CRÍTICA | Rambo – Até o Fim (2019, Adrian Grunberg)

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CRÍTICA | Rambo - Até o Fim (2019, Adrian Grunberg)

Nos anos 70 e 80, a moda eram os filmes com muitas explosões, machões empunhando armas, que matavam muitos inimigos para salvar o dia. Bruce Willis com seu John McClain em Duro de Matar, Arnold Schwarzenegger com seu T-800 na franquia de Exterminador do Futuro, Mel Gibson como Max em Mad Max eram icônicos e, sem sombra de dúvidas, grandes heróis de muitas pessoas. Entretanto, havia um personagem no qual a soberania se mantém até os dias de hoje quando lembramos de armas pesadas, caça, guerra e a jornada do cavaleiro solitário: John Rambo, do mestre da ação Sylvester Stallone.

Rambo: Programado para Matar de 1982 era para ter sido apenas mais um filme no meio de tantos, mas seu sucesso fez com que franquia se estendesse até 2019 com Rambo – Até o Fim, dirigido Adrian Grunberg, este sendo apenas o segundo filme do diretor: o longa surpreende pela sua simplicidade e qualidade acima da média no gênero.

A história se passa alguns anos depois dos acontecimentos de Rambo IV. O protagonista agora vive na antiga fazenda de seus pais com a empregada Maria (Adriana Barraza) e a neta dela Gabrielle (Yvette Monreal), uma jovem na qual está sendo criada como uma filha adotiva do veterano. Após a menina ser sequestrada por uma quadrilha de prostituição mexicana, John tem a missão de resgatá-la e acertar as contas com quem fez a garota sofrer.

O primeiro ato do filme é bem morno: temos a apresentação da nova vida do nosso herói, contextualizando que o tempo passou, mas seus traumas do passado ainda o assombram, com alguns flashbacks e tormentos. Rambo atua como voluntário ajudando pessoas em resgates e tentando salvar mais vidas, se redimindo um pouco das muitas que tirou ou perdeu com o tempo. Stallone tem como trunfo sua experiência e trouxe ela para seu personagem, uma estratégia perfeita para filmes que possuem uma fórmula que dificilmente se renova como os de ação.



Em Creed, o seu Rocky é um homem velho que perdeu seus entes queridos e que agora tem uma nova família. Jhon Rambo é um caso semelhante, a diferença é que sua jornada foi muito mais dura, principalmente por se tratarem de questões de vida ou morte e os horrores da guerra. Ter por perto Gabrielle e Maria fazem com que ele se sinta um pouco mais humano, e isso o ator entendeu muito bem, nos dando uma atuação destacada, com bons momentos entre ternura e ódio.

Os dois atos seguintes são frenéticos! O desenvolvimento é rápido e temos cenas de tirar o fôlego. O roteiro sabe ser brega nos momentos certos, algo positivo e também nos impressiona com a realidade da sua brutalidade visual: temos vísceras, membros e partes humanas sendo explodidas, cortadas ou arrancadas por toda a parte, nos demonstrando o quão mortal John Rambo é. No terceiro ato, temos uma espécie de “Esqueceram de Mim”, no qual são colocadas diversas armadilhas para que os capangas sejam mortos de formas criativas, com um gore de dar inveja aos filmes de terror. Quem gosta de ação e quer ir ao cinema para ter uma boa diversão, com certeza o quinto filme do nosso velho Sly é uma boa pedida.

Nossa nota


Assista ao trailer legendado:

Rambo – Até o Fim chega hoje aos cinemas. Lembre-se de deixar seus comentários e sua avaliação depois de conferir o filme.

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