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    CRÍTICA – Adoráveis Mulheres (2020, Greta Gerwig)

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    A sexta adaptação de Adoráveis Mulheres no cinema tem um elenco estelar: Eliza Scanlen (Beth March), Saiorse Ronan (Jo March), Emma Watson (Meg March), Florence Pugh (Amy March), Laura Dern (Margaret March), Meryl Streep (Tia March), Timotheé Chalamet (Laurie) e Bob Odenkirk. Com um roteiro bem escrito e um texto consistente, o longa tem vários pontos positivos, mas… vários negativos também.

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    Comecemos pela trama: o filme mostra os desafios das mulheres em uma sociedade patriarcal e machista nos anos 20. A ideia de Greta Gerwig é nos apresentar de forma simples, mas com importância devida, as suas personagens ao público, nos dando um aperitivo de suas dificuldades financeiras e emocionais. O problema está na execução. As histórias de cada uma das protagonistas é interessante, porém, o uso excessivo de flashbacks atrapalha demais a fluidez da trama, cansando demais o espectador.

    Temos duas linhas temporais aqui, passado e presente, sendo que o roteiro usa o recurso de flashback como muleta de enredo. Cada cena do presente no qual somos apresentados a um problema, logo na sequência há uma cena do passado explicando o porquê de tal fato estar acontecendo, algo que por vezes testa a paciência de quem está assistindo, pois há muita exposição em diálogos: nos momentos de sutileza, existem mensagens fortes de empoderamento e em outras soam forçadas e bregas.

    Quanto as atuações, todos os personagens citados no primeiro parágrafo estão muito bem, os destaques maiores são:

    Saiorse Ronan, com sua protagonista empoderada, a frente do seu tempo que luta contra os costumes e tradições daquela época.

    Emma Watson também tem um papel relevante por ser a irmã mais velha que tem que segurar a barra quando as coisas ficam feias, papel que é dividido com Jo (Saiorse Ronan). A atriz entrega uma atuação segura.

    Florence Pugh também é um destaque sendo um contraponto de Ronan: uma mulher mais envolvida nas tradições e costumes, mas que não perde sua força interior, indo contra o sistema nos momentos certos.

    Laura Dern também rouba a cena com seu papel de mãe compreensiva e que praticamente abraça o espectador, sem dúvida Dern está em um grande momento de sua carreira.

    Meryl Streep recebeu um papel genérico de uma mulher ranzinza e sem coração e entrega uma atuação boa para quem não possui muito destaque.

    Timotheé Chalamet faz um bom trabalho apesar de seu personagem ser desinteressante para a trama, ficando mais como um pivô amoroso do que de fato alguém que dê alguma relevância para a história.

    Com uma trama inconsistente, digna de uma novela das seis da Globo, mas com boas atuações, Adoráveis Mulheres é um filme que vale pela sua mensagem de empoderamento e por seu brilho de elenco, bons figurinos e fotografia, entretanto, não serve como uma grande obra se comparada aos demais concorrentes as premiações de 2020.

    Nossa nota

    Assista ao trailer legendado:

    Adoráveis Mulheres chega aos cinemas nesta quinta-feira (09). Depois de assisti-lo, volte aqui para deixar seus comentários e sua avaliação!



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    CRÍTICA – Drácula (2020, Steven Moffat e Mark Gatiss)

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    Hoje irei falar da minissérie Drácula, da BBC e que está disponível na Netflix. Desenvolvida pelos criadores da série Sherlock – Steven Moffat e Mark Gatiss – , ela conta com um elenco menos famoso; tendo Claes Bang como o icônico protagonista.

    Se você curte o centenário conde chupador de sangue, e quiser saber desde a origem, as principais adaptações, curiosidades e referências, veja nosso especial de 122 anos do Drácula no texto abaixo:

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    A minissérie Drácula estreou na Netflix no último sábado (4 de Janeiro) e conta com 3 episódios de pouco mais de uma hora cada um. E por isso esse texto terá uma analogia dividida em 3 partes; uma para cada episódio.

    ALERTA DE SPOILER: Se você ainda não assistiu a minissérie, recomendo que leia mesmo assim. Eu provavelmente irei salvar umas 3 horas da sua vida. Sim, a série é ruim e é como um salto de paraquedas mal sucedido.

    Episódio 1: O salto

    DráculaAssim como um salto de paraquedas, Drácula é uma criatura que inspira medo e ao mesmo tempo curiosidade; a obra de Bram Stoker – que esse ano completa 123 anos – é uma das mais adaptadas para o cinema e TV e para os fãs ávidos por uma nova adaptação, a ansiedade é sempre grande.

    O primeiro episódio, A Regra das Trevas (1h29min), começa como a adrenalina inicial do salto de paraquedas. Ao ver as referências ao romance de Bram fiquei extasiado. Temos ali a chegada de Jhonatan Harker (Thomas Hutter) aos Cárpatos e o medo quase palpável do povo local, temos também o cocheiro, a transação imobiliária dos imóveis em Londres, incluindo a Abadia de Carfax, um castelo sombrio e soturno e um Conde Drácula (Claes Bang) que é nitidamente uma homenagem ao Drácula de Christopher Lee; com direito à icônica frase:

    Eu não bebo… vinho.

    Mas… aos 30min do episódio você descobre que seu paraquedas não abriu.

    Temos zumbis, com direito a um bebê zumbi que deixariam a equipe de efeitos especiais de The Walking Dead com vergonha, o professor Abraham Van Helsing aqui é uma freira chamada Agatha Van Helsing (ok, até temos uma série na Netflix de uma Van Helsing e a gente precisa realmente de mais representatividade feminina), mas termos Johnatan Harker como um zumbi-vampiro (WTF!?) e Mina Harker como “A” esnobada, foi triste.

    O bom é que podemos pensar: Temos o paraquedas reserva (o segundo episódio).



    Episódio 2: A queda

    Sangue a Bordo (1h28min) é interessante por nos apresentar um novo olhar da viagem de Drácula para Londres a bordo do navio Deméter, e o assassinato da tripulação.

    Com personagens inéditos, o episódio traz uma versão totalmente diferente do romance, porém com um desenvolvimento arrastado. Posso dizer que aqui é “o momento em que aproveitamos a queda-livre para admirar um ângulo que não costumamos ver”, porém ao final do episódio, os diretores nos apresentam o plot twist: você descobre que o seu paraquedas reserva também não abriu.

    Assista ao trailer legendado:



    Episódio 3: O impacto

    Todos os trailers mostrados foram do primeiro episódio, fazendo com que os fãs acreditassem que Drácula desembarcaria numa Londres vitoriana, no século XIX. Mas, a minissérie da parceria formada entre a BBC e Netflix nos apresenta Drácula acordando depois de um sono de 123 anos em uma Londres do século XXI. Ok, a sacada de dar um salto temporal de 123 anos foi inteligente pelo fato de ser exatamente a idade da obra de Bram Stoker, mas infelizmente, nesse momento eu pensei: “MEU DEUS!” E me veio um flashback do esquecível filme Drácula 2000.

    Em Bússula Sombria (1h31min) temos uma “tataraneta” da freira Agatha Van Helsing também vivida pela atriz Dolly Wells; descobrimos também que personagens clássicos foram repaginados, com direito a Lucy Westenra (Lydia West) como uma “instagramer” com um amigo gay (lembre-se que Mina foi esnobada pela série) e Drácula no Tinder! Me desculpe Claes Bang, mas para seu “cosplay de Lucifer” ficar bom, tem que chupar muito sangue pra ter o charme do Estrela da Manhã de Tom Elis.

    Como descobrimos que o paraquedas reserva não vai mesmo abrir, agora é só curtir a queda… e torcer pra que seja rápida e indolor. Mas nada é como queremos, e temos aí o velório de Lucy ao som de Robbie Williams com a canção “Angel“. SENHOR! Forçaram no quesito ressuscitar os mortos!

    Nesse último episódio tudo é corrido, confuso e personagens que deveriam ser importantes são apresentados sem nenhum aprofundamento. É como se a produção tivesse se dado conta de que perderam muito tempo no segundo episódio e que ainda tinham uma história pra contar. Bom, pelo menos a queda está sendo rápida… mas, aí vem o impacto.

    No fim, além das diversas bizarrices que transformam a minissérie em um verdadeiro freak show, Drácula não queima ao Sol. Pensei: “Bram, perdoe-os eles não sabem o que fazem“. Temos mais um Blade! Sério, eu rezei com muita força pra ele não brilhar ao Sol.

    Resumindo: Steven Moffat e Mark Gatiss fizeram uma reunião com a equipe de produção, e após ler até a 5ª página do romance de Bram Stoker, perguntaram:

    Gente, o que está em alta?
    E provavelmente a equipe foi respondendo, aleatoriamente, sem entender:

    • The Walking Dead?
    • Lúcifer?
    • Tecnologia?
    • Diversidade?
    • Representatividade?

    E então, jogaram o livro no lixo e disseram:

    Blz, vamos fazer essa p#%@ do nosso jeito.

    Nossa nota



    Existem diversas adaptações de livros que são sucesso seja no cinema ou na TV, temos: Jurassic Park, Harry Potter, O Senhor dos Anéis, Game of Thrones e por mais que não sejam adaptações perfeitas e possuam suas liberdades criativas, ainda assim seguem próximas de sua fonte. Mas Drácula da BBC/Netflix é o oposto disso. É como um salto para a morte. E espero que não tenha uma pós-vida. E você, assistiu a minissérie ou não irá assistir?

    Deixe seus comentários e sua avaliação (caso tenha encarado essa ingrata tarefa).



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    Thor: Love and Thunder | Christian Bale em negociação para se juntar ao elenco

    O vencedor do Oscar, Christian Bale, está em negociação para se juntar a Chris Hemsworth e Natalie Portman em Thor: Love and Thunder, segundo uma fonte do Collider revelou.

    Taika Waititi retornará para a continuação, que deve começar produção em Junho. Se Bale for realmente adicionado ao elenco, o ator retornará a viver um personagem de quadrinhos. Sua última aparição em um filme desse segmento foi em 2012 no último filme da trilogia do Batman do diretor Christopher Nolan com Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

    A Marvel ainda não se pronunciou sobre o rumor.

    Tessa Thompson reprisará seu papel de Valquíria, enquanto Natalie Portman retornará à franquia como Jane Foster, que aparentemente se tornará a Thor nesse filme. Waititi também estará de volta para dublar o personagem Korg, que rapidamente se tornou um dos personagens favoritos dos fãs. Kevin Feige produzirá o filme Thor: Love and Thunder após Thor: Ragnarok ter arrecadado cerca de US $ 853 milhões ao redor do mundo. O papel de Christian Bale ainda é mantido em segredo.

    Bale atualmente estrela o drama Ford vs Ferrari, que já arrecadou mais de US $ 200 milhões ao redor do mundo. Ele venceu o Oscar após ser indicado pelo filme O Lutador, e também foi indicado por A Trapaça, A Grande Aposta, e Vice. Christian Bale foi indicado ao SAG Awards por sua atuação como Ken Miles em Ford vs Ferrari.

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    A Disney lançará Thor: Love and Thunder em 4 de Novembro de 2021.



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    Nintendo Switch: Versão Pro pode ser lançada ainda esse ano [RUMOR]

    Há um novo rumor na internet nos últimos dias, que parece sugerir que um novo modelo de Nintendo Switch será lançado em algum momento desse ano; de acordo com fontes postadas no site Taiwanês DigiTimes.

    Segundo o rumor, esse novo modelo do Switch entrará em produção em massa no primeiro trimestre desse ano, e provavelmente será lançado entre os meses de Abril e Setembro – que é a época perfeita para bater de frente com o Xbox Series X e o PlayStation 5; se o rumor se provar real, é claro.

    Em Março do ano passado, foi também anunciado que a Nintendo estava trabalhando em uma versão mais barata e em uma versão Pro do Nintendo Switch; ambos seriam lançado em 2019. Como todos sabemos até o momento, apenas o mais barato foi lançado na forma do Nintendo Switch Lite.

    Agora que o Nintendo Switch Lite foi lançado, e o fato da Sony e a Microsoft estarem lançado sua próxima geração de consoles no final desse ano, faz sentido que a Nintendo lance uma versão atualizada, sendo mais capaz que a sua atual geração de console híbrido de mesa/portátil.

    Nós teremos que esperar para ver se a companhia anunciará um console mais poderoso ainda esse ano.



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    Adoráveis Mulheres: 10 coisas que você provavelmente não sabe

    Adoráveis Mulheres, de Louisa May Alcott, é um dos romances mais amados, e agora – mais de 150 anos após sua publicação original – está capturando outra geração de leitores após ganhar uma recente adaptação para as telinhas e uma nova adaptação para as telonas nas mãos da diretora Greta Gerwig. Se você não leu, mas já assistiu alguma das outras 5 versões, e pretende assistir a versão adaptada dirigida por Gerwig, trazemos aqui 10 coisas que você talvez não saiba sobre a história clássica sobre família e amizade.

    CONTRA SUA VONTADE

    Louisa May Alcott estava escrevendo histórias de literatura no estilo pulp, que estava em voga na época em que Thomas Niles, o editor da Robert Brothers Publishing, se aproximou dela com a ideia sobre escrever um livro para meninas. Alcott disse que ela tentaria, mas não estava tão interessada, mais tarde chamou livros assim de “histórias de moral para os jovens”.

    Quando ficou claro que Louisa May Alcott estava protelando, Niles ofereceu um contrato de publicação para o pai da escritora, Bronson Alcott. Apesar de Bronson ser um dos pensadores mais conhecidos, que era amigo de Ralph Waldo Emerson e Henry David Thoreau, seu trabalho nunca atingiu muito prestígio. Quando ficou claro que Bronson teria a oportunidade de lançar um novo livro se Louisa começasse sua “história de garotas”, ela cedeu à pressão do pai.

    TRABALHO DURO

    Alcott começou a escrever o livro em Maio de 1868. Ela trabalhou nele dia e noite; e ficou tão consumida com o trabalho que por vezes esqueceu de comer ou dormir. Em 15 de Julho, ela enviou todas as 402 páginas para seu editor. Em Setembro, apenas quatro mês após ter começado a escrever o livro, Adoráveis Mulheres foi publicado. O livro se tornou um best seller instantaneamente e transformou Louisa May Alcott em uma mulher rica e famosa.



    INSPIRADAS EM SUAS IRMÃS

    Adoráveis Mulheres

    Meg foi baseada na irmã de Louisa, Anna, que se apaixonou por seu marido John Bridge Pratt. A descrição do casamento de Meg no livro foi baseada no casamento real de Anna.

    Beth foi baseada em Lizzie, que contraiu escarlatina em 1856. Apesar de ter se recuperado, a doença a enfraqueceu permanentemente; Lizzie morreu, de atrofia muscular enquanto dormia, em 14 de Março de 1858 – pouco antes de seu aniversário de 23 anos. Como Beth, Lizzie contraiu a doença de uma família mais pobre a qual sua mãe ajudava.

    Amy foi baseada em May (Amy é um anagrama de May), uma artista que viveu na Europa e cujas pinturas eram exibidas em Paris.

    Jo, é claro, é baseada na própria Alcott.

    PUBLICAÇÃO DIVIDIDA

    A primeira metade foi publicada em 1868 como Adoráveis Mulheres: Meg, Jo, Beth, e Amy. A História de Suas Vidas. Um Livro de Meninas. Ele terminou com John Brooke pedindo a mão de Meg em casamento. Em 1869, Louisa May Alcott publicou o livro Good Wives (em tradução livre: Boas Esposas), a segunda metade do livro. Esse, ela também demorou apenas alguns meses para escrever.



    SEM FAN SERVICE

    Alcott, que nunca se casou, queria que Jo também continuasse solteira. Mas enquanto ela estava trabalhando na segunda metade de Adoráveis Mulheres, os fãs pediam que a personagem se casasse com o seu vizinho, Laurie.

    Louisa May Alcott escreveu em seu diário:

    As meninas escreviam para que as garotas se casassem, como se esse fosse o único objetivo na vida de uma mulher. Eu não vou casar Jo com Laurie para agradar ninguém.

    Como compromisso – ou para irritar os fãs – Alcott casou Jo com o pouco romântico Professor Bhaer. E Laurie terminou com Amy.

    TEORIAS

    As pessoas teorizavam acerca de quem Laurie era inspirado, desde Henry David Thoreau até o filho de Nathaniel Hawthorne, Julian, mas esse não parece ser o caso.

    Em 1865, enquanto estava na Europa, Louisa May Alcott conheceu um músico polonês chamado Ladislas Wisniewski, que apelidou de Laddie. O flerte entre Laddie e Alcott culminou nos dois passando duas semanas sozinhos em Paris. De acordo com seu biógrafo Harriet Reisen, Alcott mais tarde baseou Laurie em homenagem a Laddie.

    Quão longe o affair Alcott/Laddie foi? É difícil dizer, enquanto Alcott riscou uma seção em seu diário que se referia ao romance. Na margem da página, ela escreveu, “Não poderia ser“.



    PONTO TURÍSTICO

    Adoráveis Mulheres

    A Orchard House em Concord, Massachusetts era a casa da família Alcott. Em 1868, Louisa relutantemente deixou seu apartamento em Boston para escrever Adoráveis Mulheres lá.

    Hoje, você pode fazer uma visita guiada na casa, e pode ver desenhos nas paredes, assim como ver a pequena escrivaninha que Bronson construiu para que Louisa May Alcott usasse.

    ÉPOCA DAS “VACAS MAGRAS”

    Os ideais filosóficos de Bronson Alcott tornou difícil para ele encontrar emprego – por exemplo, como um socialista, ele não trabalharia por salários – então sua família sobreviveu por um tempo com doações de amigos e vizinhos. As vezes, durante a infância de Louisa, não havia nada para eles comerem além de pão, água ou ocasionalmente maçãs.

    Quando ela ficou mais velha, Alcott trabalhou como uma acompanhante e governanta, como Jo faz no romance, e vendeu histórias de “sensações” para ajudar a pagar as contas. Ela também aceitou trabalhos servis, trabalhando como costureira, lavadeira, e camareira. Mesmo quando ainda criança, Louisa May Alcott queria ajudar sua família a escapar da pobreza, algo que Adoráveis Mulheres tornou possível.



    MUITAS ADAPTAÇÕES

    Além da série de TV de 1958, várias peças da Broadway, um musical, um ballet, e uma ópera, Adoráveis Mulheres foi adaptada mais de 6 vezes para o cinema. A versão mais famosa é a de 1933 estrelada por Katharine Hepburn, a versão de 1949 estrelando June Allyson (com Elizabeth Taylor como Amy), e a versão de 1994 estrelada por Winona Ryder.

    O romance também foi adaptado para as telinhas algumas vezes, sendo a última em 2018. A indicada ao Oscar, Greta Gerwig, adaptou a história mais uma vez, que será estrelada por Saoirse Ronan como Jo e Thimothée Chalamet como Laurie.

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    O novo longa chegará aos cinemas nesta quinta-feira, 09 de Janeiro.

    VERSÃO ANIME

    Em 1987, foi lançado no Japão uma versão em anime de Adoráveis Mulheres que contou com 48 episódios de meia hora cada.



    E aí, o que achou das curiosidades? Está animado para a mais nova adaptação cinematográfica? Deixe seus comentários e lembre-se de compartilhar com seus amigos.

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    CRÍTICA – Ford vs Ferrari (2019, James Mangold)

    O diretor nova-iorquino James Mangold tende a se destacar cada vez mais com projetos certeiros, responsável por filmes viscerais como Logan e Johnny & June, a sua última obra é chamativa e empolgante, escalando os titãs Christian Bale e Matt Damon para complementarem essa história automobilística no filme Ford vs Ferrari.

    Baseado em uma história real, em meados dos anos 60, tudo muda quando Henry Ford II (Tracy Letts), CEO da Ford Motor Company, decide entrar com tudo no mundo da alta velocidade, especialmente depois de ser usado e insultado por Enzo Ferrari (Remo Girone). Carroll Shelby (Matt Damon) é encarregado de montar um carro para vencer a imbatível Ferrari nas 24 Horas de Le Mans e escolhe Ken Miles (Christian Bale) para ser seu piloto.

    O roteiro é assinado pelos irmãos Butterworth em parceria com Jason Keller que juntos, constroem uma narrativa verossímil e autêntica, focando mais no ponto onde a Ford começa a se interessar em entrar no ramo da velocidade esportiva, com o relacionamento de Shelby e Miles já estabelecidos, e optando em iniciar a história apresentando personagens com ideais distintos mas em busca do mesmo propósito: a vitória.

    Sem dúvidas o grande chamariz do filme é a parceria Bale e Damon. Se Ken Miles é um impulsivo piloto de meia idade que está passando por problemas financeiros, Carroll Shelby é um ex-piloto que encontrou a solução vendendo carros esportivos. A genialidade bruta e inconsequente do primeiro é compensada pela calma estratégica e diplomática do segundo. Eles não apenas se entendem, mas se complementam em muitos aspectos.



    A narrativa se trata de um conflito de objetivos e prioridades diferentes do ponto de vista de cada personagem. Enquanto a Ford está mais interessada no marketing positivo pensando em uma vitória, Shelby e Miles estão mais interessados em superar a si próprios e em escrever seus nomes na História cruzando a linha de chegada juntos.

    Nas cenas de ação, os protagonistas são os carros. A dinâmica da movimentação da câmera com os cortes nos dá uma sensação de velocidade, de medo, de apreensão pelo o que pode acontecer, mas sem deixar a cena clichê. O som também é um recurso bem aplicado pelo filme e acrescenta na experiência do espectador com a corrida.

    A trilha sonora de Marco Beltrami dita bem o ritmo do filme, conversando com os personagens no momento certo. Ressaltando novamente a qualidade dos fatores técnicos relacionado aos movimentos das corridas, que possivelmente ganhará uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Mixagem/Edição de Som.

    A direção de arte comandada por Gustaf Aspegren é cuidada para reproduzir os anos 60 com os mínimos detalhes, utilizando as propagandas da época e as clássicas logomarcas dos patrocinadores que também foram recriadas para cooperar através de uma ambientação digna. Complementando a fotografia aos olhos de Phedon Papamichael, que recria uma climatização fazendo jus à época. O seu trabalho é reconhecido por elementos similares no qual já executou em Nebraska e Caçadores de Obras Primas.



    Com atuações memoráveis e uma incrível reconstrução de época, Ford vs Ferrari tem uma direção precisa graças à James Mangold com um roteiro notável, garantindo uma trama cativante que consegue conquistar o público e afirmando mais uma indicação ao Globo de Ouro para Christian Bale, e talvez um forte concorrente nas categorias técnicas para o Oscar 2020.

    Assista ao trailer:

    Nossa nota

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