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    CRÍTICA – Planeta dos Macacos: A Guerra (2017, Matt Reeves)

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    A nova franquia de Planeta dos Macacos, teve seu início em 2011 com Planeta dos Macacos: A Origem, dirigido por Rupert Wyatt, onde fomos apresentados a César (Andy Serkis), um chimpanzé com uma inteligência superior que acaba liderando uma rebelião contra os humanos em busca de liberdade.

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    Já em 2014, a continuação Planeta do Macacos: O Confronto, dirigido dessa vez por Matt Reeves, se passa dez anos após a conquista da liberdade e César lidera uma nação de macacos geneticamente evoluídos, que está sendo ameaçada por um grupo de humanos, liderados por Dreyfus (Garry Oldman), sobrevivente do vírus mortal originado no primeiro longa.

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    Destaque para a excelente atuação de Toby Kebbel como Koba.

    Resultado de imagem para Toby Kebbell como Koba

    Agora, em 3 de agosto de 2017, temos a conclusão da trilogia com Planeta dos Macacos: A Guerra, novamente com a direção de Reeves, onde César e seu grupo são forçados a entrar em guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito, César lutará contra seus instintos e partirá em busca de vingança. Nessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo.

    E para quem já assistiu os filmes anteriores, certamente esperou três coisas:

    1) Exatamente o que diz o título

    Em ambos os casos anteriores tivemos uma ótima entrega nesses três quesitos. Ao que diz respeito ao título, em A Origem entendemos com clareza como os macacos tornam-se inteligentes e como a gripe símia se tornou uma pandemia ao redor do globo. Já em O Confronto, vemosCésar tendo que lidar com duas formas de confronto: seus inimigos e seus valores. E Matt Reeves conseguiu fazer uma bela sequência, superando seu antecessor; raridade no cinema. Por outro lado, em A Guerra começamos exatamente como esperamos e descobrimos que já durava dois anos a carga final da humanidade na guerra contra os macacos, lideradas pelo Coronel, um militar fanático. Porém o ritmo cai para dar espaço a jornada do protagonista e a tão aguardada guerra acaba sendo deixada para o terceiro ato, que nos surpreende ao não ser contra quem esperávamos e por trazer cenas mal produzidas e desconexas – há momentos em que parece não haver um exército inimigo no campo de batalha – o que pode frustrar os que colocaram grandes expectativas no filme com base no título.

    2) Carga dramática

    Talvez esta seja a principal característica de Planeta dos Macacos: A Origem e O Confronto, onde desperta no espectador uma ligação emocional com algum personagem (raiva, compaixão, respeito, etc) e faz pensar sobre nossa própria evolução e antropocentrismo. Reflexões que nos fazem torcer contra nossa própria espécie.

    Quem não se arrepiou ao ouvir César gritar sua primeira palavra? E o amor de Will (James Franco) ao perceber que no fim, seu melhor amigo estava finalmente “em casa”?

    No segundo longa conhecemos o significado das verdadeiras amizades, aquelas que tornam-se a família que escolhemos ao sermos apresentados à sociedade criada após os eventos passados e a relação entre CésarMaurice (Karin Konoval), Rocket (Terry Notary), Olhos Azuis (Nick Thurston) e Ash (Larramie Doc Shaw); também desenvolvemos ódio por Koba e fomos tocados pelo respeito mútuo que a narrativa desenvolveu entre Malcom (Jason Clarke) e César, bem como a loucura de Dreyfus.

    Em A Guerra, no “elenco humano” a jovem Amiah Miller que interpreta a inocente Nova, não chegou nem perto das boas experiências vividas nos longas anteriores e seu oposto, o vilão Coronel, vivido por  Harrelson, mostrava-se inexpressivo e sem emoção, sobrando então para Preacher, interpretado por Gabriel Chavarria, que ficou “em cima do muro” e não se decidiu. Assim, toda a carga dramática foi colocada nos ombros do “elenco símio” e Andy Serkis, como sempre passeia pela tela grande ao dar vida a César, não menos atrás estão Maurice,Rocket e os novatos Rex (Ty Olsson) e Macaco Mau (Steve Zahn), que parecem tão verossímeis que nos esquecemos completamente que são atores em cena. Este último, por sinal, tornou-se a grande surpresa do filme. Explico: Ao anunciarem Steve Zahn para Planeta dos Macacos: A Guerra, fiquei preocupado com a inclusão de um ator de comédia em um filme que era prometido como “a caminhada mítica de César para cimentar sua posição de Messias dos símios”, mas Zahn conseguiu ser o alívio cômico perfeito, dando leveza ao intercalar cenas divertidas enquanto César seguia em sua via crucis. Fazendo com que as duas horas e vinte minutos não se tornassem cansativas.

    Já que citamos a via crucis de César, se analisarmos bem, ela vem desde o primeiro longa; e em Planeta dos Macacos: A Guerra ela é de longe a parte mais dolorosa. Consequentemente nosso querido protagonista evoluiu ainda mais com o passar dos anos; percebemos isso em sua pronúncia mais humanizada, em sua forma de caminhar – mais ereto e com ombros firmes, com postura de quem carrega a responsabilidade de uma sociedade inteira – e principalmente em sua forma de pensar. Além de fantasmas do passado que o assombram por ainda não ter atingido seu propósito: dar uma vida de paz e segurança para sua espécie.

    3) Capturas de movimento

    O avanço da tecnologia de captura de performance nos traz a sensação de veracidade nos macacos que vemos, é uma sensação de familiaridade, mas ao mesmo tempo, de algo novo. Parece ainda mais real. É como se pudéssemos ver as expressões dos atores nos rostos dos símios. Tudo parece ser crível. Desde um macaco falar até um gorila de aproximadamente 200kg montado em um cavalo.

    ALERTA DE SPOILER!

    Fui ao cinema com a certeza que seria o fim da jornada do nosso herói símio e que veria a morte de César. Estava preparado com caixa de lenços de papel para o fim do filme, mas apesar da cena ser bonita e singela, não comoveu. Uma pena.

    FIM DO SPOILER!

    Confira o trailer:

    Planeta dos Macacos: A Guerra não é um filme de “tiro, porrada e bomba”, ok, um pouco, mas é principalmente sobre a longa caminhada de um líder que busca um lar para sua espécie, paz para seus conflitos internos e a preservação da “humanidade” (para humanos e símios).

     

     

    Avaliação: Razoável

    O que você espera do terceiro episódio da saga de César? Planeta dos Macacos: A Guerra será lançado no dia 3 de agosto de 2017. Deixe seu comentário e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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    CRÍTICA – The Handmaid’s Tale (1ª Temporada, 2017, Hulu)

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    The Handmaid’s Tale ou O Conto do Aia é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Margaret Atwood. A série é protagonizada pela Elisabeth Moss e seu elenco é composto por Joseph Fiennes, Yvonne StrahovskiAlexis BledelMadeline Brewer, Samira WileyAnn DowdO. T. Fagbenle e Max Minghella.

    A trama é uma distopia que mostra um futuro próximo, em que o mundo passa por um sério problema de infertilidade. Em meio a tanto caos, um governo totalitário, chamado de Gileade, domina os Estados Unidos e impõe várias mudanças, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, controlar dinheiro, ter prazer ou até mesmo ler.

    Nesse novo regime, as poucas mulheres que ainda podem engravidar viram as aias e são designadas para famílias da elite governante. São obrigadas a usar uma roupa vermelha, um tipo de chapéu que esconde o rosto e impede que enxerguem os arredores. Durante o período que ficam com essas pessoas, são submetidas a estupros e outras situações degradantes. Todas essas atrocidades são justificadas por uma interpretação extremista de histórias bíblicas.

    A série começa com um ritmo intenso e você é inserido no meio de tudo sem saber o que está acontecendo. A trama vai evoluindo com o passar dos episódios, vamos tomando consciência do que está rolando e do quão bizarra é a situação. O choque é tão grande porque é algo muito real, fazendo uma crítica à misoginia, sexismo e toda forma de preconceito e intolerância presente em nossa sociedade.

    A protagonista June (Elisabeth Moss), após ser caçada e separada de sua família, é enviada à residência do comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) e tem seu nome tirado de si, passando a ser chamada de Offred. Esse nome é mais uma forma de simbolizar a objetificação da mulher na história, dizendo que a mesma pertence a alguém. Nesse caso, “Offred” significa “do Fred”.

    The Handmaid’s Tale faz o uso constante de flashbacks para mostrar os acontecimentos que levaram os Estados Unidos a virar essa república teocrática. Também usa a repressão sofrida pela protagonista para fazer com que a mesma dialogue com o espectador, mostrando a sua visão sobre o que aconteceu e como ela se sente.

    Todo o elenco está muito bem, mas Elisabeth Moss tem um nível de atuação tão elevado que consegue passar o que sua personagem está sentindo apenas com olhares e sorrisos falsos.

    A Yvonne Strahovski que interpreta a Serena Joy, esposa do comandante Fred, protagoniza um dilema bem interessante. Ao mesmo tempo que segue essas novas leis cegamente, no fundo, ela sente um incômodo sobre tudo que está acontecendo. Isso fica cada vez mais claro por causa das expressões e decisões da personagem.

    Outra atriz bem conhecida pelo público é a Samira Wiley, a Poussey de Orange is The New Black, que tem bastante destaque durante toda a temporada de The Handmaid’s Tale, mas não oferece nada muito diferente do que já conhecemos de sua personagem na produção da Netflix.

    Janine ou Ofwarren (Madeline Brewer) além de ser uma personagem importante para o desenvolvimento da narrativa, também é uma metáfora para aquele tipo de pessoa que está vendo algo de errado, mas prefere fechar os olhos e fingir que está tudo bem.

    Dos aspectos técnicos, a série tem uma fotografia belíssima e usa bem os contrastes. Todo o ambiente possui cores mais lavadas, evocando uma atmosfera mais depressiva que condiz com o que está acontecendo. Enquanto o vermelho das roupas das aias se destaca, passando a ideia de vida, até porque elas representam isso para aquela sociedade.

    Nota: Ótimo

    Confira o trailer:

     

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    Jogador Número 1: Confira todos os easter eggs do primeiro trailer

    Baseado na série de livros de Ernest Cline, o filme se passa em um 2045 pós-apocalíptico que o mundo sofreu uma crise energética causada pelo fim de combustíveis fósseis, e para escapar das tristezas do dia-a-dia de uma existência ainda mais triste, as pessoas se aventuram no OASIS, um mundo virtual onde toda e qualquer coisa é possível. Em algum lugar dentro da simulação está um Easter Egg que nos dará as chaves para entrar nesse mundo virtual, e a vida deWatts muda em um instante, quando ele descobre a primeira dica deixada pelo criador do OASISJames Halliday, uma descoberta que levará outros caçadores de Easter Eggs a uma busca desenfreada por Watts, afim de ganhar o maior tesouro do game.

    Halliday era uma criança dos anos 80, a realidade do OASIS foi programada para ter referências daquela década, e parece que Spielberg foi até o próximo level, em sua adaptação cinematográfica. O trailer de Ready Player One contém muitos easter eggs modernos, que contrastam com outros mais retrô.

    Confira o trailer abaixo, e logo depois, os easter eggs presentes no trailer!

     

    Imaginação Pura

    Quando o protagonista Wade Watts coloca o headset de realidade virtual, é possível identificar ao fundo o que parece ser uma homenagem à música de A Fantástica Fábrica de Chocolate de Gene Wilder. A escolha da trilha se encaixa em muitos aspectos, com a óbvia percepção de que quando entramos no mundo simulado, as regras do dia-a-dia não se aplicam mais.

    A Fantástica Fábrica de Chocolate teve grande influência em Ready Player One no que se refere à trama. O OASIS foi criado por James Halliday, que pouco antes de morrer, revelou que havia deixado um Easter Egg dentro da simulação, e a primeira pessoa a encontrar herdaria toda a sua fortuna e a empresa, igual ao ticket dourado que as crianças precisam encontrar da história de Ronald Dahl. Tal como a letra “W” que está presente no nome dos protagonistas de ambas as histórias, Wade Watts e Willy Wonka.

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    Arlequina e Exterminador

    Em 33 segundos do trailer, quando o espectador pode enxergar pelos olhos de Wade, vemos dois personagens à esquerda. Quando olhamos mais de perto, podemos ver que a personagem feminina usa maria chiquinhas e uma saia, visual conhecido da versão atual da Arlequina. A figura mascarada ao seu lado, usa duas espadas cruzadas nas costas e uma bandoleira no peito. Olhando rápido, o personagem pode ser confundido por Deadpool, mas com Arlequina ao seu lado, apostamos que seja Slade Wilson e não Wade Wilson.

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    O Gigante de Ferro

    Não existe dúvidas de onde vem a próxima referência. O Gigante de Ferro tem uma grande entrada aos 44 segundos, marcando o lançamento do personagem nas telonas, desde a sua estreia na animação de Brad Bird em Julho de 1999. Se Vin Diesel reprisará o papel, não se sabe, mas Spielberg e o ator trabalharam junto em outra ocasião, durante a filmagem de O Resgate do Soldado Ryan.

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    Lady Deadpool

    Os que prestaram bastante atenção no Gigante de Ferro, podem ter deixado passar a referência em potencial na cena, a imagem que aparece ao seu lado. Uma figura sombria que possui uma semelhança incrível com Lady Deadpool, com duas katanas e o que parece ser a assinatura da personagem, que é o seu longo rabo de cavalo loiro. Será que é ela mesmo? Provavelmente não, já que ela é propriedade da Marvel/Disney, mas a homenagem parece óbvia para nós.

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    Freddy

    Na marca de 1:00 de vídeo, está o personagem responsável por muitos pesadelos, Freddy Krueger, que os fãs de terror com certeza o reconhecerão por suas garras. Sua aparição acaba rápido, e ele é transformado em milhões de pixels.

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    Aech

    Em 1:03 do trailer, temos uma referência aos livros, um personagem meio ogro atirando com um fuzil com um Aech escrito em seu peito. Isso é uma revelação de como os avatares dos personagens serão adaptados, já que Aech é o nick do melhor amigo de Wade nos livros, com quem ele divide a difícil missão de encontrar o tão falado Easter Egg de Halliday.

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    Tom Sawyer dos dias atuais

    A música muda da metade do trailer em diante e para de tocar a homenagem à Willy Wonka, e começa a tocar a música Tom Sawyer da banda Rush, mas a música não serve apenas de background para reforçar as cenas de ação do trailer. Nos livros, a banda canadense Rush era a favorita do criador do OASISJames Halliday, e todos os seus jogos (incluindo o mundo virtual de OASIS) foram criados enquanto ele ouvia a música de Geddy Lee e companhia.

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    Moto de Luz

    Cruzando o asfalto virtual em 1:35 vemos uma clara referência da moto de Kaneda do anime/mangá Akira e/ou as Motos de Luz da ficção científica Tron, ambos dos anos 80. Tal como A Fantástica Fábrica de ChocolateAkira é um mangá japonês criado por Katsuhiro Otomo; considerado um clássico do estilo cyberpunk e acabou dando origem a um longa-metragem de animação com o mesmo nome, lançada em 1988. Já o filme Tron tem sua trama principal consistindo em Jeff Bridges ser puxado para dentro de um vídeo game enquanto é perseguido por um grupo opressivo de vilões digitalizados.

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    Campo de Batalha de 8-Bits

    Claro que Tron é outra propriedade da Disney, mas isso é meramente outra homenagem. Talvez o aspecto mais importante desse Easter Egg é o símbolo da Atari no aro dianteiro. No começo da história Wade e Aech se preparam para a busca do Easter Egg zerando todos os jogos favoritos de Halliday, só para o caso de isso os levar em uma missão. Dada a época da infância do criador do OASIS, muitos dos seus jogos favoritos são clássicos do Atari, o que pode explicar o porquê de vermos o escorpião do clássico arcade Centipede lutando contra os cavaleiros de Joust em um campo de batalha.

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    88 Milhas

    Não muito atrás das Motos de Luz, está o DeLorean, a máquina do tempo que ficou famosa nos anos 80, por causa da trilogia De Volta para o Futuro. O veículo provavelmente precisará passar das 88 milhas por hora.

    O que você espera da adaptação de Steven Spielberg do bestseller? Jogador Nº 1 será lançado no dia 29 de Março de 2018. Deixe seu comentário e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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    CRÍTICA – Círculo (2013, Mats Strandberg e Sara Bergmark Elfgren)

    “Mas todo mundo tem problemas. Não precisa se matar. Se todo mundo sentisse tanta pena de si mesmo, não sobraria ninguém.”

    O começo do livro é bem confuso e totalmente entediante, confesso que deixei de lê-lo várias vezes, mas depois que chegou no meio do livro tudo passou a fazer sentido; apesar da história ser bem entediante em algumas partes, ela tem um tom sombrio e até cômico as vezes. Se você espera uma história fofinha de amigas bruxas, você está lendo o livro errado! As protagonistas tem uma vida bem triste e mórbida, você acaba se apegando ao jeito de cada uma e acaba ficando curiosa com o fim. O livro Círculo pertence a uma trilogia, mas pelo que pesquisei aqui no Brasil só tem o primeiro livro, o que é triste.

    “Você só é o que as pessoas acham que você é.”

    As protagonistas do livro são: VanessaLinnéaAnna-KarinRebeckaIda Minoo, ambas tem vidas totalmente diferentes; juntas elas formam o Círculo de bruxas e terão que aprender a lidar uma com a outra e assim conseguir controlar seus poderes. O livro foca bastante em cada uma, sendo que sempre muda a narração da pessoa, tornando o livro até meio confuso, mas nada que tire o foco do principal que é descobrir quem está matando as bruxas.

    “Quem é jovem acha que o mundo gira ao redor de si e que qualquer contratempo é o fim do mundo.”

    Elas terão que ir para uma missão de vida ou morte e deverão entender o motivo de serem as Escolhidas; aprender que não devem confiar em ninguém nem mesmo nos seus familiares, amigos, namorados e devem se manter unidas dentro do Círculo, caso contrário, o mal irá engolir o mundo e transformá-lo em chamas.

    “Magia. Minoo sente um arrepio quando ouve a palavra. Claro que existe uma palavra para tudo que aconteceu. É uma palavra que ela leu mil vezes em contos de fadas e fantasia, mas soa nova e desconhecida quando dita pela diretora. Assustadora, mas atraente. O fantástico é possível.”
     

    Escrito por: Mats Strandberg e Sara B. Elfgren;
    Editora: Intrínseca;
    ISBN: 978-85-8057-429-6;
    Ano: 2013;
    Páginas: 416;
    Skoob: AQUI;
     

    SINOPSE:

    Minoo sempre foi a melhor da turma, mas não consegue fazer amigos. Vanessa é a garota mais sexy do colégio e namora um cara bem mais velho. Linnéa tem pai alcoólatra e é malfalada na escola. Rebecka parece ter uma vida de contos de fadas, mas esconde de todos que tem um distúrbio alimentar. Anna-Karin sofre bullying e deseja ser invisível. Ida, apesar de popular, é detestada tanto pelos professores quanto pelos alunos. Elas não são amigas nem têm quase nada em comum, exceto o fato de frequentarem o mesmo colégio na cidadezinha sueca de Engelsfors. Quando uma lua vermelho-sangue surge no céu, as seis são atraídas por uma força misteriosa até um parque de diversões abandonado, onde descobrem que são as Escolhidas, um grupo de bruxas ligadas por uma antiga profecia, e que uma força terrível foi libertada. Diante de uma série de suicídios suspeitos, elas precisam se unir e aprender a usar suas habilidades mágicas recém-adquiridas se quiserem sobreviver. Juntas, formam um círculo poderoso, capaz de impedir uma profecia que anuncia o fim do mundo. Separadas, são caçadas por um inimigo misterioso que as persegue dentro e fora da escola.

    Avaliação: Bom

    Confira mais críticas de livros, e do nosso parceiro. Deixe seu comentário e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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    CRÍTICA – Preacher (1ª temporada, 2016, AMC)

    Preacher é uma série de histórias em quadrinhos publicado pelo selo Vertigo da DC Comics. Criada pelo roteirista Garth Ennis e pelo desenhista Glenn Fabry e sua primeira publicação foi em 1995. A série de quadrinhos contou com 75 edições – sendo 66 edições mensais, 5 edições especiais e uma série limitada de quatro edições. Toda a série foi reunida em nove encadernados.

    Preacher ganhou uma adaptação para a TV em 2016, pelo canal americano AMC. A adaptação foi escrita por Seth Rogen e Evan Goldberg; Que já haviam trabalhado juntos no roteiro de filmes como SuperbadFesta da Salsicha e outros.

    Os quadrinhos da série foram um marco no que diz respeito à narrativa e valores dos personagens, sendo um divisor de águas na época em que foi lançado, até mesmo para leitores mais velhos do que o habitual.

    Na série de TV, somos apresentados à Jesse Custer (Dominic Cooper), um padre problemático que é possuído por uma entidade sobrenatural que lhe confere poderes além de sua compreensão. Chamada de Gênesis, essa entidade dá o seu portador o dom da palavra, fazendo com que o seu portador seja obedecido instantaneamente.

    A série que parece começar com um pé atrás no que se trata de sua essência – tentando humanizar demais os personagens – e encontra seu caminho apenas ao final da primeira temporada. Ambientada quase que completamente em Annville, Texas, a série nos apresenta um ponto de vista caótico e conflitante Jesse, nos dando todas as camadas de um personagem que em meio ao caos que é sua vida, tenta ser o porto seguro daqueles que visitam sua capela.

    Jesse Custer que se tornou um com Gênesis, se junta a Tulip (Ruth Negga) sua ex-namorada e Cassidy (Joseph Gilgun) um vampiro irlandês bêbado, de 119 anos. E juntos decidem ir atrás de Deus.

    A série da AMC, assim como todas as adaptações dos quadrinhos perdem bastante quando adaptadas do material fonte. Por não ter as mesmas liberdades que um quadrinho de selo adulto possui, a AMC – que mesmo com toda a liberdade dada às suas produções – ainda parece “cortar as asas” de Rogen e Goldberg.

    A origem dos personagens de Custer e Tulip forma alteradas, para que houvesse um entendimento mais fácil dos espectadores – não os tornando mais rasos que as suas contrapartes do material de origem – e para que houvesse uma assimilação mais rápida da origem deles. Mesmo não sendo tão dramáticas quanto suas versões dos quadrinhos, as origens dos personagens da série ainda conseguem nos causar um certo aperto no coração.

    Os personagens secundários utilizados na série nos cativam por seus maneirismos e batalhas pessoais, mas pecam por ter um fraco desenvolvimento. A série conta com 10 episódios – que levam mais tempo que o necessário para mostrar a que veio e levar os personagens pelo caminho dos quadrinhos, acontecendo só no último episódio da temporada – e assim, acertando ao nos entregar uma temporada enxuta, que oferece menos chances de erros e sem o cansaço tão grande que uma série de 20-24 episódios causaria.

    Alguns dos elementos dos quadrinhos foram bem adaptados, tal como Eugene – O famoso Cara de Cu – dos quadrinhos, interpretado por Ian Colletti. A origem do personagem na série me agrada, mesmo se afastando um pouco da sua contraparte, nos dando uma razão mais aceitável para que Eugene deixasse de ser um garoto normal para se tornar o Cara de Cu, após uma tentativa de suicídio que deu errado.

    Outro ponto forte da série, são os personagens que caçam Jesse CusterFiore (Tom Brooke) e DeBlanc (Anatol Yusef), são dois anjos enviados a Terra com a missão de retirar Gênesis do corpo de Jesse, afim de levá-lo de volta ao Céu – nesse ponto não sabem que a entidade se tornou um com Custer. Os planos atrapalhados dos dois emissários dos céus são frustrados por eles mesmos, em seus encontros e armadilhas para capturar CusterFiore e DeBlanc são mortos diversas vezes por Cassidy e companhia – o que não os impede de voltar e tentar finalizar a missão por diversas vezes.

    Desde o começo da temporada, somos apresentados à um personagem de grande importância da mitologia de Preacher por meio de flashbacks. Ambientado no Velho Oeste americano, vemos o pior dia da vida de um homem sendo revivido dia após o outro. Mais tarde descobrimos que aquele personagem é o Santo dos Assassinos. O personagem teve importância tão grande nos quadrinhos que ganhou uma edição limitada só sua, intitulada Preacher: Saint of Killers, que mostrou mais sobre as motivações do Santos e teve uma breve aparição na série da DC ComicsHitman.

    Preacher tem grandes acertos, como o roteiro, fotografia e forma de adaptar os personagens, mas também alguns erros. O que fazem da série problemática em alguns momentos. O desenrolar lento da história pode causar o desinteresse de alguns espectadores, mostrando o caminho que a série tomará só no último episódio da primeira temporada.

    Confira o trailer da primeira temporada:

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    Avaliação: Razoável

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    A segunda temporada de Preacher estreou no dia 19 de Junho no canal AMC. A série ainda não teve direito de exibição comprada por nenhum canal no Brasil. Fique ligado aqui no Feededigno para mais novidades do cinema e você pode nos acompanhar também pelas principais redes sociais:

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    CRÍTICA – Dunkirk (2017, Christopher Nolan)

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    Aviso: Como sempre faço o máximo para não colocar spoilers nas críticas. No caso desse filme foi mais difícil que outros, então, atenção!

    Dunkirk é o mais novo lançamento de Christopher Nolan, onde o diretor explora a Batalha de Dunkirk, um momento em que as Forças Aliadas foram encurraladas na praia de mesmo nome, na França, e aguardam resgate enquanto buscam sobreviver a repentinos ataques inimigos. No elenco, Tom Hardy, Mark Rylance, Kenneth Branagh, Harry Stiles e Cillian Murphy. A cinematografia é de Hoyte Van Hoytema (Interestelar e Ela) e a trilha sonora de Hans Zimmer.

    Nolan faz aqui uma escolha ousada em termos de timeline narrativa. Existem basicamente três momentos distintos, e em cada um deles o tempo passa de maneira diferente.

    Na praia, onde os soldados aguardam resgate; no mar, onde os barcos e navios civis cruzam o canal para ajudar no resgate, e no ar, onde os poucos pilotos restantes tentam evitar os ataques aéreos do inimigo aos soldados encurralados. Essa escolha cria uma honestidade narrativa raramente vista em filmes de guerra: O tempo não é sentido ou contado da mesma forma para aqueles em situações distintas. A passagem lenta e tediosa do tempo na praia condiz com a situação daqueles soldados, desesperançosos e em busca de sobrevivência, sem ter muito o que fazer, a espera de ajuda.

    Já no mar, os civis que decidem ajudar no resgate sabem que o tempo é curto e mais dinâmico.

     

    Finalmente, no ar, os pilotos contam o tempo através do combustível restante.

     

    É fato que o encontro dessas timelines distintas cria alguns momentos de confusão, mas a montagem do filme guia o espectador e não deixa muitos buracos.

    Apesar da narrativa complexa, Dunkirk é um filme com pouco diálogo. Isso não significa silencioso. A trilha sonora orquestrada por Han Zimmer preenche todas as lacunas, e oferece a carga emocional e dramática necessária para criar a tensão e senso de urgência no filme. A cinematografia e a arte fazem da experiência um espetáculo cinematográfico raramente visto nos últimos anos. Essa é uma proposta de Nolan, de um retorno a uma forma cinematográfica que de fato, é melhor no cinema (e acreditem, eu sou uma defensora dos serviços de streaming, mas justiça seja feita).

    Quanto a adaptação dos fatos, existem claramente liberdades criativas tomadas por Christopher Nolan, mas o diretor possui o compromisso de não oferecer uma representação glorificada e maniqueísta da guerra. O realismo letárgico e aflito presente nas repetições de alguns eventos e nas longas esperas condiz com relatos de guerra. Dunkirk não apresenta patriotismo exacerbado, não se foca em histórias pessoais paralelas de seus sujeitos. Todos querem sobreviver e mesmo assim, a esperança é pouca.

    Dunkirk não é um filme perfeito. Em alguns momentos pode se tornar cansativo e o potencial de alguns atores como Cillian Murphy e Tom Hardy é praticamente desperdiçado pois possuem pouco tempo em cena. Na atuação, os destaques ficam com Mark Rylance e Kenneth Branagh entregando  performances contidas mas carregada de emoção, focadas nas expressões faciais e não no texto. Não existem mulheres de destaque no elenco. As múltiplas timelines geram momentos de confusão não intencionais, mas não comprometem a experiência. No último ato, o longa apela para um artifício dramático que não possui muito impacto pois não foi construído de forma satisfatória ao longo da trama, parecendo jogado e desnecessário. Já no aspecto político da guerra, o filme faz menção a algumas estratégias questionáveis por parte dos aliados, mas a questão nunca é retomada e o filme teria muito a ganhar caso explorasse melhor o tema.

    É fato de que Dunkirk é um filme de guerra épico, sem apostar na exposição gore dos horrores, mas no tempo como inimigo ou aliado, em um paralelo direto com a narrativa que apresenta. É inovador na construção narrativa, apresenta uma trilha sonora brilhante, mas pode desagradar os mais críticos do estilo e escolhas do diretor Christopher Nolan. A sua decisão de não glorificar a guerra ou seus heróis e apresentar a moralidade duvidosa presente no conflito é perspicaz.

    Avaliação: Bom

    Confira o trailer:

    Dunkirk chega aos cinemas brasileiros dia 26 de julho. Deixe seu comentário e lembre-se de nos acompanhar nas principais redes sociais.

    Confira também o Claquest  – podcast do Canal Claquete – sobre o diretor Cristopher Nolan onde também participei, junto com a Stephanie Espindola:

    http://canalclaquete.com.br/podcast-de-cinema/christopher-nolan-clacast-3/