CRÍTICA – Bloodshot (2020, David S. F. Wilson)

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CRÍTICA - Bloodshot (2020, David S. F. Wilson)

Bloodshot está entre nós e não apresenta nada de novo. Como entretenimento, tem algum valor por ter uma boa intensidade e cenas de ação interessantes.

História – Blood hell!

Ray Garrison (Vin Diesel) é um tenente dos Estados Unidos que após ser morto é ressuscitado pela empresa RST.

Ao receber um exército de robôs nanotecnológicos em seu sangue, se torna Bloodshot, um anti-herói em busca de vingança.

Todavia, sob o controle da RST, Ray não consegue distinguir o que é real e o que não é, pairando a dúvida e deixando seus atos questionáveis.

Análise – Shoot to thrill

Bloodshot (Vin Diesel) e Jimmy Dalton (Sam Heughan).

Bloodshot bebe de diversas fontes como O Exterminador do Futuro, O Vingador do Futuro e Justiceiro.

Com uma pegada que mistura realismo e fantasia, é um longa que tem algum potencial, mas desperdiça muitas oportunidades se tornando muito clichê em diversos momentos.

Os roteiristas até chegam a brincar colocando piadas sobre os pontos clichês da trama, como ir em direção ao pôr do Sol, o desejo de vingança e repetição de frases de efeito, por exemplo.

Além disso tudo, temos personagens caricatos, vamos a eles: uma parceira femme fatale, KT (Elsa González), um cientista louco, Dr. Emill Harting (Guy Pierce), um valentão metido, Jimmy Dalton (Sam Heughan) e os caras da TI: Wilfred Wigans (Lamorne Morris) e Eric (Siddharth Dhananjay).

Bloodshot seria um estrondoso sucesso nos anos 80, onde os protagonistas brucutus matavam exércitos inteiros com poucos arranhões.

Contudo, a diferença aqui é a inserção da tecnologia como aliada, tornando os vilões mais críveis em relação as suas ações.

Podemos dizer que há uma justiça poética dos filmes que tem um protagonista com fator de cura. Uma vez que você não entende por que um capanga joga a sua arma longe para lutar com os punhos contra uma pessoa que está derrotando 20 outras pessoas com as mãos.

Todavia, aqui, eles atiram a esmo, e

Entretanto, o herói é imparável, fazendo com que não nos preocupemos com sua vida, ponto negativo para a obra de David Wilson.

Direção – My eyes are bleeding!

Vin Diesel e o diretor Dave Wilson no set de Bloodshot.

Aqui talvez seja o ponto mais baixo de Bloodshot. David Wilson exagera na câmera lenta e CGI tosco.

O terceiro ato do filme é uma grande cutscene de videogame, com ação desenfreada e gráficos péssimos.

A escolha de fazer as cenas de dia foi um grande erro por parte do diretor, pois fica muito veemente a utilização das técnicas de animação.

Para darmos um exemplo mais prático dentro do próprio filme, temos uma cena longa e muito boa de ação em um beco escuro no qual o CGI não atrapalha em nada.

Se o diretor tivesse seguido essa premissa e fizesse todas as cenas de ação à noite, com certeza esse não seria um problema da obra.

Conclusão – We are a bulletproof baby!

Bloodshot é um filme esquecível, contudo, não é muito ruim, nem bom, apenas mediano dentro de um gênero que tem excelentes opções.

Se você procura um entretenimento para desligar o cérebro e se divertir por quase duas horas, vale o ingresso, mas vá, de preferência, em dia de promoção para não ter que gastar muito, pois não vale muito à pena.

Nossa nota

Assista ao trailer legendado de Bloodshot:

O filme chega hoje aos cinemas. Após assisti-lo, volte aqui e deixe seus comentários e sua avaliação!

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