersey

    O falador manso de Nova Jersey, Nigel, está prestes a conquistar a todos com sua sagacidade e frases curtas. O modelo e empreendedor segue o lema “mantenha a diversão rolando” e pode ser apenas o tônico de que todos precisam quando Lana definir o tom para a vida em retiro.

    Seb

    Idade: 24 anos

    Origem: Glasgow, Escócia

    Um piloto de corrida de Glasgow, Seb vive a vida na pista rápida. Com seus olhos azuis penetrantes e modos de playboy, ele regularmente chuta as mulheres para o meio-fio na manhã seguinte. Seb entrega seus impulsos o tempo todo: ele nunca diz não a nada – na vida ou no quarto.

    Sophie

    Idade: 22 anos

    Origem: Inglaterra

    A impressionante gerente de eventos Sophie teve apenas um relacionamento de longo prazo – e se recusou a se comprometer com qualquer pessoa desde então. A nativa do Reino Unido tem padrões altíssimos: quando alguém não está pronto para o desafio, ela vai para o próximo.


    Todas as 4 temporadas de Brincando Com Fogo estão disponíveis na Netflix.

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    CRÍTICA | Emancipation – Uma História de Liberdade (2022, Antoine Fuqua)

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    Emancipation – Uma História de Liberdade é o mais novo filme de Will Smith. O longa surge glorioso enquanto se propõe a contar a história de uma das mais icônicas e poderosas fotos sobre a escravidão. Ambientado em 1863, o filme conta a história de Peter (Will Smith), um escravizado que é tomado pelo exército confederado de uma fazenda para ser usado como mão de obra para a construção de uma ferrovia.

    O longa nos apresenta um dos mais perversos aspectos da história humana, que sobrepujou diversos povos, destruiu suas histórias e os diminuiu em mais maneiras do que imaginamos. Peter é o símbolo de um povo resiliente, que não se quebrou mesmo quando tudo os forçava a fazê-lo. Um povo que sonhou com a liberdade e que até hoje testemunhamos resquícios relacionados a escravidão.

    SINOPSE

    Emancipation conta a triunfante história de um homem escravizado que foge e atravessa os pântanos da Louisiana, nos Estados Unidos, em uma jornada tortuosa para escapar dos proprietários de plantações que quase o mataram. Peter é o homem em busca da sua liberdade, que escapa da escravidão confiando em sua inteligência, fé inabalável e profundo amor por sua família, fazendo o impossível para se livrar dos caçadores de sangue frio nos implacáveis pântanos da Louisiana.

    ANÁLISE

    Emancipation

    O filme nos leva pela Louisiana do século XIX em uma viagem dura, cansativa de um passado vergonhoso na história mundial. Enquanto acompanhamos a história de Peter, Emancipation nos apresenta o perturbador horror que era para pessoas negras viverem naquela época. Em um mundo tomado pela perversidade, o Ato de Emancipação outorgado por Abraham Lincoln colocava todos os indivíduos em par de igualdade, ou era o que muitos pensaram.

    Sem direitos igualitários, os escravizados agora emancipados, se viam obrigados a continuar na condição de serventes dos indivíduos brancos – para garantir a produção de bens que alimentariam a máquina de guerra liderada por Lincoln e pelos legalistas da União no Norte -, ou atuar como bucha de canhão da Guerra Civil.

    O longa traz à tona as mais perversas facetas humanas, e coloca não apenas no principal antagonista do filme vivido por Ben Foster os horrores que o racismo e a escravidão – até então um elemento quase de senso comum -, em destaque. Explicitando quase sempre que a escravidão não se deu por causa de indivíduos poderosos e malvados, mas em grande parte, por conivência de pessoas comuns.

    EMANCIPATION E O MELHOR TRABALHO DE WILL SMITH

    Emancipation é duro, como a realidade foi. Ainda que pensemos que o filme exagere em suas sequências, ele nos faz testemunhar os absurdos presentes na brutalidade que apenas um ato nefasto como a escravidão possui. Bem como as facetas dos indivíduos que eram coniventes com isso.

    As condições subumanas às quais aquelas pessoas eram expostas são mostradas sem dó. Sem pena ou sem pegar na mão dos espectadores. Antoine Fuqua não espera te educar, espera te fazer entender a razão de haver uma dívida histórica que nunca será paga. E se nada daquilo te faz entender o problema e sentir desespero e piedade, você só pode estar morto por dentro

    O filme nos apresenta um dos mais incríveis trabalhos de Will Smith e lança o ator por uma transformação corporal diferente de tudo que ele já passou em sua carreira. Forçando-o a perder massa muscular, Smith fica quase irreconhecível em algumas sequências.

    Um elemento importante no longa é entender o fato dele ser rodado daquela forma. Deixando a saturação das cores quase 0, o filme acaba por tirar toda a beleza que aquela história poderia ter, tirando o foco das belezas da Louisiana, e lançando-o por sobre as sequências duras e impiedosas, as provações que Peter precisou transpassar a fim de sobreviver, apenas usando como força o amor por sua família e sua fé inabalável.

    VEREDITO

    Emancipation

    Emancipation – Uma História de Liberdade joga luz de maneira romantizada à história de Peter. Um dos muitos que precisaram fazer o que parecia impossível para salvar sua vida. A foto que rodou o mundo e foi copiada mais de 100.000 vezes à época, tinha como intuito chocar as pessoas ao mostrar para elas os horrores da escravidão. A foto tirada por McPherson e Oliver ficou conhecida como “Whipped Peter“, ou em tradução livre “Peter açoitado.”

    O filme é poderoso em tudo que se propõe e nos leva por uma viagem contundente, que nos faz querer desistir, fechar os olhos, mas mentir para si mesmo e ignorar que os horrores da escravidão existiram, é ser de certa forma conivente com um passado não tão distante. Negar isso, é mentir que possuímos uma dívida histórica que está muito longe de ser paga.

    O Feededigno foi convidado à participar de uma pré-estreia do filme em uma sessão de cinema que foi emocionante, para dizer o mínimo.

    Emancipation – Uma História de Liberdade foi lançado na Apple TV e será exibido em poucos cinemas pelo Brasil. O longa é um dos favoritos da janela de premiações.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA – Elite (6ª temporada, 2022, Netflix)

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    No dia 18 de novembro a nossa amada Netflix disponibilizou mais uma temporada da famosa série Elite trazendo mais mistérios, cenas eróticas e casos de família.

    No centro dessa nova temporada podemos ver um pouco mais sobre a vida de Isadora (Valentina Zenere) que tenta superar os traumas do abuso sexual que sofreu na 5° temporada, além de Iván (André Lamoglia) e Cruz (Carloto Cotta) com seus problemas de pai e filho; e a homossexualidade dos dois.

    SINOPSE

    Após a morte de Samuel (Itzan Escamilla), Las Encinas enfrenta um novo ano letivo tentando encobrir os desastres do passado. No entanto, o conflito em suas salas de aula é sistêmico: racismo, sexismo, abuso doméstico ou LGBTQIAP+fobia são apenas algumas das questões difíceis que atravessarão os corredores da prestigiada instituição nesta temporada. Se aqueles que executam o sistema não tomarem medidas ativamente para resolver esses problemas, os próprios alunos terão que tomá-las.

    ANÁLISE DE ELITE

    Com a chegada da nova temporada também temos novos integrantes, entre eles o casal de influencers Sara (Carmen Arrufat) e Raúl (Alex Pastrana) que além de falarem mal dos outros, trazem certo fogo e mistério para a trama. Logo no primeiro episódio conhecemos Nico (Ander Puig) um personagem que acabou de passar por uma transição de gênero e Rocio (Ana Bokesa) que aparece inesperadamente na temporada mas se enturma facilmente com os alunos de Las Encinas. Seguindo a lista de personagens novos, temos Didac (Alvaro de Juana) que trabalha na boate de Isadora e traz mais mistério sobre sua família.

    Falando agora sobre os rostos conhecidos temos os irmãos Patrick (Manu Rios), Ari (Carla Diaz) e Mencia (Martina Cariddi) que são alvo de fofocas pelos acontecimentos da temporada anterior e o jovem Bilal (Adam Nourou) que pra quem não lembra, tinha dificuldades para sobreviver na cidade e recebeu ajuda do Omar (personagem que teve sua saída na temporada anterior).

    Nesta temporada de Elite, as escolhas de elenco foram interessantes, temos uma grande diversidade e isso é incrível! é bom ter alguns rostos que já conhecemos, mas ver outros personagens terem mais brilho e tempo de tela para desenvolverem a suas próprias jornadas é ainda melhor.

    No primeiro episódio já podemos ver comentários homofóbicos vindos de Ari; Isadora se assustando com a volta dos estupradores para a escola; Sara causando atrito nas redes sociais no seu primeiro dia de aula e o casal mais fofo dessa temporada Patrick e Ivan juntinhos.

    Nos episódios seguintes vemos os personagens lidando com problemas reais e até sérios demais para suas idades, dentre esse problemas, Cruz enfrenta o dilema de ser um jogador de futebol extremamente famoso e assumidamente gay.

    Nem tudo são flores em um relacionamento, Ivan e Patrick entram no drama clichê de casal ioiô que briga constantemente, reatam a relação e discutem novamente. Ari por ser a irmã mais velha, fica com toda a responsabilidade de cuidar dos seus irmãos, mantê-los juntos, proteger sua família e, é a única que visita seu pai e ex-diretor de Las Encinas, Benjamin (Diego Martin) que está preso pelo assassinato de Samuel.

    Sara e Raúl são o casal perfeitinho na frente das câmeras, mas atrás dos holofotes Raúl demonstra ser tóxico e manipulador.

    Isadora enfrenta os problemas de ansiedade ao lembrar sobre o abuso que sofreu na última temporada e busca justiça, porém a personagem tem que lutar sozinha já que seus pais não se envolvem no assunto e lhe deixam responsável por uma nova boate chamada Isadora’s House.

    Nico passa por alguns problemas de aceitação após sua transição e vive um intenso triângulo amoroso entre Ari e Sonia (Nadia al Saidi).

    Um problema da produção ainda não solucionado são os cenários e figurinos que continuam repetitivos; e essa ideia de que os jovens são adultos e participam mais de festas do que verdadeiramente estudam já deu há tempos.

    Importante ressaltar que Las Encinas tem uma nova diretora: Virginia (Godeliv Van den Brandt) que aparece umas três vezes em toda a temporada, entrega uma atuação boa mas que não acrescenta muito ao elenco.

    VEREDITO

    Infelizmente a Netflix continua renovando séries que deveriam ter acabado antes de chegarem nesse nível, é bem triste isso porque vemos várias produções com grande potencial serem descartadas e canceladas na sua primeira ou segunda temporada. 

    A 6ª temporada de Elite tratou assuntos muito importantes e necessários como: Aborto, homofobia, machismo, estupro, racismo e relacionamento tóxico. Porém eles perdem força quando utilizam uma trama fraca e atuação superficial de alguns integrantes do elenco.

    Faltou um pouco de tempero e choque de realidade, nessa temporada… na verdade, desde algumas antes.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    As seis temporadas de Elite estão disponíveis no catálogo da Netflix.

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    CRÍTICA – Ship of Fools (2022, Team17)

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    Uma das empresas de games que mais me surpreendeu neste ano foi a Team17, que em 22 de novembro lançou Ship of Fools. Responsável por títulos que tiveram significativa relevância neste ano como Hokko Life, Batora: Lost Haven, Bravery & Greed, Thymesia e Sunday Gold, a Team17, em parceria com o estúdio indie Fika Productions lançou este que talvez seja o último título deste ano tão produtivo.

    Projetado como um roguelite cooperativo, Ship of Fools certamente é um jogo incomum por sua combinação de elementos de navegação, roguelike e combate naval. Um jogo possivelmente inspirado em It Takes Two (GOTY 2021) por seu forte apelo ao modo cooperativo, ainda que permita uma jogatina solo.

    Ship of Fools está disponível hoje mesmo para Steam, Nintendo Switch, Xbox Series X | S e PlayStation 5.

    SINOPSE

    Ship of Fools é um roguelite cooperativo de navegação em que você joga com os Tolos, as únicas criaturas tolas o suficiente para desbravar o mar. O Grande Farol que outrora protegia o Arquipélago quebrou, e uma tempestade de maldade e corrupção se aproxima.

    Juntos, você e sua tripulação embarcarão no Stormstrider e viajarão pelos mares. Prepare os canhões, ice as velas e proteja o seu navio de monstros marinhos por diversas partidas. É seu dever proteger o seu lar do poderoso Águapocalipse.

    ANÁLISE DE SHIP OF FOOLS

    Como comentei anteriormente, este certamente não é um jogo comum. Ainda que envolto por mecânicas simples e poucas horas de gameplay, Ship of Fools ousa com seu enfoque quase que obrigatório no modo cooperativo (local ou online). O modo solo não é “injogável”, mas é bem pouco convidativo, haja vista que o número de desafios é igual ao do modo cooperativo e a sua companhia é uma torreta automática que mais atrapalha do que ajuda.

    O jogo ainda traz alguns elementos que permitem comprar aprimoramentos da Stormstrider e de seu personagem. Falando sobre o personagem, apesar da história ser plausível e existir uma linha engraçada entre os diálogos, as personalidades são bem rasas e não chegam a cativar a ponto de você preferir um dos 8 personagens jogáveis ou sequer criar empatia por algum NPC.

    Arte

    Ship of Fools traz gráficos cartunescos e bastante engraçadinhos. Com uma boa escolha de cores e desenhos de personagem bastante agradáveis, o jogo ganha leveza graças a estas características. As animações são bem executadas mantendo um equilíbrio entre um adequado destaque de ações na tela sem prejudicar a atenção a outros pontos. 

    A trilha sonora mantém o tom caricato, trazendo músicas que dão ritmo à épicos combates, cor à momentos mais engraçados e leveza para momentos de descanso entre uma aventura e outra. A trilha ajuda a marcar a cadência do jogo, merecendo destaque também por isto.

    Mecânicas

    Por muitas vezes na primeira hora de gameplay me senti confuso com alguns comandos do jogo, ainda que os mesmos sejam bem simples. Basicamente, nossas opções enquanto marujo são atirar com torretas e abastecê-las, definir seu posicionamento entre os quatro pontos disponíveis no barco (dois a bombordo e dois a estibordo) e repelir algum inimigo que suba a bordo para danificar a embarcação.

    Aparentemente simples. Mas o dinamismo do jogo mostra que não é bem assim. A melhor opção que temos é estudar os movimentos de nossos inimigos e entender como contra-atacá-los. Mas o nosso maior inimigo não é visível: é a aleatoriedade.

    O jogo traz como premissa a geração procedural dos mapas pelos quais nos aventuramos em cada um dos cenários. Cada ponto de avanço nos lança em uma nova opção. Pode ser um mar agitado com vários inimigos, uma ilha tranquila com algum vendedor ou alguém nos convidando a tentar a sorte ou um desafio frenético com a chance de conquistar tesouros. Apesar da necessidade de habilidade com os controles, acho que o maior critério para ganharmos ou não é a sorte de conseguir boas e proveitosas rotas em cada cenário.

    VEREDITO

    Por sua proposta inovadora e ousada, Ship of Fools merece muitas palmas. Ele consegue ser um jogo divertido e muito bem aproveitado quando jogado no modo cooperativo (online ou local). A sinergia que ele fomenta e os comandos relativamente simples permitem que ele seja até mesmo um bom jogo para a família.

    No entanto, o modo solo acaba sendo bastante cansativo. Não por falta de dinamismo, mas por termos os desafios do ambiente somados à uma torreta de apoio que não apoia verdadeiramente, fazendo com que o jogador invista um considerável tempo em empreitadas curtas e sem sucesso. Após muitas idas e vindas do alto mar, talvez se obtenha a quantidade suficiente para que a Stormstrider esteja minimamente equipada para oferecer alguma resistência aos desafios marítimos.

    Mesmo que tenha este desafio à mais, o jogo não se torna ruim. Mas perde um pouco de seu brilho por cansar, realmente. Ainda assim, não podemos tornar este ponto negativo como um dos principais, já que é clara a ênfase da Fika Productions em que ele seja jogado em dupla.

    Se você busca um jogo para comprar junto com um amigo e ter grandes aventuras online, ou até mesmo um game pra curtir no fim de semana em família, esta é uma boa opção. Ship of Fools diverte, desafia e entrega o suficiente para isto. Jogar sozinho é um desafio maior e você deve estar ciente disto, caso queira se aventurar nestas águas perigosas para evitar o Águapocalipse.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer de Ship of Fools:

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Splatoon 3 (2022, Nintendo)

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    CRÍTICA – Pinóquio (2022, Guillermo Del Toro)

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    Começo esse texto dizendo que assisti Pinóquio em uma sequência de dias nada fáceis e o filme me atingiu de uma maneira diferente. Por isso a demora para produzir esse texto, pois não sabia ao certo o que o encanto sombrio do longa havia causado neste que vos escreve. O filme de Guillermo del Toro é uma surpresa para os mais diferentes espectadores não apenas pelo que ele apresenta nos seus espectadores, mas pela forma de encaminhar seus personagens peculiares em suas mais diversas histórias naquele mundo.

    O cuidado de Del Toro em nos apresentar uma história sobre luto e paternidade, tudo isso enquanto faz uma crítica à guerra e aos movimentos ultranacionalistas. Pinóquio foi exibido em alguns cinemas pelo mundo. E a partir daqui, conto a minha experiência em fazê-lo.

    SINOPSE

    O desejo de um pai solitário dá vida magicamente a um boneco de madeira, seu nome é Pinóquio. Confuso por ser tão diferente das outras crianças, Pinóquio foge de casa para encontrar seu lugar no mundo e se depara com perigo e aventura.

    ANÁLISE

    Pinóquio

    O longa de Del Toro ao longo de suas quase 2 horas nos apresentam temas contundentes, tudo isso enquanto somos apresentados à este mundo pela voz de Ewan McGregor – que dá a voz do Grilo-Falante – e sem pestanejar, a história se desenrola. Quando conhecemos Geppetto, vemos uma versão sombria do personagem que dá vida à Pinóquio.

    Ao abordar o luto de uma maneira nunca antes vista em uma adaptação do garoto de madeira que sonhava em ser real, o longa parece estampar no rosto de nossos personagens suas motivações e suas verdadeiras índoles, tudo isso, em um momento histórico: a Itália sitiada pelo fascismo na primeira metade do século XX.

    Um twist no longa é como entendemos algumas entidades daquele mundo bem peculiar, mas não apenas isso. O longa mostra o Pinóquio como mais um dos “monstros” de Del Toro. Mas meu intuito neste texto, é deixar claro que Pinóquio não é apenas “mais um” monstro do diretor.

    O personagem tem o intuito de reverter o senso comum de que muitos entendem o personagem como algo próximo de nós humanos, ainda que possua características muito bem definidas, como: ser feito de madeira. Sua estrutura é desproporcional, bem como seu rosto, o que causa um impacto nos espectadores desde seus primeiros momentos. o Pinóquio de Del Toro é diferente de tudo que vimos anteriormente.

    Enquanto nos enveredamos por uma história já conhecida por muitos, vemos as desventuras de Pinóquio com ligeiras mudanças, inclusive na sua lore. Além de Pinóquio, Gepeto e o Grilo Falante, contam com um incrível elenco de voz, com atores como David Bradley, Ron Perlman, Finn Wolfhard, Cate Blanchett, Christoph Waltz, Tilda Swinton e muitos outros no elenco.

    O estranhamento do longa se apresenta em seus arcos e também no visual dos nossos personagens. O tom poluído e sombrio do filme é algo característico de Del Toro, que nos faz sentir incomodado em diversos momentos, mas isso logo passa a partir do segundo ato do filme. Algo que merece destaque no longa, é que é a primeira vez que testemunhamos o pesar e o luto de Geppetto de maneira profunda – bem como a morte de seu filho Carlo, o que o motiva a criar Pinóquio.

    O visual de Pinóquio se reflete no momento em que ele foi criado, uma quase abominação disforme de madeira, nascida do súbito brilhantismo movido pelo álcool e o luto de um homem.

    VEREDITO

    Enquanto nos aprofundamos na história, vemos detalhes nunca antes explicados. O longa é divertido, é dolorido e maravilhoso em tudo que se propõe. Enquanto nos permite viajar por um universo místico, sombrio e curioso, Guillermo Del Toro nos abraça em um dos mais profundos momentos do longa e nos diverte.

    Pinóquio é completamente feito em stop-motion e ter noção disso para testemunhar o feito que é este filme, é algo brilhante – pois a fluidez das sequências é tão grande, que isso pode passar despercebido.

    Pinóquio é tocante, é emocionante e nos apresenta a melhor versão do famoso boneco de madeira já produzida.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    Noites Sombrias #96 | 6 imperdíveis RPGs de mesa, de terror!

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    Imagine que você é um detetive investigando seitas religiosas, imagine que você é um vampiro da mais alta classe da sociedade ou até mesmo, imagine que você é um agente do sobrenatural atrás de seres malignos. Os mundos dos RPGs de mesa são ideais para aqueles que procuram imergir em uma outra realidade com muita diversão entre amigos. 

    Role-playling game (RPG) é um tipo de jogo imaginário em que os jogadores representam personagens e criam narrativas. Para isso, existe a figura do Mestre que é quem conduz a história e propõe desafios aos Jogadores. O jogo funciona através de sistemas de regras, mas os jogadores são livres para improvisar e suas escolhas ditam o rumo da aventura.

    Existem inúmeros RPGs dos mais diferentes temas, sendo o Dungeons & Dragons (D&D) que se baseia na fantasia medieval, o mais popular de todos. Mas, como estamos no Noites Sombrias, separamos para vocês seis RPGs de mesa, de terror, para você se aventurar em mundos sombrios e é óbvio, levar alguns sustos no caminho. 

    O Chamado de Cthulhu

    Lançado pela primeira vez em 1981, O Chamado de Cthulhu é um RPG baseado no conto de mesmo nome de H.P. Lovecraft e também no universo Os Mitos de Cthulhu. O jogo foi publicado pela Chaosium e no Brasil pela editora News Order.

    Na mesa, os jogadores são investigadores ou pessoas comuns que precisam resolver mistérios paranormais que são ligados aos Mitos de Cthulhu, sendo o mais importante sobreviver às criaturas com sanidade. 

    Vampiro –  A Máscara (O Mundo das Trevas)

    O Mundo das Trevas é o universo onde habitam vampiros, lobisomens, fantasmas, feiticeiros, demônios, entre outros. O cenário do jogo que mais ficou famoso foi Vampiro – A Máscara, lançado em 1991 pela White Wolf e atualmente no Brasil pela Galápagos Jogos.

    Na mesa, você pode escolher entre ser um vampiro recém-criado ou um ser já mais velho, você também poderá entrar para um clã ou agir sozinho, mas a luta principal gira em torno de sua humanidade, só lembre-se de não ficar sem sangue. 

    Kult

    Kult é um jogo de RPG sueco lançado pela primeira vez em 1991. Na história, o mundo como conhecemos é uma ilusão criada por um ser chamado Demiurgo que mantém a humanidade prisioneira, no maior estilo Matrix (1999). Para revelar a verdade ao mundo e assumir o controle, o jogador pode optar por ser um investigador, agente secreto, femme fatale ou até mesmo um cientista maluco.

    Atualmente uma quarta versão do RPG foi lançada pela Buró chamado Kult: Divindade Perdida.

    RPGs de mesa brasileiros: 

    Ordem Paranormal 

    O Ordem Paranormal é um RPG criado pelo streaming Cellbit que explora os perigos do outro em campanhas que investigam o paranormal. No jogo, você é um agente de uma organização que luta contra essas criaturas obscuras usando arsenal tecnológico ou poderes do outro lado.

    O RPG ainda está em pré-venda pela editora Jambô e um game do universo chamado Ordem Paranormal: Enigma do Medo será lançado em 2023. 

    Terra Devastada

    Criado pelo game designer John Bogéa, Terra Devastada é um RPG sobre o apocalipse zumbi, onde jogadores precisam sobreviver a um mundo devastado pelos mortos vivos. Na mecânica, além de lidar com os caos e desespero, os personagens precisam enfrentar seus traumas e manter a racionalidade. O RPG foi lançado pela Retropunk Editora.  

    Abismo Infinito 

    Abismo Infinito é um RPG de terror espacial, também de John Bogéa e lançado pela Retropunk Editora em 2012. Na história, você é um astronauta com uma tripulação em missão espacial para buscar recursos fora da Terra. Contudo, você enfrentará seus piores medos e ainda, condições severas que serão prejudiciais à sua mente e ao seu físico podendo levar você à loucura ou à morte.


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