Início Site Página 755

    Trine 4: The Nightmare Prince | Trailer de história mostra a Magia Negra de um príncipe assolando o Reino

    0

    A Modus Games, distribuidora líder de jogos independentes, divulgou hoje um novo trailer que detalha a história de Trine 4: The Nightmare Prince. O jogo, que chega em 8 de outubro, marca o retorno triunfante da premiada série de plataforma ao Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC.

    Trine 4: The Nightmare Prince traz de volta os astros da série: a ladra Zoya, o mago Amadeus e o cavaleiro Pontius. O trio tem agora a missão de encontrar o Príncipe Selius, um jovem arrogante cujo desejo de dominar a magia fez com que o reino fosse invadido por criaturas malignas além de seu controle. A habilidade do Príncipe Selius de transformar os maiores medos de qualquer pessoa em realidade faz com que o grupo precise correr contra o tempo para reverter a maldição, conforme os feitiços que dão vida aos pesadelos do príncipe se tornam cada vez mais perigosos.

    Assista ao trailer de história de Trine 4: The Nightmare Prince:

    Ambientado em um universo fantástico inspirado em contos de fadas e repletos de quebra-cabeças, Trine 4: The Nightmare Prince leva a novas alturas essa série favorita dos fãs de games cooperativos. Um novo sistema de combate e diversas habilidades ajudam os jogadores a aprimorar seus heróis favoritos, e os quebra-cabeças se modificam dependendo de quantos jogadores estão no grupo para tornar a exploração divertida tanto na experiência solo como com quatro pessoas.

    O game estará disponível no lançamento como um título à parte e também integrando a Trine Ultimate Collection, uma coletânea que inclui os títulos anteriores da saga: Trine Enchanted Edition, Trine 2: Complete Story e Trine 3: The Artifacts of Power.



    Bônus de compra antecipada

    Já está disponível a compra antecipada de Trine 4: The Nightmare Prince e Trine: Ultimate Collection para PlayStation 4, Xbox One, Steam e GOG. Quem comprar a versão Ultimate Collection no PlayStation 4 terá acesso imediato ao Trine Enchanted Edition, Trine 2: Complete Story, e Trine 3: The Artifacts of Power. Todas as compras antecipadas também incluem o nível bônus de DLC Toby’s Dream.

    Para mais informações, visite o site oficial.

    Tubarão, de Steven Spielberg, com trilha sonora ao vivo no Cinematographo do MIS

    0

    Fãs de clássicos do suspense não podem perder a edição de setembro do Cinematographo do Museu da Imagem e do Som (MIS) que é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. O programa mensal do Museu traz, no dia 22, o filme Tubarão da Universal Pictures, dirigido por Steven Spielberg, sonorizado ao vivo pelo projeto musical Koogu.

    Esta edição acontece no dia 22, domingo, às 15h (com sessão extra às 18h), no Auditório MIS (172 lugares). Os ingressos, de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), podem ser adquiridos, tanto na bilheteria do MIS quanto no site Ingresso Rápido.

    O evento consolida a parceria entre o MIS e a Sony Pictures Home Entertainment – que, em 2019, se uniram para exibir grandes clássicos no Cinematographo, programação do MIS que tem como objetivo resgatar a atmosfera das primeiras sessões de cinema.

    Sobre o filme: Tubarão (Jaws, Universal Pictures, EUA, 1975, suspense, 124 minutos, cor, Dir.: Steven Spielberg) é um filme de suspense e aventura, baseado no livro homônimo de Peter Benchley, coautor do roteiro, com Carl Gottlieb. Na trama, um grande tubarão-branco ameaça banhistas nas praias da fictícia Amity Island, na Nova Inglaterra, levando o chefe de polícia local (Roy Scheider) a caçá-lo com a ajuda de um biólogo marinho (Richard Dreyfuss) e um caçador de tubarões profissional (Robert Shaw).

    Tubarão foi lançado nos Estados Unidos em junho de 1975 com ampla divulgação da Universal Pictures, tornando-se um grande sucesso de crítica e comercial, conseguindo o que foi à época o maior faturamento da história. O longa também ganhou vários prêmios por sua trilha sonora e edição, incluindo três Oscar (recebendo ainda uma indicação na categoria de Melhor Filme). O filme originou três sequências, nenhuma com a participação de Spielberg ou Benchley: Tubarão II (1978), Tubarão III (1983) e Tubarão IV – A Vingança (1987).

    Sobre a banda: Koogu é o nome do projeto instrumental desenvolvido pelos músicos Henrique Geladeira, Gustavo Rocha e Daniel Garça. Dessa junção resulta uma das experiências sonoras mais criativas oriunda da cidade de Natal-RN. Nos palcos desde 2014 o trio se divide entre guitarra, baixo, bateria, sintetizadores e pads eletrônicos, que são utilizados como ferramenta para criar um som denso e sem rótulos, partindo de camadas de loops de guitarra em direção a um universo próprio de colagens, texturas e timbres. Com dois trabalhos lançados (A Espera da Shuva – 2014) e (Telesterion – 2019) a banda vem circulando pelas regiões Nordeste, Sudeste e Sul apresentando suas inventivas sonoridades.



    SERVIÇO – Cinematographo | TUBARÃO

    Data: 22 de Setembro (domingo);

    Horário: 15h (sessão extra: 18h);

    Local: Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo – Auditório MIS (172 lugares);

    Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia). À venda a partir de 10.09, na Recepção MIS e no site do Ingresso Rápido;

    Classificação: 14 anos;

    Contato: (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br.

    Se você é fã do Steven Spielberg não pode deixar de ouvir o Martelada especial que fizemos sobre o diretor, confira:

    https://feededigno.com.br/podcasts/martelada-7-steven-spielberg-o-messi-de-hollywood/

    Hearthstone: Expansão Tumbas do Terror já está disponível

    0

    Hearthstone, o jogo gratuito de cards digitais da Blizzard Entertainment, acaba de receber mais uma aventura. Tumbas do Terror é o mais novo conteúdo do jogo e conta com a participação dos Senhores das Pragas, que foram libertados pela Liga do M.A.L. e vieram para aterrorizar o mundo. Somente a Liga dos Exploradores poderá impedir esse terrível mal.

    Novas mecânicas foram introduzidas nesta aventura, desafiando ainda mais os aventureiros. Os Senhores das Pragas são monstruosidades com resistência gigantesca e para enfrentá-los, o heróis poderão contar com cards de duas classes, que permitirão novas estratégias para derrotá-los. Como recompensa, os jogadores poderão receber muitos pacotes de cards ao finalizar os capítulos, além de versos de cards exclusivos da aventura, para aqueles que chegarem até o fim deste desafio.

    O primeiro capítulo é gratuito e já está disponível. Nesta primeira parte, Reno Jackson – o renomado arqueólogo – terá que enfrentar o primeiro Senhor da Praga na Cidade Perdida de Tol’vir. No segundo capítulo, que será lançado na próxima semana, Sir Finley Mrgglton terá que atravessar o deserto para derrotar o Senhor da Praga da Loucura, que enlouquecerá os lacaios através das dunas escaldantes.

    Os capítulos individuais podem ser desbloqueados por 700 de ouro (ou R$ 14,00) cada ou todos de uma só vez por R$ 28,00.



    Para saber mais a respeito desta nova aventura, acesse: https://playhearthstone.com/pt-br/blog/23116163.

    Com mais de 100 milhões de jogadores, Hearthstone está disponível nas versões para PC, celulares e tablets e pode ser baixado sem custo através do site oficial.

    Vale lembrar que os novos cartões pré-pagos da Blizzard também já estão disponíveis em todo o Brasil e podem ser utilizados para carregar o saldo dos jogadores na loja Blizzard Battle.net para que possam aproveitar os novos preços de Overwatch. Os cartões digitais podem ser adquiridos em parceiros como, Hype, PicPay, Rixty ou Submarino; já os físicos são encontrados em grandes varejistas, como Lojas Americanas, Walmart, Fast Shop e Magazine Luiza.

    Para saber mais sobre os giftcards, acesse o site da Blizzard.

    The Batman: Filme deve adaptar “O Longo Dia das Bruxas”, mas deveria?

    0

    O diretor Matt Reeves do esperado filme The Batman, deve estar ouvindo muitos rumores por aí, devido ao seu enorme ciclo de produção. Um dos maiores rumores a cerca do filme, que será estrelado por Robert Pattinson como o Cavaleiro das Trevas, gira em torno de qual arco dos quadrinhos o filme adaptará.

    De acordo com o Heroic Hollywood, o diretor Kevin Smith é conhecido por ter informações dos bastidores, e ele disse recentemente que o novo filme será baseado no arco Batman: O longo dia das Bruxas.

    Esse arco teve um papel fundamental na lore pós-Crise do Batman, estabelecendo muitas ideias modernas dos seus vilões. Apesar da escolha fazer sentido, isso pode acabar por ser mostrar um grande remake. Com diversas outras histórias do Defensor de Gotham que podem ser escolhidas, porquê retornar a uma que já teve grande influências em antigas adaptações?

    A TRILOGIA NOLAN

    Batman: O Longo Dia das Bruxas de Jeph Loeb e Tim Sale, foi uma grande influência nos filmes de Christopher Nolan. A história central abordava o conflito entre as famílias Falcone e Maroni, em Batman Begins. Dando uma origem delicada ao “rebootar” a natura do personagem, compartilha a influência com outro reboot, poderia parecer muito repetitivo, mesmo se ambas as famílias se estabelecerem nos primeiros anos de atuação do personagem.

    Apesar de ser compreensível Reeves querer um personagem mais pé no chão, e um tom noir para o filme, isso não deve pegar emprestado muito elementos dos filmes anteriores. Se afastando ao máximo da trilogia Nolan pode também se mostrar como um sinal de estagnação cinematográfica no que se refere ao personagem, cujos extremos podem variar entre versões mais pé no chão, ou materiais se afastando da realidade.

    Outra grande parte de O Longo Dia das Bruxas foi a transformação de Harvey Dent, um promotor, que costumava trabalhar lado a lado com Batman, no Duas-Caras. A maior parte dos elementos fora adaptados quase que diretamente em Batman: O Cavaleiros das Trevas. Qualquer tentativa de semelhança com esse filme seria algo arriscado para qualquer novo filme, e faria sentido não usar o mesmo arco usado em O Cavaleiro das Trevas como referência.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #19 | Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008, Christopher Nolan)

    OUTRAS HISTÓRIAS DO BATMAN

    O Batman atualmente está no meio das comemorações de aniversário de 80 anos, e a história do personagem é repleta de arcos incríveis. Mesmo alguns deles ainda não tendo sido adaptadas, algumas histórias são constantemente revisitadas em outras mídias, como se o Morcego de Gotham tivesse apenas uma dúzia de aventuras. A anteriormente mencionada trilogia de Christopher Nolan pegou influências de O Longo Dia das Bruxas, Batman: Ano Um, Batman: Knightfall, “Terra de Ninguém,” e outras produções foram influenciadas por histórias como A Piada Mortal e O Retorno do Cavaleiro das Trevas.

    De histórias mais antigas como Batman: Ano Dois, para eventos esquecidos como “Jogos de Guerra” e títulos relativamente recentes como Batman: Terra Um, Ano Zero, e Corte das Corujas. Tendo o último em particular dado uma nova vida ao personagem nas telonas, já que ele se afasta imensamente da galeria de vilões clássica do Batman, e pode apresentar novos vilões para um novo Batman cinematográfico.



    O Longo Dia das Bruxas também se mostrou influente em outras mídias. Não apenas sendo adaptado porcamente nas últimas temporadas de Gotham, mas aparentemente também há uma animação planejada. A história já influenciou produções demais, como A Morte do Superman e A Saga da Fênix Negra.

    Dando a chance de adaptar diferentes histórias ajudaria a transição desse novo Batman, podendo fazer dele uma das interações mais populares do personagem. O Homem-Morcego conta com diversos vilões que simplesmente não foram usados na telona. Algumas notícias iniciais e rumores, indicavam que a produção usaria vilões familiares do público, talvez adaptando algumas dessas outras histórias dê aos fãs a impressão de que eles não ver novamente mais do mesmo.

    CRÍTICA – Justiça Jovem (3ª temporada, 2019, DC Universe)

    0

    Mesmo que Justiça Jovem (Young Justice, título original) tenha sido lançada no final de 2010, apenas agora em 2019 fomos ter sua terceira temporada, e o motivo o fandom conhece muito bem, infelizmente. Em março de 2013, a segunda temporada vinha ao fim e com ela, o da série também – ou quase -.

    A sua antiga emissora, a Cartoon Network, cancelou a série ao fim da sua segunda temporada por causa da sua aparente falta de audiência, mesmo com sua alta qualidade. Contudo, aos poucos, a série foi ganhando notoriedade dos demais fãs, principalmente quando entrou no catálogo da Netflix e começaram a clamar por uma continuação, mesmo que por outro canal. Eis que em 2016, a Warner Bros. Animation anunciou que a série finalmente ganharia uma nova temporada.

    Dois anos e alguns meses depois, dividida em duas partes, no dia 4 de Janeiro de 2019, finalmente estreou a nova temporada de Justiça Jovem, intitulada de Outsiders, pela DC Universe, sendo um dos carros-chefes do serviço de streaming da DC.

    A partir daqui, provavelmente teremos spoilers da nova temporada. Caso não queira vê-los, leia: Young Justice: Fatos que muitos fãs provavelmente não sabem

    SDCC – Young Justice: Animação é renovada para 4ª temporada

    Do mesmo modo que teve uma passagem de cinco anos da primeira para a segunda temporada, teve também um salto de dois da segunda para a terceira. Mesmo que com um pulo “pequeno”, podemos ver que a equipe aumentou e novas caras apareceram e até antigas retornaram.

    Além dos novos integrantes, as equipes também se dividiram. Os veteranos, como Asa Noturna, Tigresa, Superboy, Oráculo, entre outros, ficaram com a equipe principal que agia sob cuidados da Liga da Justiça, enquanto uma equipe nova, com alguns membros mais novos, formavam os Outsiders (“Forasteiros”) – que dão o nome também à temporada – composta por heróis como Mutano, Miss Marte, Super Choque, Moça-Maravilha, Besouro Azul e Kid Flash; esses agiam por conta própria, com a intenção de ficarem famosos e mostrarem que ao mesmo tempo são capazes de salvar as pessoas, que eles também não são o verdadeiro perigo.

    Um ponto muito positivo dessa temporada deve-se a respeito à representatividade – e que atualmente deve ser muito falada -. Muitos devem ter visto por ter se espalhado rapidamente sobre a exploração da sexualidade do Aqualad – agora Aquaman – que mesmo que discretamente, deu mais fidelidade à história do herói, que já era assim nas HQs. Mostrar um beijo de pessoas do mesmo sexo em uma animação é de um avanço muito grande e que deve sempre ser elogiado.

    Temos também a nova personagem, Halo, que além de muçulmana, ela também se descobre não-binária, ou seja, não se identifica nem como mulher, nem como homem. Isso deve-se ao fato dela ter sido criada através de uma Caixa Materna, mas não deixa de ser igualmente importante ver o processo dela se aceitando e também das pessoas ao redor dela a aceitarem, assim como seu namorado.

    O Cyborg finalmente deu as caras nessa nova temporada, agora temos quase todos os Titãs, e isso nos leva ao plot de deficientes físicos – assim como a questão racial – e suas superações e aceitações, também protagonizado ex-Batgirl, agora Oráculo, Barbara Gordon. Ainda na questão racial, não podemos esquecer das grandes presenças de Raio Negro e Super Choque, assim como os latinos Besouro Azul e El Dorado. Enfim, deu pra entender que essa temporada foi para todos os tipos de pessoas, o que torna melhor ainda visto que é um produto voltado pra um público mais jovem.

    Enquanto os heróis tinham que se decidir sobre os novos membros e as novas equipes, os vilões trabalhavam incansavelmente. De um lado tínhamos a adaptação de “O Contrato de Judas”, que introduz o Exterminador e sua família, toda a questão de infiltrados, Terra e mais. E do outro tínhamos Darkseid querendo tomar tudo para si, através da Equação e das Caixas Maternas, trazendo personagens icônicos como Vovó Bondade para a tela.

    Torna-se ainda mais interessante quando ao pegar as inicias de todos episódios, formamos a palavra “PREPARE THE ANTILIFE EQUATION”, ou seja, “Prepare a Equação Anti-Vida”.

    Nota:

    A Equação Anti-Vida é uma equação matemática fictícia que aparece nos quadrinhos publicados pela DC Comics. No cenário de Jack Kirby, a Equação Anti-Vida é uma fórmula para o controle total das mentes dos seres sencientes, que é procurado por Darkseid. Vários quadrinhos definiram a equação de maneiras diferentes.

    Os quadrinhos originais de Kirby estabeleceram a Equação Anti-Vida como dando ao ser que aprende o poder de dominar a vontade de todas as raças sencientes e sapientes . É chamado de Equação Anti-Vida porque “se alguém possui controle absoluto sobre você – você não está realmente vivo”.



    É muito interessante em ver como com o passar dos anos, o roteiro foi amadurecendo, levando assuntos mais sérios à animação e mesmo assim continuando – e até aumentando – a qualidade que já tinha desde o principio.

    Num geral, essa temporada foi muito positiva e valeu a pena a espera. Conseguiu agradar os fãs antigos, assim como os novos. Alias, os fãs antigos podem matar algumas saudades com alguns rostos que esperavam por um tempo e até a suposição da volta de um antigo membro…

    Roteiro incrível, personagens bem desenvolvidos e considerada por muitos ainda uma das melhores séries de heróis e também uma das melhores animações; Young Justice: Outsiders finalizou com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes com uma média de 7.94/10.0.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    As duas primeiras temporadas se encontram disponíveis na Netflix e também já foi renovada para sua quarta temporada, não precisamos nos preocupar, por enquanto. E você, já deu um jeitinho para assistir Young Justice: Outsiders? A terceira temporada está disponível apenas no DC Universe.

    CRÍTICA – Midsommar (2019, Ari Aster)

    Apenas dois longas compõem a carreira como diretor de Ari Aster, porém o seu trabalho é daqueles que causam impactos extremamente relevantes para o mundo do cinema. Midsommar – O Mal Não Espera a Noite, segundo filme do diretor com a A24, se junta ao antecessor Hereditário como um filme intenso, perturbador e brilhante.

    Midsommar, assim como Hereditário, possui uma narrativa linear e bem construída. No entanto, neste segundo filme, Aster não tem nenhuma pretensão de acelerar o desenvolvimento da história, mantendo um clima de suspense e drama – acompanhado de uma trilha sonora marcante – durante seus 138 minutos de duração.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Hereditário: Por que você deve assisti-lo

    O longa nos passa a impressão de que não há pontos altos e pontos baixos, se mantendo constante e sólido durante todo o tempo. Não há momentos de puro terror, ou cenas que levam ao ápice da euforia: Midsommar – O Mal Não Espera a Noite tem o mérito de se manter linear e intrigante durante todo o desenrolar. Para algumas pessoas que vão ao cinema com a expectativa de ver um filme de terror assustador – aos moldes do visionário Hereditário – volte para casa. Midsommar é muito mais psicológico, sutil e, por vezes, diabólico.

    Da esquerda para a direita: William Jackson Harper, William Poulter, Florence Pugh e Jack Reynor.

    Midsommar conta a história de Dani (Florence Pugh), uma mulher que, após uma perda trágica, resolve embarcar em uma viagem organizada por seu namorado Christian (Jack Reynor) e os amigos Josh (William Jackson Harper), Mark (William Poulter) e Pelle (Vilhelm Blomgren) para o vilarejo de Hårga, em Hälsingland, na Suécia.

    O destino não é escolhido por acaso: Pelle, estudante sueco que está nos Estados Unidos por causa da faculdade, faz parte de uma pequena comunidade em Hårga, que irá comemorar naquele ano o Festival Midsommar – que dura nove dias e acontece durante o solstício de verão. Não há noite durante esses nove dias, tornando a ideia de tempo um pouco confusa para quem é de fora da comunidade.



    Ao chegarem ao vilarejo, todos os estrangeiros são muito bem recebidos, aprendendo sobre a cultura local e sua tradição. Chás alucinógenos e todos os tipos de “drogas” naturais são utilizadas pela comunidade, tornando a festividade bem atrativa para os garotos do grupo. O fato de Christian e Josh serem antropólogos torna a experiência muito relevante, pois é uma forma de estudar uma cultura diferente, que possui seus próprios rituais e crenças.

    CRÍTICA - Midsommar (2019, Ari Aster)

    A forma como Ari Aster consegue construir a narrativa em torno dos personagens é enriquecedora. Principalmente pelo fato de todo o desenrolar da trama acontecer ao longo do dia, sem artifícios de sustos durante a noite – por assim dizer. Toda a fotografia é deslumbrante, clara e intensa, quase angelical, demonstrando o quão única é a experiência que aqueles convidados estão experimentando.

    O mais interessante da trama está no desenvolvimento de Dani, que passa de uma mulher submissa e cheia de inseguranças, para uma mulher decidida e até ambiciosa. A vivência com aquela comunidade é como um renascimento para ela, agregando na forma como ela trata os outros personagens – e também como ela enxerga seu relacionamento com Christian. Em uma das tantas entrevistas dadas pelo diretor, Aster diz que Midsommar é um filme sobre superar relacionamentos e, no meio de todo o absurdo e drama, é possível enxergar isso. Florence Pugh está perfeita no papel, entregando uma atuação sensível, mas perturbadora ao mesmo tempo.

    Não tão interessante, mas que vale a pena ser mencionado, é o trabalho de Jack Reynor como Christian. O personagem faz o caminho inverso ao de Dani, deixando sobressair sua natureza influenciável e suas vontades obscuras ao passo que abandona sua posição dominadora perante as outras pessoas. O desenvolvimento de ambos é incrível e a forma como o roteiro conduz esses personagens em meio a todas as bizarrices é espetacular.

    O trabalho de construção de cenário é outro tema relevante de Midsommar. Como já presenciamos em Hereditário – e em suas mini maquetes perturbadoras – aqui Ari Aster utiliza de quadros, escrituras, ilustrações e símbolos a todo momento, como se tentasse alertar aos personagens, e a quem está assistindo ao filme, o que pode vir a acontecer em seguida. Como um grande ritual premeditado em livros e pergaminhos, a trama mostra a todo momento elementos que validam a escolha de cada um dos personagens naquele vilarejo durante toda a cerimônia.

    Midsommar – O Mal Não Espera a Noite é um filme para ser assistido com atenção e com calma, pois a cada minuto há alguma cena, algum elemento ou algum diálogo que pode fazer toda diferença ao entendimento da trama. Assim como Hereditário, é o tipo de filme que abre espaço para inúmeras discussões e teorias, tornando sua relevância enorme a longo prazo. Uma obra incrível que deve ser apreciada.

    Nossa nota


    Assista ao trailer:

    Assista também nossa crítica em vídeo:

    Midsommar – O Mal Não Espera a Noite estreia no dia 19 de setembro nos cinemas de todo Brasil. Não esqueça de passar por aqui e nos dizer o que achou do filme!