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    The Walking Dead: Scott Gimple descreve como efeito “nuclear” a morte da Premiere Midseason

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    ALERTA SPOILER: Não continue lendo se você não assistiu o final da primeira metade da 8ª temporada de The Walking Dead.

    The Walking Dead retorna neste domingo com a estréia da segunda metade da 8ª temporada, que promete resolver o destino de um personagem principal que terminou a primeira metade com um destino sem volta.

    Carl Grimes, interpretado por Chandler Riggs, revelou no final da primeira metade que ele foi mordido por um walker. A menos que haja algum tipo de milagre inédito, Carl estará morto até o final do episódio. De acordo com Scott Gimple,  morte de Carl terá um profundo efeito no mundo da série:

    “É nuclear a forma como isso afeta os personagens, como ele afeta a história, como ela afeta o mundo da série. A morte desse personagem, este jovem herói cria um tipo de noção sobre quem essas pessoas vão ser e como elas vão mudar o futuro. Pode ser muito trágico. Pode ser muito esperançoso. Pode estar em algum lugar intermediário. Nem todos os personagens vão responder da mesma maneira, e a própria tragédia torna muito difícil ouvir as palavras de Carl e agir sobre elas da maneira que ele gostaria”.

    Embora a morte de personagens principais não seja algo novo em The Walking Dead, a saída de Riggs é particularmente importante, dado que ele é um dos poucos atores que esteve atuando desde a 1ª temporada. Gimple também comentou:

    “Não poderia ser mais pessoal desta vez porque não só ele esteve lá desde o início, mas também cresceu na série. É incrivelmente difícil. The Walking Dead é uma série que tem alguns dos atores mais calorosos e mais profissionais que eu já vi compartilhar um sonho juntos. No entanto, é uma série em que as pessoas morrem regularmente porque esse é o mundo em que habitam.”

    No entanto, enquanto perder Chandler Riggs não é fácil, Gimple insiste que a morte de Carl será uma grande força motriz para o resto da série:

    “Esta é uma das mortes mais difíceis de todos os tempos, mas acredito que esta é uma história realmente importante com uma mensagem importante. É uma tragédia inacreditável ver esse personagem ir, mas sua morte não é o fim de sua história”.

    E você, concorda com a decisão de Grimple? Muitos fãs ainda não aceitaram o destino de Carl. Deixe-nos seu comentário e lembre-se, The Walking Dead retorna hoje na FOX.

    Leia também:

    The Walking Dead: Lauren Cohan será substituída como Maggie?

    CRÍTICA – Os Farofeiros (2018, Roberto Santucci)

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    Talvez você tenha algum tipo de preconceito com filmes brasileiros, acredito que muita gente sofra desse mal. Mesmo que os filmes nacionais sofram de alguns problemas já conhecidos, devemos lembrar que existem muitos filmes bons originados em terras tupiniquins.

    Os Farofeiros é o mais novo filme do diretor Roberto Santucci (De Pernas Pro Ar e Até Que a Morte Nos Separe) e conta com Maurício ManfriniCacau ProtásioDanielle WinitsAntônio FragosoNilton BicudoElisa PinheiroCharles ParaventiAline Riscado como elenco principal. O filme conta a história de quatro colegas de trabalho que vão passar o feriadão em uma casa de praia, mas chegando lá descobrem que a casa está literalmente caindo aos pedaços. 

    A trama começa quando Alexandre (Antônio Fragoso) recebe uma promoção na véspera do feriado, mas junto com ela vem a notícia de que ele terá que demitir um dos colegas por questões de corte no orçamento da empresa. A partir desse ponto tudo que se desenrola no filme é previsível.

     

    Um dos pontos importantes a serem ditos é que se você for assistir ao filme deve ir preparado, pois algumas das cenas são enormes e desnecessárias, e algumas das piadas se repetem muitas vezes e em curtos períodos de tempo. Prepare-se também para piadas e situações machistas, racistas e muitas vezes preconceituosas, porém o roteiro de Paulo Cursino justifica as piadas não deixando-as gratuitas.

    Em contrapartida temos algumas cenas muito boas e até divertidas, que é graças a atuação dos experientes Mauricio Manfrini, Antonio Fragoso, Cacau Protásio e Danielle Winits, embora isso não tenha salvado o maior problema da direção do filme: personagens caricatos demais. Todas as reações dos personagens são exageradas, e Renata, personagem de Danielle Winits grita durante todo o filme, tornando a personagem de Os Farofeiros, um verdadeiro teste de qualidade para nossos tímpanos.

    A grande surpresa deste filme foi com certeza a atuação de Aline Riscado, que foi ótima e chegou a superar algumas das atrizes principais em uma ou duas cenas.

    O filme tem efeitos especiais medianos, bons atores, uma história de fácil identificação com o público, bem trabalhada e com uma mensagem final elaborada de forma assertiva, porém as muitas piadas ao estilo Zorra Total, personagens exagerados, situações muitas vezes forçadas, e gritos, muitos gritos, prejudicam o longa de Roberto Santucci.

    Avaliação: Razoável

    Resumidamente, Os Farofeiros é um filme família e descompromissado, bom para levar as crianças para rirem um pouco no cinema, para os adultos, não será o melhor filme do mundo, mas está longe de ser o pior. Embora existam problemas técnicos, que já foram citados, no longa, ele não deixa de ser um passatempo bom para se fazer em família.

    Confira o trailer:

    Os Farofeiros estreia dia 8 de março de 2018, em todo o Brasil. Se vale ou não o ingresso? Para mim vale apenas se você é do tipo de pessoa que curte filmes de comédia e não é tão exigente, caso contrário aconselho que espere um pouco para assisti-lo na Sessão da Tarde.

    E aí, curtiu a crítica? Já garantiu seu ingresso? Comenta ai em baixo e lembre-se de nos acompanhar nas principais redes sociais:

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    CRÍTICA – Operação Red Sparrow (2018, Francis Lawrence)

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    Operação Red Sparrow, filme que estreia no dia 1º de março, é baseado em um livro lançado no Brasil sob o nome de Roleta Russa, escrito por Jason Matthews. O autor é ex-integrante da Diretoria de Operações da CIA. A trama retrata a história de Dominika Egorova (Jennifer Lawrence), bailarina russa da companhia Bolshoi que sofre um acidente durante sua apresentação, deixando-a impossibilitada de voltar aos palcos.

    jennifer red sparrow

    Refém de sua situação financeira, Dominika precisa encontrar uma forma de manter o tratamento médico de sua mãe, Nina – interpretada por Joely Richardson – e o pagamento de seu apartamento, bancado pela companhia. A solução é aceitar o trabalho oferecido pelo seu tio Vanya Egorov (Matthias Schoenaerts), algo que, em situações normais, ela recusaria.

    Ao longo da trama, Dominika ingressa na “escola de sparrows”, uma instituição que ensina seus agentes a serem, ao pé da letra, amantes profissionais. Seu alvo após o treinamento na escola – que se resume, basicamente, em abrir fechaduras e tirar suas roupas – é Nate Nash (Joel Edgerton), um agente do governo americano. A grande missão de Dominika é usar os seus dotes sexuais para descobrir o nome do informante que tem repassado detalhes sigilosos do governo russo ao americano.

    Francis Lawrence, diretor que repete a dobradinha com Jennifer Lawrence após Jogos Vorazes, não consegue fazer milagres com o péssimo roteiro construído por Justin Haythe e o próprio Jason Matthews. Além disso, inúmeras escolhas sexistas são feitas ao longo da produção, deixando um gosto amargo para quem a assiste.

    Na escola de sparrows – ou “escola de putas”, frase dita pela própria Dominika durante o filme – vemos inúmeros agentes, inclusive homens, mas apenas as mulheres são retratadas com “destaque” sexual. Todo o sacrifício e exibições físicas são deixadas apenas para as mulheres.

    escola red sparrow

    O fato que mais incomoda na produção é que ela não consegue ser nem um drama robusto e profundo, nem um filme de ação policial. Vendido como uma thriller focado em uma agente estrategista, Operação Red Sparrow não consegue fazer mais do que o feijão com o arroz. Nem o erótico, elemento que se propõe a abordar, é explorado de forma séria. Para muitos que esperavam desse filme uma trama similar ao filme solo da Viúva Negra, fiquem tranquilos: apesar da temática similar, não seriam nem parecidos.

    Os clichês do filme não param apenas na disputa já batida entre Rússia e EUA. Há também o romance em meio a mentiras entre os agentes de ambos os países. Dominika e Nate proporcionam uma das cenas de sexo mais desinteressantes já vistas. Em alguns momentos, até parece que Joel não está ali e foi substituído por um boneco. Não há química entre os atores, o que acaba tornando o envolvimento de ambos extremamente irrelevante para a trama.

    casal red sparrow

    Com um desfecho mais pobre e previsível ainda, Operação Red Sparrow não traz absolutamente nada de novo. Impressiona uma atriz como Jennifer Lawrence, multipremiada e com potencial para conseguir grandes papéis, escolher interpretar essa personagem em específico. Talvez por buscar personagens desafiadoras, tenha aceitado tal projeto.

    Sua atuação, principalmente nos momentos de torturas, é um dos grandes destaques do filme, trazendo um pouco de alento para quem acompanha o sotaque russo forçado e os diálogos nada inspirados. Jeremy Irons, infelizmente mal explorado, e Matthias Schoenaerts também entregam ótimas atuações.

    red sparrow atriz

    Vendido em seus trailers como um thriller/filme de ação e suspense, com uma agente estrategista que resolve casos para o governo russo, Operação Red Sparrow é, na verdade, um drama arrastado sem nenhuma cena realmente empolgante e que não traz nada de inovação.

    Avaliação: Ruim

    Assista ao trailer:

    Lembrando, Operação Red Sparrow chega aos cinemas nesta quinta, 1 de Março. Diz aí, você também esperava que esse fosse o “filme solo da Viúva Negra”, né? Deixe seu comentário e lembre-se de nos acompanhar nas principais redes sociais:

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    Na mesma data também chega aos cinemas o despretensioso Projeto Flórida, que recomendamos você ler nossa crítica:

    CRÍTICA – Projeto Flórida (2017, Sean S. Baker)

    CRÍTICA – Projeto Flórida (2017, Sean S. Baker)

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    Espontaneidade que comove

    Projeto Flórida (The Florida Project, título original) acompanha uma mãe e uma filha, Halley e Moonee, que vivem em um project, um hotel que serve de habitação para pessoas que não têm onde morar. Dirigido por Sean Baker, diretor de Tangerine (2015), o filme conta com as novatas Brooklynn PrinceBria Vinaite e o único conhecido Willem Dafoe.

    O filme basicamente foca no dia-a-dia de Moonee – vivida por Prince – nas redondezas daquela habitação. Tudo é feito de maneira tão simples e orgânica que encanta o espectador logo no primeiro ato. Quando menos espera, você já está completamente envolvido com aqueles personagens e aquela história.

    O longa tem uma estética um tanto documental, principalmente pelo uso da câmera na mão, trazendo cenas mais intimistas que facilitam a criação de vínculo com aquelas pessoas. O que contribui para o espectador se sentir mais um habitante daquele lugar e consequentemente querer cuidar daquela gente ou pelo menos quer acreditar que vai dar tudo certo para elas.

    A câmera vai acompanhando a pequena protagonista, usando muitas vezes planos mais abertos para mostrar a relação dela com aquele local que apesar de ser na Flórida, não é nem de longe um Walt Disney World. Mas mesmo assim, é suficiente para aquela menina se divertir.

    O uso majoritariamente de um elenco novato favoreceu ainda mais a espontaneidade da história e Willem Dafoe se integra ali como se fosse só mais um.

    As atuações são louváveis, principalmente a revelação Brooklynn Prince que não parece estar atuando, mas sim se divertindo. Tudo soa tão natural, que ela consegue ser fofa quando precisa, conseguindo também convencer no drama conforme a necessidade do roteiro e até mesmo nos momentos em que a câmera não tem a intenção de mostrar a expressividade dela em cena.

    A relação dela com Willem Dafoe é outro ponto fortíssimo dessa obra. O veterano encarna Bobby, o gerente do hotel, e dá pra notar que ele tem um zelo muito grande pelas pessoas que lá vivem, principalmente as crianças. Moonee vive amolando ele com suas travessuras o dia todo, mas o personagem de Dafoe entende que isso já faz parte de sua rotina e que não incomoda tanto como deveria incomodar.

    Bria Vinaite também entrega uma personagem cheia de camadas. Ela é Halley, uma jovem mãe inconsequente sem nenhuma perspectiva para o futuro, e a única certeza que possui é o amor incondicional por sua filha.

    Projeto Flórida encanta por sua sensibilidade e humanidade. As emoções provocadas são sinceras e trabalhadas com o desenvolvimento da trama. Vai de situações engraçadas até momentos de cortar o coração, assim como a vida real.

    Avaliação: Ótimo

    Confira o trailer:

    Projeto Flórida estreia no Brasil será no dia 01 de março de 2018. Na mesma data também estreia o novo longa com Jennifer LawrenceOperação Red Sparrow. Confira abaixo o que achamos dessa segunda opção:

    CRÍTICA – Operação Red Sparrow (2018, Francis Lawrence)

    #52filmsbywomen 7 – Daughters of the Dust (1991, Julie Dash)

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    Daughters of the Dust (Filhas do Pó, no título nacional) é um longa de 1991, da diretora Julie Dash que acompanha a família Peazant, da cultura Gullah, na decisão de abandonar a ilha de Santa Helena e possivelmente suas raízes e cultura, e partir rumo ao continente e ao desconhecido. No elenco, Cora Lee Day, Alva Rogers, Barbara O. Jones e Adisa Anderson. O longa foi a inspiração da cantora Beyoncé para seu premiado álbum Lemonade, e assim a curiosidade e interesse acerca do filme foram restaurados.

    Levem-me por onde forem, sou sua força” diz Nana Peazant (Cora Lee Day) enquanto realiza um ritual para sua família, que está prestes a abandonar a ilha e se arriscar no continente. A fala de Nana, assim como sua presença, remetem a um ponto crucial de Daughters of the Dust: Tradição x Modernidade para as populações negras, após a diáspora forçada que os levou para a América. Com a modernidade se encontram inúmeros desafios, e na tradição se fortalecem as certezas de uma cultura rica, um povo forte que não se deixa definir por suas dores, que em contato com suas raízes, floresce e desabrocha.

    personagens filhas do pó

    Julie Dash realiza um trabalho brilhante em Daughters of the Dust, ao combinar uma narrativa não linear com toques de sonho e ilusão, uma interpretação teatral de seu elenco, figurinos e design de produção de época, e um roteiro capaz de sintetizar uma diversidade de sentimentos, oferecendo espaço para que todos sejam explorados. As suas protagonistas trocam confissões, amores, preocupações, exibindo em suas falas, suas imagens, uma feminilidade negra que atravessa os espaços da ilha e se conecta com suas antepassadas e com suas futuras gerações. Para isso, as interferências utópicas e a trilha sonora colaboram nessa ambientação.

    O uso de longos planos abertos, confere uma atmosfera de paz e serenidade, mas também de isolamento, de uma terra cercada por água e sem contato exterior, assemelha a ilha de Santa Helena a uma realidade paralela, um local que existe por conta de seus habitantes. A ambientação contrasta com os dramas de seus personagens, que decididos ou não a abandonar a ilha, se questionam e se debruçam eu sua cultura. É interessante analisar a personagem Yellow Mary (Barbara O. Jones), que engloba aspectos de afro futurismo e de tradição, em uma personagem vivaz e decidida. Sua trajetória, seguindo na contramão de sua família na decisão de deixar a ilha, demonstra a complexidade dos temas tratados em Daughters of the Dust.

    Daughters of the Dust foi remasterizado e se encontra disponível no catálogo da Netflix. O filme é obrigatório para interessados no cinema negro e afro futurismo. As mulheres Peazant são espelhos para um olhar sobre a diáspora africana e a busca pela liberdade real e o que ela significa.

    E aí, o que tem achado do nosso desafio #52FilmsByWomen e nosso especial Black History Month? Deixe seu comentário e lembre-se de compartilhar essa indicação com seus amigos!

    O Destino de Uma Nação: Vídeo inédito mostra transformação de Gary Oldman

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    Os dramas não fazer sucesso na internet enquanto eles estão em produção, mas O Destino de Uma Nação foi um caso único devido à transformação física insana do ator, indicado ao OscarGary Oldman. O filme do diretor Joe Wright narra um período da vida de Winston Churchill, e  Oldman ao invés de ganhar muitos quilos e raspar a cabeça para viver o famoso primeiro-ministro do Reino Unido, o ator teve outra ideia para viver fisicamente o famoso político: maquiagem.

    De fato, as primeiras imagens de Oldman como Churchill foram publicadas logo que as filmagens em O Destino de Uma Nação começaram, e o mundo ficou chocado ao ver quão estranho era a semelhança. Isso foi 100% devido a um trabalho fenomenal de maquiagem, e para ter a aparência perfeita, Oldman e Wright recrutaram o famoso designer de maquiagem e artista Kazuhiro Tsuji.

    gary oldman darkest hour
    Kazuhiro Tsuji transformando Gary Oldman em Winston Churchill

    Como Tsuji e O Destino de Uma Nação estão atualmente concorrendo na categoria de Melhor Maquiagem e Cabelo, além de mais cinco categorias; o Focus Features lançou um novo vídeo dos bastidores que oferece um olhar fantástico sobre exatamente como funcionou a transformação de maquiagem para Oldman. O filme é um forte candidato ao Oscar de Melhor Filme, e este vídeo oferece uma visão intrigante para aqueles curiosos para ver como um design insano como este ganha vida.

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    Oscar 2018: Confira os indicados à premiação!

    Confira abaixo o vídeo de Tsuji nos bastidores O Destino de Uma Nação:

    O Destino de Uma Nação chegou aos cinemas brasileiros dia 11 de Janeiro; leia também:

    CRÍTICA – O Destino de Uma Nação (2017, Joe Wright)