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    CRÍTICA – Projeto Gemini (2019, Ang Lee)

    Se um Will Smith já garante 100% de protagonismo em qualquer produção – mesmo que ele seja coadjuvante – imagine Will Smith em dobro! O novo filme do diretor Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain, As Aventuras de Pi) chamado Projeto Gemini e estrelado pelo eterno Maluco no Pedaço é um filme de ação com uma pitada de ficção científica.

    Projeto Gemini conta a história de Henry (Will Smith), um assassino profissional que, chegando aos seus 51 anos, resolve se aposentar do ofício e abandonar suas atividades junto ao governo dos Estados Unidos. O que Henry não esperava é que sua aposentadoria seria vista como uma ameaça para o governo, o tornando o novo alvo de caça do serviço secreto.

    Com a ajuda de Danny (Mary Elizabeth Winstead) e seu amigo Baron (Benedict Wong), Henry resolve investigar os motivos que levaram o governo americano a ficar contra ele. Durante a missão, o grupo se depara com um soldado extremamente forte e habilidoso: Júnior, um clone de Henry criado por seu arqui-inimigo Clay Verris (Clive Owen).

    O desenrolar da trama envolve traição, suspense e um vilão típico de sessão da tarde. Com o roteiro pouquíssimo inspirado de David Benioff, Billy Ray e Darren Lemke, resta a Ang Lee impressionar com seus efeitos especiais e cenas de ação coreografadas (tem até um soco de moto que deixaria o Rogeirinho do Ingá muito feliz).



    O longa foi filmado em 120 fps, com câmeras 4k/3D, em uma tecnologia que quase nenhum cinema dos Estados Unidos (e nem aqui no Brasil) possui. A produção teve que ser adaptada para distribuição em 60 fps, máximo de quadros por segundo que a maioria das estruturas de cinemas atuais comportam.

    Toda essa tecnologia garante imagens incríveis na telona, principalmente quando vemos o rosto de Will Smith atual e rejuvenescido. Entretanto, da metade do filme até sua conclusão, os efeitos já não parecem tão bons quanto no início. Na última cena do filme, especificamente, é quase como se estivéssemos assistindo a um gráfico de videogame.

    Will Smith não entrega uma atuação emocionante e digna de aplausos há muito tempo. É uma pena, pois se trata de um ator versátil que consegue fazer boas cenas de drama e de comédia – e que possui uma base sólida de fãs -, mas que insiste em aceitar filmes com roteiros medianos. Mary Elizabeth Winstead faz o que pode com o que tem em mãos e Clive Owen até tenta passar alguma verdade em sua atuação (infelizmente sem sucesso).

    Projeto Gemini é um daqueles blockbusters com explosões e perseguições a todo momento, sem espaço para grandes explicações de sua trama. As coisas são como ela são e resta a quem está assistindo aceitar e (tentar) aproveitar o desenrolar de sua história.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista o trailer legendado abaixo:

    Projeto Gemini chega aos cinemas nesta quinta-feira (10). Lembre-se de após sua ida ao cinema, retornar aqui para deixar suas impressões e sua avaliação.


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    CRÍTICA – O Pintassilgo (2019, John Crowley)

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    Bom elenco e uma história interessante seriam bons elementos para um longa de qualidade nas telonas. O Pintassilgo, filme de John Crowley, adaptado de uma obra literária homônima, escrita pela autora Donna Tartt conta a história de Theodore Decker (Oakes Fegley/Ansel Elgort), um garoto que perdeu a mãe num atentado terrorista em uma galeria de arte de Nova Iorque. Depois de adulto, o protagonista acaba ingressando em uma carreira de vendedor de arte, falsificando as peças. Com essa premissa, o filme poderia ter qualidade, mas o excesso de histórias paralelas, flashbacks e uma confusão narrativa fazem dele um fracasso.

    A história inicia de forma linear, mostrando os acontecimentos pós-trauma de Theodore: o acolhimento, os problemas relacionados ao evento na cabeça dele e a forma com a qual ele lida com o luto, mostrando suas interações com a nova família e com outros personagens da trama, como a menina Pippa (Aimeé Laurence/Ashleigh Cummings), interesse amoroso e também uma das sobreviventes do ataque. As virtudes estão todas ali e o processo é natural, o primeiro ato funciona e vai nos mostrando um pouco do que está por vir, com um desenvolvimento bem construído.

    A partir do segundo ato, o filme descamba completamente, apostando em duas linhas do tempo: a do passado e do presente, desenvolvendo ainda mais o personagem depois de sua mudança repentina para Las Vegas com seu pai abusivo, Larry Decker, interpretado por Luke Wilson de forma boa, mesmo que rasa e sua nova mãe adotiva, Xandra, vivida pela talentosa Sarah Paulson que entrega uma personagem caricata, divertida e repugnante em alguns momentos, mérito total da atriz. Aliás, temos que fazer um destaque do núcleo adolescente desse arco: Finn Wolfhard! Esse garoto é um dos grandes atores dessa nova geração! Interpretando o amigo problemático de Theo, Boris mostra todo o seu valor com uma atuação irreverente e perturbada, com um sotaque carregado e excelentes cenas, sem dúvidas Boris é o que há de melhor no longa.



    No quesito de atuações, os outros três destaques são Nicole Kidman, Jeffrey Wright e a versão adulta do personagem de Boris, vivido por Aneurin Barnard que consegue manter a essência do amigo maluco com os mesmos traços de Finn Wolfhard.

    O terceiro ato é focado numa ação desenfreada e pressa para acabar de uma vez a história. O longo desenvolvimento do segundo ato prejudica demais o final, tornando o filme cansativo em muitos momentos e apressado em sua conclusão. O Pintassilgo tinha tudo para ser uma boa obra, entretanto, peca demais em equívocos narrativos, o fazendo ser dispensável por culpa de um roteiro sem inspiração.

    Nossa nota


    Assista o trailer legendado abaixo:

    O Pintassilgo estreia nesta quinta-feira, 10 de Outubro nos cinemas de todo o Brasil. Conta pra gente nos comentários o que você espera do filme. E se você já assistiu, deixe sua avaliação!


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    TBT #41 | O Rei da Comédia (1982, Martin Scorsese)

    O Rei da Comédia é provavelmente um dos filmes mais subestimados da carreira de Martin Scorsese. Lançado em 1982, o longa é mais uma parceria entre Scorsese e Robert De Niro e serviu de inspiração – junto com Taxi Driver e outros tantos filmes dos anos 80 – para a construção do aclamado Coringa de Todd Phillips.

    A obra conta a história de Rupert Pupkin (De Niro), um homem de quase 40 anos, aspirante a comediante e que mora no porão da casa de sua mãe. Rupert tem uma fixação por Jerry Langford (Jerry Lewis), considerado por Rupert um dos melhores comediantes de todos os tempos.

    No porão de sua mãe, inclusive, fica seu “palco” para apresentações. Uma mesa com um gravador de fitas k7 e um microfone, além de displays de Liza Minneli e Jerry Lewis sentados nas poltronas de seu talk show privado. É lá que a imaginação de Rupert voa e se perde da realidade.

    Todos os dias, as pessoas confundem seu nome. Todos os dias ele é enxotado de algum lugar. Todos os dias volta pra casa com mais ilusões de uma “vida melhor” do que quando saiu. Rupert se recusa a aceitar a realidade e, assim, cria uma para si.

    Acompanhado de Masha (Sandra Bernhard), uma amiga que também é apaixonada por Jerry, Rupert resolve sequestrar seu ídolo para ter uma noite de rei no talk show que ele jamais teve a oportunidade de participar. Toda a condução da trama é extremamente satisfatória, entregando momentos engraçados de verdade, mas também perturbadores.

    Scorsese nunca chega a mergulhar a fundo na história de Rupert. Se ele sempre foi assim, como é a relação com a sua mãe (só sabemos que ele grita bastante), entre tantas outras coisas que hoje parecem uma cartilha para os críticos de internet. O personagem em si e a história que ele nos permite acompanhar é o suficiente para transformar O Rei da Comédia em uma obra espetacular.

    Essa é provavelmente uma das melhores atuações da carreira de Robert De Niro. Ele estava no auge e teve uma grande oportunidade quando recebeu um personagem tão complexo a ponto de gerar empatia e raiva ao mesmo tempo. Não que ao longo de sua parceria com Martin Scorsese ele não tenha explorado personagens ameaçadores ou complexos, mas O Rei da Comédia abre um espaço para a comédia e para o drama nas entrelinhas de uma história fora do comum.

    Com um roteiro magistralmente escrito por Paul D. Zimmerman e conduzido de maneira sarcástica por Scorsese, O Rei da Comédia se destaca facilmente como um dos melhores filmes da carreira do diretor.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    E lembre-se de conferir nossas indicações anteriores do TBT do Feededigno.

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    Magic: The Gathering Arena é lançado oficialmente após sucesso do open beta

    Um ano após a chegada do beta aberto e com mais de um bilhão de partidas realizadas, o card game digital Magic: The Gathering Arena (MTG Arena) acaba de ser lançado oficialmente pela Wizards of the Coast (WotC), que, durante o período de testes, viu a audiência do game dobrar na internet, expandiu o programa de eSports e adicionou formatos, decks e recompensas à experiência de jogo. Já a partir de hoje, os jogadores de MTG Arena têm acesso à nova coleção, Trono de Eldraine, que só chegará à versão física do jogo em 4 de outubro, e que apresenta uma terra mágica com castelos e criaturas inspiradas em contos de fadas.

    As novidades do lançamento também incluem a adição de uma das maiores variedades de cards colecionáveis já vistas em jogos do gênero, que será exibida na íntegra durante o evento temporário “Jogue com Qualquer Deck – Padrão”, disponível até 1º de outubro às 4:00. Os jogadores poderão montar decks com os cards das últimas coleções (formato Padrão) e até mesmo conquistá-las em definitivo. Além disso, a WotC adiciona uma nova temporada do Passe de Maestria, que oferecerá recompensas para os usuários conforme avançam de nível.

    O lançamento oficial de Magic: The Gathering Arena representa anos de trabalho intenso do Digital Games Studio, da Wizards of the Coast”, disse Jeffrey Steefel, vice-presidente de Desenvolvimento Digital na WotC. “Estamos ansiosos pelos próximos anos de inovação e diversão com ainda mais recursos, decks e conteúdos de gameplay que só Magic pode oferecer, como o evento exclusivo ‘Jogue com Qualquer Deck – Padrão’. O lançamento é só o começo para nós”.

    Entre as novidades do lançamento oficial de Magic: The Gathering Arena estão:

    • Trono de Eldraine – A nova coleção de Magic: the Gathering já está disponível e marca um novo começo para o formato Padrão
    • Eventos especiais in-game – “Jogue com Qualquer Deck – Padrão” dá aos jogadores acesso a qualquer deck do formato Padrão, e a chance de ganhar uma cópia de cada card.
    • Gameplay profundo e variado – Mais tradicional card game do mundo com mais formatos e cards entre jogos do gênero.
    • Mastery Pass – Temporada totalmente nova junto com o lançamento de Trono de Eldraine. Jogadores ganham XP conforme jogam e recebem recompensas especiais quando avançam de nível.
    • Recompensas de lançamento – Os jogadores do beta aberto que entrarem no MTG Arena a partir de 27 de setembro recebem recompensas.

    Para mais informações sobre Magic: The Gathering, acesse: https://magic.wizards.com/pt-br

    Zatanna: Warner Bros. tem grandes planos para a personagem [RUMOR]

    Parece que a Warner Bros. tem grandes planos para a personagem Zatanna no novo universo cinematográfico da DC Comics.

    De acordo com o site We Got This Covered, fontes próximas – as mesmas que confirmaram Tom Welling no crossover de Crises nas Infinitas Terras e que a CW está planejando um spin-off de Arrow – dizem que Zatanna deve aparecer em nada menos do que três filmes que estão atualmente em desenvolvimento no estúdio.

    De acordo com os rumores divulgados pelo We Got This Covered em  Novembro do ano passado, um filme solo para a feiticeira está em andamento e existe a possibilidade de um filme da Liga da Justiça Sombria também sair do papel. Por enquanto trate tudo como rumor. A atriz cotada para viver o papel é Emilia Clarke (Game of Thrones)

    Questionado, sem Setembro desse ano, sobre a participação de Zatanna no próximo Esquadrão Suicida, James Gunn afastou qualquer possibilidade de cameo da feiticeira na produção.

    Criada por Gardner Fox e Murphy Anderson em 1964, Zatanna é filha de Zatara; e tal como seu pai, ela é uma mágica incrível. Ela é capaz de lançar praticamente qualquer feitiço. Tudo o que Zatanna precisa fazer é falar as palavras e a magia literal acontece.

    E vocês? Acreditam que a Zatanna possa ganhar um filme solo?

    Aproveitando essa onda de novos projetos de super-heroínas e o novo caminhar da parceria Warner/DC, resolvemos listar as personagens que merecem seus próprios filmes solo, confira aqui.

    O Irlandês: filme de Martin Scorsese será exibido na Broadway

    Parece que a Netflix e Martin Scorsese chegaram a um acordo quanto a exibição de O Irlandês fora da plataforma de streaming. De acordo com o Deadline, a nova produção da Netflix e do aclamado diretor de Taxi Driver está a caminho da Broadway.

    De 1 de novembro a 1 de dezembro, o longa será exibido no histórico Belasco Theatre, imitando a programação padrão da Broadway de oito apresentações por semana (de terça a domingo à noite, com matinês no sábado e domingo e, como é tradicional na Broadway, o teatro ficará escuro às segundas-feiras, sem exibição).

    O arranjo incomum – aclamado pelo conservador Scorsese como uma maneira de exibir seu filme no tipo de teatro ornamentado no qual os nova-iorquinos poderiam ver filmes rotineiramente – será a primeira exibição de cinema nos 112 anos de Belasco (o teatro foi um estúdio da NBC por vários anos no início dos anos 50). A Netflix fornecerá o que descreve como equipamento de ponta para as exibições.

    Scorsese disse em comunicado:

    “Perdemos tantos teatros maravilhosos na cidade de Nova York nos últimos anos, incluindo teatros individuais como Ziegfeld e Paris. A oportunidade de recriar essa experiência singular no histórico Teatro Belasco é incrivelmente emocionante.”

    Martin Scorsese também expressou gratidão a Ted Sarandos, Scott Stuber e sua equipe da Netflix por encontrar “maneiras criativas” de tornar essa imagem um evento especial para o público.

    “Sou grato pela inovação e comprometimento.”

    O Irlandês será lançado na Netflix em 27 de Novembro, mas terá um lançamento teatral prévio – além das exibições de Teatro Belasco – para atender às regras do elegibilidade ao Oscar. Os ingressos no Belasco custarão 15 dólares e estarão à venda a partir da próxima semana.

    Assista ao trailer oficial do longa:

    O Irlandês: Novo filme de Martin Scorsese em parceria com Robert De Niro e Al Pacino ganha trailer