Cresci cercada por livros, poesia, textos e pela música popular brasileira que dava ritmo às conversas e aos silêncios da minha casa. Nesse ambiente de palavras vivas — onde a imaginação era tão cotidiana quanto o café da manhã — nasceu, pouco a pouco, o romance Permanências, de Jacy Couto Júnior, meu pai. Um livro lançado pela editora Ipê das Letras e há muito sonhado e idealizado, tecido na confluência de décadas de leitura, inquietações sociais, memórias e escutas profundas do Brasil, cujo evento oficial de lançamento irá ocorrer na livraria Blooks Botafogo, no próximo dia 18 de dezembro, às 19h. Vale ressaltar que o livro já está disponível para vendas tanto pela Amazon, quanto no site da Ipê das Letras.
Mais do que uma narrativa ficcional, Permanências é a síntese madura e sensível de algumas das reflexões sociais e históricas mais relevantes do século XXI. O romance enraíza-se na história do Brasil da miscigenação e da resistência territorial, expondo contradições que atravessam séculos e ainda marcam nosso presente. É um livro sobre memória, registro e ancestralidade — mas também sobre a necessidade urgente de invertermos a lógica colonial de legitimidade sobre a terra, que segue insistente e violenta.
A obra constrói, com vigor literário, um diálogo profundo entre personagens históricos e contemporâneos: Araribóia, o lendário líder temiminó e fundador de Niterói, emerge como símbolo de uma resistência originária, enquanto Caio — morador de uma Rocinha que é real e também ficcional — representa a permanência negra nas grandes metrópoles brasileiras, síntese viva de uma história de sobrevivência e reconstrução diária. Entre eles, duas forças femininas, Beatriz e Helena, encarnam o amor e a coragem que movem as ações humanas mais nobres. Elas são mais do que coadjuvantes: são motores de sentido, pilares afetivos e políticos da narrativa.
Em Permanências, o amor é tema e método. Há o amor romântico, com sua ternura e suas tensões, mas também — e talvez sobretudo — o amor ao Brasil, às suas dores e grandezas, ao povo que insiste em permanecer apesar das violências que se repetem. Como na canção “O mestre-sala dos mares”, de Aldir Blanc e João Bosco, o romance evoca as lutas que a Guanabara sediou e continua sediando:
“glória aos piratas, às mulatas, às sereias, glória à farofa, à cachaça, às baleias! Glória a todas as lutas inglórias que, através da nossa história, não esquecemos jamais.”.
Essa referência não é mero ornamento: ela funciona como ponte simbólica entre passado e presente, marcando que a história brasileira se constrói sempre no entrelaçamento de glórias e apagamentos, de vitórias e feridas, de continuidades que desafiam o tempo — permanências.
No coração do romance, um trecho sintetiza não apenas a trama, mas sua vocação ética: “Não há conquista que valha a pena se ela não nascer do amor. A guerra trouxe-nos espaço. Mas foi o amor que nos fez raiz.”
É esta consciência — de que a história só floresce quando toca a humanidade dos povos — que faz de Permanências um livro singular. Ele não apenas narra: ele elabora, reivindica, reconecta. É uma obra que devolve ao leitor a noção de que permanecer é um ato político e afetivo.
No fim, Permanências é um romance que pulsa: é memória, é denúncia, é poesia histórica, mas também é um gesto profundamente pessoal. Para mim, é o livro de um pai que sempre escreveu o Brasil com a palavra e com o coração — e que agora o oferece ao mundo em forma de ficção, sem abrir mão da verdade que sempre o moveu.
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Esse jogo foi uma das melhores surpresas que eu tive esse ano. É viciante, divertido, conta uma história incrível, está no universo de Zeldacanonicamente, tem um trabalho artístico muito lindo, tem animações e músicas maravilhosas, mas será que você vai achar ele tudo isso também? Hyrule Warriors: Age of Imprisonment foi anunciado junto ao Nintendo Switch 2 com um trailer mostrando um pouco da gameplay, e que foi suficiente para criar hype em diversas pessoas para sua data de lançamento, no dia 6 de novembro de 2025.
Esse é um exclusivo para o novo console da Nintendo, porém conta com a possibilidade de co-op local em tela dividida no mesmo console ou com a possibilidade de jogar co-op via GameShare, mas o que surpreende é que o Player 2 pode usar o primeiro Switch, sendo de qualquer versão, para poder jogar junto.
Agradecemos à Nintendo pelo envio da chave no dia do lançamento para que eu pudesse viver essa nova aventura de Zelda e contar como foi toda essa experiência aqui para vocês.
É um conteúdo cortado ou não?
E, falando em viver uma nova aventura de Zelda, Hyrule Warriors: Age of Imprisonment é um título que conta com uma história totalmente canônica e que complementa o The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, amarrando algumas dúvidas sobre o passado do jogo.
Antes de mais nada, devo dizer que não tenho a sensação de que esse é um “conteúdo cortado” para ser vendido à parte em um jogo novo. Entendo que Zelda Tears of the Kingdom foi entregue como um jogo completo, e o novo Hyrule Warriors vem para apresentar um pouco mais dessa história que nos marcou.
E o interessante é que eu acredito que a escolha de ter colocado essa aventura em um Hyrule Warriors, série que tem o combate musou, foi uma boa escolha e acerta nos aspectos que veremos por aqui.
Já deixo avisado que é bem interessante que você goste de musou o suficiente, não apenas seja fã de Zelda. Enquanto em Zelda Breath of the Wild e Tears of the Kingdom nós temos um mundo aberto a ser contemplado por um personagem silencioso, onde vamos explorar no nosso tempo e talvez na maior calma do mundo, se comparado à “exploração” frenética que encontramos em Hyrule Warriors, você com certeza vai sentir que o “timbre” está diferente no momento em que encarar o seu primeiro combate.
História
Hyrule Warriors: Age of Imprisonment começa recapitulando o início de Zelda Tears of the Kingdom, onde mostra Ganondorf sendo encontrado por Zelda e Link embaixo do Castelo de Hyrule. Quando o nosso vilão finalmente desperta, ele destrói o lugar em que estão, derrubando a Zelda no abismo, que em seguida some, e o Link é resgatado pelo Rei Rauru.
Já nesse primeiro momento temos finalmente a resposta para onde Zelda foi e para quando Zelda foi.
Zelda foi levada ao passado, para a época em que fundaram Hyrule, onde conhecemos o primeiro rei, Rauru, e sua rainha, Sonia.
Acontece uma breve conversa de apresentação e decidem voltar para o Castelo de Hyrule, mas, no caminho, somos emboscados pelas “sombras”, monstros que assolam toda Hyrule e que Rauru e Sonia buscam uma forma de mantê-los afastados para que o seu povo fique seguro.
E agora eles buscam realizar mais uma tarefa, uma forma de levar Zelda para sua verdadeira época. Porém, não é simples e, enquanto nossa jornada acontece, iremos acompanhar Zelda aprendendo a controlar o seu poder pela primeira vez. Conheceremos personagens extremamente cativantes, outros personagens que estarão apenas preenchendo espaço na gameplay e também veremos o nosso vilão Ganondorf conseguindo poder o suficiente para se transformar no temível Rei Demônio e, com essa forma, ele busca dominar Hyrule.
Só poderemos impedir os avanços do Rei Demônio e de seus Arquidemônios com ajuda de todas as tribos. Devemos formar alianças, reunir exércitos e agir com estratégia.
Logo, é aqui onde acredito que a escolha para contar essa história ter vindo na série musou de Zelda, Hyrule Warriors, combinou, e combinou muito.
Jogabilidade
Em combate, poderemos correr com os direcionais, usar os botões Y e X para variarmos diversos combos, usaremos o R + A/B/X/Y/ZR para usar itens de dano, artefatos zonais e ataques especiais que, se usados na hora certa, poderemos evitar um ataque poderoso vindo de um adversário. Além disso, será possível usar o D-PAD (direita e esquerda) para acessar itens do inventário para consumíveis ou troca de slots dos itens selecionados. Por fim, de forma defensiva, temos LR para defender e B para esquivar.
Temos duas barras que podemos encher batalhando, uma amarela de especial solo. Quando ela é preenchida, basta apertar A para soltar. Também temos a barra de especial em dupla. Você encherá uma barra azul em volta da miniatura dos seus personagens. Quando cheias, usaremos o botão L para soltar o ataque em conjunto com um personagem próximo com a barra cheia também. São ataques bem variados.
Os combos básicos são legais de serem feitos, eles não são complexos e o jogo costuma deixar uma “colinha” na lateral da tela para você consultar os comandos. Então, é de fácil compreensão.
Durante cada combate, geralmente poderemos controlar mais do que um personagem. Então, podemos apertar “+” para vermos o campo de batalha e, nessa aba, podemos dar comandos aos outros personagens para eles irem aos outros pontos. Dessa forma, você controla o mapa todo. Pode usar as setas cima e baixo do D-PAD para trocar de personagem. A ideia é que, como cada um está em um canto, ou, dependendo do mapa, cada dupla está em um canto etc., você apenas troca entre eles, vence o combate e não precisa ficar correndo de um canto ao outro do mapa.
Claro, se explorar esses pequenos mapas, às vezes você achará baús com recursos e Koroks que te dão uma “Korok Seed”.
Mas tenho a sensação de que esse jogo está em um meio-termo. Ele talvez não seja para todo mundo por ser um musou, mas ele também pode não agradar os fãs mais “assíduos” de musou. Você não precisa conquistar todos os pontos de conflitos no mapa para avançar, como provavelmente teria que fazer isso em musous mais exigentes. Aqui, você fazendo os pontos principais, é missão concluída.
Então, talvez pensaram em entregar esse jogo de uma forma que abraçasse fãs do gênero, mas também abraçasse possíveis novos fãs que estão jogando pela primeira vez e que vieram de coração aberto, pois anteriormente só jogaram Zeldas e estão aqui por isso.
Joguei o game todo no normal e não tive dificuldades, não. Achei maravilhoso o combate, e enfrentar os chefes tem sempre uma sensação boa de vitória e satisfação a cada um que você elimina, principalmente da missão principal, mas você aí, fã de carteirinha de musou, que ama todos do gênero, jogou todos e assim vai, talvez você queira jogar numa dificuldade maior para então se sentir um pouco desafiado.
Principalmente ao tomar todos os postos, construir acampamentos onde é possível adquirir vantagens. E sim, é vantajoso, sim, mas essas “vantagens” podem fazer maior diferença em dificuldades mais desafiadoras.
Inclusive, uma nota pessoal: eu não sou a pessoa mais fã de musou, esse não é meu gênero favorito, mas sempre fui curiosa e joguei alguns poucos jogos desse modelo de jogo há muito tempo, então falo da minha experiência quase como uma novata no gênero musou.
Uma coisa que eu gostei no combate do jogo, e que eu tinha medo de como iriam implementar, são os elementos e os artefatos Zonai. Eu tinha esse receio porque é tanta coisa em cena que parecia que iam esquecer desses recursos em algum momento do jogo, mas não. Os personagens que controlamos usam elementos e os inimigos que enfrentamos também, assim como os artefatos que podem soltar tipos de elementos.
Por exemplo, em um momento iremos enfrentar um inimigo coberto de lama. Nessa hora, usar um personagem de água, Zora’s, ou usar um artefato que jorra água vai acabar quebrando essa proteção dos inimigos mais facilmente. Isso se aplica também para gelo, fogo etc.
Além de combates massivos, combos diversos, um ritmo frenético, diversos personagens, ataques combinados, ataques especiais e muitos artefatos Zonai a serem usados.
Teremos um mapa antes de cada gameplay. Esse mapa, tomado por Ganondorf, estará todo em vermelho. Deveremos avançar nas missões principais para enfrentá-lo, mas realizar as missões secundárias nos dará mais controle ao mapa também, melhorando nossos personagens e recursos.
As missões secundárias se resumem a ir até um local, limpar a área dos monstros e tomar a área para o nosso lado do conflito. Fazendo isso, receberemos recursos que poderemos “gastar” no mapa e nos personagens. Algumas missões são completadas quando entregamos esses recursos selecionados, e isso faz com que nosso personagem ganhe um coração extra ou adição aos seus combos. Mas também liberamos estabelecimentos, como uma loja para comprar e vender itens, um local onde upamos as armas, desmontamos armas que não usamos para usar seus recursos ou até podemos vender esses itens que não iremos mais usar, já que você pode ir até o campo de treinamento para gastar Rupees (dinheiro do jogo) para os seus personagens.
Acredito que essa forma de trocar “dinheiro” por “level” é uma forma bem eficiente de evitar que você passe tanto tempo farmando. Eu usei poucas vezes, mas usei. Zerei o jogo com meus personagens entre os níveis 57~60, nível suficiente para avançar, e sempre que você vai começar uma missão de combate, antes aparece uma tela para selecionar personagens e itens que dão até 30% de bônus em experiência, velocidade e carregar mais rápido as barras de especiais. Usei muitos itens que adicionavam mais experiência.
Como tudo envolve uma grande manobra de impedir os monstros de avançarem e o Ganondorf ganhar mais poder, fazer as missões dá uma sensação de que estamos recuperando o controle de Hyrule. Estamos levando recursos aos locais que precisam, posicionamos tropas em locais estratégicos, e tudo isso pareceu bem interessante, adicionando mais profundidade e imersão nesse aspecto.
O “Constructo”
No trailer vemos um golem com muitas características similares às de Link. Por causa disso, eu tinha alguns receios quanto a ele e, no final, fui surpreendida.
Esse personagem tem um papel a ser desempenhado bem importante. Muitos imaginaram que ele seria apenas uma cópia do Link para não sentirmos sua falta no combate. Eu também cheguei a pensar isso, e esse era o meu receio. Entendo que deve ter um pouco disso nele, sim.
Mas o personagem em si é mais do que um fantoche para preencher a ausência de Link. Além do seu papel na história e seu estilo de combate em terra, misturando combos com artefatos zonais e elementos, ele também tem seu estilo único de modo de jogo.
Como ele é um Golém Zonai, ele pode ter outra forma. Por causa disso, teremos alguns momentos com ele voando com uma forma similar à de uma águia e usando artefatos Zonai para acertar dezenas de inimigos e até enfrentar bosses aéreos.
E esses momentos são muito legais, lembram um pouco StarFox, mas não destoam do jogo e nem quebram a imersão. Na real, ajudam a manter novidades na jogatina e divertem. São momentos curtos e bem divertidos de se jogar. Inclusive, não temos tantos momentos disso.
São personagens demais?
Sobre os personagens, você claramente vai se importar e gostar mais dos personagens principais. Eles são divertidos em batalha, mas também são carismáticos nas cenas, já que o jogo vai mesclar exatamente assim: cinemática, combate, cinemática, combate etc., para que você saiba o que está acontecendo em cada ponto da história a cada combate que você avança.
Alguns personagens não são tão interessantes, mas eles são jogáveis e têm combos legais, animações bonitas.
Sendo sincera, só achei uma das possíveis animações de especial em dupla com um personagem básico dos Rito meio genérica. Ele vai da direita para a esquerda atirando flechas e parece bem sem graça se compararmos com outras animações.
Vi algumas pessoas se perguntando o porquê desses personagens fora da linha principal existirem. Além da necessidade de usarmos eles em combate para certas missões, eu tenho duas suposições.
A primeira é que, se alguém tiver a sensação de “sem os heróis ou patriarcas de cada tribo, o exército deles é inútil?”, então acredito que estão preenchendo aliados com líderes, capitães e outras funções de cada uma das tribos para nos dar mais um contexto de como elas são, além de seus reis ou heróis. Além disso, acredito que precisavam de mais personagens para acompanhar em certos momentos do jogo e até para execução de especiais em dupla.
E na história, sim, em alguns momentos teremos separações. Estamos falando de proteger Hyrule, é claro que o rei vai delegar as suas forças pensando em enviar as equipes separadas para cada local em alguns momentos para conter batalhas que estão acontecendo a todo o momento.
Os confrontos não esperam que um acabe, para que daí tenha um novo ataque, entendem? Acredito que isso explica personagens relacionados aos exércitos de cada tribo ganharem seus momentos jogáveis.
Falando sobre imersão
E sim, a história é muito bem contada, as músicas em batalha e em cinemáticas são ótimas, o jogo está muito lindo, está fluido. Logo mais abordarei sua performance, mas ele peca em um aspecto aqui: a falta da localização em português do Brasil.
Com uma localização, mais pessoas poderiam jogar, ajudaria muito mais na imersão. E bom, dito isso, eu estou jogando em espanhol da América Latina, e o jogo também tem dublagem nesse idioma. Eu achei bem legal ambos. No caso, tem pouco tempo que estou aprendendo a língua e achei uma oportunidade ótima para treinar. É também uma vitória ter espanhol da América Latina e não só o da Espanha.
A dublagem em inglês também é muito boa e sei que muitos de vocês vão preferir. Eu só gostaria mesmo de ver legendas em português do Brasil em um jogo que vem custando R$ 439,90 reais.
Dica para jogadores novos
Uma pequena dica para os jogadores de primeira viagem: se você nunca jogou nada desse gênero, antes de investir esse um terço do seu salário mínimo, você pode testar a demo do Hyrule Warriors: Age of Calamity, jogo anterior da série, mas que tem uma demo disponível, sendo possível que você pelo menos sinta um pouco de como o novo jogo vai ser. Eles não são iguais, o título mais recente, além de canônico, traz muitas adições. Seria incrível ter uma demo disponível para Hyrule Warriors: Age of Imprisonment.
Tempo de jogo
Esse é facilmente um jogo em que, se você apenas seguir as principais, tiver bastante pressa e fizer só os objetivos indicados, você terminará o jogo por volta de umas 10 ou 12 horas. Porém, eu passei 23 horas no jogo até zerar. Não tive pressa em fazer os conteúdos do jogo, eu apenas gostei muito e tentei jogar um pouco por dia. É um jogo bem viciante e você acaba sentindo aquela vontade de ir só mais uma missão, mas acaba fazendo mais que isso.
Como eu gostei bastante de fazer mais do que os objetivos principais de cada missão e mais do que a história principal, estou em busca de fazer todas as secundárias. Gostei de como elas funcionam e acho gratificante completar todo o mapa.
E caso você não queira fazer isso, zerar tudo de uma vez, o jogo tem uma mecânica interessante. Sempre que você iniciar uma missão principal, uma personagem do jogo chamada Lenalia descreve o que aconteceu na missão anterior. Dessa forma, você pode jogar em um tempo mais cadenciado e não devorando o jogo igual eu fiz.
Ela faz essa descrição até o penúltimo capítulo apenas. O último não terá descrições das últimas missões. Entendo que dificilmente você vai querer largar o jogo no último capítulo para terminar muito tempo depois.
Achei isso uma escolha muito legal. Tem um motivo dela resumir a história dessa forma, você verá jogando. Mas o interessante disso é que jogadores que se sentirem enjoados da gameplay e derem uma pausa, ao retomarem o jogo, não ficarão perdidos nos últimos acontecimentos.
Após o zeramento, o jogo te deixa carregar seu save para continuar fazendo as missões que restaram e adiciona algumas missões mais difíceis que exigem níveis mais altos.
Desempenho
O jogo roda a 60 FPS na gameplay e 30 FPS nas cutscenes, tudo bem fluido, e vi pequenas quedas de FPS pontuais em algumas missões.
No modo co-op com tela dividida, o jogo roda a 30 FPS na gameplay e nas cutscenes. E, no modo GameShare, ele tenta manter os 60 FPS, mas visivelmente estará em uma resolução menor. Porém, apesar de buscar manter 60 FPS no Switch 2, as quedas para o jogador 2 no Switch 1 são um tanto significativas.
Conclusão
Eu amei Hyrule Warriors: Age of Imprisonment e, mesmo assim, não indico para todo mundo. Começando por ser um exclusivo de Nintendo Switch 2, depois pelo seu preço alto e por fim por causa da sua falta de localização.
Esse não é um jogo que deve ter uma promoção na eShop em pouco tempo e, depois de muitos meses, eu não duvido que sua maior promoção seja de algo por volta dos 30%.
A melhor forma de economizar realmente é conseguindo um cupom de desconto interessante em um gift card ou até com a opção do jogo físico, onde você pode escolher uma loja oficial que trabalhe com cupons de desconto ou com cashback. Ainda assim, de R$ 439,90 vi a possibilidade de encontrar o jogo por volta dos R$ 360~380,00, e esse valor ainda não é nada barato.
Para colecionadores, esse é um jogo que vem completo no cartucho. Logo, nada de Game Key Card, e vale ter na coleção.
Então, se você já tem o Nintendo Switch 2, não tem problema com a falta da localização e esse é um valor que você está disposto a investir. Agora é a hora de considerar tudo que foi dito aqui no texto. O quanto você gosta de musou, de Zelda e das características apresentadas ao longo do texto?
E se você for um fã assíduo de musou, considere que esse título não tem intenção de trazer um nível hardcore aos fãs do gênero no modo Normal. Sendo assim, considere jogar no Hard ou no Very Hard para tentar equilibrar isso. Provavelmente, nesses modos mais desafiadores, você sentirá que a esquiva, o escudo e as vantagens compradas nos acampamentos terão um peso maior.
Ele não explora aspectos do musou de forma muito intensa, como a obrigação da tomada de todos os postos, e a variedade de combos pode até ser pequena para os fãs mais exigentes.
Agora, para fãs novos, pode ser um ótimo título para se conhecer caso tenha ficado interessado nesse formato de jogo. Também é com toda certeza para quem ama Zelda Tears of the Kingdom e Breath of the Wild, já que vai amar ver a história do passado por aqui. São personagens cativantes, o jogo é divertido, a arte do jogo é belíssima e as músicas são igualmente belas.
Confira o trailer do game:
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O mito fundador da ficção científica não poderia ser adaptado por ninguém menos do que Guillermo Del Toro. Frankenstein ou o Prometeu Moderno, foi escrito por Mary Shelley no século XIX, e é considerado até hoje o principal alicerce das ficções científicas. O livro foi a história que redefiniu a literatura como a conhecemos.
Tendo sido adaptado à exaustão, Frankenstein se tornou a criatura que representava o abandono, a rejeição, mas acima de tudo o medo da ciência que naquela época avançava a passos largos.
Frankenstein de Guillermo del Toro é estrelado por Jacob Elordi, Mia Goth, Oscar Isaac, Charles Dance e grande elenco. Ambientado em capítulos, somos apresentados à história do filme em um primeiro momento pelo seu fim, e dali em diante, somos ambientados à como a história levou os personagens da trama até aquele ponto.
Frankenstein, o Prometeu Moderno e a vaidade
O trabalho de Oscar Isaac é brilhante, mas o de Jacob Elordi se faz ainda melhor. No papel da criatura de Frankenstein, Elordi apresenta as mais diferentes facetas humanas, enquanto Isaac, nos apresenta as mais terríveis, na pele de Victor, o criador.
Victor Frankenstein apresenta seus personagens sem rodeios. O roteiro, design de produção, fazem deste ser um dos filmes mais bem sucedidos em adaptar a história do livro. Ao se distanciar de adaptações recentes como Pobres Criaturas (2023), Frankenstein (2015) e Victor Frankenstein (2015), esta nova versão aprofunda as personalidades de Victor e da Criatura e mostra como suas vidas mudam para sempre.
Citado por vezes como o Prometeu Moderno, Victor deixa de lado toda sensibilidade e humildade, apenas para ascender como o indivíduo que traz a novidade. Ou o avanço tecnológico que “mudará para sempre a humanidade”.
No sentido mais amplo, Victor rouba o fogo da criação da vida apenas para criar vida à sua forma. Com um sentindo deturpado do ser, ele busca criar apenas por criar, a fim de se igualar ao Criador, ou o anjo visto em chamas que este acreditava, que o garantiria êxito em sua empreitada.
Ao exacerbar certas características de seus personagens até o limite, Del Toro revela em Victor a própria personificação da vaidade e, na criatura interpretada por Elordi, a pureza de alguém que busca pertencimento e, acima de tudo, uma identidade. Ao colocar-se em posição comparável à de Deus, Frankenstein não apenas nega à Criatura o direito de ser quem é, como também lhe impõe responsabilidades que antes sequer existiam.
Ao temer o que havia criado, Frankenstein opta pela saída mais simples possível: tentar exterminar a “besta”.
Design de produção, atuações e mais
Se há algo que Guillermo del Toro sabe fazer com maestria, é criar mundos a partir do design de produção. Cada detalhe – das minúcias do cenário ao figurino -, coloca o longa no mesmo nível de A Colina Escarlate (2015). Sendo esta uma das adaptações mais fiéis ao espírito do gótico do material fonte.
Aqui, porém, Del Toro confere aos personagens paletas de cores próprias, que o ajudam a reforçar as identidades e tensões próprias. O filme, assim, flerta constantemente com o título do romance que o inspirou, evocando sua essência a cada ato.
Com brilhantes atuações, Jacob Elordi se destaca especialmente pelas minúcias que compõem seu personagem. Oscar Isaac impressiona e por vezes assusta pelas loucuras de Victor, Mia Goth encanta e se destaca mais uma vez como uma pseudo scream queen. Sendo o ponto de ternura no filme, a presença da Elizabeth (Goth) é o que faz a criatura ver que existe algo além da brutalidade com que era tratado pelo seu criador.
Evocando sempre aspectos muito mais íntimos dos personagens, o filme evidencia que muito deles cabe em qualquer indivíduo. Da ternura de Elizabeth e da criatura, até a loucura vivaz de Victor.
Mudanças narrativas, pontos de vista e veredito
Ao contar uma história atemporal, Guillermo del Toro nos lança sem hesitar em uma das adaptações mais fiéis do romance – ainda que apresente algumas discrepâncias. A ausência de Robert Walton e de outros membros da família Frankenstein torna o longa curioso, sobretudo pela forma como o diretor opta por reconfigurar a estrutura narrativa.
Ao acompanhar a trama exclusivamente pelos olhos de Victor e da Criatura, aproximamo-nos de um relato mais conciso e direto, que abandona o ponto de vista intermediário de um terceiro personagem para focar na essência do que esses protagonistas são e representam.
Ao deixar de lado elucubrações sobre acontecimentos incertos – filtrados, no livro, pela perspectiva de Walton -, o filme nos oferece uma linha narrativa mais clara. Sabemos, sem dúvidas, o que ocorreu e como a ambição de Victor moldou sua trajetória. Esse sentimento terrível se estende por todo o filme como uma sombra que assombra não apenas o cientista, mas todos os envolvidos, da Criatura a Elizabeth e o jovem William Frankenstein.
Frankenstein surge, assim, como uma das obras máximas de Guillermo del Toro. O longa evidencia que tudo o que o diretor construiu ao longo de sua carreira o conduziu até a magnificência deste projeto. Ao mesmo tempo em que se firma como uma das melhores adaptações do material original, o filme respeita profundamente as raízes góticas da narrativa e brilha de forma excepcional em seu design de produção.
Confira o trailer do filme:
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A série de jogos Anno é um clássico dos games do gênero estratégia explorando o passado, o futuro e oferecendo ótimos títulos para a sua comunidade como Anno 1404 um dos mais elogiados da franquia.
Seis anos após o seu último lançamento chega Anno 117: Pax Romana publicado pela Ubisoft e desenvolvido pela sua filial de Mainz responsável pela criação dos jogos da série Anno sendo lançado para Playstation 5, Xbox Series X/S e para computadores estando disponível nas lojas digitais Epic Games Store e Steam a partir do dia 13 de novembro.
A deste novo capítulo de Anno é ambientada o período considerado o auge do império romano, em 117 AEC, contando os caminhos tomados por Marcus ou Márcia que devem cuidar da cidade devastada de Juliana e expandindo o seu domínio por toda a região.
Anno 117 é um exemplo que me fez questionar o quanto o conceito de tempo se torna relativo enquanto estamos nos divertindo nessa jornada introspectiva que é jogar video game porque esse é um caso que se torna possível ficar por horas jogando e interagindo sem perceber quanto tempo se passou.
Neste novo título da Ubisoft Mainz temos a opção do modo campanha com os protagonistas e o sandbox que tem por objetivo ser uma experiência sem objetivos específicos podendo enfrentar outros inimigos podendo ser até outros jogadores. Nisso acho muito interessante como o jogo oferece algo que vai de uma jornada mais simples, deixando apenas aproveitar a narrativa que vai ser ofertada como também algo sem barreiras, exploratório e até competitivo.
Outro ponto que considero relevante é que a nossa interação com outros jogadores não se limita apenas a competir, mas trabalhar em equipe com a possibilidade de realizar ambos os modos em forma cooperativa.
A interface para o gerenciamento da cidade pode ser considerada até simples quando se trata de um jogo desse gênero, mas caso você fique confuso com alguma informação o tutorial está sempre próximo nos objetivos ou recebemos uma notificação de algo que foi deixado para trás. Esse tipo de apresentação é interessante para um jogador que esteja interessado em explorar algo novo e aqueles mais experientes podem ter mais controle sobre tudo o que está acontecendo durante o desenvolvimento da cidade.
Construir em Pax Romana é um processo muito divertido porque é necessário estar atento a cada detalhe como, por exemplo, para criar azeite precisamos saber o local onde o solo é mais fértil para a matéria prima, colocar a produção próximo do plantio, ter um armazém por perto e tudo isso conectado pelas estradas que criamos até o posto comercial.
Além disso temos que pensar onde vamos alocar os libertis, os moradores da cidade de Juliana que irão trabalhar nas construções, comprar os produtos dos mercados, vão ajudar na expansão da cidade e quanto melhor for suas acomodações mais versáteis se tornam para o desenvolvimento além da questão estética de deixar a cidade cada vez mais linda.
Mas não é apenas divertido construir e gerenciar nessa experiência de jogo com um combate que é muito dinâmico, serve como mais uma camada de jogabilidade por precisarmos gerenciar não apenas o nosso crescimento como comunidade mas também garantir formas de protegê-la além de ser uma boa adrenalina durante a jogatina.
A respeito do aspecto visual de Anno 117 é muito bonito e algo muito digno de se admirar pela forma como a desenvolvedora teve muito cuidado em recriar da forma mais próxima possível a ambientação de uma vila nesse período histórico. Elementos como a variação de luz que temos no passar do dia também são impressionantes nos conduzindo para uma passagem de tempo além de um design de personagens muito bonito com algumas cutscenes bem produzidas que vemos no modo de campanha.
O enredo do modo campanha de Pax Romana me surpreendeu porque em alguns pontos acontecem reviravoltas, mistérios, uma trama política em andamento que vai estar conectada com algumas decisões que iremos tomar e de acordo com a escolha do personagem um objetivo base que se tornam muito interessante de acompanhar.
Anno 117: Pax Romana é um excelente jogo de gerenciamento, construção aproveitando um período histórico muito conhecido para proporcionar uma experiência in game que vai ser muito divertida e com uma história muito interessante.
Confira o trailer do game:
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Eu cresci jogando muitos jogos no estilo Hack’n Slash e Beat’n Up, mas, na época, eu não conhecia a franquia Yakuza.
Penso que, com certeza, essa seria uma saga que eu ia amar acompanhar, como amei tantos outros jogos lançados na época de ouro do Playstation 2, e porque agora Yakuza se tornou uma das minhas obras favoritas de video-game.
Jogar Yakuza Kiwami 1 e 2 durante essas últimas semanas fez com que eu tivesse uma das minhas melhores experiências com jogos. Agradeço à Sega Brasil pelo envio da chave para poder finalmente jogar essas duas obras no Switch 2.
Ao mesmo tempo em que eu estava me divertindo em combates frenéticos, com combos divertidos, usando posturas diferentes de combate, ouvindo músicas incríveis para acompanhar esses momentos intensos de pura porradaria em um mundo 3D, eu também conheci personagens tão cativantes que a sensação foi como se eu os tivesse conhecido de verdade.
Durante todas as 27 horas em Kiwami 1 e por volta desse tempo em Kiwami 2, eu ri em muitos momentos com esses personagens, mas eu também chorei com perdas difíceis, com momentos emocionantes, e eu senti raiva como qualquer um sentiria ao presenciar traições doloridas e intrigas muito bem esquematizadas.
Yakuza Kiwami 1 e Yakuza Kiwami 2 são relançamentos que estão chegando para o Nintendo Switch 2 agora, no dia 13 de novembro de 2025, mas esses mesmos relançamentos chegarão para PC, Xbox Series e PS5 no dia 8 de dezembro desse mesmo ano.
Eles são remakes do Yakuza 1 e do Yakuza 2, lançados originalmente para Playstation 2 em 2005 e 2006, sendo Yakuza um título bem importante na época e que buscava se tornar um sucessor espiritual de Shenmue.
Essa franquia, de fato, ganhou muita notoriedade, surpreendeu diversas pessoas e ganhou muitos fãs pelo mundo. Ver esses clássicos repaginados com tanto carinho chega a ser uma surpresa muito boa.
Os jogos são excelentes títulos para quem gosta de porradaria clássica do PS2, porém com gráficos mais atuais, jogabilidade muito mais fluida e tudo no estilo beat’n’up e hack’n’slash.
Porém, são títulos que vão muito além de gráficos novos bem bonitos e combates intensos, já que Yakuza apresenta um mundo urbano em Tokyo muito bem desenvolvido, com personagens carismáticos, histórias densas que não se limitam apenas à principal, trilha sonora boa o suficiente para não sair mais da sua playlist e diversos mini-games com humor bem japonês e da época em que foram lançados.
E, pela primeira vez, a Sega trouxe novas localizações para esses jogos. Teremos o Português do Brasil oficialmente nas legendas e também será a primeira vez em que outros idiomas chegam para esses títulos, sendo eles: Francês, Alemão, Italiano, Espanhol, Espanhol da América Latina e Russo.
Acredito que toda localização deve ser comemorada, já que, dessa forma, a franquia pode chegar a mais pessoas e, como algum sábio algum dia disse: “Se eu não joguei esse jogo ainda, ele ainda é um jogo novo.” Brincadeiras à parte, Yakuza Kiwami 1 e Kiwami 2 são ótimos títulos para servirem como porta de entrada e, ainda mais agora que estão localizados, pois tenho certeza de que isso não só torna muito mais fácil a compreensão, mas também soma muito para a imersão.
Como essa é uma série com diversos jogos publicados, muitas pessoas ficam com receio de onde começar e, com essa adição nova aos remakes, eles se tornaram excelentes escolhas para serem os primeiros jogos de quem está querendo se aventurar em Yakuza, ou até excelentes opções para quem quer revisitar eles depois de muito tempo desde sua época no Playstation 2.
Você encontra eles na eshop por R$147,90 cada ou por R$261,90 em um conjunto. Confesso que achei os preços bem interessantes; já vimos, em um passado não tão distante, empresas cobrando por mais de R$300 em Remakes e Remasters, então esses preços são bem atrativos.
Porém, existe um ponto negativo. No caso do Yakuza Kiwami 1, que já foi lançado anteriormente para Switch 1, caso você tenha o jogo e gostaria de jogar no Nintendo Switch 2 com as melhoras de resolução, não existe um pacote de upgrade para ser adquirido à parte por um valor menor. Você precisa comprar novamente o jogo completo, e o interessante é que você pode carregar seu save da versão anterior nessa nova, dando a entender que poderia existir um pacote de melhorias para facilitar isso.
Então, se você já jogou esse jogo no Switch 1 e tem pleno domínio dos idiomas disponíveis nessa versão, comprar ele novamente pode ser não tão interessante assim, mas a compra do Yakuza Kiwami 2, nesse caso, é interessante, já que não tem ele para o Switch 1.
E o Yakuza Kiwami 2 é uma grande evolução do primeiro jogo; acrescenta dispersas melhorias de vida, um combate renovado e bem mais fluido, além de gráficos ainda mais surpreendentes.
Para quem não jogou nenhum e quer aumentar a biblioteca do seu Switch 2 com dois jogos excelentes, recomendo muito a compra do bundle.
O que te espera no Yakuza Kiwami 1
Yakuza Kiwami 1 moderniza o primeiro jogo e faz isso com uma maestria absurda. Os gráficos novos são um salto imenso se comparados aos gráficos originais. Aqui também temos adições ao jogo, como as lutas com o Majima, um personagem que é impossível você não se apegar, além de um combate bem mais fluido e melhorias de vida, que são ótimas pedidas para um jogo como esse.
Nas lutas, podemos trocar a postura de combate do Kiryu, o protagonista, a qualquer momento. Variamos entre os estilos Dragão de Dojima, Brigão, Fera e Acelerado. Recomendo testar todas, variar bastante e não esquecer de investir na árvore de habilidades do personagem, para que você vá fique mais forte, mais resistente, melhore os combos e as finalizações.
Passaremos o jogo todo em uma cidade, com estilo de mapa semiaberto, chamada de Kamurocho, uma cidade relativamente pequena – e faz sentido para a época em que foi planejado o jogo – mas eu também isso, pois estou cansada de mundos vazios e sem graça que temos visto na indústria de games. Aqui temos um tamanho ideal dentro do que o game visa entregar.
Com um mundo de tamanho honesto e bem desenvolvido, passaremos a campanha toda indo de um canto a outro, conhecendo os locais, as pessoas que os frequentam e não só para a quest principal, mas para as missões secundárias também. Devo dizer que tem, sim, missões meio repetitivas nas secundárias, mas não são todas; muitas delas têm histórias um pouco mais elaboradas e que apresentam mais sobre todo esse mundo criado para o jogo, trazendo mais imersão.
Sobre a sua história
Kazuma Kiryu está a ponto de assumir sua própria família, sendo o patriarca dela nesse mundo, mas todo esse destino planejado se quebra quando ele é preso por 10 anos por um crime que não cometeu. Kiryu cresceu em um orfanato com seu melhor amigo de infância, Akira Nishikiyama, o qual virou basicamente o seu irmão de consideração e Sawamura Yumi, a moça pela qual sempre foi apaixonado.
O patriarca atual do clã Dojima, Sohei Dojima, tenta se aproveitar de Yumi e Nishiki o mata, por isso, Kiryu chegando no local e presenciando o acontecido pede para Nishiki sair dali com Yumi.
Nishikiyama aceita relutante e então vemos toda a ótica do protagonista do momento em que foi preso e expulso da família que fazia parte. Ele descobre que Yumi sumiu e ao finalmente sair da cadeia percebe que seu irmão mudou muito, agora sendo uma pessoa totalmente diferente.
Kiryu acaba envolvido numa guerra entre clãs Yakuza que estão em busca dos 10 bilhões que foram roubados do clã Tojo.
Para onde foi esse dinheiro? Quem são os culpados? Quem está tramando contra Kiryu e seus aliados? Quem tentou matar Kazama? A partir daqui iremos investigar e descobrir tudo em meio a diversos momentos dignos de filmes com muitas sequências de ação da época.
O que você encontra em Yakuza Kiwami 2
Quase tudo sobre a jogabilidade se mantém aqui, porém com tudo melhorado. A jogabilidade tá muito melhor, bem mais responsiva e fluida; o que talvez você possa achar meio estranho ou difícil de controlar no primeiro jogo, no segundo jogo foi melhorado com certeza.
Não temos mais as posturas de combate neste jogo; agora o combate mistura todas as técnicas vistas anteriormente em um estilo só, mas ainda temos árvores de habilidades para podermos upar nosso personagem ao longo do tempo.
O jogo, em si, melhora todos os gráficos, mais do que já vimos na melhoria gráfica que o primeiro jogo recebeu. Porém, não só isso, já que também temos loadings mais rápidos; em alguns locais nem loadings tem mais, como, por exemplo, no primeiro você tinha um loading para cada vez que ia entrar em uma loja, e aqui não tem mais isso.
O mapa conta com visualização melhor, agora com uma ideia de relevo em 3D, parecendo uma maquete e dando profundidade; bem mais fácil de ler o mapa. E, dessa vez, poderemos explorar mais uma cidade, então, além de Kamurocho, teremos a Sotenbori. Igualmente no primeiro, mantenho que esses locais grandes semi-abertos são feitos na medida certa, funcionam muito bem e dão uma sensação de cidade viva em ambas. O jogo te deixa transitar entre elas usando táxi, que é uma espécie de viagem rápida para pontos específicos do mapa, uma mecânica que já existia no primeiro Kiwami.
Kiryu adquire experiência batalhando, mas também comendo nos restaurantes das cidades como era antes, porém de uma forma bem mais rápida e com loadings menores, além de um visual bem mais agradável nos “layouts” desenvolvidos.
Podemos usar itens; antes, você poderia ter um item por “slot” do inventário, mas, agora, se os itens são iguais, eles podem ocupar um mesmo espaço – ótimo para carregar bastante item de recuperação de vida e cólera (a nossa “mana” do jogo). As setas do controle, que antes trocavam de postura, agora servem para equiparmos armas mais facilmente. Temos uma variedade maior de armas e até de objetos no cenário para usarmos como armas.
Algumas das armas que aparecem em combate agora poderemos guardar para usar depois; basta ter um símbolo de “bolsa” em cima dessas armas para que saiba que pode guardá-las com você.
Então já deu para entender que o segundo jogo renova e melhora tudo relacionado à jogabilidade e gráficos que vimos no primeiro.
A única coisa que me deixou decepcionada com esse título é que ele tem algumas quedas de FPS, assim como tinha nas plataformas em que foi lançado anteriormente, mas aqui são um pouco menos constantes.
Isso não te impede de jogar, mas todos que estavam sonhando com uma performance totalmente corrigida por aqui talvez se decepcionem ao verem que ainda temos leves quedas de FPS. Diferente do Yakuza 0, que roda a 60 FPS, o Kiwami 2 parece rodar a 30 FPS.
Ambos os jogos ficam lindos jogando na tela portátil do Switch 2 – é o que me surpreendeu – mas também ficam lindos jogados no modo TV a 4K. Porém, infelizmente, algumas cinemáticas não tiveram upgrade de resolução; sendo assim, em algumas delas vemos cenários pixelizados, e isso fica bem mais evidente no modo TV.
Vamos falar da sua história
Evitarei spoilers do primeiro jogo, falando por cima para não prejudicar a experiência de quem ainda vai jogar o Kiwami 1.
Yakuza Kiwami 2 se passa cerca de um ano depois dos eventos do Kiwami 1. A família Tojo não conseguiu se reerguer e se reestruturar ainda, pois tudo que aconteceu no primeiro jogo foi muito intenso. Existe um conflito entre eles e o Dragão de Kansai, que busca justamente enterrar de vez o Clã Tojo, enquanto o Clã Tojo busca por uma forma de apaziguar e até estabelecer uma aliança para evitar uma futura guerra.
Um personagem importante e querido é morto, sendo o pilar para o que vem pela frente. Kiryu vai a Kamurocho na intenção de acertar contas, assumir erros e repensar decisões que tomou no passado.
Devemos, mais uma vez, descobrir uma forma de ter paz entre os clãs, buscar a reconstrução sólida do Clã Tojo, enquanto se mantém vivo diante de tantas dificuldades que virão.
A história do segundo jogo consegue ser igualmente boa e forte, mostrando o rumo e o tom que a série quer tomar com os demais jogos que seguem o protagonista Kiryu. Para quem tem curiosidade, Kiryu é protagonista dos jogos numerados do 0 até 6 na saga.
E temos um bônus bem interessante no Kiwami 2, onde veremos mais sobre o Goro Majima, personagem igualmente importante e carismático, que com certeza conquista o coração de muitos fãs. É difícil não gostar desse personagem, então provavelmente você vai querer jogar esse extra. Esse extra é bem curto, são apenas 3 capítulos, mas é bem interessante.
Inclusive, eu gostei tanto desses dois jogos que eu fui atrás de comprar o Yakuza 0 Director’s Cut para o Switch 2 e igualmente recomendo ele para quem gostar desses jogos e quiser saber o que acontece antes desses títulos. Mas, infelizmente, o 0 não possui legendas em PT-BR e o preço dele é maior, sendo R$249,90 na eshop; recomendo aguardar por uma boa promoção. Torço muito para que a Sega localize esse título e outros da franquia no futuro.
Conclusão
Vale a pena “descobrir” ou “redescobrir” Yakuza Kiwami 1 e 2 em 2025, sim. São excelentes títulos clássicos repaginados com visuais e combates modernos, com excelentes adições de novidades como extras, diálogos, localizações e afins que não vimos nas suas primeiras versões.
Você encontrará neles um mundo bem desenvolvido e personagens marcantes. Se gosta de histórias densas, estilo urbano de Tokyo, filmes de ação dos anos 2000 com temática de máfia, Yakuza, crime organizado e combate no estilo Beat ‘n’ Up ou Hack ‘n’ Slash, tem uma chance enorme de Yakuza ficar no seu coração também.
Tem, sim, pontos negativos, como mencionei no texto: algumas quedas de FPS no Kiwami 2, algumas cinemáticas ficarão pixeladas em resolução maior, ou a questão de não existir um pacote de upgrade para o Switch 2 para quem já tem a versão do Kiwami 1 no Switch 1, sendo necessário recomprar o jogo nesse caso. Nesse último caso, você pode optar pela compra apenas do segundo jogo.
Tudo que você viver no primeiro jogo será aprimorado no segundo jogo. São jogos relativamente curtos, então, para aqueles jogadores que têm pouco tempo disponível, ambos podem ser zerados por volta das 18h ou 20h de gameplay; você vai além caso queira buscar o 100% ou ao menos fazer um pouco mais do que a missão principal.
Eu não fiz 100% dos games, mas fiz mais do que a missão principal e achei que valeu a pena conhecer mais desse universo. Tem missões secundárias interessantes que fizeram valer a pena essas 27h–30h de game em cada um.
Confira o trailer do game:
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Star Wars Outlaws chegou ao Nintendo Switch 2 em 4 de setembro de 2025, sendo o primeiro título mundo aberto de Star Wars, focando em uma jornada com muita ação e aventura, mas com uma proposta que se distancia um pouco da saga dos Jedi e mostra mais do universo da saga pelos olhos de Kay Vess, uma ladra que está simplesmente tentando ganhar a vida.
Primeiramente, agradecemos à equipe Ubisoft Brasil pelo envio da chave, para podermos testar e contar para vocês como foi essa aventura no novo console híbrido da Nintendo.
Mídia Física ou Digital?
A edição de Nintendo Switch 2 é a versão Star Wars Outlaws Gold Edition. Isso já torna mais interessante a sua compra, já que vem com diversos conteúdos extras, como as missões com o famoso Jabba, cosméticos e mais. Ele foi anunciado oficialmente por R$ 299,00, ou seja, o valor de um jogo lançamento, mesmo sendo um relançamento. Porém, agora em setembro, já vimos promoções de 25% na loja da eShop, ficando por R$ 224,25, um preço um pouco melhor.
Sua mídia física é do tipo Game Key Card, então dentro da capa do jogo vem um cartucho, mas esse cartucho não possui o jogo completo: apenas uma chave de ativação, que pode ser reutilizada em qualquer conta. Muitas empresas defendem esse formato, pois assim elas têm a velocidade necessária para rodar certos jogos mais pesados, e o custo de produção física também é um pouco menor. Esse ainda é um assunto delicado entre colecionadores, mas há opção para quem gosta de ter o jogo na prateleira.
Sobre o Jogo
Kay Vess (Humberly González) e seu fiel companheiro Nix (Dee Bradley Baker) são os personagens que vamos controlar neste jogo, onde temos que lutar, roubar e usar muito a cabeça para abrir caminhos através dos sindicatos do crime da galáxia, tudo isso sendo os mais procurados em toda essa galáxia.
Star Wars Outlaws acerta ao mudar o cenário da série, mostrando outro lado da galáxia além dos conflitos Jedi. O jogo se passa entre os eventos de Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca e Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi.
A protagonista é uma ladra, com uma realidade mais pé no chão, porém ainda carregada de momentos dignos de filmes de ação. Temos detalhes interessantes, como ter seu próprio blaster que pode ser modificado, e um companheiro carismático que vai além de ser apenas um pet fofo. Nix pode ajudar na exploração e nas batalhas.
Em diversos momentos, solicitei ao Nix que pegasse um item distante, como créditos; que realizasse uma ação para que eu abrisse uma porta; ou que buscasse uma arma do cenário para que eu pudesse variar o uso do blaster. Também foi necessário distrair inimigos com sua fofura ou simplesmente atrapalhá-los no combate para que eu pudesse finalizá-los mais facilmente.
A jogabilidade de Star Wars Outlaws é divertida. Os personagens são cativantes. Apesar de o mundo ser aberto, ele não é imenso a ponto de sofrer daquele mal dos mundos abertos vazios. Ele não é um mundo aberto perfeito, mas é bonito, interessante de explorar, com algumas quests secundárias rasas e outras bem interessantes.
Muitas dessas quests nos apresentam um pouco mais da história do mundo de Star Wars que não veríamos apenas acompanhando os protagonistas Jedi. Podemos ver pelos olhos de um personagem mais humano. Outras quests são mais simples, claro, mas todas têm recompensas, e essas recompensas podem te ajudar a conseguir EXP ou itens necessários para melhorar ou modificar seu blaster. Também podem ajudar a subir no ranking de alguma das “gangues”, para conseguir livre acesso às suas áreas, outras tarefas e até itens melhores nos mercadores da região.
Para alguns de vocês, nada disso será novidade, já que Star Wars Outlaws foi lançado anteriormente para PC, Xbox Series e PS5. Porém, só agora chega ao Nintendo Switch 2. Então, além do que já sabemos sobre o jogo, ser divertido e ter seus prós e contras, vamos falar sobre como ele se comporta nesse console.
Desempenho no Nintendo Switch 2
É evidente que foi necessário um “milagre” para encaixar Star Wars Outlaws na forma do Switch 2. Não é à toa que o game roda a 30 FPS tanto no modo TV quanto no portátil, no modo TV, com resolução maior.
Ainda assim, acredito que o destaque é vê-lo sendo jogado no modo portátil. Esse modo impressiona: conseguimos jogar um game desse escopo diretamente nas palmas das nossas mãos.
Não há coisa melhor do que levar o Switch 2 numa viagem e continuar nossa gameplay durante ela; ou, no meu caso, chegar cansada após horas no transporte público, fazer o que precisa em casa e então ter 1h ou 2h para jogar antes de dormir. Em vez de ir direto para o PC, posso simplesmente tirar o Switch 2 da base e jogar do sofá ou da cama.
Porém, se você é um grande apreciador de gráficos realistas e perfeitos, vai notar detalhes que muitos outros players deixariam passar. O jogo tem cenários lindos e detalhados, mas tudo que é cabelo e pelo sofre para renderizar completamente. Muitas vezes, o cenário está incrível, mas o cabelo da Kay parece um borrão destoante.
Há momentos com sombras piscando, texturas carregando e pequenos serrilhados. Não acho que esses detalhes atrapalhem a gameplay, mas entendo quem é aficionado por gráficos. Aqui, eles são sacrificados pela portabilidade.
Nas minhas primeiras cinco horas, não tive problemas. Os 30 FPS estavam estáveis. Porém, conforme avancei, mesmo após atualizações, o jogo fechou abruptamente cerca de 3 ou 4 vezes, e tive entre 7 e 10 “mini congelamentos” de poucos segundos. Isso afeta a imersão. Espero que corrijam.
Ele tem bugs?
Sim, mas principalmente bugs visuais. Não tive bugs que impedissem progresso ou causassem perda de save (o que seria grave). Porém, já vi inimigo deslizando pelo chão, o que quebra o clima na hora e vira risada. Não presenciei bugs graves como NPCs presos em paredes ou objetos fora do lugar, mas é possível que aconteça.
Quanto dura a bateria do Switch 2?
A bateria do Nintendo Switch original era excelente, mas a do Switch 2 não tem a mesma duração, o que é compreensível pelo upgrade de hardware. Sabemos que a bateria do novo console pode durar entre 2h e 4h, dependendo do jogo. Esse é um jogo pesado demais para chegar às quatro horas.
Nas vezes em que joguei no portátil, o console aguentou entre 1h50 e 2h20. Para mim, está dentro do esperado. Para quem joga longas sessões, talvez seja interessante adquirir um powerbank.
Conclusão
Essa foi uma das minhas melhores experiências com o Switch 2. Me diverti muito. Jogar um game como esse no portátil faz toda a diferença. Mas será que vai ser tudo isso para você também? Star Wars Outlaws é um ótimo jogo do gênero. Vale a pena para fãs de Star Wars e para quem gosta desse estilo de jogo. Ele conta com legendas e dublagem em PT-BR, tudo feito com muito carinho.
Apesar de estar em preço cheio, já vemos promoções mais interessantes. O jogo tem progressão cruzada: você pode pegar seu save do PC e carregar no console, basta logar na sua conta Ubisoft. Sério: isso deveria existir em todo jogo.
Agora temos uma demo disponível, então você pode testar antes de comprar.
Eu gosto dos personagens, da história, da exploração, da nave, do speeder, das interações com NPCs e dos pequenos eventos do mundo. Porém, como todo jogo, tem seus pontos negativos: defeitos visuais, travamentos e congelamentos.
Se você pretende permanecer no ecossistema Nintendo e valoriza a portabilidade, esse jogo merece espaço na sua biblioteca. Se para você gráficos são prioridade, talvez outras plataformas façam mais sentido.
Star Wars Outlaws merece estar na sua coleção se você se identificou com tudo o que foi dito aqui.
Confira o trailer do game:
Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.
Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.