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    CRÍTICA – ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’ é sobre política e muito mais

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    O próximo capítulo do MCU é uma sequência de uma dos melhores seriados da fase voltada para os produtos de tv/streaming deste universo que já tem mais de uma década de existência. Capitão América: Admirável Mundo Novo (Captain America: Brave New World) é uma produção dirigida por Julius Onah, roteiro realizado por Malcom Spelmann e Dallan Musson.

    O elenco tem o retorno de Antony Mackie como Sam Wilson, o novo Capitão América, Carl Lumbly como Isaiah Bradley e completando o elenco Danny Ramirez, Giancarlo Esposito e Shira Haas.

    Substituindo o falecido William Hurt como Thunderbolt Ross foi escalado o renomado ator Harrison Ford que irá participar pela primeira vez em uma produção que adapta um personagem do universo de quadrinho.

    A história de Capitão América: Admirável Mundo Novo irá dar continuidade à minissérie de televisão Falcão e o Soldado Invernal, com o herói assumindo uma responsabilidade muito maior diante de uma crise internacional iniciada após uma descoberta que mudará o mundo.

    Admirável Mundo Novo

    O mais novo capítulo do universo cinematográfico da Marvel não é um filme que poderia considerar como algo perfeito, mas acredito que irá satisfazer aquela parcela do seu público que não se preocupa tanto em caçar um milhão de easter eggs em cada frame da produção ou fazer um esforço homérico para justificar sua qualidade apenas por ser o seu filme de bonequinho favorito.

    E partindo disso é importante começar pelo roteiro que é interessante como proposta, mas se perde em alguns pontos quando precisa conduzir a narrativa para algo muito mais complexo, provocativo, optando criativamente por se acanhar, caminhando para um espaço seguro com algumas obviedades e soluções que são muito convenientes tirando o peso do que se estabelece em um primeiro ato que é muito interessante.

    O trabalho de direção não se torna um grande destaque, mas consegue conduzir a história com boas cenas de ação e quando o roteiro oferece bons diálogos consegue ressaltar o trabalho realizado pelos atores em cena.

    Nos aspectos técnicos o que de fato ganha um brilho que torna a experiência cinematográfica muito agradável são as atuações do elenco liderado por Antony Mackie que mostra muita segurança em seu desempenho e uma química em tela muito agradável com Danny Ramirez formando uma dupla que gostaria de ver em muito mais produções.

    Admirável Mundo Novo

    Dificilmente iria deixar de mencionar o trabalho de Giancarlo Esposito e Harrison Ford com o eterno Indiana Jones mostrando que não é apenas um substituto de peso para suprir uma ausência que iria ser importante para esta produção acrescentando uma camada emocional muito sólida para o temido general Ross agora como um chefe de estado, uma posição que o coloca muito mais em evidência do que um membro de alto escalão militar.

    Mesmo com essa oscilação é um filme que consegue ser divertido como um conjunto porque apesar de ter coisas que não agradam os pontos positivos se tornam uma grata compensação o que torna este filme uma produção muito honesta em relação ao que está se propondo a oferecer.

    Após esta experiência passei a considerar Sam Wilson o Capitão América mais humanizado entre os três que já conhecemos nesta jornada gigantesca de produções porque ele consegue ir além do simbolismo que o Rogers alcança, inclusive importante ressaltar algo que o próprio desejava quando ele passou a compreender este papel que se mescla entre o heroísmo com política. Porém seu sucessor legítimo acaba alcançando um status de confiança que se torna uma versão muito melhor a respeito do que significa sua posição.

    Admirável Mundo Novo é uma representação interessante de um aspecto do nosso mundo como essa bolha prestes a explodir, com um vazamento ininterrupto de violência e com a cereja do bolo um militar que o conceito de diálogo parece ser algo muito longe do seu alcance e isso se torna o cenário que a existência de uma pessoa que tenha como sua melhor qualidade de mediação é o diálogo imprescindível sendo algo muito inspirador ser um personagem negro ocupar essa posição.

    Capitão América Admirável Mundo Novo é um filme que não gira em torno da perfeição técnica para cativar o seu interesse, mas consegue ser um bom filme pela sua ótima proposta traduzida através do excelente trabalho realizado pelo seu elenco e protagonista.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Capitão América: Admirável Mundo Novo pode ser assistido nos cinemas de todo Brasil a partir de hoje 13 de fevereiro de 2025. Confira o trailer do longa:

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    CRÍTICA: ‘Yakuza 3’ é ponto baixo na franquia, mas ainda é Yakuza

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    Como dito algumas vezes aqui por mim, cheguei na franquia Yakuza relativamente tarde. Mergulhando em um mundo repleto de riqueza, comédia, desafios e quase sempre de conflito. Em Yakuza 3, vemos um capítulo da vida de Kiryu em uma época de aparente paz. Repleto de intrigas e o início de uma realidade distante da que estava acostumado, Kiryu tem um vislumbre de paz quando fantasmas do passado insistem em aparecer e acabar com tudo.

    Após os acontecimentos de Yakuza 2, Haruka auxilia Kiryu a cuidar das crianças que moram no Orfanato Morning Glory, localizado na costa de Okinawa.

    Se distanciando do que foi mostrado nos outros jogos, as aventuras de Kiryu aqui, deixam de fora alguns dos maiores absurdos de sidequests que divertiam e cativavam por seu tom satírico.

    Em Yakuza 3, temos a história mais pé no chão da franquia até aqui, mas talvez, isso se dê pelo teor de sua história. A parte de missões específicas que nos fazem rir, nenhuma que se compare a distrair pessoas para que uma estátua viva fosse ao banheiro, ou em que uma gangue gosta de se vestir de bebês e utilizar fraldas.

    Yakuza 3

    No game, a sobrevivência de Kiryu e das crianças do orfanato Morning Glory está em jogo. Quando descobre que o orfanato está para ser derrubado para a construção de um resort, Kiryu descobre que sua paz está sendo perturbada por forças maiores do que imagina. Inimigos surgirão e também amigos, cujos vínculos se tornam mais profundos do que imagina-se, como é com Rikiya.

    Colocando em risco muito mais do que apenas sua vida ou o destino do Clã Tojo, Kiryu é o pai adotivo que não medirá esforços a fim de proteger suas crianças.

    Após descobrir quem está por trás da tentativa de comprar o orfanato, e um certo tempo, Kiryu recebe uma ligação, revelando que o presidente do Clã foi baleado por alguém bem parecido com Shintaro Kazama – morto 4 anos antes -, nosso protagonista parte então para descobrir a verdade.

    Yakuza 3

    Com o Clã Tojo sem uma liderança, muitos tentam ascender na hierarquia, criando disputas internas, apenas para serem derrotados sem dó por Kiryu que acredita no retorno de Daigo.

    Um dos elementos que me fazem ver Kiryu como um dos personagens mais bem desenvolvidos do game, é sua retidão e honestidade.

    Por horas de gameplay que nos deixam na beirada do assento, mais da jornada é revelada e para nossa surpresa, plots tradicionais são vistos aqui. Como o clássico do: irmão gêmeo que ninguém sabia da existência, e o nada incomum apoio da CIA a um golpe.

    As surpresas de Yakuza e um mundo único

    Yakuza 3

    Por mais louco que possa ser, a franquia Yakuza me traz um conforto singular, mesmo não dando paz a Kiryu por um minuto sequer.

    Sendo cativante em quase tudo que se propõe, Yakuza 3 diverte, e talvez por seu tom mais sério – ou pela história que dá muitas voltas -, este seja o ponto mais baixo da franquia até aqui. Após 4 jogos de imersão no mundo da Yakuza, pelas cidades de Kamurotcho, Sotenbori e as histórias de muitos, muitos personagens, ouso dizer que não tenho pressa para chegar ao fim da franquia.

    Saboreando cada um dos detalhes da história, minijogos e missões secundárias, vi em Yakuza o mundo de conforto dos games o qual sempre procurei. Sendo uma das minhas franquias favoritas, este mundo nos lança por jornadas singulares, apenas para nos surpreender a cada um de seus arcos.

    Yakuza 3

    Deixando ganchos, surpreendendo e nos fazendo sentir desafiados o tempo todo, Yakuza 3 nos instiga a avançar, explorar, mas não sem apelar sempre para o nosso senso de justiça. Por um mundo permeado pela violência e truculência, as habilidades de Kiryu talvez sejam a única arma de defesa e a forma de fazer o que é certo.

    A franquia Yakuza pode ser jogada no Xbox Game Pass para PC e Xbox One, Series X/S.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #33 | ‘Enduro’ é clássico atemporal

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    Ser um jogo clássico não é apenas sobre marcar uma época por seu sucesso, uma inovação ou uma memória tão marcante, mas por ser um molde que perdura além do recorte de seu tempo e no gênero corrida ‘Enduro‘ é um destes exemplos. Criado para Atari 2600 e publicado pela Activision em maio de 1983, neste ano chegando a 42 anos de seu lançamento, um sucesso reconhecido em sua época e nos anos seguintes.

    A ideia que deu origem a Enduro surgiu enquanto o designer Larry Miller teve uma ideia enquanto assistia uma corrida de carros, capturar essa experiência emocionante e desafiadora das disputas automobilísticas para o universo digital.

    Ele não tem uma história, mas seu objetivo é ultrapassar seus carros adversários em uma corrida que não tem um posicionamento, a cada nível vencido a dificuldade aumenta assim como as condições que a fase irá apresentar indo o mais longe possível enquanto temos tempo para avançar.

    Enduro

    Com a companhia do programador Steve Cartwright e um grande desafio a frente foi iniciado o processo de desenvolvimento do jogo. Nesta etapa, trabalhar com uma tecnologia que não oferecia tantas ferramentas para criar elementos de jogabilidade como a sensação de velocidade ou as mudanças climáticas, afinal era um mundo que girava apenas em 8 bits e tudo tinha uma compreensão bem diferente da atualidade.

    Para crianças da década de 90 o acesso ao console Atari foi um dos primeiros contatos possíveis quando se tratava da diversão proporcionada pelo universo dos videogames e eu não fui uma exceção.

    Enduro surgiu para mim na mesma época que Ayrton Senna era um dos grandes pilotos em evidência na Fórmula 1, então naquela tão simples perspectiva realizar uma corrida que era necessário ultrapassar outros concorrentes, obstáculos e enfrentando as condições adversas como as mudanças de clima era o mais próximo do realismo que poderia se reproduzir no imaginário infantil.

    Enduro

    Agora muito mais velho é possível compreender de forma muito mais ampla as razões para este jogo ser incrivelmente divertido como, por exemplo, a progressão de dificuldade que acontece a cada fase que se avança sendo algo a se conectar diretamente com a imersão proporcionada porque exigia uma atenção de quem o jogasse.

    E como jogos como Enduro se tornaram um molde para tudo o que se relaciona ao gênero de corrida nos anos seguintes?

    Minha resposta seria apontar na direção do próprio conceito do jogo que oferece, dificuldade e entretenimento através das adversidades que são proporcionadas durante uma corrida. Após o seu lançamento cada geração seguinte vai aprimorando este elemento, adicionando mais elementos nas mecânicas de jogabilidade, aumentando o desafio, condições se tornando cada vez mais refinado e alcançando a cada novo título um desafio muito maior.

    Também podemos acrescentar a importância de ser um jogo atemporal, mesmo que joguemos ele agora na geração infinitamente superior em aspecto de tecnologia, ainda consegue gerar o entretenimento de sua proposta, não apenas sendo um recorte temporal mas a reflexão que uma ideia consegue se manter relevante mesmo que sua época já tenha passado.

    Jogos assim sempre trazem a reflexão sobre como estamos encarando o universo de games atualmente, onde existe apenas a grande preocupação em torno da questão tecnológica e desempenho, uma análise fria como se tudo que esse produto significasse fosse limitado a suas questões técnicas abandonando totalmente o aspecto lúdico e quanto isso pode ser divertido como experiência.

    Pensar sobre a simplicidade de Enduro acaba me levando a esse questionamento, algo que sempre acaba acontecendo quando revisito um jogo antigo e espero que outras pessoas compartilhem deste pensamento sobre colocar um olhar mais recreativo sobre tudo isso e daqui outras quatro décadas analisem essa geração como um outro grande momento de brilhantes ideias.

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    CRÍTICA: ‘Donkey Kong Country Returns HD’ é remaster que poderia ser um remake

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    Depois da apresentação do Nintendo Switch 2, muito se tem discutido sobre a reformulação do famoso macacão da Nintendo. Donkey Kong é uma das maiores e aparentemente, mais esquecidas franquias da Big N, principalmente nos últimos anos, visto que o último game original da franquia foi lançado há pouco mais de 11 anos. Lançado originalmente para o Wii em 2010, Donkey Kong Country Returns recebeu uma versão 3D para o Nintendo 3DS em 2013. Agora, em 2025, o game recebe uma versão em HD para o Nintendo Switch.

    Apesar de ter causado um grande burburinho quando foi anunciado por seu trailer de lançamento deixar a desejar, a iluminação, vfx e elementos do game foram melhorados e refinados antes do lançamento do game em 16 de janeiro para o Switch. Aqui, podemos considerar esta como uma das mais desafiadoras histórias do DK.

    Desenvolvido pela Retro Studios, responsável por games como a franquia Metroid Prime e Mario Kart 7, somos envolvidos por uma gameplay que parece ter sido criada pela Rare – desenvolvedora da franquia Donkey Kong Country original.

    Apenas para ser lançado por um mundo tomado pela Tribo Tiki Tak – estes chegam após uma erupção no vulcão da ilha Donkey Kong -, inimigos surgem e transformam todos os animais da ilha em escravos.

    Ao longo de níveis desafiadores e nove mundos distintos, Donkey Kong Country Returns HD nos apresenta diversas melhorias em relação ao original, mas explicita quais assets receberam pouco ou quase nenhum tratamento em relação à versão original. Um dos aspectos mais positivos do game, é o modo multiplayer que te permite jogar controlando também, Diddy Kong.

    Donkey Kong

    Pelo valor de R$ 300,00, ouso dizer que a Nintendo fez pouco esforço aqui. Mesmo tendo lançado ótimos remakes em 2024 como Thousand-Year Door, a Big N acertou ao lançar games como Luigi’s Mansion 2 HD – game que anteriormente estava preso no Nintendo 3DS.

    Em Donkey Kong Country Returns HD, melhorias como o modo acessível do 3DS é chamado aqui de Modern, que te garante uma dificuldade mais razoável, mais corações de vida e mais itens no inventário. O que te permite errar mais e ainda assim, prosseguir.

    Em uma era que a Nintendo parece estar olhando especialmente para o Brasil, o erro de não localizar o game para o Português do Brasil mostra a falta de empenho da Nintendo citada anteriormente, por mim.

    Donkey Kong

    Com o novo mundo disponível com 8 fases novas – mostradas pela primeira vez na versão do 3DS -, Donkey Kong Country Returns HD pode te proporcionar cerca de 10 horas de gameplay divertida e moderada. Estas horas podem ser prolongadas para o dobro caso ao fim do game, você opte por jogar o Modo Espelhado.

    Com melhorias relacionadas ao visual, o game pode hoje ser jogado em full HD, o que é uma evolução. Mas com texturas e modelagem de fundo de tela estáticas tendo sido reaproveitados em determinados níveis, ouso dizer que os desafios aqui, tenham sido colocados e remodelados de maneira a não nos fazer prestar tanta atenção aos detalhes.

    Com vegetações escassas se compararmos ao game original, aqui, foi refeito claramente, um trabalho de upscalling da imagem, ignorando outros elementos, que justificassem o valor cheio cobrado pelo game.

    Mesmo sendo relativamente frustrante por não ser um remake, ou haver melhorias suficientemente significativas, recomendo que você jogue o game e tire suas próprias conclusões.

    Como um platformer desafiador, Donkey Kong Country Returns HD diverte, desafia e nos leva por uma curiosa e por vezes, perigosa jornada. Ficando maravilhado com cada um dos níveis, mas também pela dificuldade e jogabilidade, o retorno à franquia Donkey Kong não poderia ter sido melhor. Mesmo que Tropical Freeze tenha sido um dos meus games favoritos do DK, Returns HD talvez tenha um lugar no seu coração, assim como acabou de ganhar no meu.

    Nossa nota

    4,4 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Donkey Kong Country Returns HD foi lançado em 16 de janeiro para o Nintendo Switch.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #32 | ‘Tarzan’ no N64 é diversão numa era de adaptações de filmes

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    Antes de games 3D como o brilhante Indiana Jones e o Grande Círculo adaptarem histórias de personagens icônicos, games baseados em propriedades intelectuais das animações do universo live-action permearam o mundo dos games. Desde Aladdin (1993), até Rei Leão (1994), platformers nos lançaram por histórias conhecidas do mundo dos games, adaptando arcos de maneira por vezes fiéis, desafiadoras e marcantes. Em Tarzan (1999), controlamos o personagem homônimo desde sua infância até a fase adulta, lutando contra ameaças do longa e até mesmo, animais fofinhos.

    Fugindo da lógica do longa, diferente de proteger os animais da floresta, Tarzan precisa por vezes derrotar pequenos inimigos a fim de prosseguir.

    Com uma jogabilidade de platformer 2.5D, o game proporciona uma gameplay diversa no que diz respeito à avançar pela história. Seja pelos níveis bônus a fim de obter vida nadando, como também por fases como “Estampido”. Em que o game deixa de ser por vezes um platformer e se torna algo equivalente à la Battletoads. Em que a dinâmica do game muda quase que completamente, e o personagem, assim como as ameaças andam em direção à tela, não mais de maneira lateral.

    Lançado para PC, PlayStation e Nintendo 64, o game também recebeu um port para o Game Boy Color no mesmo ano. Desenvolvido pela Eurocom Entertainment Software, estúdio responsável por games como outras adaptações de animações da Disney, como o game The Jungle Book de 1994 e Hercules de 1997, Tarzan diverte e funciona como um divertido desafio.

    Tarzan

    Em uma era em que quase todos os lançamentos fantásticos do cinema ganhavam uma adaptação, animações em grande parte da Disney, se aproveitavam e emplacavam games que faziam relativo sucesso.

    Seguindo os moldes de games como os citados anteriormente, como Aladdin, Jungle Book, Rei Leão, éramos sempre lançados por aventuras de plataforma desafiadoras.

    E confesso, que era sempre um desafio imaginar como um filme, ou um game seria adaptado. Distante do que já foi mostrado aqui, no nosso Jogo Véio, games como Rise to Honor, costumavam contar histórias que pareciam filmes, mas ouso dizer que os anos 2000 foram o melhor ano das adaptações.

    Em uma época de games AAA e megalomaníacos, games divertidos como adaptações de filmes tendem a oferecer curiosas e desafiadoras dinâmicas. É necessário repensar a forma como games são feitos hoje.

    E em tempos de estúdios fechados após o primeiro deslize – como ocorreu com a Firewalk Studios de Concord e a Tango Gameworks de Hi-Fi Rush, apesar do sucesso deste último -, entender que futuros lançamentos podem demandar de 6 até 8 anos de produção, ressalta e explicita um cenário onde a indústria prioriza o lucro imediato. Ameaçando assim, a diluir o caráter artístico e envolvente dos games, transformando-os em meros produtos comerciais.

    Tarzan, Jungle Book, Rei Leão e Aladdin (em suas muitas versões) são divertidas aventuras que merecem ser jogadas, independente de quanto tempo tenha passado desde seus lançamentos.

    Assim como Tarzan, trouxemos outros games que marcaram o mundo dos games no nosso Eu Curto Jogo Véio.

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    CRÍTICA: ‘Mark of the Deep’ mistura gêneros e é mais um acerto de desenvolvedora brasileira

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    O aquecido mercado de games brasileiros continuam a nos surpreender. Após o sucesso de Dandy Ace em 2021, a Mad Mimic surpreende ao nos apresentar ‘Mark of the Deep‘. No controle de Rook, o game mistura uma gameplay metroidvania com o gênero souls-like, desafiando nossa progressão a todo o tempo, o game pune, mas recompensa os jogadores mais atentos.

    Com uma campanha de lançamento diversa, o game fez uso de diversos criadores de conteúdo em sua dublagem para enriquecer a localização do game no Brasil. Mostrando assim, que não apenas a desenvolvedora valoriza o público BR, como também tem como intuito trazer para o game os fãs desses influenciadores/figuras convidadas.

    Mark of the Deep é um marco por como se apresenta e assim como foi feito em ‘No Heroes Here‘ e ‘Dandy Ace‘, o game chama atenção para o que o mercado brasileiro é capaz de fazer. O game é desenvolvido pela Mad Mimic e publicado pela Light Up Games.

    Mark of the Deep

    Controlando Rook, mergulhamos nos mistérios que envolvem o naufrágio do Sereia Raivosa, navio em que o pirata servia como tripulante. Presos em um mundo sombrio, tudo parece conspirar para que toda e qualquer esperança seja abandonada. Rapidamente, ao ser puxado para a brutal e desafiadora história, Rook precisa descobrir a razão de uma aparente maldição não afetar ele, mas sim, todos os outros membros de sua tripulação.

    Uma gameplay profunda faz parte do que o game tem a apresentar: uma história hostil em que é necessário lutar a todo e qualquer custo para progredir.

    HISTÓRIA RICA EM DETALHES E GAMEPLAY PUNITIVA

    Mark of the Deep

    Com uma jogabilidade densa, o game insere cada vez mais camadas à experiência com o passar das horas. Seja ficando perdido por labirintos de fases interconectadas, o game ganha uma “facilidade” quando o fast travel é adicionado ao game e ver como a movimentação e as dinâmicas mudam após sua adição, é algo notável. A jornada de Rook e dos tripulantes ganham mais profundidade, não apenas pelas missões secundárias, como também pela forma do mundo contar uma história própria.

    Sozinho, na misteriosa ilha, Rook precisa reunir forças a fim de descobrir onde está seu capitão e revelar os mistérios que insistem em se colocar entre ele e seu objetivo: fugir em segurança da ilha.

    Nos fazendo questionar por vezes o que está diante dos nossos olhos, o game insiste em inserir o que parecem ser dicas ou pistas visuais por quase todos os níveis. Com monumentos que possuem dicas de enredo, fica claro que aquele mundo, aquela ilha, não nos quer lá.

    Munido de seu gancho, sua pistola, habilidades únicas e outras armas que propiciarão nossa jornada, Rook avançará contra hordas de mortos vivos e monstros terríveis transformados pela maldição.

    Onde muitos pensaram em um dia obter êxito, Mark of the Deep se supera ao ser um excelente título sobre piratas. Batendo em títulos AAA como Sea of Thieves, Skull and Bones e muitos outros, este é um game contido em si, sem sonhos de grandeza ou coisa do tipo.

    Servindo como um respiro para o gênero metroidvania, a Mad Mimic se supera mais uma vez ao misturar gêneros e entregar uma experiência de gameplay e narrativa singulares, trazendo profundidade, esmero, terror e beleza.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Mark of the Deep foi lançado para o PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S, em 24 de janeiro de 2025.

    A chave recebida para produção deste texto, foi disponibilizada pela Nuuvem! O game está em promoção na plataforma para PC. Caso queira comprar com 15% de desconto, acesse o link. A promoção dura até o dia 3 de fevereiro.

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