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    CRÍTICA – Sem compaixão ‘Cobra Kai’ encerra com muita emoção

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    Cobra Kai começou como uma websérie a ser distribuída para a versão premium do Youtube, buscando trazer para uma época mais atual o universo de Karate Kid um dos grandes clássicos da década de 80. Após a compra da Netflix e cinco temporadas a série chega ao fim de sua sexta última temporada exibindo seus episódios finais lançados no último dia 13 de fevereiro completando uma jornada narrativa iniciada em 2018.

    O elenco traz os nomes conhecidos da franquia William Zabka e Ralph Macchio como os rivais de longa data Johnny Lawrence e Daniel Larusso, além da participação de diversos atores do passado incluindo Martin Kove (John Kreese) e Thomas Ian Griffith (Terry Silver).

    Trazendo um novo fôlego para a história com os novos personagens acrescentados como Miguel Diaz (Xolo Maridueña), Samantha Larusso (Mary Mouser), Robby Keene (Tanner Buchanan) e Tory Nichols (Peyton Roi List).

    O enredo da sexta temporada é sobre os preparativos para o torneio Seikai Taikai que vai ser disputado com a união dos dojos de Johnny Lawrence e Daniel Larusso que colhem os frutos da aliança que formaram, com seus alunos centrados e comprometidos para novos campeonatos.

    Cobra kai

    Cobra Kai sofreu um pouco com alguns altos e baixos, inclusive nesta última temporada que teve 15 episódios divididos em duas partes tendo um começo que não me agradou por dar passos atrás em arcos de personagens que se mostravam bem resolvidos.

    Por esse fato a sensação até chegarmos a fase do torneio, temos uma sensação de repetitividade tornando a experiência um tanto monótona até um encerramento bem chocante com a morte acidental do Kwon durante uma briga generalizada com todos os participantes do Sekai Taikai.

    A última leva de episódios tem um salto de qualidade altamente surpreendente, como se o seriado retomasse a sua essência, mas com uma maturidade narrativa que se torna emocionante quando todas as jornadas dos personagens principais começam a encontrar seus desfechos.

    Cobra kai

    Me impressionou muito como os últimos episódios de Cobra Kai não apenas retomam o que gostamos do seriado, como também da franquia de Karate Kid e isso resulta na adrenalina de ficar empolgado a cada reviravolta que acontece na trama.
    Essa temporada tecnicamente tem bons pontos como as cenas de ação que são muito bem produzidas e a direção de alguns episódios mesmo não utilizando de ideias mirabolantes entrega a emoção dos personagens.

    A série encerra muito bem os seus ciclos como a relação conflituosa entre Daniel Larusso e a memória do senhor Miyagi que foi se construindo ao longo das temporadas, chegando ao ponto do melhor aprendiz do Miyagi do questionar a moral do seu mestre chegando a uma resolução que desperta muita curiosidade para conhecer mais sobre sua jornada.

    Além dele outro que me chamou atenção foi John Kreese, um dos grandes vilões nos filmes e também no seriado, repensando sobre tudo que perdeu ao longo de sua trajetória seguindo os ensinamentos de Kim Sun Yung, fundando o Cobra Kai e sendo uma passagem negativa na vida de diversos alunos como o próprio Johnny até encontrar a sua redenção.

    Cobra kai

    É muito interessante como essas relações entre os personagens são tão intensas nesta última temporada e poderia citar muitas outras. Porém, a relação entre Lawrence e Miguel se torna muito especial quando vemos ambos olhando para o passado, toda a luta que tiveram para chegar naquele estágio e como vencer acaba se tornando um mero detalhe diante de tudo que conquistaram.

    Mesmo sendo uma série sobre karate é muito impressionante como consegue abranger outros temas, utilizando muito o próprio Johnny que se torna uma pessoa muito diferente do que conhecemos no episódios inicial, alguém que ressignificou as coisas que aprendeu e encontrou um outro caminho para reconstruir sua vida.

    Como um todo Cobra Kai é uma excelente série que daqui alguns anos será algo prazeroso de revisitar, mesmo que em alguns momentos tenha oscilado, se tornando uma ótima obra que transporta o universo de Karate Kid para uma geração que não viveu os grande momentos desta época.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA – ‘Lost Records: Bloom & Rage’ é finalmente um acerto da Don’t Nod

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    Lost Records: Bloom & Rage‘ chegou no dia 18 de fevereiro para PC, PS5, Xbox Series S/X e você também pode aproveita-lo na PS Plus caso assine o serviço e o segundo capitulo chegara dia 15 de abril ainda em 2025. Esse game é dos desenvolvedores originais de Life is Strange, que hoje já não trabalham mais com a franquia e que atualmente o estúdio se chama Don’t Nod Entertainment.

    Se você ainda não conhece Life is Strange, vale a pena jogar, mesmo em 2025. Essa série traz diversos jogos com boas tramas narrativas, muita criatividade e aventura.

    Em todos os jogos da franquia, assim como em títulos semelhantes, a jogabilidade permite explorar o ambiente e escolher respostas e ações em determinados momentos, influenciando o desenvolvimento das histórias. Sendo assim, toda escolha pode mudar o rumo da trama — e, às vezes, não fazer nada

    História de Lost Records até o momento…

    Lost Records

    Primeiramente, não darei spoilers neste review. Afinal, queremos que você aproveite ao máximo o jogo, do seu jeito. No entanto, comentarei um pouco sobre ele para quem está curioso sobre o que Lost Records pode proporcionar.

    Swan é a protagonista que controlamos e cujas respostas e ações podemos escolher. Ao lado dela, há mais três protagonistas: Autumm, Nora e Kat. Cada uma delas tem sua própria importância na narrativa, e interagir com elas fortalece os laços de amizade dentro do jogo.

    A história começa em 2022, 27 anos após o verão de 1995, quando as protagonistas se conheceram, tornaram-se melhores amigas e, ao enfrentarem um segredo misterioso, decidiram nunca mais se ver. No entanto, esse pacto muda quando uma caixa igualmente misteriosa é entregue a Autumm, endereçada ao grupo. Diante disso, ela decide reunir todas na cidade natal para relembrar o passado que juraram esquecer.

    Esse é o ponto de partida do primeiro capítulo, que joguei duas vezes para testar diferentes possibilidades de escolha. Na minha primeira jogatina, ele durou cerca de sete horas, mas esse tempo pode variar de acordo com o ritmo de cada jogador. Claro, em uma segunda jogada, a duração tende a ser menor. Achei um tempo excelente para um capítulo inicial tão completo, já que conseguimos entender boa parte da trama, tanto no passado quanto no presente.

    Gosto especialmente da ambientação nostálgica, com referências a bandas, fitas, jogos e músicas da época. Uma locadora de fitas VHS, por exemplo, é um dos cenários que reforçam esse clima retrô. Aliás, falando em VHS, esse é um elemento central na história, pois nossa protagonista possui uma câmera VHS, que se torna uma peça-chave para reviver o passado.

    Nos jogos da Don’t Nod, o foco principal é a narrativa, e geralmente a mecânica central gira em torno de escolhas e exploração. Aqui não é diferente. A personagem pode caminhar pelo cenário, interagir com objetos e pessoas e até manipular itens encontrados, girando-os para observar detalhes ou fazer comentários. Além disso, podemos utilizar nossa filmadora para registrar momentos importantes da história, reorganizar as gravações e até excluir aquelas que não gostamos.

    Durante os diálogos, podemos escolher respostas para Swan. Algumas conversas possuem um tempo limite para resposta, garantindo um ritmo mais dinâmico, enquanto outras permitem que o jogador reflita antes de decidir. Também há a possibilidade de observar o ambiente para desbloquear novas opções de diálogo. Além disso, as escolhas podem impactar o relacionamento com as personagens: um ícone de coração — inteiro ou partido — indica se determinada resposta agradou ou desagradou alguém. Inclusive, é possível que uma personagem se agrade enquanto outra se desagrade simultaneamente. No entanto, a história continua fluindo, e essas interações determinam o nível de amizade entre os personagens.

    Lost Records

    Os desenvolvedores destacaram que escolhas cruciais podem alterar o futuro do jogo. Nesse primeiro momento, essas decisões são representadas por um ícone de planta brotando, em vez do coração mencionado anteriormente. Ainda não joguei o segundo episódio, então não sei exatamente para onde minhas escolhas me levarão. Mas que estou ansiosa para descobrir, isso com certeza estou! Muitas decisões parecem impactar o rumo da história, e, em um jogo desse tipo, isso é mais do que bem-vindo.

    Será que é para você?

    Se você já gosta de jogos como Life is Strange e similares — eu mesma já joguei vários desse estilo —, Lost Records com certeza deve estar no seu radar. Vale muito a pena reservar um fim de semana para aproveitar essa experiência.

    Se você nunca jogou nada desse gênero, por que não experimentar? Além disso, se gosta de séries como Paper Girls e Stranger Things, vai se sentir em casa, já que o jogo se inspira fortemente nesse universo. Assistir ao trailer e lembrar imediatamente de Paper Girls foi o que mais me empolgou para jogá-lo. Fiquei muito feliz ao saber que receberíamos uma chave para cobrir esse conteúdo e, inclusive, agradeço imensamente.

    Outro ponto positivo é que o jogo conta com legendas em português do Brasil. A localização está excelente, o que o torna ainda mais acessível para diversos públicos.

    O visual do jogo combina elementos de realismo com um toque de cartoon, trazendo cores vibrantes e cenários ricamente detalhados. Particularmente, achei essa escolha maravilhosa. O jogo é lindíssimo e não só apresenta uma estética que se encaixa perfeitamente na proposta, como também conta com uma trilha sonora envolvente, que intensifica a imersão em cada ambiente.

    Tem algum ponto negativo?

    Lost Records

    Até o momento, acredito que só elogiei o jogo, mas há um ponto que pode desagradar alguns jogadores. Em certos momentos, você pode acabar perdendo algum trecho de diálogo, tendo que ler rapidamente ou até pausar para processar tudo o que foi dito.

    Isso acontece porque, no canto superior esquerdo da tela, as personagens do presente comentam sobre os eventos que estão relembrando, enquanto jogamos no passado. Ao mesmo tempo, os diálogos dessa linha temporal aparecem na parte inferior da tela, e ainda podemos estar filmando algo ou escolhendo uma resposta dentro do tempo limite. Às vezes, também estamos explorando o cenário em busca de novas opções de diálogo.

    Como o jogo tem um forte foco narrativo, é natural querer absorver cada detalhe da história. Esse é o único ponto que considero uma possível desvantagem, embora isso possa não ser um problema para todos os jogadores.

    Obrigado, Don’t Nod!

    Recebemos a chave para PlayStation 5 e, durante o tempo de jogo, até recebemos uma atualização, provavelmente para correção de bugs. No geral, o jogo rodou muito bem em 4K. Não tive problemas com glitches ou crashes, então acredito que a experiência está ótima para jogar.

    Em meio a tantos jogos dos últimos anos que buscam um realismo sem alma, Lost Records se destaca com um design lindo, uma trilha sonora incrível e uma história envolvente e misteriosa.

    O jogo prova que os desenvolvedores de Life is Strange não estão para brincadeira. Na verdade, eles se dedicaram bastante para criar uma nova IP que realmente vale a pena jogar.

    A decisão de dividir o game em capítulos permite que o público tenha tempo para digerir a história, criar teorias, gerar hype e, claro, compartilhar suas experiências.

    Precisa de uma pausa depois de tantos jogos desafiadores? Separe um fim de semana com pizza, refrigerante e embarque em uma viagem de volta a 1995 com Lost Records.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Lost Records: Bloom & Rage‘ chegou no dia 18 de fevereiro para PC, PS5, Xbox Series S/X.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #34 | ‘Vagrant Story’ completa 25 anos e merece ser revisitado

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    Em uma era em que RPGs de turno fizeram história, a Squaresoft – antes da fusão da empresa com a Enix -, brilhou ao desenvolver um RPG em tempo real que parece ter sido esquecido no tempo. Com uma fórmula e liberdade criativa, a Square e Yasumi Matsuno – criador de Final Fantasy Tactics e Tactics Ogre – desenvolveram Vagrant Story, um RPG com visão isométrica. Com uma história rica, combate estratégico e uma mecânica que tenta tirar o máximo da capacidade gráfica do PlayStation, somos lançados a história do game.

    Ao contrário dos últimos lançamentos de Final Fantasy ao fim dos anos 90, nos quais a Square costumava utilizar cutscenes cinematográficas em CGI, neste título as cenas são renderizadas em tempo real com polígonos 3D. Os mesmos polígonos presentes no desenrolar do game.

    Na época, acreditava-se que o game era único graças a seus gráficos que realmente tiravam o fôlego. É dito também que graças ao que o game exigia, mais da metade de sua história foi cortada para que coubesse na mídia, e a modelagem dos assets levaria mais tempo do que o desejado para o lançamento do game.

    Ambientado no reino de Valendia, controlamos Ashley Riot, um agente de elite que vai até o reino de Leá Monde acompanhado por sua parceira Callo Merlose para entender a ligação do Duque com o culto e encontrar o filho que fora raptado pelo culto Mullenkamp. Em meio à uma tentativa de golpe de estado, somos lançados por uma história repleta de perigos vindos não apenas dos “revolucionários,” como também das criaturas corrompidas pela energia maligna que corrompeu a cidade.

    Vagrant Story

    Sendo necessário prestar atenção a todo tempo sobre o que nos rodeia, é necessário planejar e sempre pensar nos próximos passos. Com elementos táticos de RPG, e um quê de turnos, Ashley é obrigado a prestar atenção a todo o tempo por onde pisa. Ou inimigos podem dar fim ao seu progresso de uma vez por todas.

    Tendo sido jogado por mim pouco tempo depois do game completar 25 anos, me senti imerso e proporcionalmente, incrédulo pelo fato da Square ter esquecido o game e nunca feito um remake/remaster desta aventura.

    Com um enredo rico, como o da própria cidade de Leá Monde – que 25 anos antes do momento da história sofreu perdas irreparáveis graças a um terremoto -, Ashley e até mesmo dos vilões, Vagrant Story se faz divertido no que se propõe, mas causa incômodos por sua gameplay.

    Vagrant Story

    Com gráficos, texturas ricos em detalhes, mas outros nem tanto, é fácil confundir os personagens – pois se parecem muito.

    Graças a uma variedade de equipamentos, habilidades e menus contextuais consumo de itens e combate, é possível escolher qual parte do corpo inimigo atacar. Seja na cabeça, torso, braços, pernas, e até mesmo nas asas ou cauda, é possível destruir inimigos da maneira que você quiser.

    Com itens que favorecem nosso progresso e armadilhas mágicas espalhadas pelos níveis – algumas até mesmo de cura -, entendemos a riqueza de detalhes presentes neste game.

    Religião e poder nunca devem se misturar

    Vagrant Story

    Um dos focos centrais do game é o impacto e o quão problemático é misturar poder com religião. Antes mesmo da nossa história começar, Ashley perde sua esposa Tia e seu filho Marco. Após o fatídico acontecimento, Ashley entra nas forças de pacificação da cidade e se torna um soldado de elite.

    Após ser enviado para investigar a ligação do Duque Bardorba com o culto Mullenkamp. Ao chegar na cidade, descobre que o filho do Duque fora sequestrado e parte em busca do jovem.

    Após ter ganho poder o suficiente para atuar dentro da cidade, Sydney – líder do culto – passa a conhecer seus segredos mais obscuros e se aproveitar da condição daquele reino fraturado pelo terremoto ocorrido 25 anos antes.

    Conforme a história de Leá Monde se mistura com a de Ashley, Sydney e do Bispo da cidade, o game ganha profundidade e nos lança por uma das maiores aventuras já feitas pela Square e por Yasumi Matsuno. Ainda que hoje seus gráficos deixem a desejar se comparados a games mais recentes da desenvolvedora, Vagrant Story merece ser jogado e admirado pelo que ele é: um marco do mundo dos games.

    Vagrant Story completou 25 anos de seu lançamento no dia 10 de fevereiro.

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    CRÍTICA – ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’ é sobre política e muito mais

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    O próximo capítulo do MCU é uma sequência de uma dos melhores seriados da fase voltada para os produtos de tv/streaming deste universo que já tem mais de uma década de existência. Capitão América: Admirável Mundo Novo (Captain America: Brave New World) é uma produção dirigida por Julius Onah, roteiro realizado por Malcom Spelmann e Dallan Musson.

    O elenco tem o retorno de Antony Mackie como Sam Wilson, o novo Capitão América, Carl Lumbly como Isaiah Bradley e completando o elenco Danny Ramirez, Giancarlo Esposito e Shira Haas.

    Substituindo o falecido William Hurt como Thunderbolt Ross foi escalado o renomado ator Harrison Ford que irá participar pela primeira vez em uma produção que adapta um personagem do universo de quadrinho.

    A história de Capitão América: Admirável Mundo Novo irá dar continuidade à minissérie de televisão Falcão e o Soldado Invernal, com o herói assumindo uma responsabilidade muito maior diante de uma crise internacional iniciada após uma descoberta que mudará o mundo.

    Admirável Mundo Novo

    O mais novo capítulo do universo cinematográfico da Marvel não é um filme que poderia considerar como algo perfeito, mas acredito que irá satisfazer aquela parcela do seu público que não se preocupa tanto em caçar um milhão de easter eggs em cada frame da produção ou fazer um esforço homérico para justificar sua qualidade apenas por ser o seu filme de bonequinho favorito.

    E partindo disso é importante começar pelo roteiro que é interessante como proposta, mas se perde em alguns pontos quando precisa conduzir a narrativa para algo muito mais complexo, provocativo, optando criativamente por se acanhar, caminhando para um espaço seguro com algumas obviedades e soluções que são muito convenientes tirando o peso do que se estabelece em um primeiro ato que é muito interessante.

    O trabalho de direção não se torna um grande destaque, mas consegue conduzir a história com boas cenas de ação e quando o roteiro oferece bons diálogos consegue ressaltar o trabalho realizado pelos atores em cena.

    Nos aspectos técnicos o que de fato ganha um brilho que torna a experiência cinematográfica muito agradável são as atuações do elenco liderado por Antony Mackie que mostra muita segurança em seu desempenho e uma química em tela muito agradável com Danny Ramirez formando uma dupla que gostaria de ver em muito mais produções.

    Admirável Mundo Novo

    Dificilmente iria deixar de mencionar o trabalho de Giancarlo Esposito e Harrison Ford com o eterno Indiana Jones mostrando que não é apenas um substituto de peso para suprir uma ausência que iria ser importante para esta produção acrescentando uma camada emocional muito sólida para o temido general Ross agora como um chefe de estado, uma posição que o coloca muito mais em evidência do que um membro de alto escalão militar.

    Mesmo com essa oscilação é um filme que consegue ser divertido como um conjunto porque apesar de ter coisas que não agradam os pontos positivos se tornam uma grata compensação o que torna este filme uma produção muito honesta em relação ao que está se propondo a oferecer.

    Após esta experiência passei a considerar Sam Wilson o Capitão América mais humanizado entre os três que já conhecemos nesta jornada gigantesca de produções porque ele consegue ir além do simbolismo que o Rogers alcança, inclusive importante ressaltar algo que o próprio desejava quando ele passou a compreender este papel que se mescla entre o heroísmo com política. Porém seu sucessor legítimo acaba alcançando um status de confiança que se torna uma versão muito melhor a respeito do que significa sua posição.

    Admirável Mundo Novo é uma representação interessante de um aspecto do nosso mundo como essa bolha prestes a explodir, com um vazamento ininterrupto de violência e com a cereja do bolo um militar que o conceito de diálogo parece ser algo muito longe do seu alcance e isso se torna o cenário que a existência de uma pessoa que tenha como sua melhor qualidade de mediação é o diálogo imprescindível sendo algo muito inspirador ser um personagem negro ocupar essa posição.

    Capitão América Admirável Mundo Novo é um filme que não gira em torno da perfeição técnica para cativar o seu interesse, mas consegue ser um bom filme pela sua ótima proposta traduzida através do excelente trabalho realizado pelo seu elenco e protagonista.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Capitão América: Admirável Mundo Novo pode ser assistido nos cinemas de todo Brasil a partir de hoje 13 de fevereiro de 2025. Confira o trailer do longa:

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    CRÍTICA: ‘Yakuza 3’ é ponto baixo na franquia, mas ainda é Yakuza

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    Como dito algumas vezes aqui por mim, cheguei na franquia Yakuza relativamente tarde. Mergulhando em um mundo repleto de riqueza, comédia, desafios e quase sempre de conflito. Em Yakuza 3, vemos um capítulo da vida de Kiryu em uma época de aparente paz. Repleto de intrigas e o início de uma realidade distante da que estava acostumado, Kiryu tem um vislumbre de paz quando fantasmas do passado insistem em aparecer e acabar com tudo.

    Após os acontecimentos de Yakuza 2, Haruka auxilia Kiryu a cuidar das crianças que moram no Orfanato Morning Glory, localizado na costa de Okinawa.

    Se distanciando do que foi mostrado nos outros jogos, as aventuras de Kiryu aqui, deixam de fora alguns dos maiores absurdos de sidequests que divertiam e cativavam por seu tom satírico.

    Em Yakuza 3, temos a história mais pé no chão da franquia até aqui, mas talvez, isso se dê pelo teor de sua história. A parte de missões específicas que nos fazem rir, nenhuma que se compare a distrair pessoas para que uma estátua viva fosse ao banheiro, ou em que uma gangue gosta de se vestir de bebês e utilizar fraldas.

    Yakuza 3

    No game, a sobrevivência de Kiryu e das crianças do orfanato Morning Glory está em jogo. Quando descobre que o orfanato está para ser derrubado para a construção de um resort, Kiryu descobre que sua paz está sendo perturbada por forças maiores do que imagina. Inimigos surgirão e também amigos, cujos vínculos se tornam mais profundos do que imagina-se, como é com Rikiya.

    Colocando em risco muito mais do que apenas sua vida ou o destino do Clã Tojo, Kiryu é o pai adotivo que não medirá esforços a fim de proteger suas crianças.

    Após descobrir quem está por trás da tentativa de comprar o orfanato, e um certo tempo, Kiryu recebe uma ligação, revelando que o presidente do Clã foi baleado por alguém bem parecido com Shintaro Kazama – morto 4 anos antes -, nosso protagonista parte então para descobrir a verdade.

    Yakuza 3

    Com o Clã Tojo sem uma liderança, muitos tentam ascender na hierarquia, criando disputas internas, apenas para serem derrotados sem dó por Kiryu que acredita no retorno de Daigo.

    Um dos elementos que me fazem ver Kiryu como um dos personagens mais bem desenvolvidos do game, é sua retidão e honestidade.

    Por horas de gameplay que nos deixam na beirada do assento, mais da jornada é revelada e para nossa surpresa, plots tradicionais são vistos aqui. Como o clássico do: irmão gêmeo que ninguém sabia da existência, e o nada incomum apoio da CIA a um golpe.

    As surpresas de Yakuza e um mundo único

    Yakuza 3

    Por mais louco que possa ser, a franquia Yakuza me traz um conforto singular, mesmo não dando paz a Kiryu por um minuto sequer.

    Sendo cativante em quase tudo que se propõe, Yakuza 3 diverte, e talvez por seu tom mais sério – ou pela história que dá muitas voltas -, este seja o ponto mais baixo da franquia até aqui. Após 4 jogos de imersão no mundo da Yakuza, pelas cidades de Kamurotcho, Sotenbori e as histórias de muitos, muitos personagens, ouso dizer que não tenho pressa para chegar ao fim da franquia.

    Saboreando cada um dos detalhes da história, minijogos e missões secundárias, vi em Yakuza o mundo de conforto dos games o qual sempre procurei. Sendo uma das minhas franquias favoritas, este mundo nos lança por jornadas singulares, apenas para nos surpreender a cada um de seus arcos.

    Yakuza 3

    Deixando ganchos, surpreendendo e nos fazendo sentir desafiados o tempo todo, Yakuza 3 nos instiga a avançar, explorar, mas não sem apelar sempre para o nosso senso de justiça. Por um mundo permeado pela violência e truculência, as habilidades de Kiryu talvez sejam a única arma de defesa e a forma de fazer o que é certo.

    A franquia Yakuza pode ser jogada no Xbox Game Pass para PC e Xbox One, Series X/S.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #33 | ‘Enduro’ é clássico atemporal

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    Ser um jogo clássico não é apenas sobre marcar uma época por seu sucesso, uma inovação ou uma memória tão marcante, mas por ser um molde que perdura além do recorte de seu tempo e no gênero corrida ‘Enduro‘ é um destes exemplos. Criado para Atari 2600 e publicado pela Activision em maio de 1983, neste ano chegando a 42 anos de seu lançamento, um sucesso reconhecido em sua época e nos anos seguintes.

    A ideia que deu origem a Enduro surgiu enquanto o designer Larry Miller teve uma ideia enquanto assistia uma corrida de carros, capturar essa experiência emocionante e desafiadora das disputas automobilísticas para o universo digital.

    Ele não tem uma história, mas seu objetivo é ultrapassar seus carros adversários em uma corrida que não tem um posicionamento, a cada nível vencido a dificuldade aumenta assim como as condições que a fase irá apresentar indo o mais longe possível enquanto temos tempo para avançar.

    Enduro

    Com a companhia do programador Steve Cartwright e um grande desafio a frente foi iniciado o processo de desenvolvimento do jogo. Nesta etapa, trabalhar com uma tecnologia que não oferecia tantas ferramentas para criar elementos de jogabilidade como a sensação de velocidade ou as mudanças climáticas, afinal era um mundo que girava apenas em 8 bits e tudo tinha uma compreensão bem diferente da atualidade.

    Para crianças da década de 90 o acesso ao console Atari foi um dos primeiros contatos possíveis quando se tratava da diversão proporcionada pelo universo dos videogames e eu não fui uma exceção.

    Enduro surgiu para mim na mesma época que Ayrton Senna era um dos grandes pilotos em evidência na Fórmula 1, então naquela tão simples perspectiva realizar uma corrida que era necessário ultrapassar outros concorrentes, obstáculos e enfrentando as condições adversas como as mudanças de clima era o mais próximo do realismo que poderia se reproduzir no imaginário infantil.

    Enduro

    Agora muito mais velho é possível compreender de forma muito mais ampla as razões para este jogo ser incrivelmente divertido como, por exemplo, a progressão de dificuldade que acontece a cada fase que se avança sendo algo a se conectar diretamente com a imersão proporcionada porque exigia uma atenção de quem o jogasse.

    E como jogos como Enduro se tornaram um molde para tudo o que se relaciona ao gênero de corrida nos anos seguintes?

    Minha resposta seria apontar na direção do próprio conceito do jogo que oferece, dificuldade e entretenimento através das adversidades que são proporcionadas durante uma corrida. Após o seu lançamento cada geração seguinte vai aprimorando este elemento, adicionando mais elementos nas mecânicas de jogabilidade, aumentando o desafio, condições se tornando cada vez mais refinado e alcançando a cada novo título um desafio muito maior.

    Também podemos acrescentar a importância de ser um jogo atemporal, mesmo que joguemos ele agora na geração infinitamente superior em aspecto de tecnologia, ainda consegue gerar o entretenimento de sua proposta, não apenas sendo um recorte temporal mas a reflexão que uma ideia consegue se manter relevante mesmo que sua época já tenha passado.

    Jogos assim sempre trazem a reflexão sobre como estamos encarando o universo de games atualmente, onde existe apenas a grande preocupação em torno da questão tecnológica e desempenho, uma análise fria como se tudo que esse produto significasse fosse limitado a suas questões técnicas abandonando totalmente o aspecto lúdico e quanto isso pode ser divertido como experiência.

    Pensar sobre a simplicidade de Enduro acaba me levando a esse questionamento, algo que sempre acaba acontecendo quando revisito um jogo antigo e espero que outras pessoas compartilhem deste pensamento sobre colocar um olhar mais recreativo sobre tudo isso e daqui outras quatro décadas analisem essa geração como um outro grande momento de brilhantes ideias.

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