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    Dalenogare se torna o primeiro sul-americano membro da Critics Choice

    Waldemar Dalenogare Neto, historiador e crítico de cinema brasileiro, acaba de conquistar um importante feito para a sétima arte na América do Sul. Em 27 de outubro de 2020, o responsável pelo canal Dalenogare Críticas no YouTube se tornou o primeiro sul-americano a ser membro da Critics Choice Association (CCA).

    Natural de Porto Alegre/RS, Waldemar Dalenogare atua no ramo do cinema em constante trânsito entre Brasil e Estados Unidos. Atualmente com 29 anos, o gaúcho nutre a paixão pelo cinema desde a infância.

    Seu interesse começou na infância por causa da avó, que comprava fitas VHS e DVDs clássicos da sétima arte em uma banca no Centro Histórico da Capital gaúcha. Os filmes a que mais gostava de assistir eram os de Charlie Chaplin

    Dalenogare conta:

    “Ela fez toda a coleção do Chaplin para mim quando eu era criança ainda”.

    Anos depois, no fim do Ensino Fundamental, Waldemar Dalenogare passou a considerar o cinema como seu hobby favorito. Assistir aos filmes se tornou uma prioridade em seu tempo livre, que também dedicava para jogar videogame e acompanhar futebol.

    Foi nessa época que ele desenvolveu um hábito curioso: assistir a 4 filmes por dia, sempre que possível.

    Entretanto, a partir das responsabilidades acadêmicas e com o Dalenogare Críticas, esse hábito se moldou:

    “Tirando algum festival, eu tento não assistir a 4 filmes por dia porque eu noto que cai bastante a qualidade da apreciação”.

    Waldemar muito além do Dalenogare Críticas

    Quem vê cara não vê currículo.

    O trabalho de Waldemar não acontece apenas em seu canal Dalenogare Críticas no YouTube. Ele também é Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Bacharel, Licenciado e Mestre em História na mesma universidade, onde recebeu duas láureas acadêmicas por conta de seu desempenho acadêmico.

    Junto com a história dos Estados Unidos, o cinema também é tema de seus estudos. Entretanto, por estar ciente de que o meio acadêmico é um ambiente muito restrito, Waldemar criou o Dalenogare Críticas ainda em 2014 para levar seus conteúdos a uma audiência maior. Por conta das obrigações do Mestrado e do Doutorado, ele conseguiu dar ao canal a fluência que queria em 2019, quando passou a publicar vídeos no YouTube diariamente.

    Além de compor a Critics Choice Association, ele também é membro da Online Film Critics Society (OFCS), do Spirit Awards e da Academia Brasileira de Cinema.

    Por que Dalenogare foi o primeiro sul-americano na CCA

    A Critics Choice Association foi fundada em 2004, à época com o nome de Broadcast Film Critics Association. Por que demorou 16 anos para que um sul-americano se tornasse membro da entidade?

    Segundo Dalenogare, são dois os principais fatores.

    Primeiro, é preciso que o crítico participe do circuito de lançamentos dos Estados Unidos. Como os lançamentos ocorrem primeiro nos EUA, em geral, quem cobre cinema apenas no Brasil muitas vezes fica refém do lançamento tardio por aqui.

    “O Critics ainda tem uma outra questão que ele fecha mais cedo as votações. Ou seja, teria que participar do circuito limitado, ir nas sessões e por isso que, à priori, não abrem para fora dos EUA”.

    A segunda exigência é o idioma do conteúdo produzido. Até hoje, a CCA somente havia aceitado membros que produzem conteúdo em inglês ou espanhol.

    Você pode estar se perguntando: como Waldemar conquistou uma vaga se ele produz conteúdo em português?

    A resposta resumida é: networking + coragem.

    Como você percebeu, ele está inserido em diversos ambientes do cinema no Brasil e nos Estados Unidos. O networking foi fundamental porque ele era visto nas sessões em Boston. Então, se alguém da diretoria perguntasse “quem é esse cara?“, as conexões estavam estabelecidas, e seu nome não passaria em vão.

    Entretanto, somente ser visto não seria suficiente, por conta do conteúdo produzido em português. Então, ele tomou coragem e enviou um e-mail para a diretoria, mesmo sem saber se os membros teriam condições de avaliá-lo.

    Ele obteve retorno. Mais do que isso, a primeira resposta já foi promissora.

    “A diretora de organização falou: ‘Nossa, a gente nunca recebeu uma proposta como a tua. A gente vai ter que discutir com todo o comitê executivo aqui para ver como trata o teu caso, porque tu tá com o trabalho nos Estados Unidos e tá produzindo conteúdo, só que em língua portuguesa'”.

    A solução encontrada pelo comitê foi contratar um tradutor para fazer a análise do conteúdo.

    “Eu dei a cara a tapa, né? Tem gente que tem medo de ouvir o não, a rejeição. Se eu ouvisse a rejeição seria para aprender e, sei lá, voltar no outro ano ou dali a 3, 4 anos. Eu fiquei feliz que de cara eu consegui a entrada”.

    Critics Choice Awards, seriados, dicas e mais…

    Muitos perguntam por que Dalenogare não fala sobre seriados. Há também quem queira saber mais sobre a CCA e sua principal premiação, o Critics Choice Awards. E se você sonha em trabalhar com crítica de cinema, Waldemar também tem dicas para você.

    Assista ao bate-papo completo neste link.

    Aproveite e inscreva-se em nosso canal no YouTube e no Dalenogare Críticas.

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    CRÍTICA – Serafina e a Capa Preta #1 (2018, Robert Beatty)

    Serafina e a Capa Preta pertence a uma série de livros escritos por Robert Beatty e alcançou o topo de mais vendidos na lista do New York Times em 2015 nos Estados Unidos. No primeiro livro da saga, publicado no Brasil em 2018 pela Editora Valentina, conhecemos a história principal de Serafina e os mistérios que rondam sua existência.

    SINOPSE

    Quando as crianças da propriedade começam a desaparecer durante a noite, somente Serafina sabe quem é o culpado: um homem aterrorizante, vestido com uma capa preta, que espreita pelos corredores de Biltmore. 

    ANÁLISE

    Serafina e a Capa Preta conta a história da menina que dá nome ao título do livro. Vivendo com seu pai no porão da Mansão Biltmore, sua história é repleta de mistérios envolvendo sua mãe e os motivos de viverem naquele local tão isolado.

    Ao encontrar uma criatura perturbadora pelos corredores da mansão, Serafina se envolve em uma grande aventura que pode colocar a sua vida em risco. Todo o desenrolar do primeiro livro é focado nessa missão, além do desenvolvimento da personagem e de seu background.

    A trama é simples, mas interessante, misturando elementos fantásticos com uma jornada de detetive – quase como um conto aterrorizante de Sherlock Holmes. Tendo uma criança como foco da história, o livro se torna uma leitura ideal para o público infantojuvenil, despertando aquele sentimento aventureiro de publicações como Crônicas de Nárnia e Desventuras em Série.

    A forma como Beatty desenvolve sua escrita é fluida e de fácil entendimento. Ele cria, também, uma personagem principal simpática, divertida e interessante, não sendo apenas unidimensional. O autor estimula bons valores que devem ser ensinados desde cedo às crianças, como a lealdade e o companheirismo, porém, há também nuances questionáveis na concepção da personagem.

    Mesmo tentando aplicar algumas reviravoltas, Robert Beatty cria uma narrativa sem grandes surpresas, tornando bem simples perceber quem é o culpado antes mesmo do final da leitura. Entretanto, a trama secundária sobre a história de Serafina é interessante e acaba compensando as obviedades do plot principal. 

    Os personagens secundários são pouco inspirados e sem grandes motivações, não se destacando muito. Todo o foco está em Serafina, ainda mais porque a história é contada pela sua perspectiva, portanto acompanhamos suas descobertas, sentimentos e amadurecimento durante as 235 páginas do livro. 

    VEREDITO

    O Livro Um de Serafina e a Capa Preta é uma publicação ideal para o público infantojuvenil que busca literatura de aventura fantástica. Com uma personagem principal divertida e interessante, o livro propõe situações inimagináveis em uma mansão isolada no topo das montanhas.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Conheça mais sobre o livro:

     

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    13 jogos de terror para apavorar seu Halloween

    Quem é o maior fã de produções de terror? Não sei, mas eu não sou. Preciso confessar: eu sou muito cagão assustado. Mas ainda assim, tem alguns jogos que eu acho que valem muito a pena. E já que estamos em véspera de Halloween, vou fazer um esforço, superar meus medos e trazer uma lista com treze (o número tinha que ser temático também, né?) dos jogos que eu considero os melhores do gênero.

    Espia a lista que foi feita com muito carinho e entra no clima da All Hallow’s Eve (sabia que antes de ser dia das bruxas, Halloween era um festival em homenagem ao início do inverno? Te conto mais outra hora se quiser).

    Carrion

    Poucos jogos já lançados são como Carrion. Ao contrário do usual, aqui o caminho do terror é inverso: você assume o controle “da coisa”. Chamo de coisa porque o personagem é uma criatura sem forma específica, com tentáculos e que, claro, se alimenta de humanos. Um jogo de plataforma que lembra muito o gênero metroidvania com uma física interessante e muito, mas muito sangue.

    Disponível via Steam, Microsoft StoreSwitch.

    Dead Space

    Não falo aqui só de um jogo, mas da franquia Dead Space (1, 2 e 3). Uma série de jogos com temática espacial e um survival horror de tirar o fôlego. A história é muito bem construída (talvez a do terceiro não entregue o melhor possível) mas a atmosfera e a imersão que o jogo permite roubam a cena e são interessantíssimas para a proposta.

    Disponível via SteamMicrosoft Store.

    Alien Isolation

    Seguindo a temática espacial, Amanda Ripley vem aqui te conduzir por este jogo de extrema angústia. Os gráficos do jogo são excelentes, a qualidade do áudio é impecável e a necessidade da furtividade somada aos aleatórios e inevitáveis encontros com o bichão vão te fazer prender a respiração.

    Disponível via Steam, Microsoft Store, PSN e Switch.

    SOMA

    Não curtiu a pegada espacial? Então deixa eu te convidar pra ir pra uma instalação subaquática onde você caiu de paraquedas (não é força de expressão) recheada de criaturas (máquinas? humanos? não sei).

    SOMA tem gráficos muito bons e uma imersão incrível, mas o ápice realmente é a história. Um excelente survival horror. Talvez um dos melhores e mais subvalorizados.

    Disponível via Steam, PSN e Microsoft Store.

    Until Dawn

    Seja parte de um terror adolescente com uma ótima trama, conhecendo e guiando cada personagem durante esta noite e torça para que o amanhecer chegue antes que o que está lá fora te encontre.

    Disponível via PSN.

    Don’t Starve Together

    O que pode ser mais aterrorizante do que precisar sobreviver em um mundo desconhecido? Poderia ser o mote de Don’t Starve não fossem seus traços cartunescos e o humor ácido presente no jogo.

    Don’t Starve Together é uma ótima opção de entretenimento, um pouco de terror e muita diversão com seus amigos.

    Disponível via Steam, Microsoft Store, PSN e Switch.

    Phasmophobia

    Na pegada cooperativa, com mais 3 players, explore uma casa abandonada e conheça o fantasminha (não tão camarada) que a assombra. Parece simples? Mas não é.

    As mecânicas são relativamente complexas, e digamos que o pavor de ter alguma criatura estranha te perseguindo não ajuda muito a manter a calma. Desafio bacana, com alguns sustos e boas risadas com a galera.

    Disponível via Steam.

    Pacify

    Com uma proposta semelhante à Phasmophobia, Pacify te desafia a desvendar o mistério por trás de uma funerária que oferece “uma última chance de conversar com os mortos”.

    Bonecas, risadas, sombras, pessoas desaparecidas. Todos estes são os elementos que você e seu grupo encontrarão neste jogo apavorante (mesmo que sem gráficos muito trabalhados) e bastante divertido (pra quem gosta).

    Disponível via Steam.

    Outlast

    Só o fato de ser um jogo de terror onde não temos como combater os inimigos, já é sufocante o suficiente. Corra, se esconda e tente sobreviver.

    Um repórter, uma câmera, um manicômio e uma edição de áudio de sujar as calças; o que pode dar errado?

    Disponível via Steam, PSN, Microsoft Store e Switch.

    Amnesia

    Esses jogos em que não temos como atacar são, na minha opinião, os piores e deveriam vir com um pacote de fraldas. Gente do céu. Não bastasse o desespero de não poder reagir ao que nos ataca, Amnesia (os três da série) trabalha muito sobre a saúde mental do personagem (e do jogador também).

    Além disso tudo, tem alguns puzzles pra resolver (só pra ajudar).

    Disponível via Steam, PSN, Microsoft Store e Switch.

    The Forest

    Único sobrevivente de um acidente aéreo, você está em uma floresta desconhecida e agora, tem que se esforçar para sobreviver ao que nela se esconde. Animais silvestres são perigosos, mas não tanto quanto os mutantes e outras criaturas bizarras que pode aparecer.

    Um clássico survival com elementos de construção satisfatoriamente complexos, uma atmosfera muito bem construída e excelente modo história.

    Disponível via Steam e PSN.

    Hollow Knight

    De todos da lista, o mais light (em tema de sustos). Este jogo indie é um metroidvania com dificuldade e alguns elementos bem ao estilo soulslike.

    A história e o enredo são pontos altos do jogo, o que ajuda a dar o clima mais sombrio. Um excelente desafio para o fim de semana.

    Disponível via Steam, PSN, Microsoft Store e Switch.

    Five Nights at Freddy’s

    Você aceitou um emprego para trabalhar cinco noites como vigia noturno na pizzaria Freddy Fazbear’s Pizza. Não é das melhores tarefas, mas calma. Tudo sempre pode piorar.

    A pizzaria é famosa tanto por seus bonecos animados quanto por suspeitas de desaparecimentos e homicídios. Vai lá! Vigia a pizzaria aí, por gentileza, minha alma abençoada.

    Disponível via Steam, Microsoft Store, PSN e Switch.



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    Cyberpunk 2077: Conheça o apartamento de V em Night City

    O apartamento de V é sua safehouse no game, localizada no megaprédio no Distrito Watson de Night City. O apartamento é de V e é o único que pode ser nosso em Cyberpunk 2077.

    PANORAMA

    V consegue o apartamento no começo do game logo após chegar a Night City.

    O jogador terá a opção de trocar roupas, armas, dormir e também levar pessoas para seu apartamento para passar a noite. O apartamento também conta com um banheiro, um computador e um rádio, onde notícias e músicas podem ser ouvidas.

    O estilo visual do apartamento varia, baseado em cada um dos estilos de personagem que o jogador escolher. Se você escolher o ser um: Nomad, Streetkid ou Corporate; o apartamento refletirá a diferença no crescimento do personagem e personalidade.

    Baseado nas escolhas que você fizer ao longo do game, as coisas também mudarão. Conforme a progressão continua durante o game, o apartamento de V estará em constante evolução e estará sempre mudando. Entretanto, o apartamento não pode ser mudado de lugar e será sempre localizado no Distrito Watson.

    Veja nossos artigos sobre o mundo do game:

    Conheça Johnny Silverhand, personagem de Keanu Reeves

    Conheça a Moxes, uma das gangues de Night City

    Conheça a Tyger Claws, uma das gangues de Night City

    Conheça o Trauma Team, a equipe médica do game

    Conheça V, o personagem jogável do game

    Conheça a Samurai, a banda de Johnny Silverhand

    Conheça os Voodoo Boys, uma das gangues de Night City

    Conheça a história dos Implantes Cibernéticos

    Cyberpunk 2077 será lançado em 10 de dezembro para PC, PS4, Stadia, e Xbox One, com versões para PS5 e Xbox Series X ainda em desenvolvimento.



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    Da decadência à inovação: Por onde andam os filmes de slasher?

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    O gênero de slasher sempre esteve presente no imaginário popular. De Norman Bates, passando por Michael Myers até à franquia Pânico, esses filmes atravessam anos com continuações duvidosas, mas ainda assim, cheios de sagacidade.

    Porém, o começo desse subgênero do terror no cinema não foi nada agradável. Com cara de contracultura, os filmes de slasher sempre foram uma subversão da boa moral das famílias cristãs trazendo à tona toda hipocrisia de uma sociedade em decadência.

    Uma afronta dessas também não iria passar despercebida pelos críticos, já que sempre consideraram o gênero de terror um segmento menor do cinema. O que não impediu que o gênero de slasher caísse nas graças do público.

    Tomados pela curiosidade do sanguinolento e pelos impulsos voyeurísticos é quase catártico assistir um filme de gato e rato. Mas, voltando para o começo, após a era dos filmes de monstros, o terror do cinema foi se tornando cada vez mais realista, estando claramente influenciado pelas mudanças culturais da época.

    Os medos da sociedade em filmes de slasher 

    Janet Leigh como Marion Crane, em Psicose.

    Os anos 60 foram cruciais para formular os filmes de assassinos impiedosos. Obras como Psicose (1960) e O Massacre da Serra Elétrica (1974) deram vida aos medos de uma sociedade conservadora, enquanto punia os transgressores dos bons costumes.

    Basta lembrar da simpática Marion de Psicose que é morta por simplesmente despertar o desejo sexual de Norman. Já em O Massacre da Serra Elétrica, considerado o primeiro filme de slasher, a influência para a matança dos jovens por um canibal mascarado vem dos eventos mundiais da época como a Guerra do Vietnã.

    Mas, o gênero de slasher só foi de fato consagrado nos anos 70 e 80 com assassinos em série e franquias gananciosas. A ênfase foi na cultura hippie e punk que deram mais destaque para os jovens na sociedade. Logo, os filmes de slasher viram uma ótima oportunidade de explorar o universo adolescentes, focando principalmente nas descobertas sexuais.

    Sendo assim, o famoso Halloween (1978) de Michael Myers se tornou um ícone ao optar nos primeiros minutos de tela pela câmera subjetiva mostrando o ponto de vista do menino Michael. Mas, indo além, o filme explora as relações de gênero na sociedade e também a questão da moral.

    Assim como em Halloween, em Sexta Feira 13 (1980) e em A Hora do Pesadelo (1984) o retrato da mulher também é amplamente estereotipado. Se por um lado, os slasher foram importantes para o protagonismo feminino com as final girls, por outro, as mulheres, além de serem constantemente vítimas de violência, são vítimas de uma violência sexualizada.

    Não à toa, após onze filmes de Halloween, doze de Sexta Feira 13 e seis de A Hora do Pesadelo houve uma grande massificação e banalização do gênero. Logo, o senso de responsabilidade social foi deixado de lado para dar lugar ao lucro por saudosismo. Sendo assim, há quem diga que a época de ouro do gênero morreu com Michael Myers, Jason e Freddy Krueger. Mas, está bem longe disso.

    A nova onda de slasher  

    No final da década de 90, os filmes de slasher estavam desacreditados. Mas eis que surge a franquia Pânico (1996) e com ar de deboche traz de novo os assassinos em série para o cinema. Pânico tem claramente uma autoconsciência que é um filme de terror e por isso consegue transgredir o gênero.

    Porém, a trama caiu na mesma armadilha das franquias e rendeu quatro filmes. Aos poucos o slasher foi ficando nas sombras e dando lugar aos filmes de assombração. É comum que dentro do terror, subgêneros façam mais sucesso que outros dependendo da época e da recepção do público. Mas, o que nunca sai de moda é o medo.

    Sendo assim, o gênero de slasher migrou para a era da tecnologia e informação. Logo, usando câmeras, discussões sobre racismo e até mesmo de doenças sexualmente transmissíveis conseguiu se reinventar e ressurgir em uma nova forma.

    Corrente do Mal (2014) trabalha simbolicamente com o tabu das doenças sexualmente transmissíveis. O assassino em questão é um ser sobrenatural que irá encontrar a vítima a não quer que ela passe a maldição através do sexo.

    Em Hush – A Morte Ouve (2016) o protagonismo feminino é outra vez revivido, mas de forma mais consciente de suas imposições. Já em Nós (2019), o real terror está no racismo de forma velada, segregação social e no que separa “nós” dos outros.

    Por último, no recente The Rental (2020), o assassino segue os mesmos requisitos: uma arma branca para matar, mascarado e extremamente calculista. No entanto, ao utilizar câmeras para monitorar suas vítimas e brincar com elas, o gênero acerta em cheio no medo da invasão de privacidade.

    Dessa forma, os novos filmes de slasher são um respiro para o gênero e vai muito além dos fantasmas e monstros. Saber que outro ser humano pode ser tão maligno é o que realmente assusta uma sociedade que está 24 horas conectada.

    O slasher tem a tendência de se adaptar, pois reflete os nossos piores medos. Nada mais justo que ficarmos de olhos bem apertados para esses filmes. 

    LEIA TAMBÉM:

    5 filmes para entender a nova era de horror no cinema nacional



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    Genshin Impact: Desenvolvedora dá código de Primogems de graça!

    A desenvolvedora de Genshin Impact, miHoYo tem liberado alguns códigos desde o lançamento oficial do game, dando aos fãs uma oportunidade por tempo limitado para coletar recompensas raras. E parece que o código promocional foi renovado, e os jogadores serão capazes de coletar alguns pequenos presentes, sendo um deles, Primogems.

    Enquanto os jogadores encontram diversas formas de moeda, como Mora, armas valiosas e novos personagens podem ser coletados apenas quando tirados por meio de Orações com essa moeda única, rara e premium. Exatamente o tipo de moeda que esses códigos oferecem.

    Os Viajantes dependem dos Primogems para fazer Orações e outras compras especiais in-game, e a moeda premium é difícil de conseguir. Apesar dos jogadores receberem Primogems ao completar Conquistas em Genshin Impact, ou até mesmo fazer simples descobertas, é normalmente uma recompensa de 5 a 10. Para motivos de comparação, cada Oração custa 160 Primogens.

    Desde o lançamento do game, os jogadores foram capazes de reclamar códigos similares duas vezes, mas independente dos códigos passados, qualquer Viajante pode coletar esses códigos promocionais em Genshin Impact (se selecionar o código apropriado dependendo da região do código):

    • América do Norte – GenshinMHY0M
    • Europa – GenshinMHY0O
    • Sudeste Asiático – GenshinMHY0I

    Os jogadores podem entrar no site oficial da miHoYo, via uma página intitulada “Redeem Code“. Eles recompensam cada jogador com 30 Primogems para cada jogador. Dito isso, há algumas restrições:

    • Os Viajantes precisam ter um Rank de Aventura 10 antes de reclamar o código;
    • O personagem precisa estar ligado na conta da miHoYo;
    • Cada código expira após um uso.

    Os jogadores também devem ter em mente que esses códigos expiram. Então trate de reclamar esse código agora, ou talvez você deixará de receber os Primogems em questão. Uma vez que vocês reclamarem o código, o jogador então receberá uma mensagem in-game com os Primogems.

    Apesar de ser um pequeno gesto, é bem útil receber qualquer quantidade de Primogems. Sem falar em que os jogadores tem recebido por meio do evento da Klee também. Viajantes não apenas estão aproveitando o evento atual, mas também estão descobrindo novas aventuras, como foi revelado na quest recém-adicionada de Mona.

    Genshin Impact está disponível agora para Android, iOS, PC, PS4, com uma versão em Switch atualmente em desenvolvimento.



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