O seriado Você (You) ao longo dos sete anos que suas temporadas anteriores foram exibidas se tornou um sucesso entre os assinantes do serviço de streaming Netflix e agora em sua quinta temporada a história do assassino em série que sempre de uma forma ou outra foge pela tangente teve seu encerramento.
Com todos os seus dez episódios disponibilizados no seu lançamento ocorrido no último dia 24 de abril, o último ano de Você tem o retorno de Penn Badgley como Joe Goldberg, Charlote Ritchie (Kate), Elizabeth Lail (Beck), Shay Mitchell (Peach) e Tati Gabrielle (Marianne). As chegadas ficam por conta de Madeline Brewer como Bronte e Anna Camp interpretando Reagan e Maddie Lockwood irmãs de Kate.
A história da última temporada de Você conta sobre o retorno de Goldberg para Nova York, agora casado com Kate e ao lado de seu filho formando a família que tanto sonhou até que uma traição na família Lockwood é a justificativa ideal para o assassino em série voltar aos seus métodos, confrontando seus atos passados e surpresas que irão surgir.
Se tratando dos aspectos técnicos a qualidade de temporadas anteriores é mantida, o que significa que os temas que Você aborda conseguem nos levar como espectadores a refletir, comparar com a realidade e em diversos momentos até ficar assustado com a grande semelhança que alguns eventos da ficção poderiam ser simplesmente algo que você poderia encontrar passando por um feed de alguma rede social.
Os últimos episódios da série são bem interessantes por colocar o assassino em série assumindo de forma muito explícita o seu prazer em cometer assassinatos, uma parte muito necessária para que as outras camadas obscuras de Joe fossem exploradas de forma mais profunda à medida que o próprio não esconda mais a sua faceta monstruosa.
Seguindo o que já vem sendo trabalhado nas temporadas anteriores, uma intriga entre pessoas ricas se torna o ponto de partida para a narrativa. Desta vez, agora abordando o núcleo familiar dos Lockwood onde Kate trabalha uma imagem de uma pessoa mais nobre, porém opta por pedir ajuda a Joe no momento que percebe seu esforço ir abaixo com uma revelação dos seus crimes.
Todo o fluxo da história, mesmo que utilize outras perspectivas, irá nos levar para os eventos ocorridos na primeira temporada e isso se torna muito interessante porque de um certo modo nos mostra que o assassino precisa pagar pelos crimes e abusos que cometeu. De certo modo isso contraria o sentimento de impunidade que as temporadas anteriores passavam ao vermos Goldberg sempre escapando ileso dos seus atos cruéis o que torna o texto deste ano de encerramento muito mais interessante.
Mas não foi apenas os rumos da história que retornaram, mas temas que são muito importantes a serem discutidos como a masculinidade tóxica sempre representada pelo psicopata que é a figura central de Você, um abusador, manipulador que construiu a falsa imagem de um homem bom, o cavaleiro de armadura brilhante atendendo as demandas emocionais de suas vítimas depois monitorá-las de forma minuciosa através das redes sociais.
Este é outro assunto muito bem abordado ao longo de todas as temporadas, inclusive uma ficção que pode servir muito bem de alerta para esta, outras questões e sempre podemos refletir sobre eles através da ficção. Diferente dos anos anteriores quando Joe buscava um perfil mais ausente do mundo virtual para fugir dos seus crimes, acaba sendo exposto justamente para que pagasse por eles, mas descobre um terreno sem limites de mulheres que vão acreditar no seu controle de narrativa e homens misóginos que vão acreditar no seu discurso, defendê-lo e até caçar as suas acusadoras.
O último ano de Você é excelente, coroando uma série que sempre manteve uma qualidade linear ao longo de sua história. Entretanto, o desfecho talvez não agrade de forma unânime, mas considero que foi bastante satisfatório devido aos desdobramentos que ocorrem nos últimos episódios, algo que vai soar mais agridoce do que aparenta. Entretanto consegue entregar uma mensagem final muito forte em torno de sua proposta.
Nossa nota
4,5 / 5,0
Confira o trailer da série:
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O mais recente projeto do diretor Ryan Coogler (Pantera Negra) em parceria com Michael B. Jordan chegou aos cinemas no dia 17 de abril, rodeado de grandes expectativas entre as maiores produções do ano. Tendo um elenco recheado de nomes conhecidos como Wummi Wosaku, Delroy Lindo, Omar BensonMiller, Hailee Steinfeild e o próprio Jordan. Coggler além dirigir também assina o roteiro e o papel de um dos produtores do filme.
Ambientado no Mississipi em 1932, Pecadores (Sinners)conta a história dos irmãos gêmeos Smoke e Stack (Michael B. Jordan) que voltam a sua cidade natal em busca de reconstruir a vida e deixar para trás um passado de muitos traumas e medos. Na noite deste retorno um mal assombra a cidade colocando-os a confrontar uma lenda ameaçadora por trás deste ser que se esconde na escuridão.
Seria impossível não começar a falar desse filme se não pela sua direção que consegue através da utilização de uma linda simbologia a força da cultura negra em toda a sua narrativa e como isso acaba nos enfeitiçando ao longo de suas duas horas e dezessete minutos de um longa que com certeza vai elevar o status de Coogler a um dos mais renomados de sua época.
A utilização do subtexto vai te impulsionar a interpretação, o que se torna um exercício muito divertido seja através da música, dança, os excelentes diálogos construídos e podemos imaginar uma pluralidade de referências que podem ir de Raiz Amarga de David F. Walker às Crônicas Vampirescas de Anne Rice. Em Pecadores mundos colidem, dialogam e se complementam em uma excelente sinergia.
Falando nisso, até na perspectiva de uma pessoa negra, como existe um encaixe tão perfeito entre a nossa cultura e interpretação do místico com universo sobrenatural representado pela figura do vampiro. A percepção de que algo está errado apenas em uma mudança no olhar de um conhecido e a resposta imediata de quem quer que esteja falando por ele não se considere bem vindo no exato instante é um elemento inato, ancestral e se torna o ponto de partida para o conflito que se desdobra ao longo da noite.
O filme não fica apenas em um diálogo com o abstrato, utilizando-se do recorte histórico de uma época pós escravidão, transbordando em ódio contra negros por parte dos grupos de supremacistas brancos, (não que eles não existam mais por aí só pararam de esconder o rosto) para revelar sobre os outros vilões da história que podemos considerar muito mais perigosos do que vampiros.
Ainda sobre isso existe uma metáfora sobre escravidão implícita na relação entre o vampiro que inicia a onda de transformação e seus subjugados, representado na forma como ele se utiliza de seus conhecimento e memórias mas não revela nada de si.
Elementos de cena como fotografia, trilha sonora e figurino são excelentes para retratar não apenas a época onde se passa a narrativa, mas para inserir pequenas referências que são muito interessantes. Se tratando dos efeitos são a cobertura que define esta produção como um filme de terror com direito a uma boa quantidade de sangue jorrando na tela e a caracterização mais monstruosa por parte dos vampiros.
A conclusão de Pecadores chama atenção pelo desfecho dado aos gêmeos e o músico em aprendizado Sammie e pode ser interpretado como algo positivo por um lado, mas negativo por outro além de uma cena excelente ao melhor estilo Bastardos Inglórios tornando a experiência final muito satisfatória.
Apesar de ainda não termos chegado ao final do primeiro semestre acredito que Pecadores será um dos melhores filmes deste ano, uma produção de terror sobrenatural que não apenas corresponde às expectativas como as supera em diversos níveis.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Confira o trailer do filme:
Pecadores está nos cinemas de todo o Brasil.
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Algumas das franquias de survival horror mais icônicas dos anos 2000 passaram abaixo do meu radar. Sendo assim, fiquei de fora destas por tempo demais. Talvez por ter preferido mergulhar em games mais casuais de aventura na época do Xbox 360. Mas quase 18 anos depois, o game original de Dead Space colocou uma pulga atrás da minha orelha enquanto escolhia sobre o que eu ia jogar para escrever para este Jogo Véio. Enquanto “zapeava” o Game Pass, decidi dar uma chance a este título. Não apenas pelo brilhante texto escrito pelo Ricken – do remake do game – mas também por nunca ter mergulhado nesta história.
Enquanto jogamos lançamentos, precisamos sempre encontrar um tempo a fim de trazer estes textos pontuais toda sexta-feira. Mas chega de divagação e vamos aos eu interessa, Dead Space.
Ambientado no ano 2508, somos colocados no controle Isaac Clarke, um engenheiro que após sua nave fazer um pouso de emergência na USG Ishimura, vê a sua vida e de seus parceiros tripulantes mudar para sempre. A nave possui um tamanho absurdo, pois foi produzida para possuir a habilidade de minerar planetas inteiros.
Nesta realidade distópica, enquanto a humanidade parece ter exaurido os recursos da Terra, ela partiu para fazer o mesmo com outros planetas, por vezes, destruindo-os por completo.
A Ishimura, Clarke e ameaças
Em um primeiro momento, Clarke e sua equipe estão ali na Ishimura para um simples reparo na antena de comunicação. A nave que possui uma escala absurda, e tem suporte para uma enorme colônia humana viver tranquilamente no espaço por longos períodos – essa colônia operaria a nave. É dito que a Ishimura salvou a humanidade em momentos de dificuldade, levando o necessário para seu planeta natal após um longo período de escassez.
“Ah, mas por que diabos alguém se lançaria para milhares de anos luz para consertar uma nave?”
Isaac Clarke parte para a Ishimura pois sua esposa fazia parte do corpo médico da nave e ele já tinha contato com ela há algum tempo. A fim de garantir sua segurança ele parte em direção ao desconhecido, para encontrá-la e descobrir no que ela trabalhava.
Logo nos primeiros minutos na Ishimura, Clarke e sua tripulação são confrontados por necromorfos, criaturas transformadas a partir dos corpos da tripulação da nave mineradora. Após serem separados, os três sobreviventes da nave que abordou a Ishimura, decidem que a melhor coisa a fazer é reparar a nave mineradora a fim de partir dali. Mas não sem antes encontrar Nicole.
Enfrentando inimigos menores, de médio e grande porte, Dead Space exige de nós estratégia e tentativa, bem como um bom gerenciamento de recursos – pois por mais que uma loja apareça ocasionalmente, munições são limitadas.
Com uma angústia bem característica do game – coisa que não senti nem mesmo em Callisto Protocol -, ouso dizer que o começo desta jornada é mais do que desafiadora, é desoladora. Quando o game nos tira toda a esperança, é onde precisamos avançar. Sendo assim, a jornada de Isaac se mostra desafiadora emocionalmente e fisicamente falando.
Quarentena, adversidades e dificuldade
Um dos elementos que tornam a jornada mais rica é como descobrimos detalhes desta história. Ou pelo menos uma história pregressa à nossa chegada ali. O planeta que era minerado, era Aegis 7, planeta esse que havia sido colocado em quarentena séculos antes do momento em que nossa história é ambientada.
Após um artefato ser retirado do planeta, a tripulação muda para sempre. Com tendências homicidas, violentas e histéricas, parte da tripulação da Ishimura foi levada rapidamente à loucura. Quando a situação foi contornada, a mineração do planeta prosseguiu.
Quando uma criatura alienígena ameaça os mineradores, infectando-os. Misturando ficção-científica com uma religião “futurista,” somos lançados pelos percalços dos estragos que uma crença cega pode causar não apenas à alguns indivíduos, mas como toda a humanidade.
Com uma enorme variedade de inimigos, precisamos avançar realizando melhorias não apenas em nossas armas, como na armadura. E o uso do DRI torna nossa progressão mais fácil, pois graças a ela nos garante uma maior resistência aos golpes inimigos.’
Mente coletiva e veredito
Ao descobrir elementos por trás de todos os acontecimentos do game, somos tomados por tramas que giram em torno da ganância e da ambição de muitos. À parte da clara violência que é necessária para sobreviver aqui, enfrentamos terríveis hordas de inimigos monstruosos e do característico egoísmo humano. A Mente Coletiva é um poderoso inimigo e ela é responsável pelo que enfrentamos ao longo do game. Não só pela história, mas pelo elemento que a dá poder, a liberta da sua prisão centenária.
Dead Space possui um lugar importante na minha jornada de games survival horror, e assim como finalizei seu sucesso espiritual Callisto Protocol, tenho como intuito finalizar os outros dois games da franquia Dead Space.
Avançar por essa história vai além de uma questão de sobreviver, mas também causa nos jogadores aquela coceira de descobrir o que está acontecendo, o que está por trás de tudo isso.
Divertido, humano e gore, somos levados até as últimas consequências do esforço físico e mental a fim de descobrir o que tem causado tudo aquilo – principalmente físico quando tratamos da fragilidade humana causada pelo Red Marker e tudo que envolve os acontecimentos de Aegis 7.
Dead Space se encaixa hoje na categoria de games singulares capazes de causar tensão, ojeriza e ao mesmo tempo, vontade de avançar por sua história sem olhar para trás.
A franquia Dead Space está disponível para ser jogada no Xbox Game Pass.
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Xenoblade Chronicles X chegou ao Wii U em 29 de Abril de 2015, porém 10 anos depois, especificamente em 20 de março de 2025 chegou a versão Definitive Edition para Nintendo Switch com diversas melhorias e adições, sendo uma excelente surpresa para o “final da vida” do Switch 1.
Com esse título na biblioteca do hibrido da Nintendo, temos um excelente JRPG da Monolith Soft que não está mais preso ao Wii U, console anterior e que teve diversas criticas durante o seu tempo de vida. Inclusive, agradecemos a Nintendo e a Monolith Soft pelo envio de uma key do jogo para que eu pudesse realizar esse conteúdo.
Xenoblade Chronicles X Denifitive Edition surpreendeu já no seu trailer de anuncio, onde podemos ver as melhorias gráficas aplicadas ao game, porém não se enganem, essa versão não é apenas mais um remaster sem nada de novo e que da uma leve tapeada nos visuais.
Esse é o título mais diferente da franquia base, já que nos Chronicles 1, 2 e 3 a temática é mais voltada a fantasia e aqui é mais sci-fi, então já posso te contar que você não precisa jogar os outros para jogar o X. Ou seja, você pode começar por esse sem peso nenhum na consciência. Aliás, esse é o meu primeiro contato com a franquia, já que eu nunca tive um Wii U e nem conheci amigos ao longo da vida que tivessem um para me emprestar.
Eu sempre gostei de JRPG’s e já tem tempo que gostaria de testar algum game da franquia, porém escolher o X para começar foi uma excelente decisão ao meu ver, já que ele é um título só, bom, até o momento, né?! – Vai que algum dia a Monolith Soft decide trazer novidades, eu sinceramente adoraria – Quis tirar as dúvidas do caminho antes de prosseguir, já que a experiência passada aqui nesse texto será inteiramente da minha visão de primeira viagem com Xenoblade, sendo um título que agora está no meu coração.
História: O que aconteceu com a Terra em Xenoblade Chronicles X DE?
Assim que você começar o jogo, será apresentado ao background da história toda de Xenoblade Chronicles X Definitive Edition, pois precisamos dela para dar contexto a tudo que vem depois que assumimos o controle.
Duas raças alienígenas com tecnologias extremamente mais avançadas do que as da Terra iniciam uma guerra bem em cima do nosso planeta Natal. Os humanos entendendo que não seria possível evitar esse conflito e salvar o planeta de sua destruição, apenas decidem partir com o máximo de pessoas possível em busca de outro planeta habitável. No processo, muitas naves são destruídas, mas a nossa nave chamada de White Whale (Baleia Branca) consegue escapar e a partir daí – ficamos na história – à procura de um planeta novo por dois anos.
Nesse meio tempo, uma das raças que começou toda aquela guerra, encontra a nossa nave e decide simplesmente, destrui-la. Então, um herói se sacrifica para salvar todos os humanos, e ainda assim, temos que fazer um pouso forçado no planeta Mira, que felizmente é um planeta habitável. Mira é um planeta vasto e tem sua propria fauna e flora.
Nossa nave sofreu muito dano e foi se despedaçando ao entrar no planeta, mas conseguiu pousar a parte principal dela, uma cidade gigantesca com diversos humanos e que pode ser o futuro da humanidade. Essa cidade, inspirada em Los Angeles se chama New Los Angeles, ou NLA e New LA como ouviremos ao longo da história.
Nosso personagem estava em uma lifepod da nave, como uma espécie de câmera de criogenia, daí em diante, poderemos criar um personagem próprio, dar um nome e mexer em sua aparência. Isso é legal, mas tem sempre um ponto positivo e outro negativo. O positivo é a personalização e o negativo é a falta de personalidade que nosso personagem tem, sendo mais aquele protagonista silencioso e que às vezes podemos responder algumas perguntas.
Chegando nessa parte, o game lembra apenas um pouquinho de Mass Effect, mas a grandiosidade de Xenoblade quanto ao mundo é com certeza muito maior do que em Mass Effect. No quesito “interação com os personagens” e “seleção de diálogos”, aí o Xenoblade X DE é mais tímido, e às vezes, poderemos escolher entre duas opções, sendo elas sempre na ideia de aprovar ou desaprovar o que está acontecendo em determinada situação.
Apesar de ter usado Mass Effect apenas como um exemplo, não quero que pensem que os jogos são iguais e que se você gosta de um, obrigatoriamente vai gostar do outro. Não é bem assim, mas se você curte esse estilo de RPG Sci-fi do game da BioWare, por que não experimentar Xenoblade X DE como eu?
Bom, após a criação de personagem, a coronel Elma irá nos ensinar um pouco sobre o mundo e os atuais acontecimentos, já que nós não nos lembramos de nada e inclusive ela cita que fomos sortudos, por que fomos a única pessoa que conseguiu encontrar com vida nos lifepods que aterrissaram forçadamente após a nave ir se desfazendo durante o pouso forçado. Neste prólogo, também conheceremos mais da cidade de NLA e como o sistema todo está funcionando. Seremos apresentados aos BLADEs, uma organização militar que está em função de proteger o futuro da humanidade, sendo essa a organização que faremos parte.
A partir daqui, deixo para você pegar na mão de Xenoblade Chronicles X Definitive Edition e conhecer mais e mais da história por si só, que é muito boa e cativante. Para algumas pessoas ela não é a melhor e nem o melhor que a franquia tem a oferecer em si, mas com certeza é divertida, bem trabalhada e faz jus a toda a temática que aborda. Trazendo mais pra frente temas mais difíceis de lidar como conflitos entre raças, dramas políticos e a busca pela sobrevivência da nossa raça.
Como Xenoblade Chronicles X Definitive Edition se Renova o título para a atualidade
Xenoblade Chronicles X Definitive Edition tem visão em terceira pessoa, com a câmera no ombro do personagem, mas você pode utilizar o botão L e o analógico R para poder alterar a distância da câmera ao seu gosto. As primeiras referências que vêm em minha mente e acredito que na de muitos de vocês quanto a jogabilidade desse game é um mistura de MMORPG e talvez um pouco de Mass Effect, mas calma, não é igualzinho, é apenas uma referência base que faz lembrar.
Apesar de lembrar um MMORPG, você não precisa de mais pessoas online para que você jogue ele, você pode jogar totalmente offline, além de poder conectar para algumas sessões com amigos e fazerem algum boss em conjunto, no estilo “raid” – para quem não está familiarizado com o termo, é como unir alguns colegas para derrotar um chefe e ao acabar esse objetivo, todo mundo voltar para o seu mundo, sendo que isso não é obrigatório -. Você pode utilizar até mesmo os companheiros NPC do game para realizar essas tarefas, se você quiser, algumas vezes é até interessante, para garantir uma EXP extra ou uma graninha extra, já vou até desenvolver melhor sobre isso mais a frente quanto a minha experiência.
No jogo, poderemos nos mover para todos os lados, mexer a câmera, pular e interagir com personagens e criaturas. Ao iniciar uma batalha, teremos diversas HUD’s na tela, o que pode assustar de princípio – mas o jogo te explica tudo que precisa saber e até mesmo ao longo do tempo -, já que conforme você progride, apareceram novas janelas de tutorial para explicar alguma mecânica.
Aqui é onde mais precisava de uma melhoria, temos sim uma HUD muito melhor do que a anterior, já era algo muito pedido pelos fãs, mas ainda sim, tem o estilo de um jogo de sua época. E como o combate é bem completo e desafiador, faz sentido haver tantas informações e coisas para se testar ao longo da jogatina – não falo isso para afastar os novos fãs que ficam com receio dos textos dos tutoriais, mas sim para avisar.
Se você gosta de um combate mais elaborado, bem variado, desafiador e que tem um pézinho lá nos MMORPG’s que te marcaram, porém, assim como eu, você não tem mais tempo para acompanhar um MMORPG com diversas pessoas online que precisam ter o mesmo tempo e dedicação disponível – além de que tem que ter tempo de acompanhar diversos eventos, atualizações e expansões novas para continuar adquirindo todas as vezes é -, nesse caso, Xenoblade Chronicles X DE pode te surpreender, como me surpreendeu positivamente também.
Eu confesso que em seus primeiros momentos não entendi todas as mecânicas disponíveis, mas nada nele me impediu de avançar e ir conhecendo o jogo até testar tudo que eu pudesse. Inclusive, o jogo se renova nisso. Por exemplo, pelo trailer podemos ver os Skells, que aqui no caso são os Mechas que existem nesse jogo.
Você não começa já podendo utilizar eles, mas logo serão acessíveis. Então, o jogo vai te introduzindo a novidades com a passagem da sua jogatina, e o motivo disso é evitar que tudo seja simplesmente jogado em você desde o começo, fazendo com que tudo seja muita coisa para absorver e claro, retiraria também o fator de novidades da gameplay com o tempo. Então nisso, o jogo acerta e acerta bastante.
Na HUD de combate temos as informações de nosso personagem, como HP e também o TP (Tension Point), nesse jogo aqui o TP é um número que vai carregando com nossos auto ataques e podemos utilizar 1000 dele para usar habilidades que tenham escrito TP em cima. Além disso, nas armas tem a informação de quanto elas carregam de TP por cada ataque, também podemos utilizar habilidades que podem melhorar a quantidade de TP adquirida após a ativarmos.
As habilidades ficam na parte de baixo da HUD, onde o meio é onde carregamos o modo Overdrive – que é como se fosse a nossa ultimate -, onde nosso personagem carrega as habilidades mais rapidez, enche mais TP, inflige mais dano e afins. Já nas laterais, teremos as habilidades para ativarmos e que ao fazermos isso, elas entram em tempo de recarga, igual um MMORPG, o que te forçará a esperar para usá-las novamente.
E se elas encherem até o máximo, é possível fazer com que carreguem uma segunda vez, fazendo com que ao ser ativada dessa forma, ela seja usada com status melhores. Para carregar essa segunda barrinha amarela em volta das habilidades, você precisa usar a arma que ela usa. Por exemplo, se é um habilidade com arma de fogo, no caso arma a distância, é só utilizar esse tipo de arma, mas se for uma habilidade de ataque corpo a corpo, é só trocar apertando X no controle do Switch.
No começo talvez você ative suas habilidades aleatoriamente, mas se conferir em baixo dessa barra de habilidades tem outras duas barrinhas e também a descrição das suas habilidades, também tem um menu fora de combate para você ver descrições de tudo que você tem disponível, como as habilidades, armas, armaduras, etc. E as outras duas barrinhas, uma delas é para ativar uma habilidade que está em tempo de recarga e a outra é a medida que a moral do seu time sobe, esse eu já explico mais para a frente, mas porque você iria querer soltar uma habilidade antes de tempo de recarga terminar se os status dela serão menores?
É que as habilidades podem combar, então tem habilidades que servem para derrubar um inimigo, outras que dão mais dano, podem dar mais dano em inimigos derrubados, podem dar dano para derrubar se você estiver posicionado atrás dele, ou ao lado dele e demais efeitos legais que você pode encaixar na sua build, além disso, você tem um sistema de classes, que você pode ir trocando ao subir para o Rank 10 com essa classe escolhida, a cada nova classe, você recebe mais habilidades diferentes, também podendo alterar se quiser algum dia ir para outro estilo de classe, cansou das pistolas duplas e facas duplas? que tal tentar espadas longas equipadas nas duas mãos? talvez um escudo grande? você quem manda!
Durante a batalha, seus aliados podem pedir por um tipo de habilidade e, para facilitar a identificação, o balão de diálogo na tela é da mesma cor do tipo da habilidade. Por exemplo, habilidades corpo a corpo têm a cor laranja. Se um aliado pedir uma habilidade com essa cor no balão, você pode ativá-la no momento certo. Haverá um pequeno slow motion para indicar que você ativou no tempo correto, e um quick-time event acontecerá para que você aperte o botão B no momento exato. Se errar, aparecerá “Failed”; mas, se acertar, pode ser “Good” ou “Perfect”, e tanto você quanto seu aliado ganharão buffs e HP.
Isso deixa as lutas bem dinâmicas e contribui com a barrinha à esquerda da barra de habilidades, adicionando mais moral para o seu time caso você acerte esses eventos. Recomendo muito acertá-los, pois recuperar HP ajuda bastante — e manter a moral do time alta pode liberar habilidades que melhoram status quando a moral estiver cheia. Isso também ajuda contra o inimigo que você estiver enfrentando, principalmente chefes. A ideia aqui é como se você pudesse “amedrontar” o chefe, falando de forma simplificada.
E falando neles: no topo da HUD, você verá seu nome e seu HP. Se, ao lado do nome, houver adornos e também um título acompanhando-o, então esse chefe é um Tyrant, similar ao sistema de MVP que existia nos MMORPGs.
Quando você segura o botão R + botão Y/A pode trocar a mira de local no inimigo, você pode alterar entre partes do seu corpo, por exemplo, um inimgo ataca com uma calda longa? foque nela para destruir antes e impedir que ele continue usando, ou até se um inimigo tem uma bexiga de acido, por que não focar nela antes? isso também vai alterar os drops que eles te dão, então fique de olho nisso para cumprir alguns requisitos de missões especificas e até para caso você precise desses drops específicos para criar algum equipamento ou dar upgrade no seu equipamento. Sim, você tem a opção de melhorar ainda mais seus equipamento, criar eles e até mesmo investir nas empresas que fabricam equipamentos para irem abastecendo a loja com itens melhores.
Melhorar seu personagem não faz diferença apenas na batalha e nos números subindo, mas também podemos ver todos os equipamentos quando selecionamos novos itens, eles serão visíveis e você pode até utilizar um sistema de “transmog”, termo para os que estão familiarizados com World of Warcraft, mas também podendo ser chamados de “skins”. Nessa aba, aqui chamada de “Fashion Gear”, você pode personalizar a aparência do seu equipamento, mas podendo manter aquele equipamento com status melhores no seu personagem, dessa forma você une o útil ao agradável e você pode fazer isso sem ter que obrigatoriamente ter o equipamento que servira como skin no inventário.
É, pessoal o sistema de batalha de Xenoblade X é bem completinho e tem muito mais além disso para vocês descobrirem ao jogarem, aqui fica apenas o começo para você já ir jogando com isso em mente, mas o jogo te apresentará todas as mecânicas em quanto você joga.
Explorando a vastidão do planeta Mira
Mira é um planeta vivo, que está lá existindo apesar do seu progresso como personagem, então você poderá estar andando por ai no seu maravilhoso level 15 e se deparar com um belo inimigo no level 95.
Nessa hora, acho melhor dar uma olhada ao redor e ver se tem como passar sem ser visto ou ouvido. Mas é necessário identificar isso também — do lado direito do nome dos inimigos, você consegue ver se há ou não algum ícone. Sem ícone significa que você pode passar tranquilamente, é só não mexer com ele que está tudo certo.
Mas, se houver um ícone de olho e ele te ver, ele vai te atacar. O mesmo vale para o ícone de som: se ele te ouvir, ele também atacará. Alguns inimigos podem ter ambos os ícones.
Essa questão de distinguir o comportamento dos inimigos, na minha opinião, não é um contra, e sim um pró. Porém, para algumas pessoas, querer passar por um local e não conseguir por causa de uma criatura forte — e ainda precisar dar uma voltinha a mais — pode ser frustrante. Particularmente, achei bem ok.
Recomendo que você vá abrindo o mapa conforme explora, você aprenderá isso nos primeiros minutos de jogo, onde deve instalar sondas em determinados locais para que você possa abrir o mapa e também ter esse ponto como uma viagem rápida, facilitando muito a exploração no começo do jogo que é totalmente feita a pé e só mais para a frente teremos acesso aos skells. Você também pode abrir o mapa e visualizar que ele é tem áreas divididas em hexágonos, clicando R3 em cima de algum deles vai seleciona-lo em azul e isso será mostrado em seu mini-mapa, dessa forma vai ser mais tranquilo de saber se você chegou a área demarcada para explorar ela e procurar pelo local de instalação das sondas.
Uma nova adição bem vinda nesse jogo é a possibilidade de selecionarmos uma missão, apertarmos o botão R + o botão X para podermos ver uma linha vermelha fazendo um rastro em direção a missão que queremos realizar, dessa forma, a exploração fica muito mais dinâmica e você se sentira muito menos perdido e principalmente se já tiver rodado bastante uma determinada área sem conseguir chegar a missão que você estava procurando.
Fazer missões faz parte da exploração desse jogo, porém existem as missões secundárias que estamos mais acostumados nesse estilo de jogo, como falar com NPCs, caçar um número x de criaturas etc. mas aqui temos as missões de afinidade, essas missões aprofundam o seu relacionamento com os personagens que você pode conhecer no game e utilizar eles em batalhas, alias, nessa versão você pode trocar a sua equipe bem mais rapidamente, é só abrir o menu e ir em Active Members, trocando qualquer personagem a qualquer hora.
Com seus personagens na Party, você pode subir o nível de afinidade com eles, então se você quiser fazer 100%, você precisará ir trocando os seus companheiros eventualmente, com esse nível de afinidade subindo, você pode fazer suas missões, conhecer histórias mais trabalhadas focadas neles e também pode ter acesso a diálogos exclusivos, que acrescentam nas suas histórias, eventualmente no seu mapa vai aparecer um coração, esse coração é a localização de um diálogo desses, ao clicar neles você consegue ver de quem é aquele diálogo que está aparecendo a localização.
Para a missão de afinidade você pode precisar estar com ele na party ou fora da party, na descrição da missão informará isso, mas nesses diálogos extras eles não devem estar na sua party, acredito que para dar uma sensação maior de imersão, já que é como se eles tivessem lá naquele local e você passasse para encontra-los.
E aqui vai uma curiosidade bacana, a empresa de Xenoblade, de todos os títulos, ajudou no desenvolvimento nos títulos de Zelda BOTW e TOTK e por isso explorando Mira você vai perceber tantas familiaridades e referências, um dos personagens que você vai conhecer no começo da trama e muito divertido é o Tatsu, que lembra bastante um Korok. Aposto que você não sabia dessa, mas é, Monolith Soft não brinca quando falamos de títulos de peso em seu curriculo.
A principal surpresa da Monolith Soft para a Definitive Edition
Na sua versão inicial o Xenoblade X teve um final meio em aberto e sobreviveu todos esses dez anos com as terias dos fãs. Na versão definitiva Monolith Soft tras um arco novo que você pode jogar após completar os eventos da jornada principal e finalmente concluir esse arco o mais completo possível. Não é possível que você inicie diretamente desse momento, caso você já tenha jogado no WiiU e queira ir direto para o pós, aqui será necessário recomeçar em um novo jogo.
E recomendo que joguem esse extra, pois vale a pena e não comentarei sobre a história aqui, já que ela começa após o final dos eventos base de Xenoblade X DE, pois dessa forma daria diversos spoilers, mas acreditem em mim, a desenvolvedora acertou em trazer esse capitulo extra para completar o título e finalmente acalmar o coração dos fãs.
Existem contras?
Até agora te contei diversas coisas que amei no jogo e parte delas também foi minha experiência, usando as referências que possuo para tentar explicar e te deixar bem próximo de entender melhor essa obra de JRPG maravilhosa, mas eu também gostaria de acrescentar alguns pontos da minha experiência que não foram tão incríveis assim.
Bem no começo da história, para continuar para o próximo capítulo, sendo ele o 3, eu deveria estar no nível 15 e ter realizado um terminada missão, na descrição tinha o nome da personagem e mais ou menos onde encontra-la, ok, fui em busca da personagem e fiz a missão, mas eu continuava no nível 13, sendo obrigatório farmar, buscar uma missão secundária ou algo assim para dai poder progredir, isso é um pouco frustante, pois não acho terrível farmar, mas farmar por muito tempo pode ser cansativo, nesse caso, eu achei demorado só ir matar criaturas aleatórias.
Então aqui vai minha dica: pegue missões secundárias para fazer, inclusive as missões do Network Console, que fica no BLADE Barracks — esse é o local que você mais vai visitar no jogo. Você pode até personalizá-lo!
Voltando às missões: nesse console, você pode pegar aquelas que dão mais XP. Eu mesma fiz isso por uns 20 minutos, escolhendo uma missão que dava cerca de 700 de XP por vez. Era só ativar, matar o monstro principal do cenário e repetir. Fiz isso por um tempinho e depois retornei para continuar a missão principal.
Não achei necessário ficar farmando sem parar para fazer a missão principal estando, por exemplo, no nível 50, quando ela pede apenas nível 15. Até recomendo que você farme até um nível considerável, mas só o suficiente para as missões — senão, você vai acabar passando mais tempo farmando até o nível 50 (ou mais), ficando cansado da repetição do jogo e quase sem encontrar desafios pelo caminho.
O legal das missões secundárias que você pega de outros locais, como com outros NPCs espalhados pelo mundo, é que tem variedades de cenários para você explorar e visitar no mundo, Mira é bem lindo e muito bem feito, mas a questão de missões secundárias é complicada, algumas eu acho bem divertidas e diferentes, outras eu só achei mais do mesmo e queria acabar logo, em alguns momentos eu gosto de fazer elas ouvindo uma música ou vendo um vídeo, em outros momentos eu gosto de estar mais imersa no jogo ouvindo suas músicas, que sinceramente são belíssimas, mas vai de cada pessoa, viu?
Um outro ponto que fez eu me perder um pouquinho no começo foi o uso do mapa, ou melhor, do Frontier Nav, no mapa você poderá alternar entre 3 abas, sendo elas: Mapa, Segmentos e Frontier Nav, essa última usaremos para instalar tipos diferentes de sondas, como de mineração, de armazenamento e etc, quanto mais iguasi você instalar na mesma linha melhor efeitos elas terão.
Então, sendo assim, peguei uma missão secundária, porém sendo uma missão de uma personagem, as missões de afinidade com algum personagem são mais elaboradas, pois você vai conhecer melhor cada um deles, ao final tem sempre uma recompensa de habilidade e você precisa estar em certo nível de afinidade com ele para aceitar algumas das quests, mas tome cuidado ao aceitar essas quests, se você fizer isso, você tem que terminar ela antes de aceitar outra missão de afinidade ou seguir com a missão principal do jogo.
Voltando a missão, eu fiz quase tudo que foi pedido como coletar certos itens, pegar certos drops matando algumas criaturas e faltou um minério especifico, quando eu selecionava e missão e pedia para ela apontar onde estava no mapa, o marcador ia para meu personagem, pois não tinha local no mapa para ir até lá, era necessário instalar uma sonda de mineração nas sondas que habilitei no mapa e esperar algumas horas para ela farmar esse minério especifico.
Eu sei, você que já jogou antes já sabe disso, mas se você é um jogador de primeira viagem como eu, não ignora o mapa não. Eu precisava de “white cometities” e instalei as de mineração nos FN Site 115 e 118 que informavam em sua descrição que poderiam tirar esses minérios, veja bem que esse drop é aleatório e você pode ir fazer outras coisas em quanto espera, fui fazer algumas missões e depois deixei o jogo aberto em quanto editava, quando voltei as pedrinhas que eu precisava finalmente estavam lá para eu poder seguir com a quest.
Nesse caso, não é algo ruim, nesse tipo de RPG Sci-fi, poder mexer no mapa, localizar minérios e afins é bem legal, inclusive é tudo feito na aba do mapa mesmo, o que foi complicado é que eu não entendi logo de cara o que fazer e aqui entra a quantidade de tutoriais que precisamos para aprender tudo do game. É um jogo muito bom e que você precisa dar uma atenção extra aos detalhes como esse para pegar, claro que com o tempo você pega rápido, então fica a sua escolha se esse é um ponto negativo ou positivo.
Leia sempre as descrições do que a missão pede, algumas te pedem para caçar certas criaturas com uma arma que foi fornecida, se não equipada, você irá continuar caçando e achando que tem algum problema já que o jogo não está contando.
Um outro contra que citei brevemente no começo, seria a questão do personagem silêncioso, já que nosso personagem não interage tanto assim com a história, isso pode ser do agrado de alguns, mas sei que muitas pessoas não gostam desse tipo de protagonista.
Uma coisa que facilitaria muito seria a adição de legendas em português do Brasil, trazendo mais acessibilidade e atraindo possíveis novos fãs para o gênero de JRPG.
Eu sei que muitos de vocês pensam: “Nossa, em 2025 e ainda tem gente que não sabe inglês?” Calma, pessoal! Nem todo mundo tem acesso ou tempo. Hoje em dia, o Switch 1 é um console bem mais em conta — eu mesma comprei o meu usado, depois de sete anos do seu lançamento, e amo meu Switch. Muitas pessoas estão chegando agora na plataforma, inclusive crianças, e nem todas têm o inglês na rotina de estudos.
Além disso, esse é um jogo que facilmente entra na discussão sobre custo-benefício. Sim, é um excelente jogo, e acho que vale muito a pena. Mas, considerando o seu valor cheio, poderíamos sim ter legendas em português do Brasil. Outras grandes empresas de jogos de JRPG, como a Atlus ou a Bandai Namco, já lançaram títulos — sejam eles novos, remakes ou remasters — com legendas em português.
Então sim, seria algo muito legal de ver por aqui.
Conclusão
A versão definitiva é com certeza a mais ideal para aproveitar o Xenoblade X hoje em dia, as melhorias de vida são muito boas, são extremamente necessárias, a Monolith Soft teve muito carinho em incluir coisas que a comunidade vem comentando em todos esses anos, principalmente o epilogo no final do jogo e para que dessa forma tenhamos uma história mais completa, não sendo apenas um remaster um para um com apenas melhorias gráficas.
Em contra partida, não é um jogo barato e acessível para todas as pessoas, ele é um exclusivo de um console que é sim muito querido, mas que faz com que você tenha que ter um Switch para joga-lo e também a falta de acessibilidade quando falamos de idiomas, faz muita falta mais empresas investindo nos jogos JRPG com muitos diálogos em nosso idioma, seria incrível ver mais pessoas podendo aproveitar Xenoblade Chronicles X Definitive Edition sem a barreira linguística, uma boa localização faria toda a diferença, principalmente em piadas que só fazem sentido no idioma que o jogo está localizado.
O combate desafiador, completo e personalizável de Xenoblade X DE é o seu diferencial, ao meu ver, foi o que me cativou de primeira, mas que vai além, trazendo boa história, bons personagens, level design bem feito, um mundo bem vasto e vivo, além de ser muito divertido.
Nossa nota
4,5 / 5,0
Confira o trailer do game:
Xenoblade Chronicles X Definitive Edition foi lançado para o Nintendo Switch no dia 20 de Março. Agradeço à Nintendo por ter nos enviado a key do game para esta cobertura.
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Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.
Talvez Prince of Persia: The Lost Crown tenha sido o meu game favorito de 2024. Não apenas pela história que ele contava, mas também por me lançar novamente em uma das franquias pelas quais sou mais apaixonado. Na pele de Sargon, somos lançados nas intrigas por trás da captura do príncipe Ghassan.
Como parte do grupo de Imortais, partimos para o Monte Oaf. Com melhorias relacionadas à gameplay e oferecer uma experiência digna de celular, temos aqui, uma experiência tão maravilhosa quanto foi jogar no console.
Talvez, The Lost Crown seja uma das mais imersivas e dinâmicas narrativas da franquia Prince of Persia. Sendo o primeiro game a ser lançado em quase 15 anos de hiato, a história de Sargon é envolvente e a portabilidade do game aqui faz com que ele seja perfeito para todos os momentos.
Tive a vantagem de jogar o game utilizando o controle X2 Pro da GameSir, o que deixou a experiência o mais próxima do Nintendo Switch quanto possível – que foi a minha experiência original.
Apesar de ter tido uma boa experiência no que diz respeito à performance, graças à tela e robustez do Poco X6 Pro, rodei todo o game à 120fps. Talvez por possuir 12gb de RAM quando o exigido para rodar o game é 4GB, vi o game rodar bem e se mostrar potente e fluído, algo bem próximo do que vi nos consoles.
Com pouco ou quase nenhum stuttering, me vi imerso e desafiado na jornada dos Imortais, de Sargon e de toda a trama do sequestro do jovem príncipe Ghassam e da Rainha persa Thomyris.
Algumas das recomendações do game é curtir a experiência de fones de ouvido e controle. Fazendo uso apenas de um fone de ouvido, é possível se sentir ainda mais imerso. Com uma trilha sonora primorosa, imersiva a opção de som 3D nos proporciona uma aventura singular relativo à gameplay no celular.
Agradeço à Ubisoft pela oportunidade de testar o game antes do lançamento, assim, como tinha um certo tempo para testar o máximo que podia, fiz questão de passar algumas boas horas jogando apenas pela tela do celular como também com o controle. E ouso dizer que o segundo mudou completamente a experiência.
Com melhorias referentes ao controle, temos opções de acessibilidade que tornam o game muito mais dinâmico, ou até mais acessível para a nova plataforma. Desde segurar na parede enquanto escala por padrão, ou diminuir a velocidade do game para aumentar o tempo de reação, ou até auto parry – este último melhora muito a experiência de combate quando você controla o game apenas pela tela.
Além do que já foi falado até aqui, a história de Sargon faz com que esta seja uma das mais belas histórias da franquia. Nos levando por uma jornada de reconhecimento, crescimento e de encontrar pertencimento, Sargon nos faz ver o mundo por uma ótica bem singular a cada ato do game.
E reviver agora no celular alguns dos mais desafiadores combates do game é de tirar o fôlego. Agradeço à Ubisoft mais uma vez pela oportunidade.
E talvez por nos lançar por diversos tropos e mecânicas do game original, esta seja uma aventura saudosista, mas potente. Caso você não tenha tido oportunidade de jogar Prince of Persia: The Lost Crown nos consoles, recomendo fortemente que o jogue no celular.
O game foi lançado oficialmente em 14 de abril de 2025 para Android e iOS.
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Atualmente, vivemos a era mais tecnológica que a humanidade já criou. Dando literalmente o acesso a qualquer um e a qualquer lugar do mundo na palma de nossas mãos através de um aparelho portátil. Se pensarmos nesta relação com a integração da inteligência artificial com a capacidade de reproduzir através do processamento de dados tudo se torna ainda muito mais complexo e particularmente assustador. Mas e como serão estes debates quando alcançarmos este estágio além? Em 2018 foi lançado o jogo Detroit Become Human, desenvolvido pela Quantic Dream que já entregou títulos impressionantes como Heavy Rain e Beyond Two Souls, de histórias impactantes além de uma qualidade de desenvolvimento muito agradável
A história é sobre um futuro em que humanos têm uma relação totalmente dependente de androides os colocando como substitutos em diversos segmentos profissionais, realizando tarefas diárias e para alguns até sendo uma companhia no lugar de pessoas. Neste contexto jogamos com Kara uma androide empregada doméstica, Connor um policial assistente, Markus um mordomo de um artista famoso e suas jornadas iniciam-se a partir do momento que não seguem a sua programação tendo pensamentos próprios, tomando decisões e mudando a vida de pessoas próximas a eles através de suas escolhas.
Eu me lembro dos primeiros passos da experiência sobre Detroit Become Human e essa busca tão humana utilizando seres tecnológicos me impactou, pois o que define que realmente existimos e como devemos existir? De fato cogito ergo sum ou se torna necessária uma regra que nos insere em uma hierarquia injusta para termos esse direito? Isso vale tanto para androides quanto para outros temas que poderiam ser facilmente discutidos a partir dessa perspectiva.
O personagem que este questionamento começa a ficar mais claro é Markus, em um dentre tantos momentos que são tocantes em Detroit, quando Carl, o pintor, lhe pede para pintar um quadro que significasse algo e tem uma revelação surpreendente. Posteriormente Connor ao mostrar empatia na sua relação com o detetive Anderson, Kara ao defender Alice do seu pai violento e vamos conhecendo outros personagens que se tornaram pensantes para a revolta de seus opositores.
Por outro lado essa história mostra pessoas que apesar da aparência não poderíamos descreve-las como humanas, como um mercador de androides que os tortura por diversão ou até mesmo Todd o pai de Alice.
Mas é um jogo que não vai só nos mostrar sobre o que define ser um humano, mas também nos testa através de nossas escolhas, o que torna uma reflexão interna muito importante sobre isso principalmente por se tratar de opções que definem o rumo da narrativa, mas o destino de personagens que podem se tornar muito chocantes.
Outro ponto muito interessante é uma análise feita após a conclusão de cada capítulo, mostrando a porcentagem das escolhas realizadas por outros jogadores a cada árvore de opções e os rumos a seguir e se torna uma análise interessante para comparar o quão longe você acaba se distanciando do que seria considerado o caminho mais comum a seguir se tratando do que é proposto no jogo.
Por fim quando pensamos sobre este título de uma forma mais ampla, este é um tipo de jogo que se tornou relevante por suas mecânicas elaboradas, apesar de ter alguns recursos bem melhorados como os quick time events colocando uma tensão a mais nestes momentos e ver Detroit se tornar humana vai muito além da revolta realizada pelos androides, mas a luta pelo direito de existir e ser reconhecido como alguém não apenas alguma coisa.
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