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    CRÍTICA: ‘Star Wars Outlaws’ leva o Nintendo Switch 2 ao máximo, porém…

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    Star Wars Outlaws chegou ao Nintendo Switch 2 em 4 de setembro de 2025, sendo o primeiro título mundo aberto de Star Wars, focando em uma jornada com muita ação e aventura, mas com uma proposta que se distancia um pouco da saga dos Jedi e mostra mais do universo da saga pelos olhos de Kay Vess, uma ladra que está simplesmente tentando ganhar a vida.

    Primeiramente, agradecemos à equipe Ubisoft Brasil pelo envio da chave, para podermos testar e contar para vocês como foi essa aventura no novo console híbrido da Nintendo.

    Mídia Física ou Digital?

    Outlaws

    A edição de Nintendo Switch 2 é a versão Star Wars Outlaws Gold Edition. Isso já torna mais interessante a sua compra, já que vem com diversos conteúdos extras, como as missões com o famoso Jabba, cosméticos e mais. Ele foi anunciado oficialmente por R$ 299,00, ou seja, o valor de um jogo lançamento, mesmo sendo um relançamento. Porém, agora em setembro, já vimos promoções de 25% na loja da eShop, ficando por R$ 224,25, um preço um pouco melhor.

    Sua mídia física é do tipo Game Key Card, então dentro da capa do jogo vem um cartucho, mas esse cartucho não possui o jogo completo: apenas uma chave de ativação, que pode ser reutilizada em qualquer conta. Muitas empresas defendem esse formato, pois assim elas têm a velocidade necessária para rodar certos jogos mais pesados, e o custo de produção física também é um pouco menor. Esse ainda é um assunto delicado entre colecionadores, mas há opção para quem gosta de ter o jogo na prateleira.

    Sobre o Jogo

    Outlaws

    Kay Vess (Humberly González) e seu fiel companheiro Nix (Dee Bradley Baker) são os personagens que vamos controlar neste jogo, onde temos que lutar, roubar e usar muito a cabeça para abrir caminhos através dos sindicatos do crime da galáxia, tudo isso sendo os mais procurados em toda essa galáxia.

    Star Wars Outlaws acerta ao mudar o cenário da série, mostrando outro lado da galáxia além dos conflitos Jedi. O jogo se passa entre os eventos de Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca e Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi.

    A protagonista é uma ladra, com uma realidade mais pé no chão, porém ainda carregada de momentos dignos de filmes de ação. Temos detalhes interessantes, como ter seu próprio blaster que pode ser modificado, e um companheiro carismático que vai além de ser apenas um pet fofo. Nix pode ajudar na exploração e nas batalhas.

    Em diversos momentos, solicitei ao Nix que pegasse um item distante, como créditos; que realizasse uma ação para que eu abrisse uma porta; ou que buscasse uma arma do cenário para que eu pudesse variar o uso do blaster. Também foi necessário distrair inimigos com sua fofura ou simplesmente atrapalhá-los no combate para que eu pudesse finalizá-los mais facilmente.

    A jogabilidade de Star Wars Outlaws é divertida. Os personagens são cativantes. Apesar de o mundo ser aberto, ele não é imenso a ponto de sofrer daquele mal dos mundos abertos vazios. Ele não é um mundo aberto perfeito, mas é bonito, interessante de explorar, com algumas quests secundárias rasas e outras bem interessantes.

    Outlaws

    Muitas dessas quests nos apresentam um pouco mais da história do mundo de Star Wars que não veríamos apenas acompanhando os protagonistas Jedi. Podemos ver pelos olhos de um personagem mais humano. Outras quests são mais simples, claro, mas todas têm recompensas, e essas recompensas podem te ajudar a conseguir EXP ou itens necessários para melhorar ou modificar seu blaster. Também podem ajudar a subir no ranking de alguma das “gangues”, para conseguir livre acesso às suas áreas, outras tarefas e até itens melhores nos mercadores da região.

    Para alguns de vocês, nada disso será novidade, já que Star Wars Outlaws foi lançado anteriormente para PC, Xbox Series e PS5. Porém, só agora chega ao Nintendo Switch 2. Então, além do que já sabemos sobre o jogo, ser divertido e ter seus prós e contras, vamos falar sobre como ele se comporta nesse console.

    Desempenho no Nintendo Switch 2

    É evidente que foi necessário um “milagre” para encaixar Star Wars Outlaws na forma do Switch 2. Não é à toa que o game roda a 30 FPS tanto no modo TV quanto no portátil, no modo TV, com resolução maior.

    Ainda assim, acredito que o destaque é vê-lo sendo jogado no modo portátil. Esse modo impressiona: conseguimos jogar um game desse escopo diretamente nas palmas das nossas mãos.

    Outlaws

    Não há coisa melhor do que levar o Switch 2 numa viagem e continuar nossa gameplay durante ela; ou, no meu caso, chegar cansada após horas no transporte público, fazer o que precisa em casa e então ter 1h ou 2h para jogar antes de dormir. Em vez de ir direto para o PC, posso simplesmente tirar o Switch 2 da base e jogar do sofá ou da cama.

    Porém, se você é um grande apreciador de gráficos realistas e perfeitos, vai notar detalhes que muitos outros players deixariam passar. O jogo tem cenários lindos e detalhados, mas tudo que é cabelo e pelo sofre para renderizar completamente. Muitas vezes, o cenário está incrível, mas o cabelo da Kay parece um borrão destoante.

    Há momentos com sombras piscando, texturas carregando e pequenos serrilhados. Não acho que esses detalhes atrapalhem a gameplay, mas entendo quem é aficionado por gráficos. Aqui, eles são sacrificados pela portabilidade.

    Nas minhas primeiras cinco horas, não tive problemas. Os 30 FPS estavam estáveis. Porém, conforme avancei, mesmo após atualizações, o jogo fechou abruptamente cerca de 3 ou 4 vezes, e tive entre 7 e 10 “mini congelamentos” de poucos segundos. Isso afeta a imersão. Espero que corrijam.

    Ele tem bugs?

    Outlaws

    Sim, mas principalmente bugs visuais. Não tive bugs que impedissem progresso ou causassem perda de save (o que seria grave). Porém, já vi inimigo deslizando pelo chão, o que quebra o clima na hora e vira risada. Não presenciei bugs graves como NPCs presos em paredes ou objetos fora do lugar, mas é possível que aconteça.

    Quanto dura a bateria do Switch 2?

    A bateria do Nintendo Switch original era excelente, mas a do Switch 2 não tem a mesma duração, o que é compreensível pelo upgrade de hardware. Sabemos que a bateria do novo console pode durar entre 2h e 4h, dependendo do jogo. Esse é um jogo pesado demais para chegar às quatro horas.

    Nas vezes em que joguei no portátil, o console aguentou entre 1h50 e 2h20. Para mim, está dentro do esperado. Para quem joga longas sessões, talvez seja interessante adquirir um powerbank.

    Conclusão

    Essa foi uma das minhas melhores experiências com o Switch 2. Me diverti muito. Jogar um game como esse no portátil faz toda a diferença. Mas será que vai ser tudo isso para você também? Star Wars Outlaws é um ótimo jogo do gênero. Vale a pena para fãs de Star Wars e para quem gosta desse estilo de jogo. Ele conta com legendas e dublagem em PT-BR, tudo feito com muito carinho.

    Apesar de estar em preço cheio, já vemos promoções mais interessantes. O jogo tem progressão cruzada: você pode pegar seu save do PC e carregar no console, basta logar na sua conta Ubisoft. Sério: isso deveria existir em todo jogo.

    Agora temos uma demo disponível, então você pode testar antes de comprar.

    Eu gosto dos personagens, da história, da exploração, da nave, do speeder, das interações com NPCs e dos pequenos eventos do mundo. Porém, como todo jogo, tem seus pontos negativos: defeitos visuais, travamentos e congelamentos.

    Se você pretende permanecer no ecossistema Nintendo e valoriza a portabilidade, esse jogo merece espaço na sua biblioteca. Se para você gráficos são prioridade, talvez outras plataformas façam mais sentido.

    Star Wars Outlaws merece estar na sua coleção se você se identificou com tudo o que foi dito aqui.

    Confira o trailer do game:

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    NVIDIA apresenta novas tecnologias para jogos durante o Editor’s Day

    A NVIDIA continua puxando a fila quando o assunto é inovação no mundo da tecnologia. Na quinta-feira passada (23/10), rolou o Editor’s Day, e tivemos a chance de ver tudo isso de perto: apresentação, demos e muita conversa boa. O Alexandre Ziebert conduziu uma parte super interessante mostrando o que vem por aí e já adiantamos: tem muita coisa legal chegando.

    Então, antes de tudo: obrigado, NVIDIA, pelo convite.

    Smooth Motion

    Vamos começar por algo que muita gente vai gostar: mais fluidez nos jogos. O Smooth Motion usa IA para inserir quadros extras entre os frames renderizados, deixando tudo mais suave, mesmo em títulos que não têm suporte ao DLSS Frame Generation.

    Antes, esse recurso era exclusivo da linha RTX 50, mas agora também está disponível para todas as placas RTX 40. Para ativar, basta atualizar o driver e usar o novo NVIDIA App.

    Inclusive, o app recebeu uma atualização recente que trouxe uma série de melhorias e vale muito a pena atualizar se você ainda usa o antigo GeForce Experience.

    NVIDIA App (Atualização)

    Nvidia

    O NVIDIA App agora concentra tudo em um só lugar: drivers, otimizações, ferramentas como GeForce NOW, Broadcast, RTX Remix e o G-Assist.

    Com a atualização mais recente:

    • Agora dá pra ativar DLSS Global Override, ou seja:
      você pode aplicar DLSS e Frame Generation em todos os jogos compatíveis de uma vez, sem precisar configurar título por título.
    • A nova sobreposição com Alt+R mostra em tempo real se o DLSS, Frame Generation ou overrides do driver estão ativos no jogo.
    • O NVIDIA Surround ganhou uma tela de configuração mais simples.
    • E até configurações antigas do Painel da NVIDIA voltaram para quem curte ajustar jogos clássicos.

    Ou seja: ficou mais simples, mais organizado e mais rápido de usar.

    G-Assist

    Outro destaque foi o Projeto G-Assist, o assistente inteligente da NVIDIA que te ajuda a ajustar e otimizar o PC com voz ou texto.

    Ele agora está disponível para todas as placas RTX com 6GB+ de VRAM, inclusive notebooks.

    Além disso, o modelo ficou 40% mais leve, mais rápido e agora permite instalar plugins via mod.io, então a comunidade pode criar novas funções para ele.

    É aquele tipo de tecnologia que começa “legal” e, do nada, vira indispensável.

    RTX Hair (Agora com LSS)

    E aqui vem talvez o anúncio mais impressionante em termos de realismo. O RTX Hair introduz o LSS (Linear Swept Sphere), que representa cabelos e pelos como fios de verdade, com volume, espessura e comportamento físico, ao invés de malhas triangulares.

    Isso significa:

    • Movimento muito mais natural
    • Até 5x menos uso de VRAM
    • Até 2x mais desempenho
    • Muito mais controle sobre cada fio individual

    Essa tecnologia chega de forma acelerada por hardware na série RTX 50, mas também pode ser usada em GPUs anteriores via técnicas como DOTS, então ninguém fica de fora.

    Vimos isso na prática com o Indiana Jones e é um salto de realismo enorme, especialmente com path tracing.

    E o melhor: está disponível para grandes estúdios e desenvolvedores indies através do RTX Character Rendering SDK, que faz parte do RTX Kit.

    RTX Remix

    Por fim, o RTX Remix permite remasterizar jogos clássicos com tecnologias modernas de iluminação e materiais.

    Um exemplo é o Half-Life 2 RTX, já disponível na Steam para testar. Durante o evento também jogamos o primeiro Vampire: The Masquerade – Bloodlines com RTX, e o resultado dá literalmente uma nova vida ao jogo.

    No fim das contas, o Editor’s Day deixou claro que a NVIDIA não está apenas “lançando features”. Ela está construindo ecossistemas onde:

    Jogos ficam mais bonitos

    • PCs ficam mais inteligentes
    • Ferramentas ficam mais acessíveis
    • E desenvolvedores, grandes ou indies, têm mais poder criativo

    E isso, sinceramente, muda muita coisa no que vamos ver (e jogar) daqui pra frente.

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    CRÍTICA: ‘Estados Unidos da África’ é uma história que enche o coração de esperança

    O cenário nacional de quadrinho é rico, belo, muito empolgante pela pluralidade de mentes criativas tão brilhantes que usam da nossa cultura, realidade e até mesmo os nossos sonhos para contar belas histórias como é o caso de Estados Unidos da África escrito por Anderson Shon com arte feita Daniel Cesart.

    O quadrinho vencedor da 36° edição do Troféu HQMIX nas categorias Publicação Independente Edição Única, Novo Talento para Daniel Cesart, teve a sua primeira edição publicada em 2023 após uma campanha de sucesso no Cartase e um segunda edição no ano seguinte com a distribuição da Bebel Books.

    A história de Estados Unidos da África é sobre Serge Ekondo, um homem comum, pedreiro, nascido na República dos Camarões, casado com a professora Julien e pai de duas crianças. Após ser guiado pela entidade Mama Bamiléké, ele se torna o super-herói Rei Bantu, tendo como grande missão acabar com as injustiças e os sofrimentos sistêmicos que o povo preto vive até hoje. Nessa jornada, ele vai entender que não são apenas seus poderes que representam a solução para essas questões.

    Estados Unidos da África

    Em um primeiro momento, o que mais ganhou a minha atenção ao ler as primeiras páginas de Estados Unidos da África foi a excelente combinação entre prosa e história em quadrinhos. A experiência de leitura se torna mais bela porque lemos, imaginamos e, logo ao lado, temos isso traduzido em uma imagem que corresponde ao que estamos pensando sobre os personagens e a ambientação desse universo altamente rico.

    Mas essa riqueza não está apenas no conjunto de desenho e roteiro. Podemos refletir sobre eles separadamente, através do trabalho primoroso realizado pelo quadrinista Daniel Cesart, que nos brinda com aspectos visuais, referências do nosso mundo real e uma construção criativa que resulta em algo tão poético e crítico, a ponto de seu desenho expressar os sentimentos dos personagens de forma tão profunda quanto as palavras escritas.

    Em Estados Unidos da África, nós, pessoas negras, podemos ser perfeitamente representados cultural e visualmente, sendo isso emocionante e muito inspirador.

    Estados Unidos da África

    Quanto ao roteiro, é muito interessante como ele funciona de forma coesa entre o quadrinho, a prosa e uma perspectiva acadêmica que me agradou imensamente, incorporando no enredo referências como Conceição Evaristo, Bob Marley e Nelson Mandela, que transformam o universo dessa história em um elemento vivo, em constante crescimento. Essa combinação de elementos torna Estados Unidos da África uma obra que não é apenas um quadrinho pelo entretenimento, mas uma narrativa fortemente política, com excelente representação e um viés acadêmico que não encontramos com tanta facilidade nesse meio.

    É importante ressaltar que a grande beleza no conjunto dessa HQ está em romper com alguns estereótipos que o gênero de super-herói costuma reforçar, como o protagonista que é apenas um guardião e não se atenta a ser uma figura transformadora no seu mundo.

    O Rei Bantu não é apenas aquele herói de ação com grandes combates. Na verdade, podemos observar que sua grande luta é enfrentar os males do povo negro, que vão além de tanques e bandidos armados: trata-se de toda uma estrutura social que explora o continente africano há séculos, e que a história eurocentrada faz questão de esquecer por ser parte dessa destruição.

    Muito me agrada ler histórias com protagonistas negros, onde essas figuras heroicas são construtoras em sua essência. Da minha perspectiva, Serge é exatamente esse tipo de personagem, desde sua origem, pela profissão, passando pela relação com Julien, sua esposa, e seus filhos, onde ele carrega o sonho de algo muito melhor para eles, sonho que, ao se transformar em Rei Bantu, se estende para toda a população do continente africano em um plano de união.

    Em quadrinhos, geralmente existe uma suspensão de crença na construção de mundo. Nesta obra, Shon e Cesart seguem um caminho oposto, colocando elementos da nossa realidade, citando pessoas, fatos e acontecimentos que se mesclam à faceta ficcional, transmitindo ao leitor uma mensagem esperançosa e otimista.

    Estados Unidos da África é uma HQ que representa a força do cenário nacional de quadrinhos: uma história poderosa, marcante, poética e profundamente emocionante, sobre um herói que luta não apenas com sua força física, mas também com seu intelecto e carisma, para criar um mundo no qual pessoas negras não vivam em sofrimento, mas com a esperança de dias melhores.

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    CRÍTICA: 2ª temporada de ‘Gen V’ tira o pé do freio e se faz melhor do que série principal

    A primeira temporada de Gen V terminou com um gosto amargo, com Andre (Chance Perdomo), Emma (Lizze Broadway), Jordan (London Thor/Derek Luh) e Marie (Jaz Sinclair) presos em Elmira, a prisão de supers. E aquela, é a última vez que os vemos. Isto é, antes de encontrá-los novamente no início da segunda temporada.

    A história começa quase que no meio, e muito parece ter acontecido entre uma temporada e outra – entre The Boys e Gen-V e vice-versa. Após a morte de Victoria Neumann, agora vista como mártir, o ódio dos supers em relação aos humanos continua crescendo. Nossos heróis, porém, parecem temer algo além dos próprios humanos.

    Após descobrirem uma trama profunda, de humanos que planejavam exterminar supers para sempre e uma estação de testes secreta na universidade Godolkin, a segunda temporada adentra a uma trama oposta ao que a primeira temporada da série foi. De modo que os acontecimentos do último episódio da primeira temporada ainda ressoam por aqui. Com Cate (Maddie Phillips) e Sam (Asa Germann) ainda “pagando” o preço por suas ações, novos personagens entram em cena para movimentar a história.

    Godolkin University e progressão

    Gen-V

    A chegada do novo diretor à Godolkin University, Cipher (Hamish Linklater), eleva os riscos a um nível ainda maior do que o da temporada anterior. A trama mudou bastante para se adaptar às atuais condições da série – com a morte de Chance Perdomo em 2024. Sem Andre, outros personagens ganharam espaço para crescer e se tornarem muito mais do que na primeira temporada. Como seu pai, o herói Polaridade (Sean Patrick Thomas), que precisa lidar com o luto de perder seu filho e as degenerações em seu cérebro causada pelo uso intenso de seus poderes.

    Polaridade, aqui, tem um papel muito importante, inclusive na relação com Emma, que serve sempre como um lembrete do que Andre foi no passado. Ver a evolução dos personagens em duas temporadas de Gen V mostra um progresso maior do que vimos em The Boys até agora. Enquanto o spin-off ousou inovar, The Boys parece ter se acomodado, servindo em grande parte apenas como uma longa barriga narrativa.

    Subindo muito o sarrafo em relação ao potencial destrutivo de seus personagens, o spin-off teve a coragem de colocar alguém páreo ao Homelander. A história de Marie Moreau aqui, é de se reencontrar com quem ela é, mas não apenas isso. A temporada busca explorar quem ela pode verdadeiramente ser, é claro, que não da forma mais agradável.

    O passado de Marie e o futuro

    Gen-V

    Enquanto segredos são revelados, o passado, o presente e o futuro de Marie convergem. Ao passo que somos lançados em algumas das mais loucas e ao mesmo tempo pé no chão das temporadas, a série liga à Marie a solução para alguns dos maiores problemas da série: a escalada de poder de Homelander e sua crescente loucura.

    Aqui, existe uma clara escalada de poder e a trama avança, Gen-V mostra seu potencial de ser mais do que a série principal. Enquanto prepara o terreno para o fim de ambas as séries, a série muda completamente os paradigmas de poderes. Pendendo a balança em relação à resistência, a série pode parecer apenas como um apêndice de tudo que foi mostrado para além do que foi visto até aqui, mas engana-se quem nunca deu uma chance a ela.

    Com personagens bem construídos e aprofundados, Gen-V acerta onde The Boys falha miseravelmente: dar camadas reais a seus personagens. Compreender que spin-offs têm como intuito desenvolver melhor seus mundos, e não apenas servir como apêndices para repetir as histórias das série principais é importante. E em Gen-V, esta é a máxima: não repetir fórmulas.

    O que The Boys deveria aprender com Gen-V

    Gen-V

    Evitando ao máximo repetir tudo que foi feito até aqui, a showrunner Michele Fazekas acerta ao escolher o caminho pelo qual quer enveredar sua história, dando a Andre o título de herói, mas mais do que isso. Fazendo com que Marie, Emma, Jordan, Cate, Sam e agora, Annabeth sejam o que eles estão destinados a ser, uma adição muito mais rica à resistência do que a própria Luz-Estrela e o Trem-Bala.

    Enquanto a quinta e última temporada de The Boys não tem data de estreia, recomendo assistir Gen-V, mas mais do que isso, analisar a série como um respiro em relação a tudo que a série principal tem de ruim.

    Confira o trailer da temporada:

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    CRÍTICA: ‘Bom Menino’ usa da afetividade para contar uma boa história

    Dizem que o cão é o melhor amigo da humanidade. No entanto, a mais recente produção do gênero terror sobrenatural tem uma proposta um tanto diferente do que estamos acostumados. Partindo dessa relação tão afetiva quanto conhecida, o filme explora um lado inesperado deste vínculo. Bom Garoto é um filme dirigido por Ben Leonberg conhecido pelo filme The Fisherman’s Wife, desenvolvendo o roteiro ao lado de Alex Cannon. O protagonista é o Nova Scotia Duck Tolling Retriever do cineasta tendo como companheiros de tela Shane Jensen, Arielle Friedman e Larry Fessenden.

    A história de Bom Menino é contada da perspectiva do cachorro Indy e seu dono Todd que se mudam para a casa de campo da família após a morte de um parente e neste lugar, que antes pertencia ao avô de Todd, é conhecido pelas pessoas por ser assombrado por um demônio maléfico.

    Ignorando todos os rumores sobre a residência Todd abre caminho para que seu cachorro passe a enxergar presenças fantasmagóricas, sobrenaturais pelos cantos aparentemente vazios enquanto seu ele mesmo passa a sucumbir às forças sombrias sendo seu melhor amigo o único a confrontar essa entidade.

    Bom Menino

    Bom Menino é um filme que pode não chegar fazendo muito barulho como uma grande produção de terror, mas vai agradar por sair da posição de conforto caso você seja um espectador que procure por longa que seja diferente de outras produções desse gênero vai ser uma boa opção.

    A direção conta toda a história pela perspectiva de Indy utilizando elementos cinematográficos muito semelhantes ao que já vimos nas produções no estilo found footage, causando uma boa construção de tensão para os momentos que o cachorro tem contatos com o sobrenatural.

    Utilizando isso os elementos não verbais inseridos em cena vão ganhar mais destaque como a trilha sonora preparando tudo para causar algum susto ou ter alguma revelação que seja pertinente a respeito dos acontecimentos que ocorrem na casa.

    O foco nessa forma de conduzir a trama também pode ser evidenciado através dos poucos diálogos que temos ao longo de uma hora e treze minutos da exibição do filme o que em alguns momentos acaba afetando o ritmo, mas não incomoda a experiência cinematográfica como um todo.

    Outro ponto interessante é como não vermos o rosto do Todd temos a ambivalência de saber quais momentos ele está possuído ou em sofrimento por outra situação que vamos conhecemos ao longo do filme.

    A respeito de atuações o grande destaque do filme é o Indy que assume o protagonismo do longa e vai ser através de seus olhos, curiosidade, o desejo de proteger seu amigo que vamos descobrindo a faceta sobrenatural da trama com uma boa ajuda da direção em aproveitar o melhor disso.

    O filme tem uma conclusão que é muito interessante porque vai apelar para as nossas emoções para que em algum ponto deste terceiro ato alguém tenha um final positivo para o seu personagem principal.

    Bom Menino é um filme diferente do que estamos acostumados no gênero, utilizando uma linguagem interessante e uma perspectiva peculiar vemos uma das boas produções do gênero terror neste ano.

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA: ‘Persona 3 Reaload’ chega ao Nintendo Switch 2

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    Persona 3 Reload foi um dos remakes mais aguardados, já que o título, na era do PlayStation 2, conquistou diversos fãs pelo mundo. Uma verdadeira aula de como fazer um remake sem perder a essência criada pelo clássico, e ainda apresentar a franquia para novos jogadores.

    O remake moderniza a franquia com gráficos totalmente refeitos, adições de cenas extras entre os personagens, nova dublagem e músicas novamente incríveis e apaixonantes. Apresenta muitas melhorias de vida e torna a jornada muito mais agradável de se aproveitar.

    O jogo foi lançado oficialmente no dia 2 de fevereiro de 2024 para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S; porém, agora, no dia 23 de outubro de 2025, está chegando para o Nintendo Switch 2.

    Agradeço à Sega Brasil por fornecer uma chave antecipada do game, para que eu pudesse jogar e produzir este e outros conteúdos. Dessa forma, consigo contar como foi minha experiência com Persona 3 Reload em 2025, no novo híbrido da Nintendo.

    Sinopse

    Mergulhe na Hora Sombria e desperte as profundezas do seu coração. Persona 3 Reload é uma reimaginação cativante do RPG que redefiniu o gênero, agora repensado para a era moderna com gráficos e jogabilidade de ponta.

    Apenas no Switch 2

    Persona 3

    O game está chegando apenas para o hardware mais atual da Nintendo, o Switch 2, pois a Atlus informou que seria muito difícil trazer o jogo para o Switch 1 e o 2 ao mesmo tempo, já que isso causaria um atraso bem grande no lançamento do jogo.

    Então, a versão de Switch 1 foi considerada e descartada para dar foco ao console mais atual. Provavelmente, também decidiram priorizar essa versão para não se distanciarem da data de lançamento do Switch 2 e, claro, por conta do seu novo poder gráfico, com um novo processador da Nvidia e a possibilidade do uso do DLSS.

    Persona 3 Reload já se provou um excelente remake e, aqui, demonstra isso novamente. Jogá-lo em modo TV ou em modo portátil é incrível, principalmente no modo portátil, onde parece surreal um jogo como esse rodando na palma da sua mão.

    Inclusive, o jogo contém uma demo disponível na eShop, e eu recomendo que você jogue, pois é possível aproveitar o game até o primeiro grande boss — e isso significa muito conteúdo para curtir, podendo testar o jogo diretamente com todas essas melhorias, rodando na sua mão e com localização em PT-BR.

    Você pode carregar o seu save para o jogo final depois, e isso é bem importante. Eu joguei a demo antes de saber da notícia do recebimento da chave e, assim que abri o jogo, ele já identificou meu save da demo e perguntou se eu queria carregá-lo. Não tive problema nenhum, portou o save corretamente e continuei de onde parei.

    O jogo está lindo no Switch 2, o que me surpreendeu. Mas não só isso: o novo hardware dá conta do recado, sim. Vi diversas reclamações sobre o Switch 2 não rodar bem o P3R em questão de performance, e entendo as reclamações, principalmente numa demo.

    Porém, ao jogar o game completo, notei que já está bem melhor mesmo. Os 30 FPS são bem satisfatórios e se mantêm por muito tempo. Eu só vi leves quedas de FPS correndo pelo Tártaros em alguns momentos. No dia a dia, em batalhas etc., não vi quedas de FPS durante toda a minha gameplay. Também não tive outros problemas, como o jogo fechar, congelar ou bugar.

    Meu maior medo era que o jogo, visualmente, não entregasse algo bom, ficando esticado ou com muitos defeitos visuais na tela do portátil ou na TV com o Switch 2. Felizmente, isso não aconteceu: o jogo é muito bonito em ambos os casos.

    Lembra bastante a experiência do PS4, porém um pouco melhor.

    O Jogo

    Persona 3 Reload é um JRPG por turnos completo, com todos os detalhes bem trabalhados, com a alma do clássico, mas com cara de moderno.

    Consegue entregar uma experiência completa de JRPG na modernidade. As melhorias de vida vão além de salvar a qualquer momento e acelerar o game: estão presentes nas músicas, textos, dublagem, batalhas, na possibilidade de trocar equipamentos sem precisar ir ao Tártaros e falar com um personagem por vez. Estão também nos gráficos, nas legendas em PT-BR e muito mais.

    Persona 3

    Começamos o jogo controlando nosso protagonista, um estudante recém-transferido. No caminho para o dormitório designado, vemos caixões por toda parte e, nesse primeiro momento, não entendemos o motivo. Mas, em poucos dias, somos apresentados à trama do jogo e à sua jogabilidade.

    Enfrentaremos desafios na Hora Sombria, ao entrarmos na torre de Tártaros com nossa equipe. Subiremos andar por andar, eliminando sombras e descobrindo o motivo da existência dessa torre. Aqui também entendemos que o jogo funciona como um Dungeon Crawler.

    A cada vez que entramos no Tártaros, ele estará diferente, com itens e sombras em locais novos, tornando a experiência cheia de novidades. Além disso, essa foi uma parte do jogo que, no clássico, acabava enjoando rapidamente, mas aqui melhoraram muito a experiência no remake. E, sim, conforme avançamos, a temática, as sombras, os itens etc. vão mudando.

    Persona 3

    Conforme enfrentamos essas sombras, teremos a hora das cartas, onde podemos adquirir novas Personas, que podem ser fundidas na Velvet Room. Esse local é de extrema importância para a história — vamos conhecê-lo no começo do jogo, mas, além disso, é nosso hub para melhorar nossas Personas. Devemos sempre fundi-las para obter versões mais fortes que nos levarão ao fim do jogo.

    Mas vai além: no dia a dia, temos atividades escolares, trabalhos etc. que podemos realizar, mas também temos os Vínculos Sociais. Fortalecer esses vínculos faz com que nossas Personas se tornem ainda mais fortes e, além disso, acompanhamos a história do jogo de forma mais profunda. Cada Vínculo Social tem uma história e uma reflexão sobre a vida, e isso é muito importante.

    Persona 3

    Persona 3 Reload apresenta sua história em diversos diálogos e textos, então a parte de vida social é basicamente uma visual novel, muito bem construída e adaptada, com diversos temas difíceis de serem abordados e, em outros momentos, mais leves, já que a vida tem altos e baixos. Com certeza, você levará vários momentos desse jogo para a sua vida.

    Assim como não duvido que as músicas fiquem na sua playlist por muito tempo.

    Persona 3

    O estilo de combate por turnos é muito divertido, você quer testar o máximo de Personas possíveis, explorar as possibilidades para descobrir as forças e fraquezas de cada inimigo. Principalmente porque, nesse jogo, ao acertar uma fraqueza, você ganha uma ação extra. Mas os inimigos também podem obter essa vantagem se acertarem a fraqueza do seu time.

    Por isso, pensar com cuidado e ter uma boa estratégia renova a gameplay e te faz avançar muito. Esse é um título que vai além de apenas seguir em frente e atacar sem pensar.

    Vale o Preço?

    • Persona 3 Reload, em sua versão base, está custando R$ 299,90. Além dela, temos a versão Deluxe, por R$ 349,90, e a versão Premium, por R$ 444,50.
    • Na versão Deluxe, você receberá também o Livro de Arte Digital e a Trilha Sonora Digital. Já a versão Premium adiciona mais trajes para você utilizar.
    • Nas pré-vendas, todas essas edições têm um bônus: o Kit MF Persona 4 Golden (bônus exclusivo para compras até a data de lançamento).

    Porém, ainda não temos a DLC Episode Aigis nem o Expansion Pass. Foi revelado pela Sega que a DLC estará disponível no dia 23, o dia do lançamento do game.

    Então, sim, o jogo veio custando o preço de um título novo. Mas ele vale a pena se você é muito fã de Persona, queria jogar esse jogo, mas só tinha Switch, e agora adquiriu, ou vai adquirir, um Switch 2. Com certeza, esse título não pode passar despercebido. Já deixa ele na wishlist, baixe a demo e curta bastante.

    E, se você for uma pessoa que gosta muito de JRPGs, ainda não jogou Persona e está pensando em começar, o Persona 3 Reload é a melhor porta de entrada da franquia. Com certeza, você vai se apaixonar e não vai querer soltar o controle, fazendo valer cada centavo investido.

    Já que esse é um jogo feito com muita atenção, carinho e conteúdo, não duvido que, assim como eu, você passe mais de 100 horas jogando e querendo viver ainda mais dessa experiência incrível que Persona 3 Reload apresenta.

    Em caso de aquisição física do jogo, ele será no formato Game Key Card, o que divide opiniões. Você terá um cartucho na caixa, mas nele há uma chave de validação (que, sim, pode ser reutilizada, não ficará vinculada ao seu console ou conta). Isso faz com que jogos que precisam de mais velocidade tenham bom desempenho no Switch 2, mas, sim, desagrada os fãs colecionadores de mídias físicas (me identifico aqui).

    Conclusão

    Joguem Persona 3 Reload.

    Ah, ok, não posso dizer só isso, não é? Persona 3 Reload já foi lançado há algum tempo, então sim, ele já se provou um bom jogo. Muitos dos elogios que escrevi aqui nem são novidade. É um ótimo JRPG, com turnos, história e diversos conteúdos bem trabalhados e bem amarrados.

    O que afasta é o preço cheio, já que ele foi lançado em outras plataformas, já esteve no Game Pass (finado Gema Pass, né?) e já recebeu diversas promoções nessas plataformas. Espero ver o game em promoção no Switch 2 em breve também, tornando-o mais acessível para diversas pessoas.

    Ainda assim, é um ótimo jogo a se considerar. Se você não tem essas outras plataformas e chegou agora ao Switch 2, ou está comprando o novo console, Persona 3 Reload vai te ajudar a aproveitar ainda mais o seu novo videogame, e provavelmente mostrar que valeu cada centavo do investimento.

    É fã de JRPGs, turnos, história densa, batalhas estratégicas, dungeon crawler, visual novel e mais? Persona 3 Reload é para você.

    Confira o trailer do game:

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