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    EU CURTO JOGO VÉIO #14 | ‘Mad Max’ voou baixo e se mostrou mais do que o esperado em 2015

    Em games podemos ser qualquer coisa, vestir a pele de qualquer personagem seja ele heroico ou vilanesco, vivendo através de sua jornada algo que se distancia da nossa realidade sendo algo que nos edifica por trazer alguma reflexão ou apenas nos diverte e distrai sendo um ótimo autocuidado da vida adulta. Mad Max é um jogo single player de aventura desenvolvido pela Avalanche Studios e publicado pela Warner Bros. interactive lançado em setembro de 2015 para Playstation 4, Xbox One e para PC estando disponível para compra através da Playstation Network.

    Nessas viagens entre tantos universos também existem adaptações de filmes para jogos, da mesma forma que o contrário e neste jogo veio falar de uma experiência in-game que vale muito a pena.

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    SINOPSE

    Torne-se Mad Max, um guerreiro solitário em um mundo selvagem pós-apocalíptico onde carros são a chave para a sobrevivência. Neste jogo de mundo aberto em terceira pessoa repleto de ação, você precisa lutar para sobreviver na Wasteland usando técnicas de combate a pé, ou no volante, contra gangues de bandidos ferozes. Um herói relutante com instinto de sobrevivência, não há nada que Max queira mais do que deixar a loucura para trás e encontrar um pouco de paz nas lendárias ‘Planícies do Silêncio’. Os jogadores são desafiados com missões traiçoeiras à medida que saqueiam um mundo perigoso em busca de recursos para construir o veículo de combate definitivo.

    ANÁLISE

    Mad Max

    A história é muito conhecida para os fãs da franquia, até para o cinema em geral por ser um dos clássicos dessa mídia e seguimos a jornada do guerreiro da estrada Max Rockatansky que deseja com ajuda de um amigo improvável e um carro altamente customizável, retomar o seu veículo Interceptor V8 roubado por uma gangue e seguir sua jornada para as planícies do silêncio para encontrar a paz para si.

    Quando decidi escrever sobre esse jogo fiquei surpreso que já faz quase uma década desde o seu lançamento, mas continua sendo muito divertido e tem uma história emocionante ambientado no filme Estrada da Fúria. Os aspectos visuais continuam sendo muito interessantes e não parece que já faz tanto tempo de seu lançamento, com uma ambientação muito bonita e paisagens admiráveis.

    Outro detalhe que tornou a experiência de revisitar Mad Max muito agradável está relacionado a utilização de alguns aspectos da nova geração como os efeitos sonoros em decorrência de sofremos dano ou sons do ambiente estarem saindo do controle Dualsense.

    Mad Max

    É interessante como esse jogo de Mad Max tem um excelente balanço entre o combate de carros frenético e um excelente combate físico bem satisfatório em ambos os casos trazendo uma experiência muito crível desse universo.

    O jogo possui uma quantidade razoável de desafios e atividades de mundo que garantem um bom tempo de jogo, tendo também as missões de história em uma mapa de tamanho que poderia se considerar até grande. Dentre elas, as mais importantes estão relacionadas a diminuir a influência inimiga na região, destruindo pontos específicos, derrubando postos de controle e comboios.

    Além disso, a customização de personagem permite escolhas bem criativas que afetam diretamente em seu status para combate e resistência e um gerenciamento de veículo que permite melhorá-lo tanto em visual quanto em potência. Essa parte de melhorias é bem divertida pois está relacionada a fama de Max na Terra Devastada então realizar algumas tarefas são necessárias e podem ser concluídas concomitantemente ao progresso de outras atividades.

    Quanto aos cuidados que precisamos ter com o possante, existem duas formas de melhoria, sendo a customização livre e os arcanjos que são máquinas montadas com especificações que não são objetivos difíceis de realizar, mas exige percorrer muito do mapa.

    Assim como em gameplay ele é bem interessante quando se trata de sua história ele consegue abraçar de forma muito consistente o universo de filmes principalmente os mais recentes e com direito a referências a outros como Mad Max: A cúpula do trovão.

    Ao longo dos filmes já é perceptível como o protagonista interpretado por Mel Gibson e Tom Hardy é uma pessoa solitária, sem muita esperança de algo para o futuro e no jogo isso fica muito bem caracterizado ao longo da história. Isso acrescentado ao contexto social que não inspira nenhuma confiança então Max é uma pessoa que não consegue estabelecer vínculos e quando consegue acontece a tragédia de as perder para o caos que esse mundo se tornou.

    VEREDITO

    Não diria que Mad Max é um dos games clássicos de sua época, mas é um jogo que envelheceu muito bem em relação a geração seguinte de games e uma excelente opção para um fã da franquia ou de um game muito divertido.

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    REVIEW: ‘EasySMX X10’ Revoluciona com Botões Mecânicos e Tecnologia Hall Effect

    A EasySMX é uma parceira de longa data do Feededigno, sempre nos fornecendo controles e headsets para testes. Embora recebamos materiais para análise, nossa imparcialidade permanece inalterada. Recentemente, tivemos a oportunidade de testar o controle EasySMX X10, um dispositivo mecânico com tecnologia hall effect, e os resultados foram impressionantes.

    Desde a primeira experiência, o controle demonstra um equilíbrio notável entre custo e benefício, proporcionando uma sensação de qualidade tanto no manuseio quanto na gameplay.

    O controle EasySMX X10 é um dos mais satisfatórios que já testamos. Equipado com diferentes tipos de conexão e micro-switches nos botões de face, o X10 oferece uma experiência imersiva e gratificante.

    ANÁLISE

    X10

    Tendo já testado muitos, muitos controles mesmo aqui no Feededigno, é raridade quando um ou outro acaba por nos surpreender positivamente em alguns aspectos diferentes além do custo-benefício. Não apenas pela sua robustez, como também por sua versatilidade, ter o X10 em mãos é uma daquelas situações que você sabe que não ficará para trás. Seja em algum game rankeado, ou até mesmo na diversão de uma partida amistosa, o X10 da EasySMX não te deixará para trás.

    Ao longo do período de teste, percebi no controle detalhes positivos e negativos que serão abordados neste review.

    Com uma construção poderosa, o X10 é mais resistente do que parece. E seus grips texturizados dão uma sensação de firmeza singular. Com ímãs na face do controle, ele possui faceplates cambiáveis. Ele já vem de fábrica com duas faceplates. Uma que você decide comprar na loja – roxa ou preta – e a branca, que é padrão de fábrica.

    ROBUSTEZ E VERSATILIDADE ALIADA À EXPERIÊNCIA IMERSIVA

    O fato do controle ser feito para durar graças à sua construção é algo notável desde o primeiro uso. Não apenas pelo hall effect que não causa drift à longo prazo, mas também pelo hall effect dos gatilhos, que faz com que estes não percam sua resistência com o tempo. Sendo extremamente precisos e sensíveis, os gatilhos possuem um intervalo de ação de menos de 0,1mm, o que é absurdo!

    Em sua traseira, o X10 possui o switch para alterar o modo de conexão entre Nintendo Switch, bluetooth, cabeado ou pelo dongle. O controle é tão eficaz que pode ser conectado tanto com Switch, como PC, Steam Deck, Android TV, smartphone e afins. Além disso, o X10 possui dois botões mapeáveis, que te permitem realizar atividades ou ações complexas com o toque de um botão.

    O controle possui também um aplicativo proprietário para Android, permitindo que o programemos como quisermos. Seja trocando a posição dos botões para realizar determinadas ações, ou inverter botões específicos.

    Com botões mecânicos de face confortáveis – que garantem um toque mais forte e ao mesmo tempo, um retorno mais sensível -, analógicos que não ficam viciados e também um d-pad que se adapta ao encaixe na placa, o X10 possui um dos d-pads mais precisos do mercado.

    X10

    A versatilidade do X10 vem de suas faceplates intercambiáveis e seus modos de conexão. Além de poder ser conectado em mais aparelhos do que eu imaginava, este pode combinar com todo e qualquer setup. Seja ele completamente escuro ou claro, as facetas magnéticas dão ao controle um aspecto distinto. Estas, podem ser retiradas facilmente e trocadas por outras. Sendo assim, o controle preto e prata – ou roxas -, pode se “tornar” um novo controle com faceplates brancas.

    O aspecto de imersão citado no título deste tópico vem da bateria do controle que se mostra potente, eficaz e duradoura. Ao eliminar coisas desnecessárias como leds que consomem rios de energia, aqui temos apenas um led na base do controle, que serve para indicar o uso deste. Azul para Bluetooth, dongle e cabeado, lilás para conexão no Nintendo Switch.

    Com uma bateria interna de 1000mAh, que permite que você o utilize por 30h após apenas 2 horas de carga, o controle ganha mais força do que qualquer competidor, e também o faz retirando todas as distrações necessárias deste, como leds incômodos que atrapalham a imersão da gameplay em noites insones.

    Com um standby bem característico, que faz com que ele se destaque, o controle entra em um modo de espera após 5 minutos de inatividade e entra em standby apenas para ser “acordado” com um toque no botão ao topo do controle.

    VEREDITO

    O EasySMX X10 é um controle potente e versátil, oferecendo uma experiência de jogo única e confortável. Ele se destaca em jogos como Mario Kart 8 Deluxe, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e Prince of Persia Rogue, proporcionando uma imersão inigualável. Com teclas mecânicas que respondem a 0,1 mm de pressão, você estará sempre no centro da ação.

    O EasySMX X10 não só atende às expectativas, mas as supera, combinando robustez, precisão e uma excelente relação custo-benefício. Se você está procurando um controle que eleve sua experiência de jogo, o X10 é uma escolha excepcional.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    O X10 da EasySMX pode ser obtido tanto pela loja oficial da marca na Aliexpress, quanto pelo seu site oficial.

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    TBT #282 | ‘Caça às Bruxas’ é ótima aventura estrelada por Nicolas Cage

    Caça às Bruxas’ é um daqueles filmes que acabam por funcionar como recorte do cinema de uma época e aqui, podemos ser mais específico, do ano de 2011. Estrelado por Nicolas Cage, Ron Perlman, Claire Foy e Robert Sheehan, acompanhamos a história de ex-cruzados na tentativa de conseguir suas absolvições da igreja. E para tal, precisam levar uma acusada de bruxaria até um mosteiro a quase 3.000 km de distância. Em uma era em que a peste negra assola mais da metade da Europa, as bruxas parecem ser culpadas, visto que estas mulheres são as únicas que não adoecem.

    Para além de colocar a suspensão de descrença no mais alto grau, bem como todas as críticas à Igreja Católica, abordaremos aqui a história de um filme em que o lado do terror está nas maldades das bruxas reais e dos demônios.

    SINOPSE

    Os cavaleiros Behman e Felson retornam das Cruzadas e encontram sua terra natal destruída pela peste negra. A Igreja acredita que a praga tenha sido causada por bruxaria e obriga os cavaleiros a conduzir uma jovem bruxa a um monastério, onde será julgada pela suspeita de ser a causadora da epidemia. Mas o caminho será bastante tortuoso e, mesmo antes de chegar ao destino, eles descobrem que estão diante de forças sobrenaturais e que o mal está além de toda e qualquer compreensão.

    ANÁLISE

    Caça às Bruxas

    Com uma direção nada sutil, somos levados pela história dos cruzados Bahmen (Cage) e Felson (Perlman), que após lutar em nome da igreja por tempo demais chegam a conclusão de que se fosse mesmo benéfica, a igreja não teria matado tantas pessoas. Desolados e assombrados pelas vidas que tiraram, os dois abrem mão de seus papéis e se tornam desertores do enorme exército de “Vossa Santidade” o Papa.

    Enquanto a Peste Negra assola as cidades, inquisidores são os primeiros a apontar as culpadas por isso, as bruxas, curandeiras e afins – que tinham suas vidas ceifadas antes mesmo de qualquer julgamento.

    Caça às Bruxas

    Como um filme de 95 minutos, acompanhamos a história dos dois desertores se cruzarem com um grupo improvável a fim de completar um objetivo: levar uma jovem que foi culpada de bruxaria para um mosteiro a 3.000km de distância. Um problema? Dificuldades que podem provar que o oculto talvez realmente exista.

    Como uma das muitas atuações de Nicolas Cage desta época, talvez esta seja uma atuação esquecível. Mas a aventura pela qual mergulharemos é marcante e extremamente divertida.

    Com cenas de um terror talvez forçado, somos colocados em um mundo em que perigos podem surgir de onde menos esperamos, inclusive da igreja católica e dos grandes centros urbanos.

    VEREDITO

    Caça às Bruxas é uma aventura capaz de nos divertir e entreter, colocando o nível do risco sempre no alto, mas brincando com nossa expectativa do real e irreal. Do que pode ou não nos matar, pois aqui, qualquer um é dispensável. Por meio de um caminho sem volta, nos aventuraremos por sequências de ação em que perigos se colocarão entre o objetivo e nossos personagens, e mesmo sendo apenas humanos, o terror os assolará por onde quer que passem.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Caça às Bruxas está disponível no Prime Video.

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    CRÍTICA: ‘The 8 Show’ é impactante e reflexivo

    As produções asiáticas ganham cada vez mais os corações e atenção do público brasileiro, especificamente as coreanas que passaram a ser presença constante em todos os serviços de streaming disponíveis e no mês de maio chegou mais uma novidade impactante. ‘The 8 Show‘ é um drama coreano produzido pelo Studio N e lançado pelo serviço de streaming Netflix em 17 de maio com todos os seus oitos episódios sendo uma adaptação das weebtoons Money Game e Pie Game de Bae Jin Soo disponível na plataforma Naver Webtoons.

    Dito isso é importante deixar um aviso de alerta de gatilho a respeito do seu conteúdo que possui cenas de muita violência sendo recomendado não prosseguir assistindo e aconteça outros sintomas procurar ajuda profissional.

    A direção é feita por Han Jan Rim (Alerta de Emergência) e o elenco é formado por Ryu Jun-yeol, Chun Woo-hee, Park Jeong-min, Lee Yul-eum, Park Hae-joon, Lee Zoo-young, Moon Jeong-hee e Bae Seong-woo.

    SINOPSE

    Em The 8 Show, oito desconhecidos ficam confinados em um prédio de oito andares e dependem uns dos outros para sobreviverem o máximo de tempo e conquistarem um prêmio milionário. No drama coreano, oito pessoas que precisam desesperadamente de dinheiro são convidadas a participar de um reality show por 100 dias a troco de um prêmio multimilionário. Porém, eles acabam descobrindo que não só o valor final precisa ser compartilhado entre os participantes, mas também tudo o que eles consumirem durante o tempo do programa será deduzido da quantia.

    ANÁLISE

    The 8 Show

    Depois de assistir os oito episódios realmente precisei de um tempo para pensar a respeito de tudo o que foi esse k drama que não é uma das experiências mais fáceis de conhecer. O que tinha trazido minha atenção para ele foi a comparação realizada com o famoso Round 6 que terá uma nova temporada ou até mesmo o filme que fez muito sucesso O Poço, mas poderia ser o nome de qualquer outro reality show que realizasse esse paralelo também seria algo válido.

    A respeito de critérios técnicos a direção é muito boa e o que torna essa produção tão impressionante é o trabalho de atuação do elenco que expressa as emoções daqueles personagens que apenas são conhecidos por números, mas gradativamente vamos conhecendo a jornada de cada um para que chegassem ao ponto de aceitarem participar desse jogo.

    Usar a arte e entretenimento para uma autocrítica não é a grande novidade dessa história que consegue ir mais além deixando uma pergunta que poderia ser feita para nossa sociedade como um todo: o que é entretenimento?

    The 8 Show

    A escolha do diretor em usar os flashbacks como um filme antigo é excelente porque cria uma paralelo entre essas pessoas fora do ambiente do show com o que estamos acompanhando colocando uma lente de aumento e uma grande reflexão sobre o que as pessoas se tornam nesse tipo de competição e quais os limites que passam para isso.

    No k-drama as pessoas precisam fazer algo que gere entretenimento em recompensa de tempo para um prêmio maior e chega ser assustador a forma como tudo vai escalonando de forma tão violenta ao ponto de torturar física e psicologicamente uns aos outros.

    Além disso existe um paralelo com a nossa realidade que torna a trama mais intensa que é uma divisão social interna entre os participantes, algo que me lembra em muito a exposição sofrida por pessoas mais pobres apenas pela geração de engajamento ou entretenimento.

    A conclusão deixa uma reflexão muito importante a respeito dos temas abordados, conclui sua história de forma marcante, porém consegue deixar a possibilidade de uma nova temporada sem diminuir a produção como um todo.

    VEREDITO

    The 8 Show é uma das melhores produções coreanas do ano de 2024 com uma narrativa que choca, dialoga com temas atuais empurrando o espectador a ter uma reflexão crítica a respeito.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA: ‘Mullet Madjack’ atire para todo lado e beba refri em um dos melhores do ano

    Os anos 90 na TV aberta foram uma loucura. Repleta de brucutus no cinema e nos animes de ação. Tendo convivido intensamente com filmes e animações do gênero na TV aberta, os brasileiros crescido nesta década acabaram por criar caráter – talvez duvidoso – assistindo Ghost In The Shell, Blue Gender, Legend Of The Galactic Heroes e atores como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger e outros, ao realizarem peripécias absurdas. ‘Mullet Madjack‘ é um game do estúdio brasileiro Hammer95 e pela Epopeia Games, ambientado nos anos 90… 2090.

    O game nos coloca no papel do policial futurista em um clássico tropo da jornada para salvar uma personagem: a mais famosa de todas as influenciadoras. Na história, milhares de pessoas acompanham sua jornada através de um streaming, e no mundo do game, acompanhamos um policial viciado em dopamina que fará de qualquer coisa para conseguir sua dose de adrenalina, inclusive lutar contra uma horda composta por robôs bilionários. Por meio de uma jornada retrofuturista curiosamente divertida, em que o fator de replay se faz muito forte.

    Como um doomshooter do gênero, acompanhamos uma aventura em que a velocidade pode ser aliada da diversão. Enquanto combina elementos roguelite e uma estética anime retrofuturista, vemos o mundo do game ganhar forma rapidamente.

    Com elementos que nos transportam para uma era específica, por animes como Gunbuster (1988), Blue Seed (1994) e Evangelion (1995), graças ao seu estilo gráfico característico, vemos aqui uma das mais brilhantes homenagens à cultura pop, abrangendo o mundo dos games, do cinema e dos animes.

    Mullet Madjack foi lançado na Steam no dia 15 de maio. E em breve será lançado para todos os consoles.

    SINOPSE

    Mullet Madjack é um jogo de tiro em primeira pessoa FRENÉTICO de um jogador onde você está dentro de um ANIME da era dos vídeo cassetes! Incremente seu personagem até você alcançar o último andar. Faça seu melhor tempo ou tente de novo. Aqui a PRESSA É AMIGA DA PERFEIÇÃO!

    ANÁLISE

    Mullet Madjack

    Com cerca de 84 níveis principais no modo história e 6 modos de dificuldade diferentes, o game se faz feliz em tudo que se propõe, servindo como o entretenimento perfeito. Com uma nota de 10/10 na Steam e 98% do público, Mullet Madjack se faz tão brutal quanto em um primeiro momento, seja na velocidade em que precisamos destruir robôs bizarros, ou pelo tempo que temos para chegar ao fim de cada um dos níveis.

    Nos desafiando a todo o tempo, Mullet Madjack a cada um dos níveis nos proporciona possíveis upgrades e melhorias, apenas para rapidamente nos tirar da zona de conforto e nos forçar à testar diferentes formas de gameplays.

    Seja pela tradicional e poderosa pistola do Moderador, as armas a disposição caso você dê sorte, podem ser a escopeta, a metralhadora, ou quem sabe as espadas de fogo ou gelo. Com um inventário diverso, suas possibilidades se tornam ainda mais diversas. E avançar, só vai depender de você.

    Mullet Madjack

    Tudo que pode ser visto em Mullet Madjack, além da ação desenfreada é o puro suco da ação dos anos 90. Seja por sua clara inspiração em Doom (1993), mas também em outros fps, enfrentamos desafios dignos de games leaderboards, que dá ao game um aspecto de arcade ao game.

    E o “mullet” do game é outro divertido aspecto desta jornada. Por precisar de tempo para atravessar cada um dos níveis, seremos punidos caso sejamos atingidos e perderemos alguns segundos dos que já temos. Mas seremos recompensados com headshots, tiros na virilha e por aí vai.

    Explosões, destruição desenfreada, lançar o Moderador por dutos de ventilação e saltar longas poças de ácido talvez seja a única forma de vencer. E os rankings do game nos mostram como isso é brilhante e divertido. Ao ultrapassar 10 níveis, chegaremos ao fim de uma das runs.

    Mullet Madjack

    Em cada uma dessas ocasiões, completaremos capítulos desta aventura que poderão ser retomados caso não consigamos chegar ao objetivo – que é o fim de cada um dos andares.

    Seja pela competição de nos posicionar melhor no ranking, ou pelo desafio de ultrapassar os 10 níveis em um tempo menor que o anterior, o céu é o limite, literalmente. Após finalizar a história, existe um modo infinito de Mullet Madjack, ou seja, você pode subir os andares da torre infinitamente, mas com algumas limitações mecânicas. Com algumas limitações relacionadas aos inimigos anteriormente enfrentados, ou pelas armas, sua experiência no modo infinito pode se restringir e parecer bastante com o modo história.

    Cada um dos níveis de dificuldade do game nos lançam por diferentes desafios. Seja começar cada um dos níveis com menos tempo, ou acertos inimigos que diminuem ainda mais da nossa janela de tempo para completar os andares, como maiores dificuldades como encontrar menos dispensers de bebidas que nos curam e nos dão tempo.

    VEREDITO

    Mullet Madjack

    Mullet Madjack é divertido e se mostra como um verdadeiro desafio. Incluindo nas dificuldades mais fáceis. Mas ouso dizer que game se destaca mesmo é nas maiores dificuldades. O fator de replay do game é extremamente importante não apenas para nossa imersão na história, ou falta dela.

    Os absurdismos que recheiam esta só dá pelo momento em que somos ambientados e quando descobrimos detalhes – bem peculiares deste mundo. Pois estando em uma live – que é a premissa do game -, seja morrendo ou voltando à vida, o Moderador precisa avançar em um mundo cyberpunk distópico enfrentando hordas e mais hordas de criaturas robôs.

    Enquanto tentam se assemelhar à raça humana, os robôs parecem fazer de tudo para se colocar entre nós e o nosso objetivo: a princesa. Com desafios verdadeiramente divertidos e árduos, precisamos avançar em direção aos robôs assassinos para resgatar a influenciadora mais famosa de todas, e derrotar uma horda de robôs bilionários.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA: ‘Sugar’ é suspense noir de mais alto nível

    O cinema noir é um dos alicerces da era de ouro de Hollywood. Ao longo dos anos, o gênero se perdeu, mas assim, ganhamos muitos clássicos como Relíquia Macabra (1941), Pacto de Sangue (1944), O Terceiro Homem (1949) e muitos outros. Mesmo com o gênero tendo quase que se perdido completamente, surgem gratas surpresas vez ou outra para trazer um fôlego, refresco e atuar como uma homenagem ao gênero. ‘Sugar’ é a mais nova série da Apple TV+. A série estrelada por Colin Farrell, Kirby Howell-Baptiste, Amy Ryan, Sydney Chandler, James Cromwell e grande elenco e nos leva pela história de John Sugar, um misterioso detetive particular.

    Tendo que lidar com segredos dos outros e os seus próprios, Sugar mergulhará em uma rede de intrigas a fim de resgatar uma jovem, enquantos muitos tentam fazê-lo mudar de ideia. Sendo um aficionado pelo cinema, Sugar se vê imerso no mundo que parece ocultar mais do que podemos ver em um primeiro momento. Uma realidade quase irreal, em que o bom e o ruim parecem andar lado a lado. Mesmo testemunhando o pior das pessoas, Sugar insiste em acreditar que existe beleza no mundo, mesmo diante das perversidades que enfrenta.

    Criada por Mark Protosevich, a série conta com a direção do brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Ensaio sobre a Cegueira, O Jardneiro Fiel) e Adam Arkin.

    SINOPSE

    Um detetive particular enigmático luta com seus demônios pessoais enquanto investiga o desaparecimento da neta de um produtor de Hollywood.

    ANÁLISE

    Sugar

    Em um primeiro momento, Sugar parece atuar como uma ode à Hollywood e ao cinema clássico do século XX. Seja permeado por suas referências as trabalhos de Fritz Lang, Murnau, Orson Welles, Victor Fleming e outros, vemos também que a série funciona também como uma crítica à alguns dos piores aspectos de Hollywood. Com 8 episódios em sua temporada, Sugar pode ser considerada um dos mais brilhantes trabalhos de Colin Farrell.

    Fechada em si, ao final da série teremos uma ponta solta, ou uma amostra do que o futuro pode reservar ao nosso protagonista. Mas para além disso, Sugar é repleto de anacronismos, seja por ele ser um “herói galante,” capaz de tudo para completar seu objetivo, ou por como a direção do brilhante Fernando Meirelles mostra a Califórnia de maneira única, como o cinema antigo o fazia.

    Seja por brilhantes takes, ou por sequências de tirar o fôlego, Sugar possui uma montagem diferente das quais a atual Hollywood nos acostumou. Tirando seu tempo para contar a história que quer contar, acompanhamos em John Sugar a força imbatível e quase imparável.

    Sugar

    Com um brilhante elenco, uma direção e montagens impecáveis, vemos aqui uma das melhores séries do ano. Seja por brilhar no que diz respeito no storytelling, ou por nos mostrar sua singularidade nos mínimos detalhes, vemos aqui atores falidos, a corrupção dos poderosos e algumas das mais terríveis e cruéis facetas humanas.

    Incríveis plot twists e fatores inesperados tê m um importante papel na trama, e ao longo da série, somos bombardeados por algumas das mais singulares, delicadas e poderosas falas de uma mídia atual. Em uma era em que explosões tem o intuito de prender, Sugar prende por sua narrativa concisa e precisa.

    Seja pelo trabalho de Farrel, ou por como a série evidencia aspectos cada vez mais humanos não apenas do nosso personagem, mas do que o cinema o ensinou, vemos aqui, diferentes facetas humanas, sejam elas belas, falhas, humanas e perversas. Ao longo de tudo que vemos ao longo dos oito episódios, de uma coisa podemos ter certeza, Sugar surpreende em tudo que se propõe, ganhando proporções ainda maiores do que quando o encaramos pela primeira vez.

    VEREDITO

    Para além do que já foi dito, Sugar é uma experiência narrativa única, inesperada e curiosamente concisa. Com um arco narrativo que fecha sobre si, acompanhamos uma história sem pontas soltas. E em meio aos segredos de todas as partes da trama, os próprios segredos de John e suas motivações ficarão cada vez mais evidentes. Ao longo da maratona da série (que merece ser assistida de uma só vez, ou lentamente degustada), a sensação de “quero mais” eventualmente chegará. E enquanto um segundo ano não foi confirmado, só nos resta assistir, reassistir e depois reassistir.

    Sugar é o recorte de um mundo singular. Seja por parecer um espelho do nosso, ele possui diferenças bem evidentes. Em um mundo em que a motivação se limita ao dinheiro, John Sugar chegará para mudar como vemos não apenas o nosso mundo, mas também para mostrar o que é importante em momentos como o que vivemos.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Sugar está disponível na Apple TV+.

    Confira o trailer da série:

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