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    CRÍTICA | Lazarus – Vol. 1 e 2 (2018, Devir)

    Em Lazarus, somo apresentados a um futuro distópico, com um mundo destruído e que não possui mais fronteiras como conhecemos hoje, mas sim, fronteiras econômicas. A riqueza é poder e esse poder se concentra nas mãos de algumas famílias.

    As famílias lembram imensamente grupos paramilitares que farão de tudo para manter seus status e suas áreas.

    Lazarus

    O quadrinho conta a história da família Carlyle e sua maior protetora, Forever. Forever é uma Lazarus, uma guerreira imortal da família Carlyle que é “considerada” um membro da família, para que possa agir em seu nome sem maiores problemas.

    Com roteiro de Greg Rucka (The Old Guard), o quadrinho mostra o quão brilhante o roteirista é. Com um mundo não muito diferente do nosso, algo parece ter dado errado para que em 2066, o mundo – até mesmo os locais mais verdes que conhecemos hoje – tenha se tornado uma enorme cratera árida.

    Lazarus

    Com uma nova divisão territorial baseada na força que o dinheiro pode pagar, a concentração de riquezas se mostra cada vez mais características, quando é mostrado que são essas famílias que definem o rumo que determinada região tomará.

    Seja na “Ascensão“, evento em que jovens são entrevistados e testados para que possam ser aproveitados nas mais diversas áreas, indo desde soldados até mesmo médicos, de acordo com seus talentos individuais, ou pelo ordenamento dessas pessoas que se faz por meio de castas.

    Sendo os Carlyle a família responsável por uma determinada região, eles tem entre seus “servos”, as pessoas que tecnicamente os são leais. E estão assim, protegidos pela família.

    Os que ficam fora dessa organização e dessa hierarquia quase que militar, são os chamados “refugo“. Os refugo nem sempre aceitam as escolhas feitas por aqueles no topo da cadeia alimentar e por vezes, causam insurreições como protesto, sendo quase sempre de forma violenta e agressiva.

    É incrível a forma como Greg Rucka possui a habilidade de nos apresentar esse mundo com tanto cuidado e como cada curva que a história faz nos surpreende. Nos deixando sem ação, forçando-nos a reler o que acabamos de testemunhar devido a incredulidade. 

    Lazarus

    As artes de Michael Lark tornam toda a história extremamente gráfica e tem muito sucesso ao nos transportar para aquele mundo pós-apocalíptico; nos fazendo sentir o incômodo e a agonia que todos aqueles personagens sentem diante aos perigos e problemas que os menos afortunados têm.

    Enquanto adentramos as histórias de Forever, o mundo se abre. Fazendo seu passado se tornar palpável e mostra que mesmo a personagem imortal por vezes é a mais humana entre aqueles que estrelam a trama.

    Lazarus foi lançado originalmente pela Image Comics e foi lançado no Brasil pela Devir.

    Editora: Devir

    Autor: Greg Rucka

    Páginas: 104 e 128

    Nossa nota

    4,0 / 5,0



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    CRÍTICA | East of West: A Batalha do Apocalipse – Vol. 2 (2020, Devir)

    East of West: A Batalha do Apocalipse é uma minissérie escrita por Jonathan Hickman e ilustrada pelo artista Nick Dragotta. Esse segundo volume, publicado pela Editora Devir reúne as edições #06 à #10.

    ANÁLISE

    Em East of West – Vol. 2 temos o surgimento de novos personagens que não apresentam suas reais motivações ao longo dessa edição. Além, das diversas subtramas que vão se desenvolvendo com esses novos personagens.

    A trama de East of West aborda diversos temas: apocalipse, politica, profecias e religião.

    Nesse meio-tempo, Morte e seus companheiros procuram pistas sobre o paradeiro da criança. E novas revelações são feitas a respeito desse mundo dividido que rapidamente se aproxima do seu fim.

    O roteiro de Hickman continua excelente, contundo, a quantidade de novos personagens e perguntas sem respostas que ele apresenta possivelmente deixará os leitores confusos. Contundo, acredito que ao longo da trama essas perguntas serão respondidas.

    Além disso, a HQ apresenta sequências de ação memoráveis e digna de serem adaptadas para o cinema.

    E por fim, o traço de Dragotta continua fenomenal; seja com a ambientação – que continua fantástica – ou junto ao design dos personagens que são cheios de estilo e elegância.

    Ao utilizar-se do gênero faroeste/ficção cientifica, isso dá oportunidade para Nick Dragotta adicionar outros elementos do sci-fi, deixando o mundo de East of West ainda mais legal.

    LEIA TAMBÉM: 

    CRÍTICA | East of West: A Batalha do Apocalipse – Vol.1 (2020, Devir)

    VEREDITO

    East of West: A Batalha do Apocalipse – Vol. 2 serve para a apresentação de novos personagens e novas subtramas e mais perguntas que não apresentam respostas – pelo menos até o momento -, mas que serve para evolução da trama.

    Particularmente, espero que a obra de Jonathan Hickman não caia no mesmo estilo narrativo seriado Lost, que chegou ao seu fim com mais perguntas que respostas, para lamento dos fãs.

    Contundo, a narrativa que Hickman vem construindo é bem elaborada e com universo rico, East of West tem muito potencial para ser uma das HQs do gênero ficção cientifica favorita de muitos leitores.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Editora: Devir

    Autor: Jonathan Hickman

    Páginas: 144

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    CRÍTICA – Mentira Incondicional / The Lie (2018, Veena Sud)

    Mentira Incondicional (The Lie) foi lançado originalmente no Festival de Toronto em 2018. O filme é um remake do longa alemão We Monsters de 2015, e conta com Joey King, Peter Sarsgaard e Mireille Enos como seus protagonistas.

    O filme lançado em Outubro na Amazon Prime Video tem uma premissa um tanto quanto curiosa, mas que se você olhar mais de perto, verá todas as cordas que tecem a trama serem cuidadosamente movidas.

    Mentira Incondicional

    ANÁLISE

    Antes de The Act, Joey King mostrou o quão intensa pode ser em seus personagens, mesmo não indo tão a fundo quanto iria no ano seguinte, na série que rendeu um Emmy à Patricia Arquette, e diversas indicações à King.

    Joey King dá vida a Kayla, uma adolescente de 15 anos mimada, fruto de um casamento falido. A garota parece ter suas necessidades emocionais supridas com bens materiais e a famosa “vista grossa” feita por seus pais, que só querem ser amados de volta sem colocar um pingo de esforço na relação entre eles e a filha.

    Enquanto levava sua filha Kayla para um acampamento de dança, Jay (Peter Sarsgaard) encontra Brittany (Devery Jacobs), amiga de sua filha em um ponto de ônibus no meio do nada, e após uma rápida carona, uma aparente discussão, Kayla empurra sua amiga de cima de uma ponte em direção ao rio.

    Toda a trama do filme se desenvolve nos dias a seguir, e acontecem tantas coisas, que enquanto assistia, perdi por algumas vezes a noção de tempo, não por problemas de direção, ou da trama e sim pelos fatos que se sucedem após todo o acontecimento que desencadeia a trama.

    E é na direção que o filme brilha. Ao causar o desconforto nos espectadores, Veena Sud impressiona com sua direção, colocando todos os nossos instintos contra o que mais acreditamos. O longa nos coloca na pele dos pais que fazem de tudo para evitar que as ações de sua filha sejam descobertas.

    Mentira Incondicional

    Sarsgaard, como o monstro do cinema que é, se faz tão imponente quanto sua carreira já o provou ser. Como Jay, ele interpreta um pai que faz de tudo para ser aceito por sua filha, mesmo que isso signifique ajudar a apagar todas as provas de um assassinato.

    Einos, outra força destrutiva, faz aquele mundo ser tão palpável quanto possível e vai além, nos matando aos poucos enquanto sua personagem parece morrer por dentro, engendrada pelas ações de sua filha.

    VEREDITO

    Mentira Incondicional me fez sentir tão incomodado quanto incrédulo desde seu primeiro arco, até o último. Enquanto o assistia, tentei pensar numa categoria em que ele se encaixava. Não era o terror, tampouco um thriller investigativo, pois todos os elementos dos filmes dos gêneros supracitados ficavam ocultos desde seus primeiros momentos, muito diferente deste.

    Joey King entrega uma das personagens mais palpáveis de sua carreira, por mais que sua incoerente Kayla seja odiável, ela o faz com propriedade.

    Veena Sud te colocará na beirada do sofá, te fazendo passar nervoso com todas as tramas e subtramas que o filme apresenta.

    A direção de arte e a fotografia se mostram eficazes, ao isolar seus personagens diversas vezes em um cômodo repleto de pessoas. Mostrando que, ainda que rodeado de pessoas, eles estão sozinhos, presos nas tramas que se deixaram enredar.

    Mentira Incondicional está disponível na Amazon Prime Video e é um dos primeiros filmes lançados na plataforma que fazem parte da parceria entre o serviço de streaming da Amazon e a Blumhouse.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    https://www.youtube.com/watch?v=u8aKMRoQasM&ab_channel=AmoCinema

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    CRÍTICA | We Are Who We Are: Episódio 4 – Right Here, Right Now IV

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    O quarto episódio de We Are Who We Are se chama como já esperado, Right Here, Right Now IV e foi ao ar na última segunda-feira (05/10), na HBO. Neste episódio o grupo de amigos faz uma despedida para Craig (Corey Knight) que está indo para o Afeganistão.

    SINOPSE

    Após uma partida de paintball, Craig pede Valentina (Beatrice Barichella) em casamento já que ele irá para o Afeganistão. Com uma rápida cerimônia, o grupo invade uma casa para a festa de celebração e despedida. Logo, a dinâmica dos amigos é explorada, enquanto Caitlin (Jordan Kristine Seamón) se sente cada vez mais distante.

    ANÁLISE

    CRÍTICA | We Are Who We Are: Episódio 4 - Right Here, Right Now IVAos poucos a sequência dos títulos de We Are Who We Are começa a fazer sentido, Luca Guadagnino quer que o espectador preste atenção no aqui e agora. Logo, o quarto episódio usou mais uma vez o pulo temporal já que não foi mostrado as consequências do que aconteceu no festival. É como se Guadagnino falasse “o que está acontecendo neste momento é o mais importante”.

    Sendo assim, Right Here, Right Now IV é praticamente um suspiro de alívio na trama, daqueles que antecede um enorme problema. Após, o grupo jogar uma partida de paintball emulando totalmente o sentimento de guerra e rigidez da base militar, temos uma das cenas mais bonitas do episódio.

    Utilizando da câmera lenta, Guadagnino mostra o grupo atirando água e tinta uns nos outros. A sensação de irresponsabilidade e infantilidade domina a cena enquanto vemos jovens que se desprendem da constante sensação de vigilância e severidade da base. Logo, esta brincadeira se torna mais divertida que o próprio paintball.

    Contudo, Caitlin não participa. Ao longo do episódio, ela se mostra cada vez mais distante do grupo o que é claramente uma consequência por estar mais próxima de Fraser (Jack Dylan Grazer). Ainda assim, ambos não se sentem excluídos ou pressionados pelo grupo, Fraser em especial se sente livre de uma forma individualista.

    Sendo assim, o episódio segue com Craig e Valentina se casando já que o rapaz irá para uma missão no Afeganistão. Logo, o grupo invade uma casa de veraneio, onde os donos parecem estarem longe. Na festa, as cenas são totalmente de descontração e curtição com aquele sentimento de despedida.

    Luca Guadagnino opta pela espontaneidade e improviso do grupo rendendo cenas contagiantes como o momento da dança desengonçada dos personagens. Algumas relações são mais uma vez exploradas, Danny (Spence Moore II) e Craig são muito próximos o que leva a momentos de tensão sexual entre os jovens.

    No entanto, em We Are Who We Are algumas coisas nem sempre são o que parecem. Portanto, Danny também tem em Craig um afeto paterno já que o soldado é um exemplo ao jovem. Nesse sentido, fica incerta a relação entre ambos.

    Já no lado de Caitlin e Fraser, os rumores que os dois são um casal crescem cada vez mais. Britney (Francesca Scorsese) interroga Caitlin sobre ela ter mudado depois que passou a sair com Fraser e a resposta é que realmente algo mudou. A mudança está em Caitlin assumir seu verdadeiro eu com Fraser.

    Logo, também há uma cena bastante significativa quando Fraser ajuda Sam (Ben Taylor) que está mal. Sam sente que foi trocado por Fraser e sabendo que ele entende de poesia diz também saber. Então, Sam faz uma rima e diz que Fraser não sabe o que é o amor. É um momento emblemático que mostra o quanto Sam gostava (ou ainda gosta) de Caitlin.

    Outro ponto interessante é que durante a festa uma menina beija Fraser e ele retribui de uma forma desajeitada. Logo, ele conta para Caitlin que diz para ele nunca mais fazer isso, em uma espécie de ciúmes e aviso de que o amigo não precisa fingir interesse em meninas.

    Caitlin tem um momento conflitante com Craig, ela o confronta por ele não ter atirado nela quando teve a chance durante o paintball. Ele desvia do assunto e ela responde que foi por ela ser uma garota. Aos poucos Caitlin percebe algumas imposições ao seu gênero que antes (talvez antes de sua menstruação) eram invisíveis para ela.

    O essencial do quarto episódio está na liberdade efêmera que os jovens sentem quando são eles mesmos. Já que tudo irá passar tão rápido e a responsabilidade a cada dia é maior, eles precisam de um momento para serem únicos.

    Ao final, Craig vai embora enquanto todos estão dormindo de ressaca. Ao que tudo indica, o jovem soldado provavelmente morrerá em missão e sendo a pessoa mais madura que unia o grupo, as relações ficarão mais estremecidas. O episódio termina com Sarah (Chloë Sevigny) dizendo aos soldados para deixarem a América orgulhosa.

    É uma cena irônica, visto que os Estados Unidos não se importa com esses jovens que dão a vida a nação. Isso é muito bem presentado no episódio anterior quando Danny pergunta a Craig se ele sabe o lugar dele no mundo e o rapaz responde que é um soldado. Ao mesmo tempo que esses jovens lutam pela sua nação, eles não sabem mais onde é seu lugar no mundo.

    VEREDITO

    Right Here, Right Now IV é um episódio de transição, sem grandes acontecimentos para a trama entre Caitlin e Fraser; Como se a série ainda não soubesse abordar as questões de gênero e sexualidade que permeiam os jovens.

    Se demorar muito a construir essa abordagem, talvez possa vir a ser superficial demais. Contudo, é um momento de descontração para esse grupo com lindas cenas.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Evocê, está assistindo We Are Who We Are, da HBO? O que achou do episódio? Deixe seus comentários e sua avaliação.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICAS – We Are Who We Are

    Episódio 3 – Right Here, Right Now III

    Episódio 2 – Right Here, Right Now II

    Episódio 1 – Right Here, Right Now



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    CRÍTICA | The Third Day: Episodio 4 – Monday – The Mother

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    The Third Day chega a sua quarta semana com o episódio Monday – The Mother que foi exibido na última segunda-feira (05/10), na HBO. Com grandes mudanças, a segunda parte da série criada por Dennis Kelly com direção de Philippa Lowthorpe, acompanha Helen (Naomi Harris) e sua duas filhas, Ellie (Nico Parker) e Talulah (Charlotte Gairdner Mihell).

    SINOPSE

    CRÍTICA | The Third Day: Episodio 4 - Monday - The MotherPara uma viagem em família, Helen leva sua duas filhas a ilha de Osea. No entanto, em busca de uma lugar para ficar, Helen percebe o clima sinistro e desolador da ilha. Enquanto, alguns moradores recusam a abrigá-las dizendo que o momento não é oportuno, mas os Martins oferecem um quarto a família. Porém, a viagem de Helen à ilha revela outras motivações.

    ANÁLISE

    A jornada de Sam (Jude Law) na ilha de Osea parece ter chegado a uma conclusão dos três episódios passados e na live chamada Outono que foi exibida no Facebook da HBO. Portanto, antes de entrar de fato no quarto episódio é preciso desmistificar os acontecimentos da transmissão ininterrupta em plano sequência que foi ao ar na última sexta-feira (02/10) por 12 horas.

    A descoberta de rituais e estranhas histórias levou Sam a se tornar o Pai de Osea. Em Outono é apresentado uma espécie de rito de passagem muito semelhante a procissão de Jesus Cristo pela Via Sacra. Sam inicia todo maltrapilho arrastando um barco, enquanto os ilhéus lhe jogam coisas.

    A cada parada, vemos um tipo de capela que explica a procissão de Sam. Ele é representado como o deus Esus e por isso, precisa ficar em uma cruz erguida mar adentro. Enquanto, o povo de Osea celebra com comida e bebidas, Sam é enterrado para depois ter sua própria ressurreição. Quando Sam volta, ele caminha pelo meio do povo de branco e Larry (John Dagleish) que era contra a ideia é contido para não partir para cima de Sam.

    Dessa forma, a live termina com Sam ao lado dos habitantes de Osea como se estivesse em harmonia, depois ele encontra seu filho mais uma vez. O interessante aqui é que ainda não vemos o rosto de Nathan, o que seria mais um mistério. Nathan pode estar realmente morto e Sam estar alucinando ou aceitou uma criança que não é seu filho.

    Já o episódio Monday – The Mother inicia com uma narrativa mais arrastada. Mais uma vez o espectador observa uma pessoa sem nenhum conhecimento chegar a Osea. Porém, se antes o espectador estava tão perdido quando Sam e ia descobrindo a dinâmica da ilha junto; com Helen, o espectador já tem boa noção de como Osea funciona o que torna o episódio um pouco cansativo.

    Após alugar um chalé pelo Airbnb, ao chegar na ilha, Helen encontra um local desolado e com uma clima nada amistoso; e os proprietários do imóvel dizem que ela não pode ficar. Todos parecem muito estranhos na ilha e vemos alguns moradores indo embora do local.

    Sendo assim, Helen sente que sofreu uma descriminação racial no que a proprietária do chalé nega sua entrada e ainda pergunta se suas filhas são de um pai branco. Tanto Ellie, quanto Talulah têm a pele mais clara que a mãe, o que já dá alguns indícios do que realmente está acontecendo.

    Ainda em busca de um local para ficar, vemos a relação de Helen com suas filhas. Ao que tudo indica a família passou por um momento ruim com falta de dinheiro e Ellie brigando na escola. Logo, a viagem seria para levantar os ânimos e para o aniversário de 14 anos da garota. Porém, Helen se mostra obcecada com o lugar.

    Em outro momento, temos Ellie conversando Larry sobre a mitologia da ilha, Helen ao ver a cena tem uma reação super protetora gritando com os dois e mandando Ellie para o carro. Esse é mais um dos indícios do forte trauma que esta família passou e sobre a sensação de insegurança que ronda Osea.

    Nesse sentido, elas vão parar em um resort que parece estar sendo construído. No local, uma espécie de ritual de nascimento está acontecendo e ouve-se gritos de uma mulher que está dando a luz. Helen foge do local com as meninas e vai parar na casa dos Martins.

    Sr. Martin (Paddy Considine) primeiramente se recusa a receber, porém Sra. Martin (Emily Watson) deixa elas ficarem na casa. Helen pergunta se o local é seguro e vemos mais uma vez, a discussão sobre segurança e isolamento tratado em The Third Day.

    Ao final do episódio, de uma maneira um pouco brega e clichê é confirmado as suspeitas de que Helen é a esposa de Sam e está em sua procura. Nesse momento, a série erra em querer explicar demais o óbvio sendo que já havia a construção ao longo do episódio.

    Logo, Monday – The Mother (o próprio título já diz) apresenta outra personagem com uma outra dinâmica. Helen não se importa com os acontecimentos da ilha, ela somente quer respostas e proteger suas filhas. Nesse sentido, apesar do episódio exaustivo, a série mais uma vez prende a atenção do espectador. Contudo, a pergunta que fica é se The Third Day conseguirá entregar tudo que promete.

    VEREDITO

    A mudança de direção é evidente no quarto episódio de The Third Day, abrindo mão da saturação de cores e das cenas iludidas de Sam.

    Já com Helen, as cores são mais opacas sendo ela o destaque na cena evidenciando que ela não se encaixa no local. Dessa forma, a abordagem do roteiro é corajosa ao mostrar mais uma vez o protagonista explorando o lugar – Naomie Harris está ótima e entrega bem.

    Porém, o grande problema da série da HBO é apresentar um clima enigmático prometendo demais e entregando de menos.

    Os mistérios na ilha de Osea ainda permanecem obscuros e com apenas dois episódios para o final a conclusão sofre a possibilidade de ser rasa demais.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Evocê, tem acompanhado The Third Day? Deixe seus comentários e sua avaliação!

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICAS – The Third Day

    Episódio 3 – Sunday – The Ghost

    Episódio 2 – Saturday – The Son

    Episódio 1 – Friday – The Father



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    TBT #93 | O Homem de Aço (2013, Zack Snyder)

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    Sabemos que Zack Snyder tem uma excelente filmografia, dentre alguns de seus filmes temos 300Watchmen, A Lenda dos GuardiõesSucker Punch. Só com os títulos citados já poderíamos dizer que o diretor é um mestre do cinema e efeitos especiais, mas com O Homem de Aço, principalmente os fãs da DC (e os da Marvel, como esse que vos escreve) coroaram o diretor como o queridinho do gênero de super-heróis, principalmente por pavimentar o retorno da DC aos cinemas.

    Com um elenco estelar o longa conta com Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Michael Shannon, Kevin Costner, Diane Lane e Laurence Fishburne.

    SINOPSE

    Nascido em Krypton, o pequeno Kal-El viveu pouco tempo em seu planeta natal. Percebendo que o planeta estava prestes a entrar em colapso, seu pai, Jor-El (Russell Crowe) o envia ainda bebê em uma nave espacial, rumo ao planeta Terra, e levando com ele importantes informações de seu povo.

    Contrariado com tal atitude, o General Zod (Michael Shannon) tenta impedir a iniciativa e acaba preso. Já em seu novo lar, a criança foi criada por Jonathan (Kevin Costner) e Martha Kent (Diane Lane), que passaram a chamá-lo de Clark (Henry Cavill).

    O tempo passa, seus poderes vão aparecendo e se tornando, de certa forma, um problema, porque isso evidencia que ele não é um ser humano. Já adulto, Clark se vê obrigado a buscar um certo isolamento porque não consegue resistir aos salvamentos das pessoas e sempre precisa sumir do mapa para não criar problemas para seus pais.

    Mas o terrível Zod conseguiu se libertar e descobriu seu paradeiro. Agora, a humanidade corre perigo e talvez tenha chegado a hora das pessoas conhecerem aquele que passarão a chamar de o Super-Homem.

    ANÁLISE

    Depois de 7 anos sem um filme do kryptoniano mais querido da cultura pop, temos aqui uma ode ao personagem criado por Jerry SiegelWayne Boring e Joe Shuster.

    O longa de Snyder nos apresenta o golpe de Zod e sua prisão na Zona Fantasma, a destruição de Krypton e a infância do jovem Clark Kent (Dylan Sprayberry) na fazenda com seus pais Jonathan e Martha Kent e suas dificuldades para esconder sua natureza.

    Após a perda de seu pai para manter seu segredo em segurança, Clark segue pelo mundo em busca de si próprio e entender quem é e qual seu propósito.

    Em suas andanças, Clark encontra uma nave kryptoniana na Antártica e lá descobre sobre sua linhagem e seu passado, mas isso tem um preço. A reativação da nave põe um alvo na Terra para os recém libertos Zod e seus seguidores.

    O Homem de Aço é inegavelmente impecável visualmente, as cenas em CGI é algo até difícil de descrever. As lutas são épicas e a destruição é colossal.

    Cenas memoráveis

    Toda a sequência em Smallville é incrível, desde Zod ameçando Martha, até a inesquecível e cruel Faora (Antje Traue) dando uma surra no Superman.

    Por falar em Zod, Michael Shannon nos presenteia com um vilão que quase apagou o protagonista como vimos em Batman: O Cavaleiro das Trevas, com o Coringa de Heath Ledger.

    Shannon como Zod parecia o próprio demônio em tela, tamanha era seu ódio pela destruição de seu planeta natal, pela indiferença com o povo da Terra e pela ojeriza por Kal-El ter “renegado” sua origem.

    Com dois titãs lutando, é inevitável efeitos colaterais, mortes, destruição e pânico. E Zack Snyder com seu O Homem de Aço trouxe de forma inédita toda a magnitude desse duelo, tão grande foi o impacto que vimos as consequências em Batman vs Superman: A Origem da Justiça.

    Com tantas surpresas incríveis, Snyder não poderia deixar o final de seu longa ser diferente; e com o Símbolo de Esperança enfrentando seu maior desafio, Clark precisa enfrentar também seus valores e agir por um bem maior. Em outras palavras, um plot twist que nenhum fã do Superman estava esperando.

    VEREDITO

    Eu assisti O Homem de Aço, na quinta-feira em sua pré-estreia, na sexta durante a estreia e no sábado com medo de ter deixado passar algum detalhe das cenas mais frenéticas de CGI. Ah! e já assisti algumas – muitas – vezes na TV.

    Bom, não preciso dizer muito para concluir que amei o trabalho de Zack Snyder e até me arrisco a dizer que depois de Superman – O Filme (1978) com o saudoso Christopher Reeve, este é sem dúvidas o melhor filme do azulão da DC.

    Com um Clark Kent cabeludo (sem o cabelinho boi lambeu com uma mecha em forma de “S” na testa) e parrudo feito um tanque, Henry Cavill – junto com Snyder – agradou aos fãs e retornou para BvSLiga da Justiça.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer legendado: 

    E você, já assistiu O Homem de Aço? Deixe seus comentário e sua avaliação! Confira também as indicações anteriores do TBT do Feededigno.



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