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    CRÍTICA: ‘Ruff Ghanor’ é um deck builder complexo, repleto de minúcias

    Ruff Ghanor‘ é um game desenvolvido pela equipe do Jovem Nerd, DX Gameworld e é publicado pelo selo Magalu Games. O game nos lança pela intensa campanha de RPG do Jovem Nerd, ambientada no mundo criado por Leonel Caldela. No game, somos lançados na história do personagem que dá título ao game, conhecido também como o Garoto-Cabra. As minúcias do game o estabelecem como um deck builder repleto de dificuldade e se você não conseguir de vencer de primeira, terá que começar sua campanha novamente.

    Se provando extremamente punitivo, vê-lo como um game em que o fator de replay se faz extremamente importante, é um fator crucial para a história e nosso avanço. Ambientado em um universo medieval, enfrentamos criaturas perigosas, esqueletos, estranhos lagartos humanoides como a enorme horda do dragão vermelho Zamir.

    SINOPSE

    Prepare-se para embarcar em uma jornada épica e desafiadora, onde você é Ruff Ghanor, o jovem clérigo destinado a enfrentar Zamir, o tirano Dragão Vermelho, e libertar o reino de sua opressão implacável. Treinado pelos monges do mosteiro de São Arnaldo, Ruff enfrentará as forças do temível dragão para proteger seu povo, enquanto descobre a verdade sobre si mesmo.

    ANÁLISE

    Ruff Ghanor

    O mundo era como conhecíamos, quando algo próximo ao dilúvio bíblico destruiu o mundo, o combate entre deuses e demônios se intensificou. Em uma tentativa de limpar o mundo e começar novamente, os deuses lançaram o Devorador de Mundos à terra. Em uma tentativa de manter um mundo corrompido em que se banqueteariam eternamente era de interesse dos demônios.

    Sendo assim, nas profundezas do inferno, estes criaram poderosos dragões que destruiriam a poderosa criação dos deuses e obtiveram êxito em sua empreitada. Os dragões passaram a reinar no planeta, espalhando caos por onde passavam.

    Ao longo das eras, aventureiros e caçadores se reuniram em missões para derrotá-los, caçando-os pouco a pouco, até sobrar apenas um. A tirania do dragão vermelho Zamir, o último de seu tipo havia sido um problema para a humanidade há muitos anos. Suas hordas quase infinitas de monstros tinham o papel de colocar a humanidade sempre em xeque.

    Mas a chegada do jovem Ghanor no mosteiro de São Arnaldo faz o Prior acreditar que o fim do poderoso dragão pode estar mais próximo do que se imagina.

    Ruff Ghanor

    Ambientado em um mundo em que a humanidade não parece possuir livre arbítrio, sendo forçada sempre a se dobrar às forças de poderosas entidades, compreendemos mais sobre a humanidade, as relações tão humanas quanto o que nossos personagens parecem sentir.

    Com curiosas e divertidas mecânicas, Ruff Ghanor nos faz entender que é necessário se adaptar sempre, melhorando nosso deck, reaproveitando cartas de runs anteriores e acima de tudo, testar. A diversão deste mundo está não apenas em montar nossos decks, mas entender como habilidades ou jogadas aparentemente sem sentido podem mudar sua tentativa de avançar, repelir e destruir as forças de Zamir.

    Baseando os turnos no número de Pontos de Fé, que funcionam como pontos de ação – normalmente 3 -, avançamos pela história coletando cartas e montando um deck que se encaixe na nossa maneira de jogar. Por meio de encontros narrativos, encontros de exploração e encontros de combate, avançamos pelo mundo de maneira profunda, conhecendo novos personagens, coletando relíquias – que nos garantem diversos benefícios -, nivelamos as partidas ao nosso favor.

    Ruff Ghanor

    A Forja do Inferno é outro aspecto interessante que torna sua experiência e suas muitas runs ainda mais divertidas. Com a possibilidade de criar novos decks, adicionar cartas de novas runs, vemos como o game criado por Jovem Nerd, Azaghal e a DX Gameworld se mostra profundo e complexo.

    VEREDITO

    Ao passo em que entendemos que o aspecto roguelike do game é essencial, vemos que este game reflete o cuidado, paixão e esmero que uma das mais rentáveis campanhas de RPG teve ao adaptar o primeiro livro da franquia para o mundo dos games. Se tornando um dos mais bem sucedidos cases de conteúdo multimídia, Ruff Ghanor brilha quando o assunto é desafiar seus jogadores e encantar por sua ilustração, história e mecânicas.

    Com 363 análises classificadas como ‘muito positivas’ na Steam, o game conta apenas com um modo campanha, o que é justificável, pois assim, com o fator competitivo fora da equação, a única coisa que impede nossas progressão é como entendemos o game e suas mecânicas.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    ‘Ruff Ghanor’ foi lançado no dia 22 de fevereiro para PC, PlayStation e Xbox. A versão do game para Nintendo Switch será lançada no futuro.

    Confira o trailer do game:

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    EU CURTO JOGO VÉIO #2 | ‘Metal Gear Solid 3: Snake Eater’ é o topo da lista das cobras!

    Um clássico é um clássico, isso não se discute independente de ser uma música, filme, obra de arte ou até mesmo um jogo de videogame e, dentre tantos nessa categoria tão especial destaca-se um dos títulos que popularizou o estilo stealth. Metal Gear Solid 3: Snake Eater é um jogo que foi lançado em novembro de 2004 para PlayStation 2, Nintendo 3DS e posteriormente para PlayStation 3, incluso na versão Legacy Collection e para Xbox 360.

    Recentemente foi incluído no primeiro volume da versão remasterizada dos títulos da franquia Metal Gear: Master Collection, mas pode ser adquirido separadamente na loja virtual PlayStation Store.

    O jogo assim como a maioria dos títulos da franquia foi desenvolvido pela Kojima Productions e publicado pela Konami, responsável por todos os lançamentos anteriores e posteriores da franquia.

    SINOPSE

    Metal Gear Solid 3: Snake Eater é a origem da história de Naked Snake e sua mentora, The Boss e o quinto título da série Metal Gear.

    O jogo se passa em 1964 tendo como cenário as profundezas de uma selva e Snake precisa encontrar seu equipamento, usar várias camuflagens permitindo que o jogador engane os olhos inimigos, além de pintura para o rosto combinando com o ambiente ao redor, oferecendo uma experiência única de jogabilidade furtiva. Além de estar repleto de novos elementos de ação que permitem que os jogadores capturem animais selvagens para obter comida e recuperar o vigor, além do Close Quarters Combat (CQC), um sistema de combate baseado em artes marciais para lutar contra inimigos em curta distância.

    ANÁLISE

    Aquele que controla o campo de batalha controla a história.”

    Sinceramente, sou uma pessoa suspeita a falar sobre a franquia Metal Gear, mesmo que não tenha tido a grande oportunidade de jogar todos os seus capítulos, por questões como não ter recursos para adquirir o console ao qual alguns jogos foram lançados. Entretanto, pude jogar uma grande parte dessa franquia que tenho muito carinho e a experiência de jogar Snake Eater é uma das melhores.

    Em relação aos seus antecessores existe uma diferença muito interessante em relação ao conjunto de mecânicas, voltadas não apenas para a infiltração mas como também para sobrevivência. Ferir-se por alguma razão afetava o desempenho de Naked Snake (logo explico a diferença) sendo necessário realizar cuidados como colocar ossos no lugar, suturar ferimentos e até tirar sanguessugas do corpo quando passar por algum rio.

    Essas mecânicas combinam com o estilo do novo protagonista que tem um conjunto de conhecimentos e habilidades completamente diferentes. Naked Snake é, de acordo com a história da franquia, o soldado definitivo por ter um leque de habilidades muito mais amplo, desde o CQC, estilo de luta corpo a corpo, até outras capacidades como rastreamento.

    Essa mescla entre sobrevivência e furtividade que colocam o jogador a pensar sobre todos os aspectos necessários para uma infiltração com sucesso ao longo da história são elementos que considero uma evolução satisfatória na franquia mostrando que apesar do codinome em comum, o protagonista é um personagem completamente diferente.

    A trilha sonora é outro espetáculo à parte, uma marca muito comum em jogos desenvolvidos por Hideo Kojima, idealizador de toda a lore da franquia, destacando a música Snake Eater interpretada pela artista Cynthia Harrell ao melhor estilo de um filme de James Bond.

    Lutar (ou não) contra os diferentes chefes do jogo é outro ponto interessante em Snake Eater pela necessidade de se ter diferentes estratégias para superá-los e algumas são bem inusitadas o que tornam o jogo muito mais divertido do aspecto de experiência in game.

    A história muito bem conectada aos eventos futuros da franquia é o primeiro capítulo do que se tornaria uma trilogia a respeito da jornada de Naked Snake até tornar-se o vilão Big Boss que conheceríamos futuramente. Alguns personagens que são figuras conhecidas desse universo como Ocelot, Eva, Major Zero estão conectados com a narrativa do jogo que tem como seu epicentro The Boss, a vilã final do jogo que é a base de todos os eventos.

    Como é comum na franquia, os personagens de Metal Gear possuem grandes origens e The Boss, também conhecida como The Joy (A Alegria) ou Mãe de Todas as Forças Especiais, não é diferente. Seus feitos são relacionados com fatos que existiram no mundo real, como ter vencido a batalha da Normandia na Segunda Guerra ao lado da Cobra Unity, futuros adversários de Naked Snake, além de outros tão grandiosos dando uma seleção de camadas para essa personagem que levam a todos os conceitos que giram em torno de Metal Gear: a interpretação de sua vontade.

    VEREDITO

    “O mundo ainda precisa das serpentes.”

    Metal Gear Solid 3: Snake Eater é uma indicação que sempre faço questão de citar quando penso em uma experiência completa de jogo alinhando perfeitamente jogabilidade, desafio, bons personagens e uma história com diversas referências ao mundo real e a cultura pop como um todo.

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    CRÍTICA: ‘Final Fantasy 7 Rebirth’ leva a franquia a um novo nível

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    Final Fantasy 7 marcou a vida de grande parte dos gamers que cresceram nos anos 90. Tendo sido lançado em 1997 para o PlayStation, ele ganhou diversas versões para PC e consoles nos anos seguintes e se tornou um ícone da cultura pop no geral. Sendo um dos games mais amados da franquia, a Square Enix viu neste uma brilhante oportunidade para apresentar o game para as novas gerações. Após o lançamento de Final Fantasy 7 Remake ser lançado em 2020, sua continuação, Rebirth chegou e ele surpreende do inicio ao fim. Finalmente teremos repostas importantes de questões mencionadas no primeiro jogo.

    Sim, galera, essa é uma sequência direta da primeira parte, então ele recapitula brevemente o jogo anterior e já lança diversas informações importantes, tanto que eu queria trazer apenas o começo da gameplay e notei que não ia ser muito bom, já que é realmente muitos spoilers da trama, mas que te instiga muito a saber mais.

    Você pode conferir nosso vídeo do Youtube abaixo:

    SINOPSE

    Final Fantasy 7 Rebirth vai contar a história da saga que continua após o fim do primeiro Remake, quando Cloud e seus aliados fogem da cidade urbana de Midgard, para começar a desvendar seu passado em Nibelheim e outros locais. O Rebirth também deve se aprofundar no passado de Cloud com Sephiroth e Tifa.

    ANÁLISE

    Rebirth

    Passando para a gameplay, Rebirth faz melhorias bem legais de menu e combate, senti que a esquiva está levemente melhor, combos entre os personagens, drops mais significativos, como materiais, já que teremos craft de itens. Você não precisa jogar o anterior para jogar esse, você pode até ver uma recapitulação dos acontecimentos até o momento. Ainda sim, afirmo que a experiência da Parte 1 é muito boa, jogue ela em algum momento que você não se arrependerá – só enriquecerá ainda mais sua experiência de Rebirth.

    O mundo aberto começa nesse game, como no anterior, em Midgard. A área já conhecida pelos jogadores do remakeera mais limitada, e agora, temos tecnologia para vermos melhor nossos personagens favoritos. Então, todos tem tempo de tela e falando nisso, Final Fantasy 7 Remake e Rebirth acertam muito bem essa questão da dos personagens em party.

    Rebirth

    Por exemplo, já joguei outros RPGs de ação, que utilizam algum personagem além do protagonista, que não são tão interessantes assim. Rebirth te permite trocar entre os personagens durante as batalhas e realmente dar comandos a eles.

    Afinal, explorar bem a narrativa sempre foi o forte de Final Fantasy, não é mesmo?

    Se a primeira parte já tinhamos bosses divertidos, aqui temos mais ainda, eu amo fazer boss fight nos games e acredito que vocês também e vão se surpreender demais com esses bosses. Falando sobre essa parte do mundo, bosses e afins, temos um mundo aberto que não é vazio só pra preencher tempo de gameplay, então este, é um mundo bem completinho.

    As quests são divertidas e as recompensas por suas atividades são muito uteis. Algumas quests te mostram mais de alguns personagens. Fique atento nisso, já que temos agora uma mecânica de relacionamento, dependendo da sua resposta, alguém pode gostar muito mais de Cloud… ou não!

    VEREDITO

    Joguem Final Fantasy 7 Remake e Rebirth, pois ambas as partes são sensacionais. Tudo responde bem aos nossos comandos e desta vez, vemos um mundo vivo e responsivo. E com certeza esse carinha vai aparecer com diversas indicações ao The Game Awards 2024, não tem como, a Square Enix entregou um jogo surreal de bom e além de afirmar isso, também deixo o aviso para os nostálgicos, permita-se jogar esse game sem ficar preso a expectativa dele superar o anterior para você.

    Você pode construir novas memórias muito boas com os Remake do 7, sem apagar nada do original, afinal ele também sempre estará lá completinho para você jogar quando sentir saudade, mas aproveite cada detalhe dessa história contada nos tempos atuais para a atual geração de consoles.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    TBT #266 | ‘Protegendo o Inimigo’ mostra o que o gênero de espionagem tem de melhor

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    Protegendo o Inimigo é um longa de 2012, estrelado por Ryan Reynolds e Denzel Washington. No filme, somos lançados na história de Tobin Frost, um ex-agente da CIA que é procurado como um traidor. Que após chegar na Cidade do Cabo, onde tenta negociar segredos de estado, ele passa a ser caçado pelas ruas.

    Como um curioso e peculiar suspense de espionagem, somos lançados na história de gato e rato, deste mundo em que tudo parece colocar a vida de Frost e seu protetor, Matt (Ryan Reynolds) em constante perigo.

    Diferente de filmes como O Protetor, Chamas da Vingança, gosto de Denzel nos papéis que parecem desafiá-lo, tornando-o quase sempre irreconhecíveis, como neste. Seja em Um Limite Entre Nós, Dia de Treinamento e outros, vemos a profundidade e algumas das maiores qualidades de Washington.

    SINOPSE

    Tobin Frost é um ex-agente da CIA procurado pela Agência por traição. Ele é perseguido por mercenários ao negociar um dispositivo eletrônico na Cidade do Cabo e sua única alternativa é pedir proteção ao agente Weston.

    ANÁLISE

    Protegendo o Inimigo

    Quando recebe um ‘inquilino’ no esconderijo da CIA ao qual é designado – até então deserto desde o início de sua missão -, a vida de Matt Weston muda para sempre. A chegada de Tobin Frost traz consigo ondas de destruição que colocam a vida dos dois em constante perigo. Reforçando desde o início que Frost é capaz de toda e qualquer coisa para fugir, nem mesmo seu protetor está seguro.

    Em uma história de investigação, de gato e rato, a trama nos envereda por um mundo repleto de personagens de índole duvidosa. Mesmo protegendo Frost a todo o tempo, Matt corre o risco de ser traído na primeira oportunidade.

    Ao longo de sequências de ação absurdas, bem construídas e desenvolvidas, vemos referências a algumas das mais bem sucedidas franquias de ação como a franquia Bourne, 007 e muitas outras. Enquanto buscamos entender as minúcias das relações presentes nesta história, vemos o quão a vontade Denzel parece se sentir neste papel.

    Protegendo o Inimigo

    Não apenas por ser um daqueles personagens que exibe diversas facetas, mas pelo simples fato do ator adorar viver vilões, como revelou em entrevista na época do lançamento do filme. Na época, Reynolds se mostrou como um dos mais promissores atores de ação. Que no futuro, seria reescalado como o Mercenário desbocado, Deadpool.

    Ver que mesmo possuindo uma veia cômica aflorada, Reynolds é capaz de mostrar profundidade na atuação, agora, no papel de um espião que é ativado e precisa cumprir a missão à qual foi designado.

    VEREDITO

    As atuações de Washington e Reynolds dão um tom profundo que a trama exige, causando aos espectadores por vezes um estranhamento. Com um design de produção cuidadoso, esta história apresenta à quem assiste, diversos níveis de profundidade. Seja nas atuações, ou em como estes personagens encararão o mundo, vemos que as dificuldades que tentam pará-los talvez sejam mais familiares a eles do que qualquer outra coisa.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Protegendo o Inimigo está disponível no Prime Video. Confira o trailer do filme:

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    Tekken 8: Confira as principais novidades do novo lançamento da franquia

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    Desde 2023, a indústria de videogames vem enfrentando um calendário apertado, com diversos lançamentos gigantes em intervalos de tempo curtíssimos. O início de 2024 não vem sendo diferente, com o fim de janeiro marcando a chegada de mais um grande jogo: Tekken 8. A franquia de luta da Bandai Namco está completando 30 anos e sua nova entrada apenas mostra que não poderia estar em melhor forma.

    Lançado em 26 de janeiro para PlayStation 5, Xbox Series e PC; Tekken 8 reúne todas as principais qualidades dos seus antecessores para se tornar o título absoluto da franquia, até o momento. São mais de 30 personagens disponíveis (cada um com seu próprio estilo de luta), um modo história extremamente exagerado, uma ferramenta de personalização de personagens bem robusta e incontáveis horas de diversão no modo online, onde é possível enfrentar pessoas do mundo inteiro.

    Confira quais são as principais novidades da oitava entrada da série e por que elas se destacam, se comparadas com os outros jogos.

    Modo história

    Quem acompanha a franquia de longa data provavelmente já está acostumado com o estilo de narrativa adotado, onde tudo é contado em proporções muito exageradas. Esse estilo é algo bem característico da série Tekken, algo que já pode ser percebido desde o elenco de lutadores, que inclui super-humanos, animais, robôs e até bonecos de madeira.

    A campanha da vez se chama “O Despertar das Trevas” e dá continuidade aos fatos de Tekken 7, seguindo a velha premissa do embate entre pai e filho. Dessa vez, o antagonista Kazuya Mishima convoca um último torneio Rei do Punho de Ferro, dando a oportunidade do vencedor enfrentá-lo em batalha e, caso saia vitorioso, assumir o controle da Mishima Zaibatsu – megacorporação que domina aquele mundo.

    Neste cenário, seu filho Jin Kazama aproveita a oportunidade para dar um fim definitivo ao reinado de terror do pai. Vale ressaltar que Tekken 8 também tem um final alternativo que pode ser visto caso o jogador perca a batalha final.

    Personalização de personagens

    Um dos maiores atrativos da franquia Tekken é a possibilidade de personalizar os personagens disponíveis no jogo. A ferramenta de customização do 8 está tão robusta que é possível recriar personagens de outros jogos do zero, sempre com bastante fidelidade.

    O elenco do jogo base traz 32 lutadores diferentes, incluindo o retorno de alguns rostos icônicos como Paul Phoenix, Steve Fox, King, Marshall Law e outros. A Bandai Namco já confirmou que novos personagens serão adicionados via DLC, sendo o primeiro deles o capoeirista brasileiro Eddy Gordo.

    Também podemos esperar algumas aparições especiais vindo de fora da franquia, como é de costume na série. Em outros títulos, tivemos personagens como Noctis de Final Fantasy XV, Geralt de Rivia da saga The Witcher e até mesmo Negan, de The Walking Dead.

    Outras novidades

    Tekken sempre foi uma franquia complexa, o menor erro nos combates já é o suficiente para condenar um jogador; as novas adições nas mecânicas tornam as lutas ainda mais rápidas e imperdoáveis. A primeira é o Heat System, que aumenta o dano dos golpes conforme se cria combos em sequência; a segunda é o Rage Art, um ataque especial devastador que varia para cada personagem.

    Passando para a parte técnica, Tekken 8 foi desenvolvido na Unreal Engine 5, buscando trazer gráficos mais realistas e condizentes com a atual geração de consoles. Diversos profissionais graduados na faculdade de TI trabalharam e continuam trabalhando arduamente para manter o jogo atualizado e livre de erros, um desafio e tanto quando envolve uma troca de motor gráfico.

    Tekken 8 é um título feito para veteranos, mas que também não deixa de ser amigável com os novatos. Para quem nunca jogou nenhum jogo da franquia, essa pode ser a oportunidade perfeita para começar.


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    CRÍTICA: ‘O Menino e a Garça’ é um desabafo sobre passado, presente e futuro

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    O Menino e a Garça‘ é a mais nova animação de Hayao Miyazaki e dos Studios Ghibli. O filme é o responsável por tirar Miyazaki da aposentadoria e em seus 83 anos foi indicado pela quarta vez ao Oscar. O diretor japonês faz uso do filme como um profundo e longo desabafo, sobre o peso de criar mundos, seu legado, mas acima de tudo, a perspicácia humana ante desafios tão íntimos quanto o luto, a perda e a perseverança em viver.

    Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, acompanhamos a história do jovem Mahito, que vê sua vida mudar quando sua mãe internada morre em um acidente inesperado. Logo após o fato, ele se muda junto de seu pai para a casa da irmã de sua mãe, com quem o pai dele agora vai se casar. Enquanto tenta se acostumar com a vida no interior, Mahito testemunha estranhos fatos que giram em torno de uma misteriosa torre localizada nas cercanias da propriedade.

    SINOPSE

    Mahito, um menino de 12 anos, luta para se estabelecer em uma nova cidade após a morte de sua mãe. Quando uma garça falante conta para Mahito que sua mãe ainda está viva, ele entra em uma torre abandonada em busca dela, o que o leva para outro mundo.

    ANÁLISE

    O Menino e a Garça

    Muito do subtexto de O Menino e a Garça vem de momentos específicos da vida de Miyazaki, acontecimentos recentes e o temor sobre o futuro dos Studios Ghibli. Pois graças ao flop que foi Aya e a Bruxa, o primeiro filme 3D do estúdio, que é dirigido pelo filho do próprio Hayao, Gorō Miyazaki, alguns alertas vermelhos e temores surgiram. O longa, atingiu a marca de 28% de aprovação no Rotten Tomatoes pela crítica especializada, passou a ser um medo para os fãs, que viam nele, o provável futuro do estúdio criado por Hayao Miyazaki (diretor de Princesa Mononoke, A Viagem de Chihiro, Vidas ao Vento), Isao Takahata (diretor de O Túmulo dos Vagalumes, O Conto da Princesa Kaguya e PomPoko – A Grande Batalha dos Guaxinins) e Toshio Suzuki .

    ‘O Menino e a Garça’ nos envereda por um mundo em que a guerra é um temor constante. Além da clara referência, Mahito cresce nos anos finais da Segunda Guerra Mundial, assim como Miyazaki. Mesmo tendo um bom coração, o jovem parece viver no limite quase sempre, como quem parece o tempo todo confuso com o que está vivendo e sentindo. Com partes obscuras de sua personalidade ressurgindo o tempo todo, Mahito se mostra como todos nós.

    O Menino e a Garça

    Quando se muda para o interior, o jovem precisa se adaptar e se entender como uma parte importante de uma nova estrutura familiar, capitaneada por seu pai, Shoichi – um importante engenheiro – e sua recém-descoberta madrasta Natsuko.

    Quando a presença das figuras de sua vida parecem não fazer sentido, os dias de Mahito no interior mudam para sempre quando uma Garça Real o conta que sua mãe está viva, e logo depois, sua tia/madrasta desaparece. A Garça então revela saber onde elas estão, dando início à uma aventura cujo ritmo é dado por Hayao Miyazaki, sua história e seu desabafo.

    Mesmo que muitos entrem na sala de cinema sem entender o atual panorama dos Studios Ghibli, ouso dizer que ‘O Menino e a Garça’ entregam uma divertida aventura. Mas não se mostra como o melhor filme de Miyazaki até aqui. Ao longo de sua jornada, Mahito é levado até um outro mundo, em que os perigos podem surgir das mais fantásticas maneiras possíveis.

    O Menino e a Garça

    Com arcos, arte e estrutura surrealistas, vemos que o filme semibiográfico aborda detalhes da história dos fundadores do Studio Ghibli, mais especificamente, o temor destes em relação ao futuro.

    Quando adentram neste mundo fantástico, Mahito se vê longe de tudo que conhece e precisa realizar sua missão como pode, aos trancos e barrancos. Descobrindo mais sobre aquele mundo e sua origem como quem passou toda vida no escuro, mas agora, opta por tatear na escuridão um caminho, uma saída de um lugar completamente desconhecido.

    VEREDITO

    O longa talvez seja a magnum opus de Miyazaki, ou talvez eu a entenda assim, como o filme de sua vida. Em sua perfeição técnica, ‘O Menino e a Garça’ nos colocam na beira do assento à todo o tempo. Seja observando maravilhados o que vemos em tela, ou decepcionados com algum desenvolvimento da trama, mas vidrados, o tempo inteiro.

    E esta maravilha talvez gire em torno do que nos torna essencialmente humanos. Já que mesmo sendo tão culturalmente distante de nossa realidade, o longa é acima de tudo identificável. Embora uma realidade fantástica e diferentes aspectos desta se desenrolem em tela a todo o tempo, com poderes magistrais, e grandes repercussões, fatos surrealistas, ao final deste, o longa acaba sendo sobre o que os personagens sentem e como eles viverão neste mundo, sendo ele fantástico, ou não.

    Ainda que o filme funcione como um episódio inteiramente novo da já longeva carreira de Hayao Miyazaki, compreendê-lo como o que ele é, um desabafo, talvez seja o mais cauteloso. Na animação, o diretor aborda no subtexto sua relação com o homem que descobriu seu talento – seu mentor e parceiro Isao Takahata -, como era viver em tempos de guerra, e sua relação com aqueles com quem trabalhou ao longo dos anos. (Isso mesmo, o Rei Periquito é baseado em uma pessoa específica, o próprio Miyazaki.)

    Sem pegar na mão dos espectadores sendo autoexplicativo, Hayao Miyazaki nos envereda em um primeiro ato lento, mas rapidamente dá ritmo à sua história. Ao fugir dos temas aos quais está habituado, Miyazaki não aborda a natureza como o tema central – como fez em suas outras obras. Ele aborda o que é viver e navegar entre pessoas tão diferentes, em um mundo tão real que chega a beirar o surreal.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer:

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