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    Flechas e Heroísmo: Conheça todos os arqueiros da DC Comics

    Os super-heróis da DC Comics são conhecidos por sua diversidade e complexidade, e entre eles, os arqueiros desempenham um papel único e significativo. Embora Oliver Queen, o Arqueiro Verde, seja o mais icônico, há uma rica galeria de personagens de flechas na DC que merecem destaque. Este artigo irá explorar alguns desses heróis, revelando suas histórias, habilidades distintas e contribuições para o vasto universo dos quadrinhos.

    Artemis

    Artemis é mais conhecida por suas associações com a mitologia grega e seu envolvimento com personagens como a Mulher-Maravilha e a equipe Titãs. Ela é frequentemente retratada como uma arqueira habilidosa e guerreira destemida. Ela se tornou uma personagem notável em sua participação nos Titãs, onde desempenhou um papel significativo nas histórias relacionadas a essa equipe de jovens super-heróis. Artemis é conhecida por seu arco e flechas, bem como por sua destreza em combate corpo a corpo.

    Shado

    Shado (que significa “sombra” em japonês), é uma assassina treinada e habilidosa nas artes marciais e no uso de arco e flecha. Sua história está entrelaçada com a de Oliver Queen, o Arqueiro Verde. Ela é frequentemente retratada como uma mulher misteriosa e complexa, com uma presença impactante nas histórias em que aparece.

    O background de Shado é marcado por eventos dramáticos. Ela é filha de Kazuo Hasigawa, um influente membro da Yakuza, e sua mãe foi vítima de uma atrocidade durante a Segunda Guerra Mundial. Shado foi treinada por seu pai em artes mortais e se tornou uma assassina eficiente, muitas vezes agindo como uma vigilante em busca de justiça própria.

    Emiko Queen

    A história de Emiko é marcada por complexidades familiares e eventos dramáticos. Ela é filha de Robert Queen, pai de Oliver Queen, mas não é filha da mesma mãe. Emiko é filha de Shado. Ela foi treinada desde muito jovem nas artes mortais e tornou-se uma arqueira habilidosa.

    Arqueiro Vermelho

    Seu apelido era Ricardito, enquanto fazia parceria com o Arqueiro Verde, mas tornou-se Arqueiro Vermelho após separar-se de seu ex-mentor. Ele é um clone criado por Cadmus do original Roy Harper, e inconscientemente serviu como agente adormecido da Luz para se infiltrar na Liga da Justiça.

    Arqueiro Vermelho inicialmente tirou uma licença de ausência da Liga da Justiça, a fim de procurar o verdadeiro Roy Harper. Agora que ele foi encontrado, Arqueiro Vermelho continua sua licença para se concentrar em ser pai. Sua história é marcada por uma jornada de autodescoberta e aceitação de seu papel como herói, destacando-se não apenas como um arqueiro habilidoso, mas também como um personagem que lida com sua identidade e legado de maneira reflexiva.

    Robin Hood

    Breves, simplistas e consideradas rudimentares pelo público na época, a versão da DC Comics de Robin Hood fez sua primeira aparição em New Adventure Comics, publicada em janeiro de 1938. A estreia de Robin Hood foi uma das primeiras aparições de um personagem recorrente em um título da DC, antecedendo a estreia do Superman, em junho de 1938.

    Malcolm Merlyn

    Malcolm Merlyn, também conhecido como o Arqueiro Negro, é um personagem fictício das histórias em quadrinhos da DC Comics, notável por ser um dos principais antagonistas do Arqueiro Verde. Sua primeira aparição ocorreu em Justice League of America #94 – Vol. 1, em 1971. O personagem foi criado por Mike Friedrich e Neal Adams.

    Na maioria das interpretações, Malcolm Merlyn é retratado como um arqueiro altamente habilidoso e mercenário, cujas habilidades de combate rivalizam com as do Arqueiro Verde, Oliver Queen. Ele é conhecido por ser um estrategista brilhante e um formidável combatente corpo a corpo. Em algumas versões das histórias, Merlyn é retratado como o mentor original de Oliver Queen, antes que os dois se tornassem inimigos.

    Ricardita

    Flechas e Heroísmo: Conheça todos os arqueiros da DC Comics

    Mia Dearden é mais conhecida por ser a parceira de longa data do Arqueiro Verde. A história de Mia é marcada por desafios pessoais e superação. Ela foi inicialmente introduzida como uma jovem garota de rua envolvida em prostituição, e sua narrativa aborda questões sérias, como abuso e exploração. Ao longo da história, Mia é resgatada por Oliver Queen, que a tira das ruas e a ajuda a superar seus problemas.

    Oliver, em um esforço para continuar ajudando jovens em situações difíceis, treina Mia como sua nova sidekick. Ela assume o manto de Ricardita, honrando o legado do personagem anterior.

    Cupido

    Flechas e Heroísmo: Conheça todos os arqueiros da DC Comics

    Carrie Hartnell era uma policial de Star City e tornou-se obcecada por seu colega de trabalho, o Arqueiro Verde. Essa obsessão a levou a buscar maneiras de se tornar uma vigilante e chamar a atenção de Oliver.

    Como Cupido, ela veste um traje com temática de arco e flecha e usa uma variedade de flechas especializadas em combate. No entanto, suas ações muitas vezes são motivadas por sua obsessão pelo Arqueiro Verde, o que a coloca em conflito com outros heróis e vigilantes em Star City.

    Arqueiro Celestial

    Xu Tao era um comerciante que vendia lembranças na base da montanha sagrada, o Monte Tai, até que, um dia por acaso, ele tropeçou no Arco Celestial de Yi. Ao pegar o arco, Xu Tao foi transformado no Arqueiro Celestial. Depois disso, ele se juntou à equipe de super-heróis residente da China, os Grandes Dez.

    Arqueiro Verde II

    Flechas e Heroísmo: Conheça todos os arqueiros da DC Comics

    A história de Connor Hawke é marcada por sua origem birracial, sendo filho de Oliver Queen e Sandra “Moonday” Hawke, uma ativista japonesa. Ele foi criado por sua mãe em uma comunidade budista, longe do mundo urbano e do pai famoso. A herança diversificada de Connor adiciona uma dimensão única ao seu personagem no contexto do universo do Arqueiro Verde.

    Assumindo o manto de Arqueiro Verde após seu pai; Connor Hawke é habilidoso no uso do arco e flecha, herdando as proezas arqueiras de Oliver Queen. No entanto, ele também traz suas próprias nuances ao personificar o papel do Arqueiro Verde, optando muitas vezes por uma abordagem mais pacifista e espiritual em relação à justiça.

    Arqueiro Verde

    Flechas e Heroísmo: Conheça todos os arqueiros da DC Comics

    O Arqueiro Verde, alter-ego de Oliver Queen, é um dos icônicos super-heróis da DC Comics, conhecido por sua habilidade excepcional com arco e flecha e sua dedicação à justiça social. Criado por Mort Weisinger e George Papp, o personagem fez sua estreia em More Fun Comics #73, em 1941.

    Inicialmente retratado como um playboy milionário, Oliver Queen passa por uma transformação significativa ao ficar preso em uma ilha deserta, onde desenvolve suas habilidades de arqueiro para sobreviver. Essa experiência molda sua visão de mundo, levando-o a se tornar o vigilante conhecido como Arqueiro Verde, que luta contra a corrupção e a injustiça, muitas vezes em parceria com outros heróis da DC Comics.

    Ele não apenas utiliza uma variedade de flechas especializadas em combate, mas também se destaca por seu comprometimento em abordar questões sociais e políticas em suas narrativas. A dualidade de Oliver Queen como um herói urbano e um ativista destemido contribui para a riqueza e complexidade do personagem, solidificando seu lugar como uma figura central no universo da DC Comics.

    Os arqueiros da DC Comics formam uma constelação diversificada de heróis, cada um contribuindo de maneira única para o legado do Arqueiro Verde. Oliver Queen pode ter pavimentado o caminho, mas os heróis que seguiram adicionaram nuances e perspectivas que enriqueceram o universo dos quadrinhos. À medida que continuamos explorando essas histórias, é evidente que os arqueiros da DC são muito mais do que simples especialistas em arco e flecha – eles são personagens complexos e inspiradores que capturam a imaginação dos leitores em cada página.


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    CRÍTICA – Hogwarts Legacy (2023, Avalanche Software)

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    A franquia Harry Potter foi uma das muitas que receberam um game que adaptavam livremente seus acontecimentos no começo dos anos 2000. Harry Potter and the Philosopher’s Stone, lançado em 2001 foi uma prova disso. Nesse, e nos lançamentos subsequentes, éramos colocados no papel de Harry enquanto toda a história de Hogwarts se desenrolava ao nosso redor. Tenho orgulho de dizer, que desde o PlayStation 1 acompanho a franquia, e A Pedra Filosofal foi o único longa que não tive a oportunidade de assistir na estreia.

    Ao longo dos anos que se seguiram, a franquia ganharia muitos fãs ao redor do mundo não apenas por seus livros, mas por suas adaptações do cinema. Ainda que os games lançados para o PlayStation 2 e Xbox 360 tenham sido completamente esquecíveis, ver como a Avalanche Software pegou uma das mais rentáveis franquias e a transformou no mundo definitivo para os jogadores é louvável. Hogwarts Legacy foi lançado em fevereiro de 2023 para o PlayStation 5 e Xbox Series X/S. Nos meses seguintes, ganhou um port para o PlayStation 4, Xbox One e logo depois para o Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Hogwarts Legacy é um RPG de ação imersivo e de mundo aberto ambientado no mundo introduzido pela primeira vez nos livros do Harry Potter. Embarque em uma jornada por locais novos e familiares enquanto explora e descubra animais fantásticos, personalize seu personagem e crie poções, domine o lançamento de feitiços, aprimore talentos e torne-se o bruxo que deseja ser.

    ANÁLISE

    Hogwarts

    Hogwarts Legacy me surgiu como uma oportunidade que eu nem esperava por parte da Warner Bros. Games, que nos enviou o jogo para que pudéssemos jogá-lo. Ao longo da história, o game nos coloca no controle de um bruxo inteiramente novo, mas com poderes ancestrais, um poderoso tipo de magia sem igual, que torna nosso personagem extremamente poderoso.

    Com uma origem misteriosa, nosso personagem recebe a carta de admissão de Hogwarts e entra na escola de Magia e Bruxaria logo no 5º ano. Repleto de mistérios e atividades, Hogwarts Legacy nos leva pelo mundo mágico definitivo, enquanto nos lança em mundo com muitos mais mistérios, histórias antigas, conflitos ainda mais antigos e um tipo de magia singular. Capaz de destruir ou salvar a todos.

    Com um sistema de carma, o game nos leva a entender que nossas escolhas definirão nossa história, mas não apenas isso. Com um personagem único que o game nos permite criar, nossas respostas ao Chapéu Seletor nos permite escolher para qual das quatro casas iremos.

    O PERIGO DO LEVANTE DOS DUENDES

    Hogwarts

    Ambientado em 1890, cerca de um século antes dos acontecimentos de Harry Potter, acompanhamos o levante e a rebelião dos duendes, que nasce a partir das ações de Ranrok. O duende usa seus poderes para controlar mais indivíduos a fim de se juntarem a sua causa. Toda a rebelião se dá a fim de garantir a permissão para que os duendes façam uso de varinhas. No passado, cerca de 200 anos antes, outra rebelião aconteceu, fazendo com que as ruas de Hogsmeade fossem banhadas com sangue de bruxos e duendes.

    A rebelião ocorrida em 1612 vem do fato dos bruxos considerarem os duendes como seres de menor importância, ou que não mareciam respeito, ou direitos.

    Hogwarts

    À época, muitos indivíduos temiam um golpe por partes dos duendes, pois suas habilidades mágicas inatas já eram bem poderosas sem o uso das varinhas. O mundo bruxo então, passou a temer o dia em que eles pudesse usar varinhas.

    Como os duendes não obtiveram sucesso na rebelião de 1612, o combate levou à morte de muitos, não apenas bruxos, mas indivíduos não humanos. 20 anos depois, uma reunião do Conselho dos Bruxos – que não possuía nenhum membro duende – passou uma lei de que era estritamente proibido que qualquer indivíduo não humano portasse uma varinha. Ainda que muitos seres mágicos pudesse usar magia, o fato deles não usarem uma varinha, queria dizer que eles nunca ficariam em um nível de equiparação de poder similar à dos bruxos, já que as varinhas eram usadas como uma forma de canalizar o poder bruto e melhorar as habilidades mágicas.

    A MAGIA DE HOGWARTS E O MUNDO BRUXO

    Hogwarts

    Hogwarts Legacy é uma adaptação do mundo bruxo de Harry Potter. Nele, vemos uma das figuras mais icônicas dos livros e dos filmes, Hogwarts. Isso mesmo, como um organismo vivo, a Escola de Magia e Bruxaria funciona como um dos personagens desta história. Repleto de segredos e mistérios, descobrimos que o castelo abriga mais do que seus alunos. As histórias contidas dentro daquelas paredes levarão nossos personagens e seus jogadores por um caminho inteiramente novo.

    Podendo explorar todo o castelo, Hogsmeade e diferentes assentamentos por todas as Terras Altas, você pode passar até 70 horas jogando o game se o seu lado complecionista gritar mais alto. As magias de Hogwarts Legacy vão além de empunhar a varinha, ou fazer viagem rápida usar Pó de Flu. A beleza do game está na exploração, nas aulas de poções, defesa contra artes das trevas, no trato com animais mágicos e muito mais. Desde mergulhar no Lado Negro à explorar a Floresta Proibida, o cuidado que a Avalanche Software teve ao desenvolver o game, mostra que todo o desenvolvimento foi realizado por pessoas que realmente são apaixonadas por este mundo.

    Hogwarts

    Ao longo das minhas muitas horas de gameplay, notei que passei a explorar mais do que fazer missões e solucionar puzzles, e o game comporta o meu modo de jogo, assim como todos os outros. Com meu modo de gameplay, me senti ainda mais recompensado do que normalmente seria se fosse direto ao assunto. Realizar missões secundárias e explorar faz parte do game, bem como recolher recursos e itens para criação de poções, aprender novas habilidades e melhorá-las nos auxiliará na nossa empreitada e completar todas as missões e prosseguir na história.

    Os gráficos no PlayStation 4 ainda se mostram eficazes e o game se faz imensamente belo dadas as suas limitações. Assim, podemos perceber que o trabalho de port do game foi eficaz ao portar tudo que importa, sem tirar o charme característico do game. Hogwarts Legacy se mostra divertido, desafiador e curioso a todo momento.

    VEREDITO

    Hogwarts Legacy ignora completamente o desserviço que é a existência de J.K. Rowling e seu discurso transfóbico. Ele parece se orgulhar dos alicerces criados pelos fãs de todo o mundo e cria uma visão reimaginada do incrível mundo criado pela autora. Ao incluir uma diversidade maior de personagens naquele mundo, bem como levar os jogadores por experiências de personalização que proporcionam até mesmo a criação de um (uma) personagem trans, ver o que o game faz aqui, é singular.

    Ao longo da minha jornada por este mundo mágico, me senti imerso em tudo que o game me propôs a fazer, desde cuidar de criaturas mágicas, à derrotar duendes do mal e bruxos das trevas. Como uma jornada única que cada jogador pode ter, de missões, aprendizagens e até mesmo de exploração, os 3 finais diferentes e experiências divertidas, são algo que merecem destaque. Outro elemento que merece destaque, é o fato de algumas das 4 casas possuírem missões diferentes, possibilitando a visita de nossos jogadores à Azkaban e à outros lugares conhecidos dos fãs deste mundo.

    O game ainda se mostra como uma das empreitadas de adaptação mais bem sucedidas dos últimos anos, superando em números e arrecadação adaptações como “Animais Fantásticos e Onde Habitam.”

    Para além do que foi dito até aqui, ouso dizer que a falta do game na The Game Awards 2023 foi uma surpresa para esse que vos escreve. Mas até hoje, no dia de postagem deste texto, o game estrela como o mais vendido do ano, superando até mesmo Call of Duty: Modern Warfare 3 – atingindo a marca de quase 20 milhões de cópias vendidas.

    Hogwarts Legacy me fez sentir novamente como uma pequena criança de 8 anos na poltrona de cinema, ao testemunhar os acontecimentos do longa que marcou a minha infância e me cativou por seu mundo mágico para todo o sempre. O game é a viagem perfeita aos que sempre sonharam em visitar este mundo mágico e receber uma carta de admissão.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    O game está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC.

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    CRÍTICA – A Casta dos Metabarões Vol. 1 (2023, Pipoca & Nanquim)

    A Casta dos Metabarões sempre foi uma obsessão em minha mente desde a adolescência, a primeira vez que vi as artes absurdas do quadrinista argentino Juan Giménez que integravam a ficção científica e a fantasia com pinceladas profundas
    eu me senti extremamente atraído, quando descobri que a obra se tratava de lutas espaciais com uma narrativa que mesclava estruturas mitológicas e melodramáticas eu tinha em minha cabeça que eu deveria lê-la.

    SINOPSE

    O Metabarão, o guerreiro mais poderoso do universo, que por gerações aterrorizou exércitos inteiros com a simples menção do seu nome, está de volta. Depois de acompanhar o último detentor do título durante as aventuras de John Difool na maxi série Incal, chegou a hora de conhecer de perto a extraordinária história de seus antepassados.

    A revelação de um antigo segredo dos Castaka para salvar a vida de Othon von Salza dá início a uma grande guerra. Quando ela finalmente termina, o casal imperial, impressionado com os feitos de Othon, negocia com ele um planeta para que possa viver com seu filho, o outro sobrevivente da batalha, e um cavalo para levar a alegria de volta ao garoto, que perdera a mobilidade das pernas. A chegada de piratas ao planeta, porém, traz uma enorme tragédia e culmina na consolidação de Othon como o implacável mercenário que carrega o título de Metabarão!

    ANÁLISE

    Casta

    Mas para um jovem negro de origem humilde do norte do país era uma tarefa impossível. Tendo em vista que a obra não era mais publicada no Brasil, com sobrava apenas três opções, as versões antigas em sebos por preços absurdos, que era impossível, tentar adquirir a versão gringa, que também era um preço absurdo, ou seja, impossível, ou ler online, que foi a opção que me sobrou.

    Finalmente havia chegado o momento de adquirir o quadrinho, no mês de Janeiro de 2023, a editora Pipoca & Nanquim trouxe a espaçonave em forma de páginas de papel e capa dura para as terras tupiniquins. No início dos anos 1980, o roteirista e cineasta chileno Alejandro Jodorowsky e o ilustrador francês Jean Giraud (mais conhecido pelo nome de Moebius) deram início a Incal, uma das peças mais importantes da nona arte não só da Europa como do mundo.

    Rica em conceitos, que vão da ficção científica ao exotérico, a HQ deu origem a séries derivadas que exploravam seus protagonistas, e a mais dramática e divertida é justamente a que narra a história da dinastia do Metabarão. A Casta dos Metabarões conta a história dos ancestrais dessa linhagem de guerreiros sagrados. A trama é conduzida por dois robôs, Tonto e Lotar, que contam ao leitor com uma boa dose de bom humor o passado misterioso dessa dinastia que aterrorizou exércitos inteiros só de ouvir seu nome. Ao longo dos álbuns, somos apresentados às várias gerações desses guerreiros, desde o trisavô até o Metabarão atual.

    Uma das mais empolgantes é de justamente um de seus primeiros membros, Othon Von Salza, que vai da revelação de um antigo segredo dos Castaka até o início de uma grande guerra. Quando ela finalmente finaliza, o casal imperial, impressionado com os feitos de Othon, negocia com ele um planeta para que possa viver com seu filho. A chegada de piratas ao planeta, traz uma enorme tragédia que culminará na consolidação de Othon como o implacável mercenário que carrega o título de Metabarão.

    A trama é permeada de reviravoltas, batalhas espaciais e conceitos que vão da honra até entidades multiespaciais que dominam a galáxia. Tendo inspirações diretas do filme mais importante da ficção científica que nunca existiu, Duna de
    Jodorowsky, projeto esse que nunca viu a luz do sol, mas inspirou diretamente longas como Alien o Oitavo Passageiro, Blade Runner e Star Wars. Os membros desta casta são treinados desde a infância para se tornarem guerreiros invencíveis, tendo que provar sua coragem e força através de rituais brutais. A saga ainda explora temas como, tradição, destino e transcendência.

    A Casta dos Metabarões é marcada pela arte magnífica de Juan Giménez. Seus desenhos detalhados e realistas trazem vida ao universo criado por Jodorowsky. Giménez é conhecido por sua habilidade em criar naves espaciais, armaduras e seres exóticos, e seu trabalho nessa saga não é exceção. As batalhas espaciais são especialmente esplendorosas, com layouts dinâmicos e explosões energéticas que preenchem nossos olhos.

    VEREDITO

    Sua história vai além da ficção científica tradicional, incluindo elementos de fantasia e magia. O autor mescla conceitos de culturas antigas, como a cultura japonesa, pirataria e religiões, com ideias futuristas e tecnológicas. As batalhas com espadas e as referências a tradições antigas adicionam uma dimensão mística e mitológica à história.

    A saga será finalizada em 3 volumes que narrará todos os acontecimentos desses impressionantes seres. A saga dos Metabarões é uma obra-prima da ficção científica e fantasia. Com sua trama complexa, personagens cativantes e arte
    deslumbrante, ela cativa os leitores e os transporta para um universo de tirar o fôlego. Os quadrinhos de A Casta dos Metabarões são leitura obrigatória para qualquer fã de quadrinhos, e essa coleção definitiva é um tesouro para os amantes desse gênero.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Autor: Alejandro Jodorowsky

    Editora: Pipoca & Nanquim

    Páginas: 252

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    TBT #258 | O Ultimato Bourne (2007, Paul Greengrass)

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    Enquanto as memórias de Marie insistem em retornar à mente do nosso ainda desmemoriado protagonista, somos encaminhados para a continuação de sua história. Graças às antigas memórias que parecem insistir em chegar a superfície da mente do incansável Jason Bourne, ele dará um Ultimato naqueles que insistem em caçá-lo. O terceiro filme da franquia original lança luz sobre mais da história de Bourne, enquanto o envereda por uma história de vingança em que novos detalhes parecem surgir, aprofundando os espectadores ainda mais em suas histórias.

    Lançado em 2007 e estrelado pelo incrível Matt Damon, Ultimato Bourne foi um dos muitos filmes que acabaram por moldar outras franquias de ação como as conhecemos hoje.

    SINOPSE

    Jason Bourne é uma arma humana criada e perseguida pela CIA. Após sua última aparição, ele decidiu sumir definitivamente e esquecer sua antiga vida de matador. Entretanto, uma matéria em um jornal de Londres especulando sua existência, faz com que ele se torne um alvo outra vez. O projeto Treadstone, que deu origem a Bourne, já não existe mais, porém serviu de base para um novo projeto: o Blackbriar, desenvolvido pelo Departamento de Defesa. O Blackbriar desenvolve uma nova geração de matadores treinados, o governo acredita que Bourne é uma ameaça e deve ser eliminado imediatamente. Ao mesmo tempo, Bourne vê neles a oportunidade de descobrir quem realmente é e o que fizeram com ele enquanto o Treadstone esteja ativo. Agora, Bourne conta com a ajuda de Nicky Parsons e Pamela Landy para isso.

    ANÁLISE

    Ultimato

    Um traço marcante da franquia Bourne sempre foram suas perseguições incessantes e caminhos narrativos que culminam em: Bourne confrontar aqueles que o caçam. Por meio de uma narrativa muito bem conduzida, somos levados à períodos ainda mais antigos aos que somos ambientados em Identidade e Supremacia por meio das memórias de Jason Bourne.

    O tom sóbrio e brutal do longa, nos envereda pela história de um homem que é caçado como um animal por diversos países apenas para esconder os segredos perversos de uma nação oculta, que insiste em tentar ocultá-los a todo custo.

    Ao longo dos 111 minutos de Ultimato Bourne, somos levados por um mundo terrível, em que a brutalidade parece tomar todos aqueles que agora, parecem tentar levar uma vida normal, mesmo quando atravessados pelo horror baseado nas ações de agências “secretas” ou de “inteligência” por todo mundo.

    Servindo como uma grande crítica a como o ocidente vê o Oriente, como mero playground, a série de filmes mostra de maneira romantizada até onde um governo é capaz de ir quando seus líderes são inescrupulosos, ou são capazes de qualquer coisa para atingir seus objetivos.

    VEREDITO

    Nesta trilogia, Matt Damon mostra que além de um ótimo ator, é um brilhante ator de ação, que tornou a brutalidade de Jason Bourne conhecida e temida por muito de seus inimigos – e até mesmo por aqueles que o criaram. O terceiro filme tem como papel mostrar que Bourne é o alicerce de muitos produtos da cultura pop que viriam a ser criados no futuro, desde O Legado Bourne, até Jason Bourne e Threadstone.

    A franquia Bourne é rica de detalhes, histórias e pode ser assistida no Prime Video. A franquia é um deleite para os fãs de ação.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA – Dragon Quest Monsters: The Dark Prince (2023, Square Enix)

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    A franquia Dragon Quest Monsters é o spin-off da linha principal de games da Square Enix. Em The Dark Prince, somos levados pela história de Psaro, um personagem meio humano meio demônio, que tem como intuito acabar com a vida daquele que causou a morte de sua mãe, seu próprio pai, o rei demônio Randolfo.

    Randolfo é conhecido como Mestre da Monstruosidade e o game serve como um prelúdio para alguns acontecimentos da franquia principal Dragon Quest. Ao longo de The Dark Prince, conhecemos as motivações e viajamos por diferentes reinos, enquanto tentamos quebrar a maldição de Psaro colocada por seu pai: Ele nunca poderia fazer mal à nenhum monstro fisicamente. Mas com o tempo, nosso personagem aprendeu a fazer isso sem precisar lutar: passou a capturar e controlar monstros, levando-os a batalha.

    SINOPSE

    Psaro foi amaldiçoado e ficou incapaz de ferir quem tem sangue de monstro. Agora ele precisa se tornar um Monster Wrangler para criar seu próprio exército e lutar. A caça por monstros superiores faz Psaro presenciar as mudanças de estações constantes de Nadiria e seus cenários deslumbrantes, com rios de lava, ruínas antigas e misteriosas, e torres colossais de doce. Ao longo do caminho, Psaro encontra Rose, uma elfa bondosa, que se junta à sua aventura para encontrar novos monstros combatentes.

    A chave para o sucesso de Psaro está na Synthesis, a habilidade de combinar dois monstros para criar um mais forte. Cada criação nova deixa Psaro mais próximo de alcançar o objetivo de se tornar o Mestre da Monstruosidade.

    ANÁLISE

    The Dark Prince

    Dragon Quest Monsters: The Dark Prince nos permite entender as origens e motivações de um dos personagens mais emblemáticos da franquia, Psaro, o Mestre da Monstruosidade. Psaro serve como o principal antagonista de Dragon Quest IV. Ao longo das horas de gameplay, senti que a gameplay de Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é travada e possui problemas. E para progredir, você precisa se esforçar bastante, levando os jogadores à exaustão por meio de um grinding constante.

    Por meio de uma viagem entre reinos, podemos viajar por diferentes “Círculos”, e mundos que mudam de acordo com as estações, acessamos lugares diferentes e encontramos novos monstros quando adentramos desses reinos.

    Não apenas desafiando as criaturas que comandam esses lugares, mas também nos forçando a lutar contra monstros cada vez mais poderosos conforme avançamos pelos círculos. Ao longo de sequências de combates repetitivas e arcos da histórias escassos, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince não nos incentiva a fazer grinding, dando pouco, ou quase nenhum retorno ao tentar nos motivar à aumentar o nível dos nossos monstrinhos.

    The Dark Prince

    Com uma gameplay limitada, o game exclusivo do Nintendo Switch se mostra repleto de queda de frames e com problemas de processamento, com monstros desaparecendo diante dos nossos olhos, e pouquíssimos elementos em tela.

    O game se faz curioso em quase tudo, principalmente quando tenta se destacar como um RPG de captura de monstrinhos. Quando seus desafios realmente se apresentam, diferente da primeira vez, o desafio que os inimigos representa agora são bem mais significativos, e assim, voltamos no problema do game forçar seus jogadores à realizar longos períodos de grinding.

    The Dark Prince

    O combate repetitivo do game, bem como as sequências de exploração que nos esforça a competir em Coliseus a fim de avançar na história. E assim, nos permite entender que o mundo de Terrestria e também os outros Círculos podem posar como perigos reais, nos fazendo retornar à Torre de Rosehill – uma torre que viagem conosco por todos os reinos -, caso algo dê errado.

    Enquanto revela segredos daquele mundo e de Zenithia, dos dragões e dos seres celestiais, bem como de Azabel, que jurou destruir aquele mundo de uma vez por todas. Distante de quando o encontramos em Dragon Quest IV, Psaro ainda há de enfrentar seu destino de se tornar o Mestre da Monstruosidade e cumprir sua promessa, de matar Randolfo, o Tirano.

    VEREDITO

    Apesar dos claros problemas de processamento e longas telas de loading, o game exclusivo do Nintendo Switch pena e poderia ser muito mais do que isso – se tivesse sido lançado para outros consoles, algo diferente talvez pudesse ser visto. Ao longo de sequências de ação monótonas, o game força encontro ocasionais entre nossa party, de Psaro e Rose e nossos monstros.

    A diversão do game vem das histórias e não de seus combates. Ainda que seja elogiado por muitos, o elemento de complecionismo do game deixou a desejar. Enquanto não nos oferece nenhuma motivação para capturar todas as 500 criaturas do game, o combate acaba parecendo ser sempre a saída mais interessante para nossa equipe. Com sequências ocasionais que nos tiram da zona de conforto, somos lançados por um mundo que sempre parece tentar nos oprimir, nos destruir. Por Terrestria ou qualquer um dos outros Círculos, The Dark Prince nos decepciona no que diz respeito à progressão e seu ritmo lento acaba por tornar uma decepção.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Dragon Quest Monsters: The Dark Prince foi lançado em 1º de dezembro para o Nintendo Switch.

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    CRÍTICA – TEVI (2023, CreSpirit)

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    TEVI é o mais novo game do estúdio taiwanês CreSpirit. O game é conhecido por seus games visual novel Crying Pony, Last Command e outros. O game nos lança pela história de um metroidvania bullet hell em que é necessária muita esquiva e combos. O game foi lançado no dia 30 de novembro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

    SINOPSE

    Embarque em uma aventura de ação épica enquanto você corta, corre e avança com combos por uma vasta terra marcada por conflitos. Explore e descubra segredos ocultos. Personalize sua construção para triunfar em lutas espetaculares contra chefes. Experimente uma história de mistério, magia e caos em TEVI, um bullet hell metroidvania!

    ANÁLISE

    TEVI

    TEVI é mais um ótimo metroidvania com gráficos 2D e elementos de RPG. Além do design de chibi dos personagens do game que vem diretamente de Taiwan. O jogo traz um enredo repleto de ação e aventura juntamente a uma excelente trilha sonora. 

    Além disso, é possível personalizar seu personagem e deixando com estilo único antes de partir para as batalhas.

    Desse modo, o jogo apresenta o que há de melhor no gênero metroidvania com sua jogabilidade fluida que o torna um jogo formidável e divertido. Além de ter um fator de exploração que é ótimo que apresenta uma vasta ambientação.

    Com isso, o jogo apresenta uma ótima estrutura em suas fases que são desafiadoras e possuem diversas salas secretas que contém itens que melhoram o desempenho de seu personagem.

    Minha experiência com TEVI foi divertida e nostálgica, pois é inevitável não lembrar de Castlevania – Symphony of the Night. Muitas características do clássico da Konami estão presentes no game e será um prato cheio de diversão para todos os fãs do gênero metroidvania.

    Embora TEVI tenha sua própria identidade no gênero, o jogo pode acabar sendo cansativo em algumas fases que irá exigir mais habilidade de jogadores menos experientes, mas ainda assim o jogo não perde pontos por isso. 

    Outro ponto que o jogo deixa a desejar é que o mesmo não está localizado em PT – BR isso acaba tirando a imersão da história para os jogadores que não estão familiarizados com a língua inglesa. Mas diante da jogabilidade impecável, esse ponto é o menor dos problemas para curtir o jogo.

    Por fim, TEVI é um jogo muito divertido e acaba sendo uma excelente oportunidade para conhecer uma produção do Taiwan que assim como as grandes desenvolvedoras apresentam um ótimo metroidvania.

    VEREDITO

    Tevi é um ótimo metroidvania bullet hell e traz muitos desafios e fases memoráveis que vão deixar qualquer fã do gênero satisfeito com sua jogabilidade fluida e uma ambientação incrível.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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