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    CRÍTICA – Eu, Tonya (2017, Craig Gillespie)

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    Eu, Tonya conta a história da patinadora Tonya Harding, envolvida em uma das maiores polêmicas da história da patinação artística. Estrelado por Margot Robbie, Allison Janney e Sebastian Stan, o longa é dirigido por Craig Gillespie com roteiro de Steven Rogers.

    Eu, Tonya tem muitas coisas a seu favor. As interpretações de Robbie e Janney como Tonya e sua mãe, Lavona, são eletrizantes e a química entre as duas atrizes é excelente. A trilha sonora, repleta de clássicos do rock dos anos 70 e 80 confirma uma atmosfera ácida, seca e frenética que a fotografia e montagem do filme apresentam. Esses elementos colaboram para um filme divertido, mas ao mesmo tempo lidando com temáticas pesadas como violência doméstica. A personagem de Tonya é retratada de uma maneira realista, oferecendo um olhar mais aprofundado sobre a sua história e o desejo que mas a motivava: ser amada.

    Os efeitos visuais utilizados durante os números de patinação deixam muito a desejar. A técnica de face replacement, utilizada em muitos filmes sobre dança e esporte como Cisne Negro é aqui muito evidente, em diversos momentos é possível reconhecer o rosto da dublê. Os efeitos em CGI utilizados nas cenas do famoso Triplo Axel, movimento pelo qual Tonya ficou famosa, sendo uma das poucas patinadoras do mundo a realizá-lo, são muito ruins e perceptíveis. O baixo orçamento da obra compromete esse aspecto. Apesar disso, para o espectador envolvido, a experiência não é comprometida, adicionando um aspecto geral amador a estética geral do filme que parece ser proposital.

    Visualmente Eu, Tonya desliza mas funciona. Narrativamente o seu maior triunfo é uma honestidade parcial declarada. Rogers e Guillespie não planejam reescrever a história. Abertamente favorável a Tonya, o longa não é manipulativo nem tenta inocentá-la de suas acusações ou falhas. Ao invés disso, comenta sobre a cultura de celebridades, o papel da mídia em construir narrativas de rivalidades entre esportistas e como a justiça – seja no crime ou no esporte – pode ser influenciada por fatores externos. A narrativa construída que recria a vida inicial da atleta e sua ascensão na patinação, é intercalada por entrevistas com os personagens envolvidos, num estilo documentário que recria algumas entrevistas populares da época do ocorrido. A linguagem é agressiva e perspicaz, envolvendo diversas quebras de quarta parede. Dessa forma o filme comenta de forma mais incisiva sobre como a narrativa midiática transformou a protagonista em uma vilã odiada por todo um país.

    Eu, Tonya é um filme ácido, sagaz, falho e complexo, assim como foi a carreira na patinação de Tonya Harding. Robbie e Jenney merecem todos os louvores que receberam por suas atuações durante essa temporada de premiações, e o longa se distancia das tradicionais biografias ao se arriscar com uma narrativa fragmentada e personagens antipáticos.

    Avaliação: Bom

    Confira o trailer:

    https://www.youtube.com/watch?v=US_P75dgJ_w

    Eu, Tonya chega amanhã aos principais cinemas brasileiros. Já garantiu seu ingresso? Deixe seu comentário e lembre-se de nos acompanhar nas principais redes sociais:

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    Eu Mato Gigantes: Veja o primeiro pôster e trailer da adaptação

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    Eu Mato Gigantes estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em setembro, mas parece que finalmente vai ter seu lançamento. O primeiro trailer e poster para o filme, baseado no aclamado quadrinho de Joe Kelly e Ken Niimura, não nos mostra muitos dos gigantes do título, mas nos faz simpatizar com a personagem principal Barbara.

    O marketing do filme parece estar realmente apostando no “dos produtores de Harry Potter” em vez do sucesso da graphic novel – o que é um pouco estranho, mas entendemos que a quantidade de fãs de Harry Potter é realmente enorme.

    Veja o primeiro pôster:

     

    Na trama, Barbara Thorson (Madison Wolfe) é uma adolescente que escapa das realidades da escola e de uma vida familiar problemática, recuando para o seu mundo mágico de combater gigantes doentios. Com a ajuda de sua nova amiga Sophia e sua conselheira escolar, Barbara aprende a enfrentar seus medos e a combater os gigantes que ameaçam seu mundo.

    Veja também o trailer oficial:

    Eu Mato Gigantes é dirigido por Anders Walter e é estrelado por Zoe Saldana, Imogen Poots, Madison Wolfe e Sydney Wade. E deve chegar aos cinemas dia 23 de março.

    CRÍTICA – Altered Carbon (1ª Temporada, 2018, Netflix)

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    Altered Carbon é uma série de ficção-científica da Netflix criada por Laeta Kalogridis, baseada no livro homônimo de Richard K. Morgan. A série parece caminhar por vários mundos conhecidos de futuros distópicos, mas ainda assim, distancia-se por detalhes extremamente importantes, que dão um caminho à série nunca visto antes.

    A primeira temporada da série, foi lançada no dia 2 de fevereiro no Brasil, e conta com 10 episódios. Altered Carbon acerta onde continuações de filmes como Blade Runner 2049 erraram e mostra brilhantismo em sua história. A série conta com elementos e referências vistos até então em séries, filmes, animações e livros que abordam um futuro próximo do visto na história.

    A realidade distópica de Altered Carbon nos apresenta um mundo em que a morte se tornou opcional para alguns, mas apenas uma questão de tempo para outros. Nesse mundo, os seres humanos se tornaram capazes de armazenar sua consciência e memórias em “cartuchos” graças à tecnologia alienígena. Alojados na base do seu crânio, os cartuchos possibilitam a troca de “capas”, caso a antiga seja destruída, ou por puro capricho.

    Um mundo em que os mais ricos podem viver para sempre, nos mostra o quão longe os Matusas – os membros mais ricos da sociedade que podem viver quase que eternamente – podem ir, para manter seus segredos a salvo. 

    A série nos faz questionar detalhes profundos da psique humana, ainda que conte com referências a produções dos anos 80 e 90 – como Blade Runner e Ghost in the Shell -, Altered Carbon não traz discussões já saturadas por filmes e outras produções. Não nos faz questionar o sentido de humanidade, mas sim, o da imortalidade. Em obras que tem como tema um futuro distópico, tivemos todo o foco nos avanços tecnológicos, na série, a tecnologia é utilizada apenas como uma ferramenta para nos apresentar os problemas que os personagens enfrentarão durante toda a série.

    Altered Carbon

    Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman) é o personagem principal dessa trama de intrigas. Kovacs é “encapado” após a morte de um Matusa, e é contratado pelo morto para solucionar sua própria morte. O mundo de Altered Carbon passa por um momento de mudança na hora que somos apresentados a esse universo.

    Uma proposta de lei, permitindo que os mortos sejam interrogados está para ser aprovada, e muitos lutam contra a ela, desde simpatizantes religiosos a políticos do Protetorado – o atual governo da Terra.

    Conceitos como os de divindades, almas, pós-vida e até mesmo relacionamentos mudam quando somos apresentados aos elementos desse mundo. A construção dessa realidade é feita de forma detalhada, com uma ambientação cuidadosa, que nos faz sentir imersos naquele universo quase que já familiar aos fãs de Blade Runner, Akira e Ghost in the Shell.

    Quando Kovacs começa a investigar, somos apresentados à um clima noir, e vemos um lado metódico do personagem. Ao longo da série, somos apresentados à personagens coadjuvantes que acabam por humanizar o personagem de Kinnaman, que esteve preso em um limbo por 250 anos – pelos  crimes que cometeu – e  acorda em um mundo diferente do seu.

    Altered Carbon

    Tudo se torna mais familiar e próximo, quando somos apresentados aos problemas e motivações dos personagens que cercam Kovacs. Kirstin Ortega (Martha Higareda) é um dos melhores exemplos de personagem da série, pois vêm em uma crescente desde o primeiro episódio, e ao final da temporada, já não é mais a mesma.

    Poe (Chris Conner), a excêntrica Inteligência Artificial e dono do hotel The Crow,  deixa de ser uma caricata homenagem ao escritor Edgar Allan Poe e se torna um dos mais importantes personagens de toda a série.

    Tais personagens ajudam a aprofundar conceitos conhecidos por todos nós, como Inteligência Artificial e Realidade Virtual, que ganham uma enorme força e ganham peculiaridades com o decorrer da série.

    O futuro multi colorido, repleto de propagandas, mostra o porvir do modo de produção capitalista, que serve como uma fachada para toda desigualdade que existe em Bay City, à cidade por onde se desenrola quase toda a trama da série. A corrupção é um dos aspectos mais comuns daquele universo, agindo em inúmeras esferas, sendo virtualmente impossível escapar dele.

    A exploração sexual é algo tão proeminente e uma característica marcante daquele lugar, é um dos mais lucrativos negócios. O fato da substituição da “capa” ser algo possível, leva a exploração à outros níveis, possibilitando a tortura. A série mostra as mais profundas e obscuras camadas do que é considerado alma, por aqueles que já viveram algumas vidas.

    Altered Carbon

    O mundo adaptado pela Netflix da obra de Richard K. Morgan parece ter vida própria. Suas cidades parecem funcionar perfeitamente quer o espectador esteja olhando, ou não. Seus letreiros em neon e as carroças de comida pelas ruas, nos leva aos futuros distópicos de obras já conhecidas, mas não deixa de colocar sua marca única em todas as cenas.

    O roteiro enérgico e as cenas de ação nos prendem a atenção do início ao fim. Com uma fotografia marcante e personagens marcantes, Altered Carbon é uma ótima pedida, podendo se tornar um clássico.

    Essa crítica foi escrita com a colaboração de Thalita Couto.

    Nossa nota

    Assista o trailer da série:

    Altered Carbon entrou no catálogo da Netflix no dia 2 de Fevereiro de 2018! Você já assistiu? Deixe seu comentário e marque aquele seu amigo que não pode perder essa série e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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    CRÍTICA – O Destino de Uma Nação (2017, Joe Wright)

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    O Destino de uma Nação traz Winston Churchill (Gary Oldman) tendo que assumir o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha, ainda no começo da Segunda Guerra Mundial. Dirigido por Joe Wright, o longa conta com um elenco formado por Lily JamesBen MendelsohnStephen DillaneKristin Scott Thomas e Ronald Pickup.

    O início mostra o parlamento inglês e seus líderes em uma árdua discussão, exigindo a renúncia do até então primeiro-ministro Neville Chamberlain (Ronald Pickup), devido sua pacificidade em relação às derrotas que o país estava sofrendo para os nazistas e seus aliados.

    O momento histórico retratado aqui é o mesmo visto em Dunkirk, de Christopher Nolan. Só que em vez de ir para o fronte, o filme foca nos “bastidores”, mostrando um conflito político entre os parlamentares britânicos e como as decisões tomadas influenciam no campo de batalha.

    Desde o início, O Destino de uma Nação já deixa claro a preferência por engrandecer o protagonista e o ator que o interpreta, mais do que se prender aos fatos e contar como realmente aconteceram. Então, a nova produção de Joe Wright acaba virando um palco para Gary Oldman mostrar todo o seu talento e brilhar intensamente.

    Churchill de Oldman não é só visualmente incrível, a performance do ator faz jus a indicação ao Oscar. Ele está imerso na psiquê do personagem, retratando todos os seus exageros, impulsividades, como é ter que lidar com a desconfiança de todos e ainda assim tomar decisões que põe em risco milhares e milhares de pessoas todos os dias. Um fardo extremamente pesado para uma pessoa suportar sozinha. A soma de todos esses fatores mais os momentos privados com sua esposa Clementine (Kristin Scott Thomas) gera uma visão mais humana sobre o hábil estrategista de guerra.

    Lily James vive Elizabeth Layton, uma personagem criada para funcionar como os olhos do povo em meio à crise daquele período. Ela também contribui para a humanização do protagonista, devido a ótima interação que tem com Oldman.

    A cinematografia é espetacular e trabalha em prol da narrativa. O diretor de fotografia usa o contraste de luz e sombra para retratar os momentos críticos daquela época e aumentar a dramaticidade das decisões tomadas, sendo uma representação literal do título original Darkest Hour (A Hora mais Escura, em tradução livre). Quando algo não saía como esperado, a iluminação retratava isso afundando o personagem na escuridão. Enquanto no momento em que ele toma a decisão que vai vir a mudar o curso da guerra, essa mesma escuridão se torna cada vez menor.

    Em um determinado momento, Churchill precisa fazer um discurso no rádio para comunicar o povo sobre uma derrota. A luz vermelha da sala de gravação toma conta do ambiente para retratar o sentimento de fúria em suas palavras, a morte e os horrores da guerra, sendo vista novamente no impactante olhar de um soldado morto.

    A fotografia também é engenhosamente usada com tomadas aéreas para mostrar como esses líderes, que decidem o rumo da guerra, veem o campo de batalha e as consequências de seus atos.

    É comum ver a romantização dos fatos em produções históricas, aqui também não é diferente. Dentre as diversas liberdades tomadas pelo roteirista Anthony McCarten para adicionar dramaticidade, destaca-se uma cena completamente constrangedora de Churchill com o povo que fica desconexa do resto da trama. A justificativa para tal feito é forçada e incoerente com o que foi apresentado até esse ponto.

    O Destino de uma Nação acaba jogando fora uma grande oportunidade ao escolher focar em apenas um personagem e não na história em si. Provavelmente essa decisão deve render, merecidamente, a estatueta de Melhor Ator para Gary Oldman, mas ao custo de saber que poderia ter sido muito mais sem soar pretensioso.

    Avaliação: Bom

    Confira o trailer do filme:

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    O filme teve sua estreia no dia 11 de Janeiro, e é um dos favoritos do Oscar 2018. Você já assistiu ao filme? Deixe seu comentário e marque aquele seu amigo que não pode perder esse filme e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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    Street Fighter V: Blanka é confirmado como nova DLC

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    A Capcom anunciou que o próximo personagem DLC para Street Fighter V e é o nosso brasileiro Blanka e ele estará disponível a partir de 20 de fevereiro. Um novo trailer do personagem nos mostra um pouco da besta, cujo visual parece ser o mesmo, além de alguns cabelos e pernas mais longos.

    Em seu site, a Capcom explica:

    “No Street Fighter V: Arcade Edition, Blanka está vivendo pacificamente com sua mãe, e se adaptou bem para ser introduzido na sociedade. Um dia, um vendedor suspeito se aproxima dele e oferece uma maneira de fazer Blanka famoso, produzindo um bonec feito à semelhança de Blanka. Será que funcionará? Descubra em seu modo história.”

    Ele é tão selvagem quanto sempre, mordendo, dando cabeça e arranhando inimigos. Sua habilidade Coward Crouch é agora sua V-Skill e, de acordo com a Capcom, pode ser usada para “evitar muitos ataques, incluindo bolas de fogo“. Após o Coward Crouch, Blanka pode executar o Wild Lift com um botão de soco ou Raid Jump com um botão de chute.

    Seu V-Trigger I é chamado Jungle Dynamo e é um ataque de giratório que faz mais danos e pode ser acompanhado por ataques adicionais, incluindo o Critical Art. Além disso o ataque aumenta seu poder de Electric Thunder e muda a animação de Blanka.

    Seu V-Trigger II é Lightning Beast, que desbloqueia uma jogada especial, o Rolling Cannon, que pode ser realizada depois de usar Rolling Attack, Back Step Rolling e Vertical Rolling. Este novo movimento pode prolongar combos ou mover Blanka para posições mais vantajosas. Finalmente, a sua Dynamic Rolling Critical Art combina eletricidade com rolamento para resultados devastadores. Confira no vídeo abaixo:

    Blanka estará disponível por US $ 6.00. Para aqueles que têm o Passe de Personagem da Temporada 3, ele está disponível sem custo adicional. O passe também inclui Sakura (já disponível), Falke, Cody, G e Sagat, que estarão disponíveis em uma data posterior.

    Confira algumas imagens de Blanka:

    Em notícias relacionadas, a Capcom anunciou estar adicionando trajes mundiais de Monster Hunter para Ken, R. Mika e Ibuki no Modo de Batalha Extra de Street Fighter V nos próximos três meses.

    Animado com a chegada de Blanka? Conte pra gente e lembre-se de compartilhar essa notícia com seus amigos!

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    Pantera Negra: O Rei de Wakanda representa seu continente natal em novo pôster

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    Pantera Negra da Marvel finalmente chegará aos cinemas na próxima quinta, dia 15, e a Regal Cinemas acabou de lançar um pôster do filme de Ryan Coogler.

    O pôster parece ter a influência de inúmeros pôster feitos por fãs, e dessa vez mostra T’Challa (Chadwick Boseman) com seu traje de Pantera estampando o continente africano, com algumas de garras.

    CRÍTICA – Pantera Negra (2018, Ryan Coogler)

    O filme teve um intensa campanha de marketing até a semana de seu lançamento, até onde sabemos, essa foi a melhor divulgação da Marvel até o momento.

    Confira o pôster abaixo:

    Já comprou seus ingressos? Pantera Negra será lançado no dia 15 de Fevereiro e será o primeiro filme lançado pela Marvel em 2018. Já garantiu seu ingresso? Deixe seu comentário e marque aquele seu amigo que não pode perder esse filme e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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