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    CRÍTICA – Dinastia X e Poderes dos X (2019, Marvel Comics)

    Hoje, ao ler Dinastia X e Poderes dos X, olho para trás e lembro vagamente quando os X-Men estrearam nos cinemas, há 19 anos para ser mais exato. Foi bacana ver todos aqueles efeitos especiais da época, raios laser saindo dos olhos, garras de adamantium entre as articulações, Instituo Para Jovens Especiais e tudo mais. Era um universo novo pra mim.

    Ainda me recordo da leveza na voz de Patrick Stewart como Professor Charles Xavier logo no início do primeiro filme da franquia que se iniciou pelas mãos de Bryan Singer.

    “Mutação, é a chave para a nossa evolução.”

    Bons tempos aqueles.

    Já na adolescência descobri o gosto por desenhos animados da Marvel e DC, e era demais! Mas por mais que eu acompanhasse alguns episódios eu tinha um conhecimento raso do universo deles, acho que foi aí que entrou a vontade de ler HQs.

    Quem poderia imaginar que aquela franquia seria uma das responsáveis pelo BOOM dos super-heróis nos cinemas, e na minha vida – é claro, sem tirar o mérito do Homem de Ferro feito com maestria pelo nosso queridíssimo Robert Downey Jr., até por que essa resenha se trata dos mutantes.

    Normalmente, quando consigo uma folga e um tempinho para mim, procuro focar em séries, filmes, animações e afins. Dessa vez resolvi focar nas histórias em quadrinhos, o problema é que com exceção das revistas de Miles Morales e seu Aranhaverso nada parecia me agradar, mas por sorte me deparei com o novo arco dos X-Men: Dinastia X e Poderes dos X (House of X e Powers of X, títulos originais).



    Dinastia X e Poderes dos X são duas minisséries que andam de mãos dadas, com seis edições cada, que funcionam como uma espécie de introdução para a nova era dos mutantes: Aurora de X (Dawn of X).

    Não existe um motivo aparente que justifique a divisão dessa minissérie em duas partes, a não ser uma requintada jogada de marketing, nada mais. Mas não se iludam, pois isso não tira a beleza da obra, muito pelo contrário, até contribui no ritmo de fluidez da narrativa.

    Confesso que antes de ler eu já havia ouvido falar dessas duas histórias, porém após os eventos infames como; Vingadores vs X-Men, O Vórtice Negro, Vingadores e X-Men: EIXO e A Morte do X eu sinceramente estava com minhas expectativas muito baixas, porém novamente fui traído pelo meu instinto, o que é bom – em alguns casos.

    O mega escritor Jonathan Hickman – responsável por Guerras Secretas, Quarteto Fantástico e East of West – assumiu a tarefa de reinventar a mutandade.



    Nesse novo evento vemos Charles Xavier abrir mão de sua conduta pacifista e adotar uma nova postura mais minuciosa, mas com um tom levemente sutil referente ao convívio turbulento com humanos. Não, não é o conflito físico que Xavier busca, e sim a aceitação dos deles, querem eles ou não. Parafraseando um dos antigos ex-técnicos da seleção brasileira, Zagalo: “Vocês vão ter que me engolir“. Brincadeiras à parte é basicamente assim que a nova era dos mutantes começa.

    Essa nova abordagem não pode ser vista com tom negativo, mas sim necessário – e honestamente tardio, pois quem é familiarizado, mesmo de maneira rasa, com os X-Men sabe muito bem que direitos iguais e a política da boa convivência não são dadas aos mutantes. No sentido figurado, se existisse uma pirâmide que explicasse o conceito de popularidade no universo da Marvel Comics, os mutantes estariam na base, e não digo isso me baseando no “achismo” e sim que isso é um fato, tanto que para criação dos X-Men, isso em meados dos anos 60, Jack Kirby e Stan Lee usaram como inspiração a luta pelos Direitos Civis que a comunidade negra passava naquele momento, mas esse assunto seria apropriado para abordar em outra publicação.

    Continuando, Xavier buscou conviver com os humanos de forma serena, embora na teoria fosse um sonho lindo, na prática as coisas nunca tendiam para esse lado; um bom exemplo disso foi o massacre em Genosha – que foi introduzida pela primeira vez na Uncanny X-Men #235, no Brasil, X-Men #44 da Editora Abril – ilha localizada à saída da costa do Sudeste Africano, que servia de refúgio para os mutantes, até o ataque de uma Sentinela gigante do tamanho de um arranha céu – o massacre resultou na morte de mais de 16 milhões de mutantes.

    De lá para cá a mutandade fez o que faz de melhor: sobreviveu.

    Logo no início de Dinastia X podemos ver que Charles Xavier uniu-se a Erik Lensherr – mais conhecido como Magneto – para que seus planos possam ter êxito. Mas que planos são esses? Simples, reunir toda a população mutante – heróis e vilões – em uma ilha, mais precisamente a Ilha Viva Mutante Krakoa, um ecossistema vivo que tem total controle de toda matéria que exista em seu interior e superfície, localizada no Oceano Pacífico.

    CRÍTICA - Dinastia X e Poderes dos X (2019, Marvel Comics)Após ler essa minissérie fui descobrir que não era a primeira aparição de Krakoa em uma HQ, tanto que sua introdução foi em Giant-Size X-Men #1, de 1975, como inimiga. Agora como aliada, Krakoa serve como abrigo para os mutantes, porém não é somente isso, Xavier decide comprar diversas, de maneira discreta, empresas farmacêuticas com o intuito de fabricar e oferecer (mediante pagamento) drogas capazes de curar a maioria das doenças humanas – drogas essas fabricadas a partir da flora que cresce apenas em Krakoa. Porém para que isso aconteça é necessário que a ONU reconheça Krakoa como estado-nação junto com a soberania dos mutantes como verdadeiros herdeiros da terra. Essas condições não eram negociáveis – palavras de Charles Xavier.

    De maneira bem descritiva, e com uma bela arte de Pepe Larraz e de R.B. Silva a minissérie não desaponta, pode sim ter alguns pontos no roteiro que poderiam ser mais trabalhados e aprofundados, mas são detalhes pequenos de mais para serem levados em consideração, exemplo disso é o Massacre de Genosha ter ocorrido e custado muitas vidas mutantes e como solução Xavier resolveu colocar toda comunidade mutante em outra ilha (?). Mas como disse, não é algo que chegue a prejudicar o enredo.

    Já um dos pontos que achei sensacional nesse arco é fato de Jonathan Hickman ter tido o total cuidado ao introduzir um novo idioma para o povo mutante; Krakoano.



    O idioma é rapidamente implantado no cérebro, telepaticamente, de cada mutante logo que este entra na Ilha de Krakoa. Hickman explica, através de Magneto que não é possível criar uma cultura distinta sem uma forma de comunicação.

    Porém, esse pontapé revolucionário não seria possível sem uma mutante especifica: Moira McTaggert – que deu as caras pela primeira vez em Uncanny X-Men #96, de Dezembro de 1975. Graças a ela uma nova Era para os mutantes começou a nascer.

    Na época em que apareceu pela primeira vez, Moira era apenas uma cientista especialista em assuntos mutantes e romanticamente envolvida com Professor Xavier, porém, Hickman decide mudar isso em Dinastia X #2. E conforme a história desenrola é revelado que Moira McTaggert é uma mutante capaz de ressurgir sempre que morre, mas suas habilidades como mutante não acabam por aí, junto com esse poder de voltar a vida suas memórias das vidas anteriores são preservadas. Por conta disso a capacidade de informação e conhecimento que Moira carrega é absurdamente extensa. Sempre que Moira morre ela retorna para a barriga de sua mãe.

    Onde entra Xavier nisso tudo?

    Como já sabemos, Charles Xavier sempre quis que humanos e mutantes convivessem de forma pacífica, porém isso nunca aconteceu, embora os X-Men em diversos momentos salvaram vidas humanas, em troca disso sempre foram perseguidos e hostilizados, mas esse cenário começa a mudar quando Moira entra em contato com Xavier em uma sua atual vida, onde se passa todo o evento.

    Moira deixa que Xavier leia sua mente e por conta disso fica a par de todas as vidas que Moira viveu, e em todas, com exceção da primeira – pois viveu uma vida plena e sem conhecimento de que era uma mutante – os mutantes acabam por serem exterminados.

    Em cada vida, Moira busca trilhar caminhos diferentes, mas não se enganem, no começo suas convicções não abraçavam a causa mutante. Em uma dessas vidas – a terceira – Moira chega acreditar que o gene-X é uma doença e desenvolve uma “cura” para isso, porém esse plano é frustrado quando Mística e Sina atacam seu laboratório.

    Antes de Moira morrer, Sina explica que como possui o dom de prever o futuro, suas habilidades estão, teoricamente, interligadas com as de Moira – tudo que Moira pensar em fazer que possa prejudicar a mutandade Sina saberá e a matará. Se Moira pensar em matar Sina a mesma saberá e irá prevenir isso. Com as mãos amarradas Moira parte para uma nova abordagem em prol dos mutantes, indo de assassina de Bolivar Trask – responsável por fabricar e iniciar o Programa Sentinela – até alianças com Magneto e Apocalipse.



    Um detalhe importante que funciona perfeitamente conforme a leitura vai avançando é que em dados momentos Hickman nos apresenta informativos lembrando páginas de algum documento secreto feito por mutantes, destacando cada característica, por exemplo, do Nível Ômega que alguns mutantes possuem. Não só isso, como também espécie de diários escritos por Moira como forma de passar de maneira polida situações vividas por ela – como linhas e gráficos das “linhas temporais” das vidas de Moira.

    E para finalizar, segue um dos diálogos de Charles Xavier para todos os humanos da terra em Dinastia X #6.

    CRÍTICA - Dinastia X e Poderes dos X (2019, Marvel Comics)ATENÇÃO, SPOILERS!

    “Humanos do planeta tTerra… Eu sou o mutante Charles Xavier, e eu trago a vocês uma mensagem de esperança.

    Nos dias porvir, vocês ficarão cientes de diversos e importantes avanços farmacêuticos que foram descobertos por cientistas mutantes. Estes medicamentos estendem a vida humana, curam doenças mentais e irão prevenir… ou até curar… a maioria das doenças comuns. Influenza, Alzheimer, ELA, muitos cânceres… sumirão da noite para o dia.

    Esses medicamentos tornarão a vida neste planeta melhor. Consideravelmente. Tudo isso… fizemos por vocês. No passado eles teriam sido um presente. Algo que seria dado livremente por mim… para vocês… porque eu acreditava que criaria harmonia entre nossos povos. Este era o meu sonho… de harmonia… mas vocês me ensinaram uma dura lição: Este sonho era uma mentira.

    Vejam bem, tudo que eu sempre quis era paz entre humanos e mutantes. Tudo que sempre quis era amá-los e que vocês nos amassem. Nós queríamos salvá-los… e o fizemos diversas vezes… mas, em troca, tudo que fizeram foram ficar imóveis enquanto homens malignos matavam nossos filhos. Cerca de 16 milhões deles. Então não haverá um presente… pois vocês não merecem. Nós iremos… entretanto… deixar que paguem por eles. Em troca de duas coisas, nós garantiremos que tenham uma vida melhor. Sem dor ou sofrimento e cheia de esperanças… e isso custará muito pouco para vocês.

    Primeiro, vocês devem aceitar a Ilha de Krakoa como um Estado-Nação de todos os mutantes deste planeta. Nós passaremos de bom grado pelo processo da ONU assim como qualquer nação recém-formada, mas há uma expectativa que nossa soberania seja reconhecida.

    Segundo, todos os mutantes… desde o nascimento… podem clamar por ser cidadãos Krakoanos. E com essa cidadania, esperamos um período de anistia. Para que aqueles que foram assinalados como criminosos… ou punidos e aprisionados por humanos… possam superar o preconceito humano contra mutantes.

    Deste dia em diante, mutantes serão julgados por leis mutantes, não humanas. Essas são nossas simples demandas, e não são negociáveis. Em troca de tornar nossas vidas melhores, faremos o mesmo por vocês. E, se estiverem se perguntando, quem esses mutantes pensam que são para poderem ditar regras para nós? Nós somos o futuro. Uma inevitabilidade evolucionária. Os verdadeiros herdeiros da Terra. Vocês foram dormir ontem à noite acreditando que o mundo seria seu para sempre. Este eram seu sonho. E, como o meu… era uma mentira. Esta é a nova verdade: Enquanto vocês dormiam, o mundo mudou.”

    E é com esse diálogo/monólogo que me despeço.

    Dinastia X e Poderes dos X é de longe uma das histórias mais interessantes que já li, fora que é uma leitura que flui, com diálogos muito bem construídos e sem contar que foi escrita por Jonathan Hickman, então vá tranquilo que as HQ valem a pena!

    Nossa nota

    Segue a cronologia de leitura da minissérie:

    Dinastia X #1
    • Poderes dos X #1
    • Dinastia X #2
    • Poderes dos X #2
    • Poderes dos X #3
    • Dinastia X #3
    • Dinastia X #4
    • Poderes dos X #4
    • Dinastia X #5
    • Poderes dos X #5
    • Dinastia X #6
    • Poderes dos X #6

    E você, já leu Dinastia X e Poderes dos X? Deixe seus comentários e sua avaliação.

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    Hearthstone: Blizzard anunciada a nova expansão

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    A Blizzard Entertainment revelou Despontar dos Dragões, uma expansão de 135 cards para Hearthstone, o jogo de cards digitais gratuito que é sucesso mundial.

    A partir de 10 de Dezembro, a primeira história de duração anual de Hearthstone chegará a uma conclusão épica munindo os jogadores de poder de fogo dracônico – incluindo a habilidade de se transformar em Galakrond, o mais poderoso dragão da história de Warcraft.

    O Ano do Dragão começou com Ascensão das Sombras, onde os jogadores foram apresentados à Liga do MAL, uma organização sombria liderada pelo notório arquivilão Rafaam. Em Salvadores de Uldum, os vilões ameaçaram soltar uma praga apocalíptica, mas os jogadores se uniram à Liga dos Exploradores para salvar o mundo. Agora, em Despontar dos Dragões, as forças do bem e do mal vão resolver a questão de uma vez por todas com a ajuda de dragões – MUITOS dragões.

    A Liga do MAL planeja destruir Azeroth ressuscitando Galakrond – o pai de todos os dragões -, que é jogável em Hearthstone na forma de cinco novos cards de herói. Disponível para as cinco classes da MAL – Sacerdote, Ladino, Xamã, Bruxo e Guerreiro -, Galakrond toma a forma apropriada para cada classe específica, tendo um Grito de Guerra e um Poder Heroico exclusivo para cada uma.



    Lacaios sectários e feitiços com a palavra-chave Invocar ativarão o efeito do Poder Heroico de Galakrond. Invocar várias vezes aprimora Galakrond, fazendo com que chegue às duas formas mais fortes dele, das quais a mais poderosa é Galakrond, o Fim de Azeroth, que entra em jogo com um Grito de Guerra quadruplicado e uma garra fortíssima. Os jogadores de Hearthstone que se conectarem quando Despontar dos Dragões for lançada receberão todos os cards de herói de Galakrond de graça.

    Os druidas, caçadores, magos e paladinos heroicos podem se curvar ao poder de Galakrond ou se preparar para encarar o desafio cumprindo as novas Tarefas, que concedem diversos objetivos acessíveis no início da partida e, claro, recompensas. Despontar dos Dragões também inclui novos servos, feitiços duplos e cards com Renascer, abrindo novos caminhos para a jogabilidade com as palavras-chave introduzidas em Ascensão das Sombras e Salvadores de Uldum.

    J. Allen Brack, presidente da Blizzard Entertainment, disse:

    “Nós adoramos o fato de constantemente podermos explorar novas ideias em Hearthstone, seja através de uma história de duração anual, seja trazendo novas formas de jogar. Despontar dos Dragões encarna esses valores; acreditamos que os jogadores vão se divertir muito com os novos cards e mecânicas que entram com esta expansão.”

    Até o lançamento, os jogadores podem comprar duas ofertas de pacotes de cards na pré-venda: uma com 60 pacotes, que inclui um card Lendário dourado de Despontar dos Dragões e o verso de card A Ruptura, e o gigantesco Pacotaço com 100 cards, que inclui esses mesmos itens e mais o Asa da Morte, novo herói da classe Guerreiro. Essas ofertas estão disponíveis por R$ 99,00 e R$ 159,00 respectivamente. Só é possível comprá-las uma vez por conta.



    Prepare-se para entrar nos Campos de Batalha

    Na BlizzCon 2019, a Blizzard revelou o Hearthstone: Campos de Batalha, uma forma totalmente nova de jogar. Trata-se de um modo de jogo insano no estilo batalha automática com 24 heróis exclusivos, em que jogadores recrutam lacaios, os posicionam estrategicamente e assistem à luta pela supremacia.

    Esse modo de jogo gratuito foi pensado como uma experiência autossuficiente que usa Hearthstone como base, mas não envolve construir ou manter uma coleção de cards. Hearthstone: Campos de Batalha estará disponível para todo mundo quando o beta for aberto na terça-feira, 12 de Novembro. Haverá um período de acesso antecipado entre 5 e 12 de Novembro para quem participou da BlizzCon, ou comprou o Ingresso Virtual da BlizzCon ou comprou alguma das ofertas de Despontar dos Dragões na pré-venda.

    A partir de Despontar dos Dragões, todo mundo vai ter acesso completamente livre a todos os heróis, lacaios e experiência de jogabilidade que Hearthstone: Campos de Batalha vai oferecer. Embora não seja essencial para jogar, os jogadores poderão desbloquear recursos opcionais adquirindo pacotes de cards da expansão mais recente (a partir de Despontar dos Dragões). Isso inclui pacotes gratuitos e os que forem comprados com ouro do jogo ou com dinheiro real. Com 10 pacotes, os jogadores desbloqueiam a habilidade de provocar ou se comunicar com seus oponentes usando emojis coloridos; com 20 pacotes, desbloqueiam um relatório estatístico do Hearthstone: Campos de Batalha; com 30, podem escolher entre três chefes (em vez de dois) no início de cada confronto.
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    Free Guy: Ryan Reynolds é um NPC de game em comédia

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    Free Guy contará a história de um caixa de banco que não está satisfeito com a vida que leva. Além disso, ele percebe que ele é na verdade um personagem secundário em um game brutal de mundo aberto. Com servidores prestes a serem fechados, ele precisa se comunicar com o jogador a fim de salvar seu mundo. Apesar de contar uma estranha premissa – assim como foi com Detetive Pikachu – o filme pode se provar uma surpresa no que se refere a arrecadação.

    O elenco de Free Guy além de Ryan Reynolds também inclui Taika Waititi, Utkarsh Ambudkar, Joe Keery, Jodie Comer e Lil Rel Howery.

    Shawn Levy que é o showrunner da série da Netflix, Stranger Things, dirigirá Free Guy. O roteiro está nas mãos de Matt Lieberman e Zak Penn. Assim como Reynolds e Levy, Greg Berlanti e Sarah Schechter produzirá o projeto.




    A Empire recentemente revelou o primeiro visual do novo filme sobre o game. Anteriormente, tudo que tínhamos visto, foram imagens postadas no dia que as gravações tiveram início – você pode conferir abaixo. A nova imagem mostra Reynolds em uma moto. Não é nada demais. Entretanto, um incrível pôster também foi liberado, você pode conferir após as imagens:


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    The Witcher: Showrunner revela que série pode ter até 7 temporadas

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    Ontem, após o lançamento do mais novo trailer da série The Witcher. Finalmente descobrimos quando a série será lançada no serviço de streaming – e a data de lançamento será 20 de Dezembro.

    Como os livros best-sellers de fantasia do escritor Andrzej Sapkowski, e dos aclamados games da CD Projekt Red, a série da Netflix contará a história do caçador de monstros Geralt de Rívia, enquanto ele luta para encontrar seu lugar em um mundo feroz – há uma sinopse oficial, que você pode conferir abaixo.

    A série da Netflix é estrelada por Henry Cavill (Liga da Justiça) como o personagem titular, Anya Chalotra como Yennefer, e Freya Allan como Ciri. Lauren S. Hissrich será a showrunner da série. Durante uma entrevista recente ao site GamesRadar, a showrunner revelou que ela já havia planejado mais seis temporadas para a série além da primeira que está para ser lançada.

    Hissrich disse:

    “Eu mapeei histórias para sete temporadas. Agora, será mais sobre ‘como ambientar e criar histórias que cativarão a audiência por anos e anos’. A pior coisa que pode acontecer é a gente colocar todas as nossas energias apenas na primeira temporada, sem pensar sobre onde esses personagens podem ir.”

    É claro que esses planos devem mudar um pouco ao longo do tempo, e nada está escrito em pedra. Estamos esperando que The Witcher seja grande e bem recebida, Lauren S. Hissrich certamente parece confiante de que irá ser, pois se não fosse, seria estranho ter todas as outras temporadas planejadas. Nós teremos que esperar até o dia 20 de Dezembro para descobrir.



    Confira o último trailer e a sinopse abaixo:

    The Witcher será uma épica história sobre destino e família. Geralt de Rívia, um caçador de monstros solitário luta para encontrar seu lugar no mundo onde as pessoas se provam mais selvagens que os próprios monstros. Mas quando o destino o leva na direção de uma poderosa feiticeira, e uma jovem princesa com um segredo perigoso, os três precisam aprender a navegar nesse volátil Continente juntos.”

    Motoqueiro Fantasma: Johnny Blaze abraça visual “Rei do Inferno”

    Ter o título de emprego de “Rei do Inferno” não é algo que você deve encontrar no LinkedIn. Entretanto, isso é exatamente o que o Johnny Blaze é na sua série solo, do Motoqueiro Fantasma. Johnny então se tornou Rei do Inferno durante o arco Damnation, após Mephisto deixar seu trono.

    Johnny Blaze se tornou o ponto principal do mais recente arco dos Vingadores, intitulado “O Desafio dos Motoqueiros Fantasmas”. Ele foi focado em como Robbie Reyes têm lidado no que se refere a ser o Motoqueiro Fantasma, e os Vingadores o ajudando a realizar um exorcismo. É claro que as coisas não aconteceram como planejado, e Robbie foi levado ao Inferno para apostar uma corrida contra Johnny, o vencedor dessa corrida ganharia os poderes do Motoqueiro Fantasma perdedor.

    Enquanto a corrida acontecia, o Motoqueiro Fantasma Cósmico acaba possuindo a Montanha dos Vingadores para manter os Heróis Mais Poderosos da Terra ocupados. Uma vez que o Frank Castle de uma linha alternativa percebe que estava sendo enganado por Johnny Blaze, ele se juntou aos Vingadores em sua jornada até o Inferno. Robbie Reyes foi capaz de vencer a corrida com a ajuda de seus amigos, mas recusou seu prêmio, deixando Johnny no comando do Inferno e partiu.

    Em Motoqueiro Fantasma #1 podemos ter uma ideia de como os demônios estão a fim de passar a perna em Johnny e escapar para a Terra.

    Então agora, o Rei Motoqueiro Fantasma está de volta a Terra a fim de caçar alguns demônios como mostrado no preview de Motoqueiro Fantasma #2. Em sua forma humana, um Johnny Blaze pé no chão está seguindo um demônio em uma calçada lotada. Suas habilidades sobrenaturais permitem que Johnny sinta o cheiro de todos os pecadores que passam por ele, mas eles também o ajudam a encontrar a pessoa que não está sofrendo de um caso de pecado mortal. Uma vez que ele encurrala o homem em um beco, Johnny mostra sua verdadeira forma, revelando um visual ligeiramente diferente de Rei do Inferno.

    Esse novo visual não é tão diferente do visual normal de Johnny como Motoqueiro Fantasma. Entretanto, há algumas modificações, tal como os chifres em sua testa, e o traje no meio da barriga parece mostrar suas costelas. Esse item no visual mostrado na barriga do personagem podem ser um padrão vermelho na roupa, jaqueta, mas de qualquer forma, esse visual está bem diferente do original.



    Quando o homem encurralado tenta enganar o Motoqueiro Fantasma, ele é encarado com o “Olhar de Penitência“, que queima a aparência humana, revelando a forma demoníaca do monstro. Johnny Blaze parece estar abraçando fortemente a personalidade e o título de Rei do Inferno, com um visual que combina com a sua nova função. Motoqueiro Fantasma #2 deve mostrar se Johnny continuará nessa espiral de loucura que chega com a função recém-adquirida do personagem.

    OPINIÃO – Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    934 milhões de dólares. Essa é a marca que Coringa acaba de bater, se tornando o filme de quadrinhos mais rentável de todos os tempos – e a maior bilheteria em um filme para adultos.

    Recorde de bilheteria, um Leão de Ouro na bagagem e muita aclamação pelo público. O caminho para que Coringa consiga uma indicação no Oscar de 2020 estaria basicamente certo, se não fossem alguns percalços ao longo da sua divulgação…

    Coringa começou a sua saga com a crítica e premiações no Festival Internacional de Cinema de Veneza que aconteceu em Agosto deste ano. O Festival de Veneza, como a maioria já sabe, é um dos maiores e mais prestigiados festivais de cinema do mundo, sendo um termômetro fortíssimo para indicações ao Oscar.

    Nas últimas duas edições do Festival, os filmes que receberam o Leão de Ouro – a premiação máxima da competição – foram os longas Roma, de Alfonso Cuáron, e A forma da Água, de Guilhermo Del Toro. Ambos os filmes foram futuramente premiados no Oscar, um como Melhor Filme Estrangeiro e o outro como Melhor Filme.

    https://www.facebook.com/feededigno/posts/624160318109242

    Quando Coringa recebeu o prêmio máximo nesse ano e abriu nos agregadores de crítica – que hoje são considerados por muitos a principal fonte de quais filmes assistir ou não – com uma média de 80% de aprovação, tudo apontava que o ambicioso projeto da Warner desenvolvido por Todd Phillips iria trilhar ótimos caminhos nas próximas premiações e seria muito bem aceito pela crítica. Bem, esse fato não se confirmou.

    Pouco tempo após sair de Veneza com um Leão de Ouro nos braços, o longa de Todd Phillips desembarcou nas Américas para o Festival de Cinema de Toronto, outra prestigiada premiação que atrai as atenções do mundo todo. E foi nesse momento que o jogo começou, gradativamente, a virar.

    Após a exibição no TIFF, que aconteceu em Setembro, várias matérias e críticas começaram a surgir falando sobre a violência do filme e em como ele poderia inspirar ataques terroristas ao redor do mundo. A combinação da escuridão já sentida no trailer, atrelada a uma histeria quase que coletiva na internet – sem essas pessoas sequer terem assistido ao material – se tornou uma equação explosiva.

    Opinião | Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    Coringa estreou no dia 3 de Outubro nos cinemas e, até o momento, sua nota no Metracritic está 59 (de um total de 100) e no Rotten Tomatoes já perdeu o certificado fresh, selo atribuído a filmes com nota 70% ou mais.

    Fica a indagação: o que aconteceu com a crítica para um filme que ganhou um Leão de Ouro ter uma avaliação tão baixa se os ganhadores do mesmo prêmio em anos anteriores possuem média 80/90 de 100?

    Aqui vão alguns pontos que podem ter contribuído para o enfraquecimento de Coringa perante a crítica – e sua até então iminente indicação ao Oscar 2020:



    Filme de quadrinhos

    Opinião | Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    Pode ser que você não acredite nessas coisas, mas filmes de quadrinhos não são os mais bem aceitos por toda a “comunidade cinéfila”. Com verbas exorbitantes, efeitos especiais caríssimos e o monopólio de quase 100% das salas de cinema, os filmes do gênero de herói possuem grande apoio dos estúdios e das cadeias de cinema. É fato que inúmeras produções não possuem a mesma facilidade para conseguir financiamento, por mais extraordinárias que elas sejam.

    Em um mundo em que tudo gira em torno de quem tem mais dinheiro – e o que dará mais retorno – filmes de super-heróis e blockbusters sempre terão mais espaço do que o chamado Cinema de Arte, por assim dizer.

    Quando eu comecei a rascunhar esse texto, ainda nas primeiras semanas de exibição de Coringa, a polêmica com Martin Scorsese ainda não existia. Nenhum diretor havia se pronunciado sobre os filmes de quadrinhos após o lançamento de Coringa, e eu não sabia muito bem como seria o desenrolar da mídia – em relação ao longa – após um mês de sua estreia.

    Fui desenvolvendo esse artigo aos poucos enquanto acompanhava o desenrolar da polêmica, a repercussão do filme e a possibilidade de ataques terroristas pelo mundo – o que felizmente não aconteceu – cujo assunto abordo mais adiante no texto.

    O ponto sobre filmes de quadrinhos – que até então parecia apenas um “possível” problema – ganhou extrema notoriedade após inúmeros profissionais da área comentarem sobre o monopólio da Marvel ao longo dos dez anos de Universo Cinematográfico Marvel. É interessante ver que, de certa forma, mesmo Coringa não se encaixando nos moldes dos filmes blockbusters de heróis, e estando mais perto de um “cinema de arte” do que outras produções do tipo, a resistência da crítica faz total sentido.

    A discussão que já circulava bastante desde que Coringa recebeu o Leão de Ouro é sobre premiações servirem para dar notoriedade a filmes que não teriam o mesmo espaço sem esses reconhecimentos. O longa de Phillips por si só já faria muito barulho – o que se confirma na bilheteria -, ao contrário de um filme coreano tão impecável quanto, mas não tão conhecido.

    Uma resistência da mídia à produção já era esperada durante a temporada de premiações e pelo jeito só se concretizou após as primeiras exibições do filme na América.



    O termo Incel e a violência

    Opinião | Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    Com a histeria instaurada em torno da temática do filme, mais e mais a imprensa passou a noticiar temas que associavam o longa a ações terroristas. Nos meses que antecederam sua estreia, o Exército Americano chegou a dar uma declaração dizendo que reforçaria a segurança após o lançamento de Coringa, e até outras autoridades foram envolvidas. Além disso, milhares de matérias começaram a pipocar na internet associando o filme ao termo Incel (celibatários involuntários).

    Sobre esse tópico de Incel, especificamente, cada pessoa terá seu próprio entendimento. Entretanto, é incontestável que os meios de comunicação aproveitaram a massificação de comentários sobre o termo nas redes sociais para ganhar cliques com matérias sensacionalistas, ainda mais quando as pessoas não tinham como tirar sua própria conclusão do material do filme – que só seria lançado um mês depois.

    A cada semana, novas entrevistas eram colocadas no ar, com questionamentos sobre o potencial perturbador da produção. Joaquin Phoenix chegou a abandonar uma entrevista durante a pergunta de um jornalista. Como consequência, a Warner decidiu proibir a participação de jornalistas durante a premiere do filme em Nova Iorque, buscando deixar que a produção “falasse por si”.

    Um exemplo que podemos abordar especificamente – sobre a crítica – é o do The Guardian. O site possui duas críticas de Coringa no Metacritic, uma com avaliação 100 (5 de 5) e outra com avaliação 40 (2 de 5). A crítica com nota máxima foi feita durante o Festival de Veneza, e a outra foi colocada no ar no dia da estreia do filme. É interessante analisar como cada uma reflete um momento específico da trajetória do filme pela mídia até seu lançamento: o momento de aclamação em solo europeu, e o de medo e histeria em solo americano.

    Apesar da avaliação mista da crítica, o filme está sendo muito bem aceito pelo público. A maquiagem de Joaquin Phoenix tem sido usada como símbolo de resistência durante os protestos no Líbano, Chile e Hong Kong, além da fantasia ser uma das mais utilizadas no Halloween desse ano.

    A escada onde Arthur Fleck dança durante o filme se tornou ponto turístico de Nova Iorque, com milhares de pessoas refazendo a pose de Arthur em seu momento de aceitação como Coringa.

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    Até agora, apesar de alguns acontecimentos de histeria durante algumas sessões – logo na primeira semana de exibição do filme – nenhum atentado aconteceu. Pelo contrário: o personagem causou um impacto cultural (o que já era esperado) e caiu nas graças do público.



    Fãs e o Coringa das HQs

    Opinião | Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    Muitas críticas têm abordado o fato do Coringa de Todd Phillips não ser, de fato, o Coringa da DC. As reclamações vão desde problemas com o personagem (“não é igual ao das HQs”) até o filme poder ser sobre qualquer pessoa, sem necessidade de levar o nome do personagem.

    Muitos “fãs desde que nasceram” do personagem relatam não haver nenhuma referência emblemática da história do palhaço Príncipe do Crime e, por esse motivo, a frustração é bem grande por parte dos fãs fervorosos das HQs.

    Esse apego às histórias das HQs se reflete em várias críticas, dificultando que o longa seja avaliado por sua qualidade de direção, técnica e roteiro.

    Antes do lançamento de Coringa, o diretor Todd Phillips alertou várias vezes que o filme não iria adaptar nenhum arco conhecido do personagem, muito menos ser fiel à nenhuma HQ. Aparentemente, mesmo assim, a falta de fidelidade a histórias tradicionais incomodou muitos críticos.



    Todd Phillips

    Opinião | Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    Quando Coringa começou a receber críticas mais pesadas, Phillips deu algumas declarações não tão amistosas e que acabaram dividindo ainda mais a mídia e os possíveis votantes em relação ao filme. Contestações políticas e citações infelizes se tornaram um ingrediente a mais, tornando a produção ainda mais divisiva.

    Após as falas polêmicas de Todd Phillips, o diretor não deu mais declarações, evitando dificultar ainda mais a campanha do filme para o Oscar do próximo ano.



    Coringa e o Oscar 2020

    Opinião | Coringa, a mídia e o Oscar 2020

    Coringa é um dos melhores filmes do ano, e Joaquin Phoenix entrega uma atuação irretocável. Entretanto, a iminente indicação ao Oscar – que ganhou força após o Leão de Ouro – deixou de ser uma certeza. Com toda a narrativa conduzida pela mídia, a repercussão de outras grandes produções e o medo anteriormente instaurado (por conta da violência do filme), é um pouco complicado afirmar que as indicações serão realidade.

    Apesar da Warner ter submetido o longa em 14 categorias, talvez as que tenham mais força para realmente concorrer sejam as categorias técnicas e a de Melhor Ator – em que Joaquin Phoenix é uma unanimidade. Ainda assim, o risco dos votantes não quererem se envolver com a “polêmica” produção é grande. Como já noticiamos aqui no Feededigno, votantes deram suas impressões após a exibição do filme, mostrando o quão dividida a Academia está.

    É difícil imaginar que depois da ótima bilheteria, grandes prêmios e aceitação pública – além da histeria sobre a violência ter sido apenas um excesso de preocupação – o Oscar não dê espaço para Coringa em 2020. Com O Irlandês, Parasita, O Farol, A Marriage Story e tantos outros que estão sendo ovacionados pela crítica, Coringa pode acabar sem ser indicado como Melhor Filme, porém pode correr por fora nas outras categorias da competição.

    Agora é torcer que pelo menos a atuação de Joaquin Phoenix se sobressaia e ele consiga, finalmente, ganhar a sua tão merecida estatueta.



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