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    CRÍTICA: ‘Frankenstein’ conta história clássica de maneira profunda e quase onírica

    O mito fundador da ficção científica não poderia ser adaptado por ninguém menos do que Guillermo Del Toro. Frankenstein ou o Prometeu Moderno, foi escrito por Mary Shelley no século XIX, e é considerado até hoje o principal alicerce das ficções científicas. O livro foi a história que redefiniu a literatura como a conhecemos.

    Tendo sido adaptado à exaustão, Frankenstein se tornou a criatura que representava o abandono, a rejeição, mas acima de tudo o medo da ciência que naquela época avançava a passos largos.

    Frankenstein de Guillermo del Toro é estrelado por Jacob Elordi, Mia Goth, Oscar Isaac, Charles Dance e grande elenco. Ambientado em capítulos, somos apresentados à história do filme em um primeiro momento pelo seu fim, e dali em diante, somos ambientados à como a história levou os personagens da trama até aquele ponto.

    Frankenstein, o Prometeu Moderno e a vaidade

    Frankenstein

    O trabalho de Oscar Isaac é brilhante, mas o de Jacob Elordi se faz ainda melhor. No papel da criatura de Frankenstein, Elordi apresenta as mais diferentes facetas humanas, enquanto Isaac, nos apresenta as mais terríveis, na pele de Victor, o criador.

    Victor Frankenstein apresenta seus personagens sem rodeios. O roteiro, design de produção, fazem deste ser um dos filmes mais bem sucedidos em adaptar a história do livro. Ao se distanciar de adaptações recentes como Pobres Criaturas (2023), Frankenstein (2015) e Victor Frankenstein (2015), esta nova versão aprofunda as personalidades de Victor e da Criatura e mostra como suas vidas mudam para sempre.

    Citado por vezes como o Prometeu Moderno, Victor deixa de lado toda sensibilidade e humildade, apenas para ascender como o indivíduo que traz a novidade. Ou o avanço tecnológico que “mudará para sempre a humanidade”.

    Frankenstein

    No sentido mais amplo, Victor rouba o fogo da criação da vida apenas para criar vida à sua forma. Com um sentindo deturpado do ser, ele busca criar apenas por criar, a fim de se igualar ao Criador, ou o anjo visto em chamas que este acreditava, que o garantiria êxito em sua empreitada.

    Ao exacerbar certas características de seus personagens até o limite, Del Toro revela em Victor a própria personificação da vaidade e, na criatura interpretada por Elordi, a pureza de alguém que busca pertencimento e, acima de tudo, uma identidade. Ao colocar-se em posição comparável à de Deus, Frankenstein não apenas nega à Criatura o direito de ser quem é, como também lhe impõe responsabilidades que antes sequer existiam.

    Ao temer o que havia criado, Frankenstein opta pela saída mais simples possível: tentar exterminar a “besta”.

    Design de produção, atuações e mais

    Frankenstein

    Se há algo que Guillermo del Toro sabe fazer com maestria, é criar mundos a partir do design de produção. Cada detalhe – das minúcias do cenário ao figurino -, coloca o longa no mesmo nível de A Colina Escarlate (2015). Sendo esta uma das adaptações mais fiéis ao espírito do gótico do material fonte.

    Aqui, porém, Del Toro confere aos personagens paletas de cores próprias, que o ajudam a reforçar as identidades e tensões próprias. O filme, assim, flerta constantemente com o título do romance que o inspirou, evocando sua essência a cada ato.

    Frankenstein

    Com brilhantes atuações, Jacob Elordi se destaca especialmente pelas minúcias que compõem seu personagem. Oscar Isaac impressiona e por vezes assusta pelas loucuras de Victor, Mia Goth encanta e se destaca mais uma vez como uma pseudo scream queen. Sendo o ponto de ternura no filme, a presença da Elizabeth (Goth) é o que faz a criatura ver que existe algo além da brutalidade com que era tratado pelo seu criador.

    Evocando sempre aspectos muito mais íntimos dos personagens, o filme evidencia que muito deles cabe em qualquer indivíduo. Da ternura de Elizabeth e da criatura, até a loucura vivaz de Victor.

    Mudanças narrativas, pontos de vista e veredito

    Frankenstein

    Ao contar uma história atemporal, Guillermo del Toro nos lança sem hesitar em uma das adaptações mais fiéis do romance – ainda que apresente algumas discrepâncias. A ausência de Robert Walton e de outros membros da família Frankenstein torna o longa curioso, sobretudo pela forma como o diretor opta por reconfigurar a estrutura narrativa.

    Ao acompanhar a trama exclusivamente pelos olhos de Victor e da Criatura, aproximamo-nos de um relato mais conciso e direto, que abandona o ponto de vista intermediário de um terceiro personagem para focar na essência do que esses protagonistas são e representam.

    Ao deixar de lado elucubrações sobre acontecimentos incertos – filtrados, no livro, pela perspectiva de Walton -, o filme nos oferece uma linha narrativa mais clara. Sabemos, sem dúvidas, o que ocorreu e como a ambição de Victor moldou sua trajetória. Esse sentimento terrível se estende por todo o filme como uma sombra que assombra não apenas o cientista, mas todos os envolvidos, da Criatura a Elizabeth e o jovem William Frankenstein.

    Frankenstein surge, assim, como uma das obras máximas de Guillermo del Toro. O longa evidencia que tudo o que o diretor construiu ao longo de sua carreira o conduziu até a magnificência deste projeto. Ao mesmo tempo em que se firma como uma das melhores adaptações do material original, o filme respeita profundamente as raízes góticas da narrativa e brilha de forma excepcional em seu design de produção.

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA: ‘Anno 117: Pax Romana’ surpreende com profundidade, beleza e diversão

    A série de jogos Anno é um clássico dos games do gênero estratégia explorando o passado, o futuro e oferecendo ótimos títulos para a sua comunidade como Anno 1404 um dos mais elogiados da franquia.

    Seis anos após o seu último lançamento chega Anno 117: Pax Romana publicado pela Ubisoft e desenvolvido pela sua filial de Mainz responsável pela criação dos jogos da série Anno sendo lançado para Playstation 5, Xbox Series X/S e para computadores estando disponível nas lojas digitais Epic Games Store e Steam a partir do dia 13 de novembro.

    A deste novo capítulo de Anno é ambientada o período considerado o auge do império romano, em 117 AEC, contando os caminhos tomados por Marcus ou Márcia que devem cuidar da cidade devastada de Juliana e expandindo o seu domínio por toda a região.

    Anno 117 é um exemplo que me fez questionar o quanto o conceito de tempo se torna relativo enquanto estamos nos divertindo nessa jornada introspectiva que é jogar video game porque esse é um caso que se torna possível ficar por horas jogando e interagindo sem perceber quanto tempo se passou.

    Anno

    Neste novo título da Ubisoft Mainz temos a opção do modo campanha com os protagonistas e o sandbox que tem por objetivo ser uma experiência sem objetivos específicos podendo enfrentar outros inimigos podendo ser até outros jogadores.
    Nisso acho muito interessante como o jogo oferece algo que vai de uma jornada mais simples, deixando apenas aproveitar a narrativa que vai ser ofertada como também algo sem barreiras, exploratório e até competitivo.

    Outro ponto que considero relevante é que a nossa interação com outros jogadores não se limita apenas a competir, mas trabalhar em equipe com a possibilidade de realizar ambos os modos em forma cooperativa.

    A interface para o gerenciamento da cidade pode ser considerada até simples quando se trata de um jogo desse gênero, mas caso você fique confuso com alguma informação o tutorial está sempre próximo nos objetivos ou recebemos uma notificação de algo que foi deixado para trás. Esse tipo de apresentação é interessante para um jogador que esteja interessado em explorar algo novo e aqueles mais experientes podem ter mais controle sobre tudo o que está acontecendo durante o desenvolvimento da cidade.

    Anno

    Construir em Pax Romana é um processo muito divertido porque é necessário estar atento a cada detalhe como, por exemplo, para criar azeite precisamos saber o local onde o solo é mais fértil para a matéria prima, colocar a produção próximo do plantio, ter um armazém por perto e tudo isso conectado pelas estradas que criamos até o posto comercial.

    Além disso temos que pensar onde vamos alocar os libertis, os moradores da cidade de Juliana que irão trabalhar nas construções, comprar os produtos dos mercados, vão ajudar na expansão da cidade e quanto melhor for suas acomodações mais versáteis se tornam para o desenvolvimento além da questão estética de deixar a cidade cada vez mais linda.

    Mas não é apenas divertido construir e gerenciar nessa experiência de jogo com um combate que é muito dinâmico, serve como mais uma camada de jogabilidade por precisarmos gerenciar não apenas o nosso crescimento como comunidade mas também garantir formas de protegê-la além de ser uma boa adrenalina durante a jogatina.

    A respeito do aspecto visual de Anno 117 é muito bonito e algo muito digno de se admirar pela forma como a desenvolvedora teve muito cuidado em recriar da forma mais próxima possível a ambientação de uma vila nesse período histórico. Elementos como a variação de luz que temos no passar do dia também são impressionantes nos conduzindo para uma passagem de tempo além de um design de personagens muito bonito com algumas cutscenes bem produzidas que vemos no modo de campanha.

    O enredo do modo campanha de Pax Romana me surpreendeu porque em alguns pontos acontecem reviravoltas, mistérios, uma trama política em andamento que vai estar conectada com algumas decisões que iremos tomar e de acordo com a escolha do personagem um objetivo base que se tornam muito interessante de acompanhar.

    Anno 117: Pax Romana é um excelente jogo de gerenciamento, construção aproveitando um período histórico muito conhecido para proporcionar uma experiência in game que vai ser muito divertida e com uma história muito interessante.

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA: Sim, vale a pena “descobrir” Yakuza em 2025 com Yakuza Kiwami 1 e 2 no Nintendo Switch 2

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    Eu cresci jogando muitos jogos no estilo Hack’n Slash e Beat’n Up, mas, na época, eu não conhecia a franquia Yakuza.

    Penso que, com certeza, essa seria uma saga que eu ia amar acompanhar, como amei tantos outros jogos lançados na época de ouro do Playstation 2, e porque agora Yakuza se tornou uma das minhas obras favoritas de video-game.

    Jogar Yakuza Kiwami 1 e 2 durante essas últimas semanas fez com que eu tivesse uma das minhas melhores experiências com jogos. Agradeço à Sega Brasil pelo envio da chave para poder finalmente jogar essas duas obras no Switch 2.

    Ao mesmo tempo em que eu estava me divertindo em combates frenéticos, com combos divertidos, usando posturas diferentes de combate, ouvindo músicas incríveis para acompanhar esses momentos intensos de pura porradaria em um mundo 3D, eu também conheci personagens tão cativantes que a sensação foi como se eu os tivesse conhecido de verdade.

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    Durante todas as 27 horas em Kiwami 1 e por volta desse tempo em Kiwami 2, eu ri em muitos momentos com esses personagens, mas eu também chorei com perdas difíceis, com momentos emocionantes, e eu senti raiva como qualquer um sentiria ao presenciar traições doloridas e intrigas muito bem esquematizadas.

    Yakuza

    Yakuza Kiwami 1 e Yakuza Kiwami 2 são relançamentos que estão chegando para o Nintendo Switch 2 agora, no dia 13 de novembro de 2025, mas esses mesmos relançamentos chegarão para PC, Xbox Series e PS5 no dia 8 de dezembro desse mesmo ano.

    Eles são remakes do Yakuza 1 e do Yakuza 2, lançados originalmente para Playstation 2 em 2005 e 2006, sendo Yakuza um título bem importante na época e que buscava se tornar um sucessor espiritual de Shenmue.

    Essa franquia, de fato, ganhou muita notoriedade, surpreendeu diversas pessoas e ganhou muitos fãs pelo mundo. Ver esses clássicos repaginados com tanto carinho chega a ser uma surpresa muito boa.

    Os jogos são excelentes títulos para quem gosta de porradaria clássica do PS2, porém com gráficos mais atuais, jogabilidade muito mais fluida e tudo no estilo beat’n’up e hack’n’slash.

    Porém, são títulos que vão muito além de gráficos novos bem bonitos e combates intensos, já que Yakuza apresenta um mundo urbano em Tokyo muito bem desenvolvido, com personagens carismáticos, histórias densas que não se limitam apenas à principal, trilha sonora boa o suficiente para não sair mais da sua playlist e diversos mini-games com humor bem japonês e da época em que foram lançados.

    E, pela primeira vez, a Sega trouxe novas localizações para esses jogos. Teremos o Português do Brasil oficialmente nas legendas e também será a primeira vez em que outros idiomas chegam para esses títulos, sendo eles: Francês, Alemão, Italiano, Espanhol, Espanhol da América Latina e Russo.

    Acredito que toda localização deve ser comemorada, já que, dessa forma, a franquia pode chegar a mais pessoas e, como algum sábio algum dia disse: “Se eu não joguei esse jogo ainda, ele ainda é um jogo novo.” Brincadeiras à parte, Yakuza Kiwami 1 e Kiwami 2 são ótimos títulos para servirem como porta de entrada e, ainda mais agora que estão localizados, pois tenho certeza de que isso não só torna muito mais fácil a compreensão, mas também soma muito para a imersão.

    Como essa é uma série com diversos jogos publicados, muitas pessoas ficam com receio de onde começar e, com essa adição nova aos remakes, eles se tornaram excelentes escolhas para serem os primeiros jogos de quem está querendo se aventurar em Yakuza, ou até excelentes opções para quem quer revisitar eles depois de muito tempo desde sua época no Playstation 2.

    Você encontra eles na eshop por R$147,90 cada ou por R$261,90 em um conjunto. Confesso que achei os preços bem interessantes; já vimos, em um passado não tão distante, empresas cobrando por mais de R$300 em Remakes e Remasters, então esses preços são bem atrativos.

    Porém, existe um ponto negativo. No caso do Yakuza Kiwami 1, que já foi lançado anteriormente para Switch 1, caso você tenha o jogo e gostaria de jogar no Nintendo Switch 2 com as melhoras de resolução, não existe um pacote de upgrade para ser adquirido à parte por um valor menor. Você precisa comprar novamente o jogo completo, e o interessante é que você pode carregar seu save da versão anterior nessa nova, dando a entender que poderia existir um pacote de melhorias para facilitar isso.

    Então, se você já jogou esse jogo no Switch 1 e tem pleno domínio dos idiomas disponíveis nessa versão, comprar ele novamente pode ser não tão interessante assim, mas a compra do Yakuza Kiwami 2, nesse caso, é interessante, já que não tem ele para o Switch 1.

    E o Yakuza Kiwami 2 é uma grande evolução do primeiro jogo; acrescenta dispersas melhorias de vida, um combate renovado e bem mais fluido, além de gráficos ainda mais surpreendentes.

    Para quem não jogou nenhum e quer aumentar a biblioteca do seu Switch 2 com dois jogos excelentes, recomendo muito a compra do bundle.

    O que te espera no Yakuza Kiwami 1

    Yakuza Kiwami 1 moderniza o primeiro jogo e faz isso com uma maestria absurda. Os gráficos novos são um salto imenso se comparados aos gráficos originais. Aqui também temos adições ao jogo, como as lutas com o Majima, um personagem que é impossível você não se apegar, além de um combate bem mais fluido e melhorias de vida, que são ótimas pedidas para um jogo como esse.

    Nas lutas, podemos trocar a postura de combate do Kiryu, o protagonista, a qualquer momento. Variamos entre os estilos Dragão de Dojima, Brigão, Fera e Acelerado. Recomendo testar todas, variar bastante e não esquecer de investir na árvore de habilidades do personagem, para que você vá fique mais forte, mais resistente, melhore os combos e as finalizações.

    Passaremos o jogo todo em uma cidade, com estilo de mapa semiaberto, chamada de Kamurocho, uma cidade relativamente pequena – e faz sentido para a época em que foi planejado o jogo – mas eu também isso, pois estou cansada de mundos vazios e sem graça que temos visto na indústria de games. Aqui temos um tamanho ideal dentro do que o game visa entregar.

    Com um mundo de tamanho honesto e bem desenvolvido, passaremos a campanha toda indo de um canto a outro, conhecendo os locais, as pessoas que os frequentam e não só para a quest principal, mas para as missões secundárias também. Devo dizer que tem, sim, missões meio repetitivas nas secundárias, mas não são todas; muitas delas têm histórias um pouco mais elaboradas e que apresentam mais sobre todo esse mundo criado para o jogo, trazendo mais imersão.

    Sobre a sua história

    Yakuza

    Kazuma Kiryu está a ponto de assumir sua própria família, sendo o patriarca dela nesse mundo, mas todo esse destino planejado se quebra quando ele é preso por 10 anos por um crime que não cometeu. Kiryu cresceu em um orfanato com seu melhor amigo de infância, Akira Nishikiyama, o qual virou basicamente o seu irmão de consideração e Sawamura Yumi, a moça pela qual sempre foi apaixonado.

    O patriarca atual do clã Dojima, Sohei Dojima, tenta se aproveitar de Yumi e Nishiki o mata, por isso, Kiryu chegando no local e presenciando o acontecido pede para Nishiki sair dali com Yumi.

    Nishikiyama aceita relutante e então vemos toda a ótica do protagonista do momento em que foi preso e expulso da família que fazia parte. Ele descobre que Yumi sumiu e ao finalmente sair da cadeia percebe que seu irmão mudou muito, agora sendo uma pessoa totalmente diferente.

    Kiryu acaba envolvido numa guerra entre clãs Yakuza que estão em busca dos 10 bilhões que foram roubados do clã Tojo.

    Para onde foi esse dinheiro? Quem são os culpados? Quem está tramando contra Kiryu e seus aliados? Quem tentou matar Kazama? A partir daqui iremos investigar e descobrir tudo em meio a diversos momentos dignos de filmes com muitas sequências de ação da época.

    O que você encontra em Yakuza Kiwami 2

    Yakuza

    Quase tudo sobre a jogabilidade se mantém aqui, porém com tudo melhorado. A jogabilidade tá muito melhor, bem mais responsiva e fluida; o que talvez você possa achar meio estranho ou difícil de controlar no primeiro jogo, no segundo jogo foi melhorado com certeza.

    Não temos mais as posturas de combate neste jogo; agora o combate mistura todas as técnicas vistas anteriormente em um estilo só, mas ainda temos árvores de habilidades para podermos upar nosso personagem ao longo do tempo.

    O jogo, em si, melhora todos os gráficos, mais do que já vimos na melhoria gráfica que o primeiro jogo recebeu. Porém, não só isso, já que também temos loadings mais rápidos; em alguns locais nem loadings tem mais, como, por exemplo, no primeiro você tinha um loading para cada vez que ia entrar em uma loja, e aqui não tem mais isso.

    O mapa conta com visualização melhor, agora com uma ideia de relevo em 3D, parecendo uma maquete e dando profundidade; bem mais fácil de ler o mapa. E, dessa vez, poderemos explorar mais uma cidade, então, além de Kamurocho, teremos a Sotenbori. Igualmente no primeiro, mantenho que esses locais grandes semi-abertos são feitos na medida certa, funcionam muito bem e dão uma sensação de cidade viva em ambas. O jogo te deixa transitar entre elas usando táxi, que é uma espécie de viagem rápida para pontos específicos do mapa, uma mecânica que já existia no primeiro Kiwami.

    Kiryu adquire experiência batalhando, mas também comendo nos restaurantes das cidades como era antes, porém de uma forma bem mais rápida e com loadings menores, além de um visual bem mais agradável nos “layouts” desenvolvidos.

    Podemos usar itens; antes, você poderia ter um item por “slot” do inventário, mas, agora, se os itens são iguais, eles podem ocupar um mesmo espaço – ótimo para carregar bastante item de recuperação de vida e cólera (a nossa “mana” do jogo). As setas do controle, que antes trocavam de postura, agora servem para equiparmos armas mais facilmente. Temos uma variedade maior de armas e até de objetos no cenário para usarmos como armas.

    Algumas das armas que aparecem em combate agora poderemos guardar para usar depois; basta ter um símbolo de “bolsa” em cima dessas armas para que saiba que pode guardá-las com você.

    Então já deu para entender que o segundo jogo renova e melhora tudo relacionado à jogabilidade e gráficos que vimos no primeiro.

    A única coisa que me deixou decepcionada com esse título é que ele tem algumas quedas de FPS, assim como tinha nas plataformas em que foi lançado anteriormente, mas aqui são um pouco menos constantes.

    Isso não te impede de jogar, mas todos que estavam sonhando com uma performance totalmente corrigida por aqui talvez se decepcionem ao verem que ainda temos leves quedas de FPS. Diferente do Yakuza 0, que roda a 60 FPS, o Kiwami 2 parece rodar a 30 FPS.

    Ambos os jogos ficam lindos jogando na tela portátil do Switch 2 – é o que me surpreendeu – mas também ficam lindos jogados no modo TV a 4K. Porém, infelizmente, algumas cinemáticas não tiveram upgrade de resolução; sendo assim, em algumas delas vemos cenários pixelizados, e isso fica bem mais evidente no modo TV.

    Vamos falar da sua história

    Evitarei spoilers do primeiro jogo, falando por cima para não prejudicar a experiência de quem ainda vai jogar o Kiwami 1.

    Yakuza Kiwami 2 se passa cerca de um ano depois dos eventos do Kiwami 1. A família Tojo não conseguiu se reerguer e se reestruturar ainda, pois tudo que aconteceu no primeiro jogo foi muito intenso. Existe um conflito entre eles e o Dragão de Kansai, que busca justamente enterrar de vez o Clã Tojo, enquanto o Clã Tojo busca por uma forma de apaziguar e até estabelecer uma aliança para evitar uma futura guerra.

    Um personagem importante e querido é morto, sendo o pilar para o que vem pela frente. Kiryu vai a Kamurocho na intenção de acertar contas, assumir erros e repensar decisões que tomou no passado.

    Devemos, mais uma vez, descobrir uma forma de ter paz entre os clãs, buscar a reconstrução sólida do Clã Tojo, enquanto se mantém vivo diante de tantas dificuldades que virão.

    A história do segundo jogo consegue ser igualmente boa e forte, mostrando o rumo e o tom que a série quer tomar com os demais jogos que seguem o protagonista Kiryu. Para quem tem curiosidade, Kiryu é protagonista dos jogos numerados do 0 até 6 na saga.

    E temos um bônus bem interessante no Kiwami 2, onde veremos mais sobre o Goro Majima, personagem igualmente importante e carismático, que com certeza conquista o coração de muitos fãs. É difícil não gostar desse personagem, então provavelmente você vai querer jogar esse extra. Esse extra é bem curto, são apenas 3 capítulos, mas é bem interessante.

    Inclusive, eu gostei tanto desses dois jogos que eu fui atrás de comprar o Yakuza 0 Director’s Cut para o Switch 2 e igualmente recomendo ele para quem gostar desses jogos e quiser saber o que acontece antes desses títulos. Mas, infelizmente, o 0 não possui legendas em PT-BR e o preço dele é maior, sendo R$249,90 na eshop; recomendo aguardar por uma boa promoção. Torço muito para que a Sega localize esse título e outros da franquia no futuro.

    Conclusão

    Yakuza

    Vale a pena “descobrir” ou “redescobrir” Yakuza Kiwami 1 e 2 em 2025, sim. São excelentes títulos clássicos repaginados com visuais e combates modernos, com excelentes adições de novidades como extras, diálogos, localizações e afins que não vimos nas suas primeiras versões.

    Você encontrará neles um mundo bem desenvolvido e personagens marcantes. Se gosta de histórias densas, estilo urbano de Tokyo, filmes de ação dos anos 2000 com temática de máfia, Yakuza, crime organizado e combate no estilo Beat ‘n’ Up ou Hack ‘n’ Slash, tem uma chance enorme de Yakuza ficar no seu coração também.

    Tem, sim, pontos negativos, como mencionei no texto: algumas quedas de FPS no Kiwami 2, algumas cinemáticas ficarão pixeladas em resolução maior, ou a questão de não existir um pacote de upgrade para o Switch 2 para quem já tem a versão do Kiwami 1 no Switch 1, sendo necessário recomprar o jogo nesse caso. Nesse último caso, você pode optar pela compra apenas do segundo jogo.

    Tudo que você viver no primeiro jogo será aprimorado no segundo jogo. São jogos relativamente curtos, então, para aqueles jogadores que têm pouco tempo disponível, ambos podem ser zerados por volta das 18h ou 20h de gameplay; você vai além caso queira buscar o 100% ou ao menos fazer um pouco mais do que a missão principal.

    Eu não fiz 100% dos games, mas fiz mais do que a missão principal e achei que valeu a pena conhecer mais desse universo. Tem missões secundárias interessantes que fizeram valer a pena essas 27h–30h de game em cada um.

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA: ‘Star Wars Outlaws’ leva o Nintendo Switch 2 ao máximo, porém…

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    Star Wars Outlaws chegou ao Nintendo Switch 2 em 4 de setembro de 2025, sendo o primeiro título mundo aberto de Star Wars, focando em uma jornada com muita ação e aventura, mas com uma proposta que se distancia um pouco da saga dos Jedi e mostra mais do universo da saga pelos olhos de Kay Vess, uma ladra que está simplesmente tentando ganhar a vida.

    Primeiramente, agradecemos à equipe Ubisoft Brasil pelo envio da chave, para podermos testar e contar para vocês como foi essa aventura no novo console híbrido da Nintendo.

    Mídia Física ou Digital?

    Outlaws

    A edição de Nintendo Switch 2 é a versão Star Wars Outlaws Gold Edition. Isso já torna mais interessante a sua compra, já que vem com diversos conteúdos extras, como as missões com o famoso Jabba, cosméticos e mais. Ele foi anunciado oficialmente por R$ 299,00, ou seja, o valor de um jogo lançamento, mesmo sendo um relançamento. Porém, agora em setembro, já vimos promoções de 25% na loja da eShop, ficando por R$ 224,25, um preço um pouco melhor.

    Sua mídia física é do tipo Game Key Card, então dentro da capa do jogo vem um cartucho, mas esse cartucho não possui o jogo completo: apenas uma chave de ativação, que pode ser reutilizada em qualquer conta. Muitas empresas defendem esse formato, pois assim elas têm a velocidade necessária para rodar certos jogos mais pesados, e o custo de produção física também é um pouco menor. Esse ainda é um assunto delicado entre colecionadores, mas há opção para quem gosta de ter o jogo na prateleira.

    Sobre o Jogo

    Outlaws

    Kay Vess (Humberly González) e seu fiel companheiro Nix (Dee Bradley Baker) são os personagens que vamos controlar neste jogo, onde temos que lutar, roubar e usar muito a cabeça para abrir caminhos através dos sindicatos do crime da galáxia, tudo isso sendo os mais procurados em toda essa galáxia.

    Star Wars Outlaws acerta ao mudar o cenário da série, mostrando outro lado da galáxia além dos conflitos Jedi. O jogo se passa entre os eventos de Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca e Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi.

    A protagonista é uma ladra, com uma realidade mais pé no chão, porém ainda carregada de momentos dignos de filmes de ação. Temos detalhes interessantes, como ter seu próprio blaster que pode ser modificado, e um companheiro carismático que vai além de ser apenas um pet fofo. Nix pode ajudar na exploração e nas batalhas.

    Em diversos momentos, solicitei ao Nix que pegasse um item distante, como créditos; que realizasse uma ação para que eu abrisse uma porta; ou que buscasse uma arma do cenário para que eu pudesse variar o uso do blaster. Também foi necessário distrair inimigos com sua fofura ou simplesmente atrapalhá-los no combate para que eu pudesse finalizá-los mais facilmente.

    A jogabilidade de Star Wars Outlaws é divertida. Os personagens são cativantes. Apesar de o mundo ser aberto, ele não é imenso a ponto de sofrer daquele mal dos mundos abertos vazios. Ele não é um mundo aberto perfeito, mas é bonito, interessante de explorar, com algumas quests secundárias rasas e outras bem interessantes.

    Outlaws

    Muitas dessas quests nos apresentam um pouco mais da história do mundo de Star Wars que não veríamos apenas acompanhando os protagonistas Jedi. Podemos ver pelos olhos de um personagem mais humano. Outras quests são mais simples, claro, mas todas têm recompensas, e essas recompensas podem te ajudar a conseguir EXP ou itens necessários para melhorar ou modificar seu blaster. Também podem ajudar a subir no ranking de alguma das “gangues”, para conseguir livre acesso às suas áreas, outras tarefas e até itens melhores nos mercadores da região.

    Para alguns de vocês, nada disso será novidade, já que Star Wars Outlaws foi lançado anteriormente para PC, Xbox Series e PS5. Porém, só agora chega ao Nintendo Switch 2. Então, além do que já sabemos sobre o jogo, ser divertido e ter seus prós e contras, vamos falar sobre como ele se comporta nesse console.

    Desempenho no Nintendo Switch 2

    É evidente que foi necessário um “milagre” para encaixar Star Wars Outlaws na forma do Switch 2. Não é à toa que o game roda a 30 FPS tanto no modo TV quanto no portátil, no modo TV, com resolução maior.

    Ainda assim, acredito que o destaque é vê-lo sendo jogado no modo portátil. Esse modo impressiona: conseguimos jogar um game desse escopo diretamente nas palmas das nossas mãos.

    Outlaws

    Não há coisa melhor do que levar o Switch 2 numa viagem e continuar nossa gameplay durante ela; ou, no meu caso, chegar cansada após horas no transporte público, fazer o que precisa em casa e então ter 1h ou 2h para jogar antes de dormir. Em vez de ir direto para o PC, posso simplesmente tirar o Switch 2 da base e jogar do sofá ou da cama.

    Porém, se você é um grande apreciador de gráficos realistas e perfeitos, vai notar detalhes que muitos outros players deixariam passar. O jogo tem cenários lindos e detalhados, mas tudo que é cabelo e pelo sofre para renderizar completamente. Muitas vezes, o cenário está incrível, mas o cabelo da Kay parece um borrão destoante.

    Há momentos com sombras piscando, texturas carregando e pequenos serrilhados. Não acho que esses detalhes atrapalhem a gameplay, mas entendo quem é aficionado por gráficos. Aqui, eles são sacrificados pela portabilidade.

    Nas minhas primeiras cinco horas, não tive problemas. Os 30 FPS estavam estáveis. Porém, conforme avancei, mesmo após atualizações, o jogo fechou abruptamente cerca de 3 ou 4 vezes, e tive entre 7 e 10 “mini congelamentos” de poucos segundos. Isso afeta a imersão. Espero que corrijam.

    Ele tem bugs?

    Outlaws

    Sim, mas principalmente bugs visuais. Não tive bugs que impedissem progresso ou causassem perda de save (o que seria grave). Porém, já vi inimigo deslizando pelo chão, o que quebra o clima na hora e vira risada. Não presenciei bugs graves como NPCs presos em paredes ou objetos fora do lugar, mas é possível que aconteça.

    Quanto dura a bateria do Switch 2?

    A bateria do Nintendo Switch original era excelente, mas a do Switch 2 não tem a mesma duração, o que é compreensível pelo upgrade de hardware. Sabemos que a bateria do novo console pode durar entre 2h e 4h, dependendo do jogo. Esse é um jogo pesado demais para chegar às quatro horas.

    Nas vezes em que joguei no portátil, o console aguentou entre 1h50 e 2h20. Para mim, está dentro do esperado. Para quem joga longas sessões, talvez seja interessante adquirir um powerbank.

    Conclusão

    Essa foi uma das minhas melhores experiências com o Switch 2. Me diverti muito. Jogar um game como esse no portátil faz toda a diferença. Mas será que vai ser tudo isso para você também? Star Wars Outlaws é um ótimo jogo do gênero. Vale a pena para fãs de Star Wars e para quem gosta desse estilo de jogo. Ele conta com legendas e dublagem em PT-BR, tudo feito com muito carinho.

    Apesar de estar em preço cheio, já vemos promoções mais interessantes. O jogo tem progressão cruzada: você pode pegar seu save do PC e carregar no console, basta logar na sua conta Ubisoft. Sério: isso deveria existir em todo jogo.

    Agora temos uma demo disponível, então você pode testar antes de comprar.

    Eu gosto dos personagens, da história, da exploração, da nave, do speeder, das interações com NPCs e dos pequenos eventos do mundo. Porém, como todo jogo, tem seus pontos negativos: defeitos visuais, travamentos e congelamentos.

    Se você pretende permanecer no ecossistema Nintendo e valoriza a portabilidade, esse jogo merece espaço na sua biblioteca. Se para você gráficos são prioridade, talvez outras plataformas façam mais sentido.

    Star Wars Outlaws merece estar na sua coleção se você se identificou com tudo o que foi dito aqui.

    Confira o trailer do game:

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    Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    NVIDIA apresenta novas tecnologias para jogos durante o Editor’s Day

    A NVIDIA continua puxando a fila quando o assunto é inovação no mundo da tecnologia. Na quinta-feira passada (23/10), rolou o Editor’s Day, e tivemos a chance de ver tudo isso de perto: apresentação, demos e muita conversa boa. O Alexandre Ziebert conduziu uma parte super interessante mostrando o que vem por aí e já adiantamos: tem muita coisa legal chegando.

    Então, antes de tudo: obrigado, NVIDIA, pelo convite.

    Smooth Motion

    Vamos começar por algo que muita gente vai gostar: mais fluidez nos jogos. O Smooth Motion usa IA para inserir quadros extras entre os frames renderizados, deixando tudo mais suave, mesmo em títulos que não têm suporte ao DLSS Frame Generation.

    Antes, esse recurso era exclusivo da linha RTX 50, mas agora também está disponível para todas as placas RTX 40. Para ativar, basta atualizar o driver e usar o novo NVIDIA App.

    Inclusive, o app recebeu uma atualização recente que trouxe uma série de melhorias e vale muito a pena atualizar se você ainda usa o antigo GeForce Experience.

    NVIDIA App (Atualização)

    Nvidia

    O NVIDIA App agora concentra tudo em um só lugar: drivers, otimizações, ferramentas como GeForce NOW, Broadcast, RTX Remix e o G-Assist.

    Com a atualização mais recente:

    • Agora dá pra ativar DLSS Global Override, ou seja:
      você pode aplicar DLSS e Frame Generation em todos os jogos compatíveis de uma vez, sem precisar configurar título por título.
    • A nova sobreposição com Alt+R mostra em tempo real se o DLSS, Frame Generation ou overrides do driver estão ativos no jogo.
    • O NVIDIA Surround ganhou uma tela de configuração mais simples.
    • E até configurações antigas do Painel da NVIDIA voltaram para quem curte ajustar jogos clássicos.

    Ou seja: ficou mais simples, mais organizado e mais rápido de usar.

    G-Assist

    Outro destaque foi o Projeto G-Assist, o assistente inteligente da NVIDIA que te ajuda a ajustar e otimizar o PC com voz ou texto.

    Ele agora está disponível para todas as placas RTX com 6GB+ de VRAM, inclusive notebooks.

    Além disso, o modelo ficou 40% mais leve, mais rápido e agora permite instalar plugins via mod.io, então a comunidade pode criar novas funções para ele.

    É aquele tipo de tecnologia que começa “legal” e, do nada, vira indispensável.

    RTX Hair (Agora com LSS)

    E aqui vem talvez o anúncio mais impressionante em termos de realismo. O RTX Hair introduz o LSS (Linear Swept Sphere), que representa cabelos e pelos como fios de verdade, com volume, espessura e comportamento físico, ao invés de malhas triangulares.

    Isso significa:

    • Movimento muito mais natural
    • Até 5x menos uso de VRAM
    • Até 2x mais desempenho
    • Muito mais controle sobre cada fio individual

    Essa tecnologia chega de forma acelerada por hardware na série RTX 50, mas também pode ser usada em GPUs anteriores via técnicas como DOTS, então ninguém fica de fora.

    Vimos isso na prática com o Indiana Jones e é um salto de realismo enorme, especialmente com path tracing.

    E o melhor: está disponível para grandes estúdios e desenvolvedores indies através do RTX Character Rendering SDK, que faz parte do RTX Kit.

    RTX Remix

    Por fim, o RTX Remix permite remasterizar jogos clássicos com tecnologias modernas de iluminação e materiais.

    Um exemplo é o Half-Life 2 RTX, já disponível na Steam para testar. Durante o evento também jogamos o primeiro Vampire: The Masquerade – Bloodlines com RTX, e o resultado dá literalmente uma nova vida ao jogo.

    No fim das contas, o Editor’s Day deixou claro que a NVIDIA não está apenas “lançando features”. Ela está construindo ecossistemas onde:

    Jogos ficam mais bonitos

    • PCs ficam mais inteligentes
    • Ferramentas ficam mais acessíveis
    • E desenvolvedores, grandes ou indies, têm mais poder criativo

    E isso, sinceramente, muda muita coisa no que vamos ver (e jogar) daqui pra frente.

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    CRÍTICA: ‘Estados Unidos da África’ é uma história que enche o coração de esperança

    O cenário nacional de quadrinho é rico, belo, muito empolgante pela pluralidade de mentes criativas tão brilhantes que usam da nossa cultura, realidade e até mesmo os nossos sonhos para contar belas histórias como é o caso de Estados Unidos da África escrito por Anderson Shon com arte feita Daniel Cesart.

    O quadrinho vencedor da 36° edição do Troféu HQMIX nas categorias Publicação Independente Edição Única, Novo Talento para Daniel Cesart, teve a sua primeira edição publicada em 2023 após uma campanha de sucesso no Cartase e um segunda edição no ano seguinte com a distribuição da Bebel Books.

    A história de Estados Unidos da África é sobre Serge Ekondo, um homem comum, pedreiro, nascido na República dos Camarões, casado com a professora Julien e pai de duas crianças. Após ser guiado pela entidade Mama Bamiléké, ele se torna o super-herói Rei Bantu, tendo como grande missão acabar com as injustiças e os sofrimentos sistêmicos que o povo preto vive até hoje. Nessa jornada, ele vai entender que não são apenas seus poderes que representam a solução para essas questões.

    Estados Unidos da África

    Em um primeiro momento, o que mais ganhou a minha atenção ao ler as primeiras páginas de Estados Unidos da África foi a excelente combinação entre prosa e história em quadrinhos. A experiência de leitura se torna mais bela porque lemos, imaginamos e, logo ao lado, temos isso traduzido em uma imagem que corresponde ao que estamos pensando sobre os personagens e a ambientação desse universo altamente rico.

    Mas essa riqueza não está apenas no conjunto de desenho e roteiro. Podemos refletir sobre eles separadamente, através do trabalho primoroso realizado pelo quadrinista Daniel Cesart, que nos brinda com aspectos visuais, referências do nosso mundo real e uma construção criativa que resulta em algo tão poético e crítico, a ponto de seu desenho expressar os sentimentos dos personagens de forma tão profunda quanto as palavras escritas.

    Em Estados Unidos da África, nós, pessoas negras, podemos ser perfeitamente representados cultural e visualmente, sendo isso emocionante e muito inspirador.

    Estados Unidos da África

    Quanto ao roteiro, é muito interessante como ele funciona de forma coesa entre o quadrinho, a prosa e uma perspectiva acadêmica que me agradou imensamente, incorporando no enredo referências como Conceição Evaristo, Bob Marley e Nelson Mandela, que transformam o universo dessa história em um elemento vivo, em constante crescimento. Essa combinação de elementos torna Estados Unidos da África uma obra que não é apenas um quadrinho pelo entretenimento, mas uma narrativa fortemente política, com excelente representação e um viés acadêmico que não encontramos com tanta facilidade nesse meio.

    É importante ressaltar que a grande beleza no conjunto dessa HQ está em romper com alguns estereótipos que o gênero de super-herói costuma reforçar, como o protagonista que é apenas um guardião e não se atenta a ser uma figura transformadora no seu mundo.

    O Rei Bantu não é apenas aquele herói de ação com grandes combates. Na verdade, podemos observar que sua grande luta é enfrentar os males do povo negro, que vão além de tanques e bandidos armados: trata-se de toda uma estrutura social que explora o continente africano há séculos, e que a história eurocentrada faz questão de esquecer por ser parte dessa destruição.

    Muito me agrada ler histórias com protagonistas negros, onde essas figuras heroicas são construtoras em sua essência. Da minha perspectiva, Serge é exatamente esse tipo de personagem, desde sua origem, pela profissão, passando pela relação com Julien, sua esposa, e seus filhos, onde ele carrega o sonho de algo muito melhor para eles, sonho que, ao se transformar em Rei Bantu, se estende para toda a população do continente africano em um plano de união.

    Em quadrinhos, geralmente existe uma suspensão de crença na construção de mundo. Nesta obra, Shon e Cesart seguem um caminho oposto, colocando elementos da nossa realidade, citando pessoas, fatos e acontecimentos que se mesclam à faceta ficcional, transmitindo ao leitor uma mensagem esperançosa e otimista.

    Estados Unidos da África é uma HQ que representa a força do cenário nacional de quadrinhos: uma história poderosa, marcante, poética e profundamente emocionante, sobre um herói que luta não apenas com sua força física, mas também com seu intelecto e carisma, para criar um mundo no qual pessoas negras não vivam em sofrimento, mas com a esperança de dias melhores.

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