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    Nevasca: Conheça Caitlin Snow, a vilã mais “fria” da DC Comics

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    Caitlin Snow mais conhecida como Nevasca a vilã mais “fria” dos quadrinhos, literalmente. Criada por Gerry Conway e Al Milgrom, teve sua primeira aparição em Fury of Firestorm #19 em Junho de 2013.

    Nevasca é o nome dado a algumas vilãs da DC, isso mesmo não existe apenas uma Nevasca, são elas:

    Crystal Frost que teve a sua primeira aparição em Firestorm Vol. 1 #19, em Junho de 1978;

    Louise Lincoln em Firestorm Vol. 2 #21 de Março de 1984;

    E como Como Caitlin Snow em Fury of Firestorm #19 de Junho de 2013.

    Após o Universo DC passar por um reboot com Os Novos 52, Nevasca ganhou uma nova versão como Dra. Caitlin Snow uma cientista dos Laboratórios S.T.A.R. que foi enviada para um posto de pesquisas no Ártico para trabalhar em um motor termodinâmico inacabado. O que ela não sabia era que agentes da C.O.L.M.E.I.A. iriam invadir o lugar e ao se infiltrarem, tentaram matar a Dra. Caitlin Snow dentro do motor. Ela rapidamente sem nem pensar nas consequências arrancou o sistema de contenção que fundiu o seu corpo com gelo. Nevasca matou os agentes da C.O.L.M.E.I.A. e saiu em busca de fontes de calor, que por incrível que parece o calor abastecia o seu corpo de gelo.

    A vilã está presente na série The Flash, estrelada por Danielle Panabaker, na série a personagem é mais explorada a partir da segunda temporada onde conhecemos a sua família e o desenvolvimento de seus poderes, porém na série ela recebe seus poderes de forma diferente, após uma alteração na linha do tempo causada por Flash (Barry Allen) no FlashPoint. Ela possui habilidades congelantes, uma segunda personalidade assassina, extremamente fria e trabalha com BioEngenharia nos Laboratórios S.T.A.R..

    Na série, Caitlin Snow sempre procurou uma cura ou uma forma de reprimir os seus poderes mas com o passar do tempo ela aprendeu a controlá-los e aceitá-los.



    Tanto Caitlin Snow quanto Louise Lincoln já fizeram parte do Esquadrão Suicida mas não ficaram por muito tempo. Nevasca já apareceu na série Justiça Jovem e no desenho criado pela DC Comics em parceria com a marca de brinquedos Mattel.

    Louise Lincoln em Justiça Jovem.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Justiça Jovem (3ª temporada, 2019, DC Universe)

    Nevasca é capaz de congelar um corpo com apenas um toque ou beijo e o dano é irreversível, tem o mesmo intelecto avançado em todas as suas “encarnações”, habilidade de absorver calor que são convertidas em ondas de frio e criar qualquer monumento, estaca ou armas de gelo.

    Sua fraqueza é a falta de calor, por mais estranho que seja, Nevasca precisa de calor para viver e a falta dele pode levá-la a morte. Qual a versão da personagem você mais gosta? Quer conhecer outros personagens legais, leia também:

    Polaris: Conheça Lorna Dane, a filha do Magneto

    Feiticeira Escarlate: Conheça mais de Wanda Maximoff

    Tem algum personagem específico que gostaria de conhecer mais? Deixe o nome aí nos comentários que iremos providenciar 😉

    Cinema Nacional: 25 filmes para você assistir e parar de criticar

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    Com o lançamento do incrível Bacurau (confira a crítica do filme clicando aqui), fiquei me perguntando como ainda existe um público que critica a produção do cinema nacional.

    Frequentemente, ouço pessoas dizendo que o cinema nacional é ruim, que só tem obras medíocres, com direção e roteiro fracos – e isso me deixa extremamente irritado. Primeiro, porque é um grande equívoco; segundo, porque quem fala isso são pessoas que só assistem uma obra nacional quando são os longas que “estão na moda”: comédias vazias onde não há desenvolvimento de personagem e os clichês e os estereótipos são os mais óbvios possíveis.

    Isso, aliado a ameaça e a censura que o cinema nacional vem sofrendo, influenciando diretamente na crise da indústria audiovisual brasileira, que é uma de nossas principais formas de expressão cultural, e que também é uma maneira de lutar contra a injustiça e a imposição através de textos e narrativas provocativas.

    Essa ameaça vem se tornando cada vez mais presente no dia a dia de quem faz cinema no Brasil. Recentemente, o filme Marighella, dirigido por Wagner Moura, teve a estreia cancelada. O longa é uma produção inspirada na biografia de Marighella escrita pelo jornalista Mário Magalhães, que acompanha os últimos cinco anos de vida do guerrilheiro, do golpe militar de 1964 ao seu assassinato, em 1969.

    O cancelamento da estreia do filme acontece em meio os movimentos do atual presidente, Jair Bolsonaro, para aumentar o controle sobre a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e de críticas explícitas a produções culturais sobre temas que desagradam o Governo ultraconservador. Em Julho, Bolsonaro chegou a cogitar a extinção da agência caso não pudesse criar um “filtro de conteúdo”, visto como desejo claro de censura pelo setor audiovisual.

    Para saber mais sobre o que vem acontecendo na Ancine e porque ela não pode acabar, recomendo o vídeo do crítico de cinema Tiago Belotti, do canal Meus 2 Centavos.

    Dito isto, preparei uma lista com 25 filmes para você assistir e para de criticar o cinema nacional. Se liga!

    Só um adendo: a lista não segue nenhuma ordem (de lançamento ou algo do tipo).

    BACURAU (2019, Kleber Mendonça Filho)

    Bacurau Cinema Nacional

    O longa, que tem direção de Kleber Mendonça Filho e roteiro de Juliano Dornelles, estreou no Brasil no dia 29 de Agosto, e arrecadou no primeiro fim de semana R$ 1,5 milhão e foi visto por mais de 86 mil espectadores. Na história, moradores de uma cidade no interior de Pernambuco precisam se defender de invasores violentos.

    LEGALIDADE (2019, Zeca Brito)

    legalidade Cinema Nacional

    Este, ao lado de Bacurau, é mais um filme de cinema-resistência do ano. O longa, que mistura ficção e fatos, resgata importantes momentos históricos que aconteceram em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e que repercutiram em âmbito nacional, durante o movimento liderado pelo governador Leonel Brizola, em 1961.

    AS BOAS MANEIRAS (2017, Juliana Rojas e Marco Dutra)

    as boas maneiras Cinema Nacional

    Uma fábula de horror que fala sobre um Brasil desigual – isso é o suficiente que você precisa saber antes de assistir ao filme. No elenco temos Marjorie Estiano e Isabél Zuaa.

    DIVINO AMOR (2019, Gabriel Macaro)

    Divino Amor Cinema Nacional

    O longa é ambientado no Brasil em 2027, onde, ao invés do carnaval, comemora-se a festa do Amor Supremo, uma espécie de rave para aguardar a grande volta do Messias.

    Nesta distopia encabeçada pelo diretor Gabriel Mascaro, o casamento é mais do que nunca uma instituição sagrada e uma gravidez é motivo claro de alegria – afinal, se está diante de um milagre de Deus. Esses valores são tão fortes que existem até mesmo scanners na porta de cada estabelecimento, revelando o estado civil do cliente e se há ou não um feto no seu ventre.

    O ANIMAL CORDIAL (2017, Gabriela Amaral Almeida)

    O Animal Cordial Cinema Nacional

    Gabriela Amaral Almeida é mestre em literatura e em cinema de terror e O Animal Cordial é o primeiro longa-metragem dela. A trama se passa em um restaurante meio falido, num local isolado, que recentemente passou por um assalto e agora está vivenciando outro – para azar de clientes, funcionários e dos próprios ladrões. O assalto não sai como se espera, ao longo de uma madrugada sangrenta.

    O filme aborda de uma maneira não clichê questões como diferenças de classe e ideológica.



    BINGO – O REI DAS MANHÃS (2017, Daniel Rezende)

    Bingo Cinema Nacional

    O filme é uma cinebiografia de Arlindo Barreto (Vladimir Brichta), um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo da televisão brasileira durante a década de 1980. Barreto alcançou a fama graças ao personagem, apesar de jamais ser reconhecido pelas pessoas por sempre estar fantasiado.

    Esta frustração o levou a se envolver com drogas, chegando a utilizar cocaína e crack nos bastidores do programa. O longa se saiu bem na crítica e foi cogitada uma indicação ao Oscar, mas, infelizmente, não rolou. Porém, foi o maior vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2018, levando oito troféus, incluindo Melhor Filme de Ficção.

    QUE HORAS ELA VOLTA? (2015, Anna Muylaert)

    que horas ela volta? regina casé Cinema NacionalCom Regina Casé no elenco, Que Horas Ela Volta? faz uma crítica à desigualdade social brasileira. Na trama, Val, interpretada por Regina, é uma empregada doméstica que trabalha para uma família de classe média alta de São Paulo. A chegada da filha, Jéssica (Camila Márdila), na casa dos patrões acaba criando um choque de realidade e cultura.

    Infelizmente, o filme não concorreu ao Oscar, mas foi premiado no Festival de Sundance em 2015, no Festival Internacional de Berlim.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | #52filmsbywomen 19 – Que Horas Ela Volta (2015, Anna Muylaert)

    CIDADE DE DEUS (2000, Fernando Meirelles e Kátia Lund)

    cidade de deus Cinema Nacional

    Este clássico do cinema nacional é uma adaptação do romance homônimo de estreia de Paulo Lins, trata sobre a ascensão do crime na favela Cidade de Deus, que começou sua história como um conjunto habitacional em 1966. O longa recebeu quatro indicações ao Oscar, entre elas Melhor Diretor e Melhor Edição.

    CENTRAL DO BRASIL (1998, Walter Salles)

    central do brasil Cinema Nacional

    O filme conta a história de Dora (Fernanda Montenegro), uma mulher que ganha dinheiro escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil. Depois de escritas, as cartas passam pelo crivo da censura de Irene (Marília Pêra) e da própria Dora, que julgam quais deverão ser enviadas ou não. É quando a mulher se vê envolvida com o triste destino de Josué (Vinícius de Oliveira), um garoto de 9 anos cuja mãe é atropelada e morta em frente à estação onde Dora trabalha.

    Central do Brasil foi indicado ao Oscar, Globo de Ouro, Festival de Berlim, Cesar Awards e ao Independent Spirit Awards. Além disso, foi a primeira vez que uma artista latino-americana foi indicada ao Oscar na categoria Melhor Atriz Principal, grande feito da Fernanda Montenegro.

    TROPA DE ELITE (2007, José Padilha)

    tropa de elite Cinema Nacional

    Com Wagner Moura no elenco, o filme mostra o dia a dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE, que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam.

    O longa de José Patilha tornou-se praticamente um “filme de super-herói” do cinema nacional. Recomendo que você veja também a continuação, Tropa de Elite: O Inimigo Agora é Outro, de 2010.



    O AUTO DA COMPADECIDA (2000, Guel Arraes)

    Considerado o maior clássico de comédia do cinema nacional, o filme conta a história de dois amigos que vivem em Cabeceiras, interior da Paraíba, que para sobreviver, eles tiram proveito da “esperteza” de João Grilo (Matheus Nachtergaele), sempre com seus planos arriscados e muita lábia. O longa é uma caricatura das pequenas cidades nordestinas: paupérrima, pacata, seca, com um coronel e uma igreja.

    COMO NOSSOS PAIS (2017, Laís Bodanzky)

    Certo dia, durante mais um almoço repleto de hostilidade na casa da mãe, Clarice (Clarice Abujamra), Rosa (Maria Ribeiro) ouve uma revelação que serve como a gota d’água em seu cotidiano já exaustivo, atirando-a numa crise que a fará questionar o casamento, o emprego e seu próprio papel como mulher na sociedade.

    Como Nossos Pais venceu em duas categorias (Melhor Atriz e Melhor Direção) no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | #52filmsbywomen 17 – Como Nossos Pais (2016, Lais Bodanzky)

    LAVOURA ARCAICA (2001, Luiz Fernando Carvalho)

    Adaptação do livro homônimo do paulista Raduan NassarLavoura Arcaica gira em torno de André (Selton Mello), que, esmagado pelos próprios impulsos sexuais e ambições de liberdade (condenados pela conservadora comunidade em que vive), mergulha em um implacável cotidiano de auto-flagelação espiritual, renegando a própria impureza, mas ciente, de alguma forma, de que tem o direito de exprimir seus desejos – o que o leva a fugir de casa.

    O PAGADOR DE PROMESSAS (1962, Anselmo Duarte)

    Zé do Burro, interpretado brilhantemente por Leonardo Vilar, é uma pessoa simples que, ao tentar apenas concretizar o cumprimento de uma promessa concebida em um terreiro de candomblé – levar ao longo de um caminho extenso uma cruz de grande peso -, se vê diante da intolerância da Igreja.

    BICHO DE SETE CABEÇAS (2001, Laís Bodanzky)

    O filme, inspirado no livro autobiográfico de Austregésilo CarranoO Canto dos Malditos, conta a história de Neto (Rodrigo Santoro), um adolescente perfeitamente sadio que é internado em um manicômio por seu pai, que espera, com isso, afastar o filho das drogas.



    O SOM AO REDOR (2013, Kleber Mendonça Filho)

    Escrito pelo cineasta Kleber Medonça Filho e dividido em três partes, o filme se espalha entre uma dúzia de personagens que, habitando uma rua de Recife, protagonizam pequenos conflitos despertados pela convivência próxima, dão vazão a insatisfações que um velho comunista chamaria de “pequeno-burguesas” e tentam extrair o máximo de felicidade a partir do mínimo possível de estímulo. Neste sentido, O Som ao Redor se revela não um estudo de personagens, mas um autêntico estudo de classe.

    AQUARIUS (2016, Kleber Mendonça Filho)

    Também dirigido pelo Kleber Mendonça FilhoAquarius segue Clara (Sônia Braga), jornalista e crítica de música, viúva, última moradora do Aquarius, edifício antigo na valorizada orla da praia da Boa Viagem, Recife. Personificada no engenheiro Diego (Humberto Carrão), que quer derrubar o Aquarius, a especulação imobiliária é o pesadelo que assombra os dias e as solitárias noites de Clara.

    O filme foi aclamado no Festival de Cannes, foi indicado ao César 2017, o Oscar do cinema francês, e levou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro de 2016 da União Francesa de Críticos de Cinema.

    HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO (2014, Daniel Ribeiro)

    O filme retoma os personagens, o elenco e a história do curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, de 2010, que ganhou prêmios em festivais e depois repercutiu no YouTube, onde tem quase 3 milhões de visualizações (confira clicando aqui). O longa conta a história de Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego, que tenta lidar coma mãe super protetora ao mesmo tempo em que busca sua independência.

    PIXOTE – A LEI DO MAIS FRACO (1981, Héctor Babenco)

    O longa mostra a trajetória de um menino abandonado de 11 anos, que vive na rua após a fuga de um reformatório, onde aprendeu bastante sobre o crime ao conviver com todos os tipos de delinquentes. Ele sobrevive no Rio de Janeiro atuando como traficante, assassino e, até, cafetão.

    Pixote – A Lei Do Mais Fraco foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

    TERRA EM TRANSE (1967, Glauber Rocha)

    Na trama, o senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém, diversos homens que também querem este poder, resolvem enfrentá-lo. Enquanto isso, o poeta e jornalista Paulo Martins (Jardel Filho), ao perceber as reais intenções de Diaz, muda de lado, abandonando seu antigo protetor.



    FAROESTE CABOCLO (2013, René Sampaio)

    Adaptação para o cinema da música Faroeste Caboclo de Renato Russo, o longa acompanha a jornada de João (Fabrício Boliveira), que, nascido em Santo Cristo, se muda para Brasília ao tornar-se adulto, tornando-se parceiro do primo Pablo (César Troncoso) e apaixonando-se pela universitária Maria Lúcia (Isis Valverde). Entre pequenos flertes com o crime e muitas tentativas de levar a vida honestamente, João acaba tornando-se inimigo do traficante Jeremias (Felipe Abib), que conta com o brutal policial Marco Aurélio (Antônio Calloni) como seu protetor.

    O FILME DA MINHA VIDA (2017, Selton Mello)

    Baseado no livro do chileno Antonio Skármeta (que faz uma breve participação na sequência que se passa em um bordel)o filme acompanha Tony (Johnny Massaro), filho de um francês e uma brasileira, que vai estudar na capital e pensa ter a vida perfeita. Mas isso muda quando ele volta para sua cidadezinha e vê seu pai (Vincent Cassel) ir embora para a França sem nenhuma explicação.

    CAPITÃES DA AREIA (2011, Cecília Amado e Guy Gonçalves)

    Pedro Bala, Professor, Gato, Sem-Pernas, Boa Vida e Dora, personagens imortalizados na obra de Jorge Amado, ganham as telonas no cinema com Capitães da Areia, longa assinado por Cecília Amado, neta do escritor baiano.

    Assim como no romance publicado na década de 1930, a narrativa traz a história de um grupo de crianças e adolescentes abandonados por suas famílias e que crescem nas ruas de Salvador, praticando assaltos, e fugindo da polícia enquanto lutam para sobreviver.

    O CHEIRO DO RALO (2007, Heitor Dhalia)

    Lourenço (Selton Mello), um comprador de objetos usados, vive enfurnado em um galpão, protegido dos fracassados do mundo por uma secretária (Martha Meola) e um segurança (o próprio Mutarelli, divertidíssimo). Os dois cuidam de filtrar os desesperados que podem entrar na sala do chefe e oferecer seus tesouros e tralhas a ele.

    NISE – O CORAÇÃO DA LOUCURA (2016, Roberto Berliner)

    Com uma embalagem de drama histórico, em sua reconstituição do Rio de Janeiro dos anos 1940, o longa-metragem faz um recorte demarcado na biografia da alagoana Nise da Silveira (1905-1999), médica responsável por uma rediscussão das práticas violentas no atendimento a pacientes com distúrbios mentais.

    Com Glória Pires no papel central, o longa se debruça sobre um período estimado em cerca de uma década no qual Dra. Nise é reintegrada ao serviço público e vai cuidar dos internos do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Engenho de Dentro.

    O longa de Robert Berliner foi premiado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, entre outros.



    Ufa! Bom, agora você tem uma lista completa de filmes para assistir e parar de criticar o cinema nacional.

    É muito importante ressaltar que o cinema produzido aqui no Brasil é forte, relevante e belo. Uma pena ele ser mais valorizado fora do nosso país do que por nós mesmo.

    E aí, gostou da lista? Legal para fazer uma maratona, não é mesmo? Deixe aqui embaixo nos comentários quantos desses filmes você já assistiu e o que achou deles.

    Texto publicado originalmente no blog JornaLab.

    Crise nas Infinitas Terras: Tom Welling, o Superman de Smallville, participará do crossover

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    Como já de praxe, todo ano a The CW faz um super-crossover envolvendo todas – ou a maioria – das suas séries de super-heróis e nesse ano não vai ser diferente. Continuando o crossover do ano passado, o próximo promete ser o maior ato de super-heróis já feito na TV, uma adaptação da própria HQ Crise nas Infinitas Terras.

    Durante os meses, até mesmo na Comic-Con, foram anunciando diversas informações sobre o crossover, contudo, uma das mais aguardadas acabou de ser anunciada. Tom Welling, o Clark Kent/Superman de Smallville reprisará seu papel nesse grande evento. Descobriremos enfim o que o maior herói da DC fez nesses 8 anos desde que deixamos de acompanha-lo.

    Fora o Welling, outros dois atores também usarão o manto do Superman no crossover. Tyler Hoechlin voltará como o Superman de Supergirl, enquanto o Brandon Routh, de Legends of Tomorrow, usará o manto do Superman de O Reino do Amanhã (além de ainda interpretar o seu próprio personagem, o Átomo). Ou seja, teremos três “azulões”, mas será que em algum momento eles aparecerão juntos? Esperamos que sim.

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    Fora os Supermen, também já foi confirmado a participação do Robin da série dos anos 60, Burt Ward. Stephen Amell e Katie Cassidy darão vida aos Arqueiros Verdes e Canários Negros de várias Terras. Jon Cryer também volta como Lex Luthor. John Wesley Shipp também volta como um dos Flash. Será que ainda teremos a confirmação de mais algum veterano ilustre? Ou quem sabe até mesmo alguém dos cinemas ou os Titãs?

    [ATUALIZAÇÃO]

    Hoje (20), foi anunciado que Erica Durance, a Lois Lane, também reprisará seu papel de Smallville no Crossover. Vale lembrar que ela também interpreta a mãe da Kara em Supergirl, será que veremos as duas?

    [/ATUALIZAÇÃO]

    O produtor executivo do crossover, Marc Guggenheim, disse em comunicado:

    “Há oito anos, Arrow está nos ombros de Smallville. Simplificando, não haveria Arrow, nem Arrowverse, sem ele. Então, quando começamos a falar sobre Crise nas Infinitas Terras, nossas primeira, segunda e terceira prioridades estavam levando Tom a reprisar seu papel icônico como Clark Kent. Dizer que estamos emocionados seria um eufemismo do tamanho do Super-Homem.”

    Crise nas Infinitas Terras será um crossover de 5 séries em 4 noites: Supergirl no domingo (08/12), Batwoman na segunda-feira (09/12) e The Flash na terça-feira (10/12). Um pequeno hiato de 1 mês e volta com Arrow e Legends of Tomorrow na terça-feira (14/01). Mesmo que não tendo um episódio para si, Black Lightning também deve aparecer no evento.

    CRÍTICA – Mythgard (2019, Rhino Games)

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    Quando alguém fala que um estúdio indie lançou um jogo de cartas free-to-play, nós pegamos nosso Heartstone e nosso Magic e saímos andando, correto? Pois o mundo vai se arrepender muitíssimo se fizer isso com Mythgard.

    Em São Francisco, cidade mais “tunts-tunts” dos EUA e referência em desenvolvimento de jogos – inclusive com temáticas mais undergrounds – uma equipe de profissionais chefiada por Peter Hu e Paxton Mason deu início ao estúdio Rhino Games, e seu primeiro lançamento é o card game Mythgard, projeto que promete atrair uma legião de fãs.

    Mythgard trata de um mundo abandonado por divindades, deixando humanos, anjos, vampiros e diversas criaturas mitológicas ao relento. Os mais aproveitadores instalaram sistemas próprios de controle, deixando facções em uma eterna guerra e a população em miséria.

    Assista abaixo o trailer de lançamento:

    HISTÓRIA

    A história começa com Percy, uma jovem de muita personalidade que aceita passar por todo esse caos para encontrar sua mãe e resolver questões problemáticas em seu passado. Com o passar do tempo, sua importância vai aumentando para o desenrolar desse mundo destruído, e os personagens que entram na história geram mais e mais conflitos que te prendem ao jogo.

    Até aqui quase esquecemos que se trata de um card game, não é? Mythgard tem essa qualidade. A história é envolvente, e em diversos momentos nós paramos de pensar em “cartas azuis, cartas vermelhas, cartas verdes” e pensamos nas facções, nos colocamos no lugar do personagem.



    A construção do universo é muito bem trabalhada e nos aproxima dos personagens. A Rhino Games diz que utilizou referências de American Gods, Fables, Grimm, Harry Potter, True Blood, entre outros, e as referências clássicas de card games são renovadas nesse mundo mítico e até futurista. Por exemplo, as clássicas valquírias – que são recorrentes em card games – são retratadas por motoqueiras rebeldes, e vampiros são ladrões nojentos que ficam a espreita em becos escuros.

    VISUAL

    Em relação as imagens, só tenho a dizer que me deu um frio na barriga quando abri o jogo e apareceu a cutscene inicial. Artes lindas, e até nostálgicas, me lembrou um pouco de Guild Wars, desenhos em tinta… Cada imagem parece ter levado 10 anos para ficar pronta, feitas a mão em telas. O estúdio diz estar orgulhoso de seu visual, e estão certos.

    Não apenas em imagens promocionais, mas durante a narração da história (que inclusive tem um tempo ótimo. Não ralenta para os que só querem jogar e não deixa pobre para quem gosta de roteiro), no meio das batalhas e nas cartas também. A arte é muito coerente, segue a mesma ideia, e isso dá a Mythgard uma identidade visual única.

    INTERFACE

    A interface não é só bonita. A praticidade é ótima, e eles deixam um relógio no topo, o que perfeito para os gamers, pois sempre que abrimos um jogo de janela maximizada perdemos a noção do tempo. Menus claros, com opções de regras para ajudar os jogadores que não entenderam tudo nas primeiras missões de tutorial, história das facções com artes que linkam com as cores trabalhadas no jogo, aba de missões, galeria, mural de cartas detalhando o que cada uma faz, loja, seu perfil (que pode ser vinculado a uma conta própria da Rhino Games, Google ou Facebook) e muito mais. Inclusive faltou um pouco de amor próprio nisso tudo. Não vemos um logo bonitão com o nome do jogo ou nada do tipo. Pode dar uma infladinha no ego, Rhino Games, o trabalho de vocês está muito bom.

    GAMEPLAY

    A mecânica é bem fácil de entender. Card games tendem a ser meio complicadinhos, pois todos tem a mesma base mas cada um trabalha de um jeito e as pessoas ficam perdidas. Já estou com décadas nas costas e até hoje não entendi como funciona Yu-Gi-Oh!. Em Mythgard, a Percy te explica certinho as regras das batalhas e como tudo funciona.

    Geralmente eu fico baixando alguns free-to-play no celular para explorar e passar o tempo, e em 20min já desinstalo porque é um personagem irritante te dizendo “Faz isso, isso e isso. Parabéns, ganhou, tchau”, e você não entende o que fazer em seguida. Felizmente aqui temos uma rebelde com um taco chamado Bastão da Persuasão e um lobinho bipolar que parece filhote de husky para te ensinar, aí o aprendizado fica fácil.

    Além do modo história, o jogo disponibiliza modo Puzzle, PvP (normal e rancked), Arena, 2v2… E além de utilizar os decks prontos que o jogo traz, você pode pegar suas cartas e montar seu próprio deck. Você pode utilizar o dinheiro do próprio jogo para comprar novas cartas, ou também pagar em dólares para ser mais rápido. Mesmo assim, a Rhino Games afirma que o jogo pode ser aproveitado completamente gratuito. Cartas sempre virão como recompensa de missões ou compradas com moedas do próprio jogo. Não tirar dinheiro do bolso não irá atrapalhar sua experiência.

    HABILIDADE

    Apenas sua sorte ou sua estratégia irá te salvar; precisa ter os dois. Eu ganhei contra um vampiro todo malvadão nojento de primeira, sem nem pensar direito, e perdi 3 vezes seguidas pra um cachorro. Por mais que haja um escalamento de habilidade por parte do adversário quanto mais missões você avança, o jogo é bem justo em não favorecer nem a você e nem ao bot adversário. A inteligência artificial pode ir melhorando, mas a sorte é a mesma que a sua.

    FACÇÕES

    Cada uma das seis facções tem algumas características mais marcantes, e o modo história te permite conhecer um pouco de todas para você sentir com qual classe de cartas mais se identifica e montar seu deck. Veja um pouco sobre elas:

    OBEROS (vermelho)

    Uma facção base para o jogador, pois é a da Percy. Traz a mitologia grega, porém misturando a linha de sangue com demônios para sua sobrevivência, e daí vieram os primeiros vampiros. Os ataques principais giram em torno de roubo de vida, incêndios e força bruta, como a do Minotauro;

    NORDEN (azul)

    Com uma pegada mais nórdica, essa facção valoriza a liberdade e a natureza. As cartas sempre se apoiam, tanto com rituais de água e ar quanto com força de ataque. Lobos ganham vida e força adicionais se estiverem com uma matilha em campo, por exemplo;

    AZTLAN (amarelo)

    Controlada pela Corporação Magpyre, essa facção é especialista em armas e tecnologia. Muitas de suas cartas são aprimoramentos para seus minions, e derrubar a defesa desses adversários é realmente um desafio com a quantidade de armaduras colocadas;

    DRENI (verde)

    Uma facção militar inspirada no leste europeu, como a Rússia. Acreditam que sua magia é superior e qualquer um que usar magia e não seja um Dreni, deve morrer. As mulheres entram para a corporação Ved’ma para aumentar seu nível de bruxaria, e os homens participam do Volkov para servirem de soldados de elite;

    PARSA (laranja)

    Provavelmente a mais antiga facção, traz muitas referências a anjos, paladinos, antigo Egito e misturam isso com tecnologia. A facção Parsa é governada por uma deusa-imperatriz praticamente imortal que transfere sua alma para golens espalhados pelo mundo, tornando-a quase onipresente;

    HARMONY (roxo)

    Uma mistura de virtual, espiritual e físico. Esta facção traz características que nos lembram um Japão futurista. Um grande avanço tecnológico, cheio de cultura, e essa evolução é retratada nas cartas, tendo em vista que as cartas roxas podem ser combinadas com cartas de qualquer outra cor.

    IDIOMA

    Para os brasileiros, infelizmente o jogo não estará disponível em português. Card games são complicados de serem feitos em diversos idiomas, são muitas escritas que são colocadas direto na arte, e para um estúdio independente de 10 integrantes é uma missão insana. Mas sem problemas, o inglês trabalhado é bem básico, não precisa ser fluente para conseguir aproveitar o jogo.

    ÁUDIO

    Falando em idiomas, meus parabéns para os dubladores desse jogo. Sabemos que o Brasil é conhecido mundialmente por ter um trabalho impecável com dublagem de filmes, animações e tudo mais, e sabemos que as vozes de jogos as vezes são bem difíceis de aguentar, mas a maneira como cada um dá vida aos personagens é genial.

    Mesmo vendo uma imagem parada e a narração de fundo, você consegue até ver o personagem se mexendo. Todas as vozes casaram perfeitamente. E não só a dublagem, todo o trabalho de áudio do jogo está muito bom. Sabe aquela musiquinha irritante que faz a gente mutar o jogo e abrir o Spotify porque não aguentamos mais? Pois é, Mythgard soube nos prender até no som. Músicas coerentes para menu e para batalhas, muito bem produzidas e viciantes. Escrevi tudo isso aqui ouvindo a musiquinha do menu, inclusive.



    Para finalizar, digo que é um trabalho que me deixou de boca aberta. Difícil acreditar que um estúdio independente – mesmo com artistas ótimos trabalhando nele – conseguiu fazer um jogo desse nível. Personagens muito humanizados, com muita história, força feminina durante o jogo todo sem sexualização gratuita, respeito aos concorrentes (Heartstone e Magic, que eles citam nos diálogos interativos iniciais), imersão alcançada com sucesso e uma variedade de criaturas para todos os gostos de público, como um bom card game deve oferecer.

    Nota máxima mais do que merecida para esse estúdio que logo em seu primeiro projeto já promete chamar os holofotes.

    Nossa nota

    Mythgard foi lançado hoje e já está disponível pela Steam, Google Play e App Store. Mais informações, acesse o site do estúdio: http://rhinogamesinc.com. E você já está curtindo o game? Deixe seus comentários e sua avaliação!

    CRÍTICA | Rambo – Até o Fim (2019, Adrian Grunberg)

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    Nos anos 70 e 80, a moda eram os filmes com muitas explosões, machões empunhando armas, que matavam muitos inimigos para salvar o dia. Bruce Willis com seu John McClain em Duro de Matar, Arnold Schwarzenegger com seu T-800 na franquia de Exterminador do Futuro, Mel Gibson como Max em Mad Max eram icônicos e, sem sombra de dúvidas, grandes heróis de muitas pessoas. Entretanto, havia um personagem no qual a soberania se mantém até os dias de hoje quando lembramos de armas pesadas, caça, guerra e a jornada do cavaleiro solitário: John Rambo, do mestre da ação Sylvester Stallone.

    Rambo: Programado para Matar de 1982 era para ter sido apenas mais um filme no meio de tantos, mas seu sucesso fez com que franquia se estendesse até 2019 com Rambo – Até o Fim, dirigido Adrian Grunberg, este sendo apenas o segundo filme do diretor: o longa surpreende pela sua simplicidade e qualidade acima da média no gênero.

    A história se passa alguns anos depois dos acontecimentos de Rambo IV. O protagonista agora vive na antiga fazenda de seus pais com a empregada Maria (Adriana Barraza) e a neta dela Gabrielle (Yvette Monreal), uma jovem na qual está sendo criada como uma filha adotiva do veterano. Após a menina ser sequestrada por uma quadrilha de prostituição mexicana, John tem a missão de resgatá-la e acertar as contas com quem fez a garota sofrer.

    O primeiro ato do filme é bem morno: temos a apresentação da nova vida do nosso herói, contextualizando que o tempo passou, mas seus traumas do passado ainda o assombram, com alguns flashbacks e tormentos. Rambo atua como voluntário ajudando pessoas em resgates e tentando salvar mais vidas, se redimindo um pouco das muitas que tirou ou perdeu com o tempo. Stallone tem como trunfo sua experiência e trouxe ela para seu personagem, uma estratégia perfeita para filmes que possuem uma fórmula que dificilmente se renova como os de ação.



    Em Creed, o seu Rocky é um homem velho que perdeu seus entes queridos e que agora tem uma nova família. Jhon Rambo é um caso semelhante, a diferença é que sua jornada foi muito mais dura, principalmente por se tratarem de questões de vida ou morte e os horrores da guerra. Ter por perto Gabrielle e Maria fazem com que ele se sinta um pouco mais humano, e isso o ator entendeu muito bem, nos dando uma atuação destacada, com bons momentos entre ternura e ódio.

    Os dois atos seguintes são frenéticos! O desenvolvimento é rápido e temos cenas de tirar o fôlego. O roteiro sabe ser brega nos momentos certos, algo positivo e também nos impressiona com a realidade da sua brutalidade visual: temos vísceras, membros e partes humanas sendo explodidas, cortadas ou arrancadas por toda a parte, nos demonstrando o quão mortal John Rambo é. No terceiro ato, temos uma espécie de “Esqueceram de Mim”, no qual são colocadas diversas armadilhas para que os capangas sejam mortos de formas criativas, com um gore de dar inveja aos filmes de terror. Quem gosta de ação e quer ir ao cinema para ter uma boa diversão, com certeza o quinto filme do nosso velho Sly é uma boa pedida.

    Nossa nota


    Assista ao trailer legendado:

    Rambo – Até o Fim chega hoje aos cinemas. Lembre-se de deixar seus comentários e sua avaliação depois de conferir o filme.


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    TBT #38 | Escola de Rock (2004, Richard Linklater)

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    Em Escola de Rock (The School of Rock, título original) temos Dewey Finn (Jack Black) que foi expulso da sua banda de rock – e muito provavelmente de uma longa lista de grupos de rock -, e ele também está prestes a ser expulso de seu apartamento que divide com seu melhor amigo Ned Schneebly (Mike White). Na tentativa de ganhar dinheiro, ele aceita um emprego de professor substituto – destinado ao seu colega de apartamento – e o que começa como uma desculpa para negligência se transforma em uma vida emocionante.

    Resumidamente, Escola de Rock foi o filme perfeito para Jack Black que vinha de O Amor é Cego e A Era do Gelo (ambos de 2002), e o resultado é um sucesso de mais de uma década que em 2015, teve um musical encenado na Broadway e em 2016, uma série de TV no canal Nickelodeon.

    O roteirista Mike White (que também interpreta o colega de quarto de Black) escreveu o filme especificamente para Jack Black. Para quem acompanha o ator, sabe que Black adora música e Dewey Finn, pode ser uma versão diluída da personalidade divertida e anárquica do ator, que somada com as piadas sarcásticas e multiplicado por uma paixão óbvia pelo assunto e elevada as potências de uma trilha sonora estelar: Escola de Rock é inegavelmente um excelente filme para assistir com suas crianças e dizer: “Um show de rock pode mudar o mundo“.

    Podemos dizer que os roteiristas Richard Linklater e Mike White são espertos o suficiente para saber que Escola de Rock é um cruzamento entre, digamos, Sociedade dos Poetas Mortos e Mudança de Hábito (estrelados por Robin Williams e  ‎Whoopi Goldberg, respectivamente), e eles abraçam essa fórmula.

    A trama tem tudo de clichê: um professor egoísta que evolui com a convivência com seus alunos, o garoto tímido que é oprimido pelo pai, o deslocado que não possui amigos, a gordinha que se acha feia e a CDF que se acha a melhor da classe. O checklist de clichês para filmes de escola está todo com um “check“, mas ao introduzirmos “Immigrant Song” do Led Zeppelin, “My Brain Is Hanging Upside Down” do Ramones, “Highway To Hell” do AC/DC, “Edge Of Seventeen” de Stevie Nicks, “Roadrunner” do The Modern Lovers, The DoorsDeep PurpleDavid Bowie e muitos outros; além de referências a grandes nomes do rock como o lendário Jimi Hendrix. Faz com que Escola de Rock seja um “clichezão” muito especial.

    Além de Jack Black, que detêm os holofotes do filme, a atriz Joan Cusack – irmã do ator Jhon Cusack – consegue passar toda a tensão e pressão imposta ao cargo de diretora do colégio Horace Green, ocupado por sua personagem Rosalie Mullins.

    Mas como em toda boa banda o que vale é o coletivo; e o filme não teria importância se as crianças também não estivessem bem. Felizmente, eles se formam com honras. Não são apenas genuinamente bons músicos, mas, como atores, eles mostram capazes e não são ofuscados pela atuação de Black. Tanto que Miranda Cosgrove, que dá vida a personagem Summer, é conhecida por sua série de TV iCarly.



    Escola de Rock é tão satisfatório quanto um acorde de poder esmagador de uma guitarra elétrica. O filme conta com uma trilha sonora emocionante, algumas crianças incrivelmente talentosas e performances cômicas perfeitas. Uma ótima pedida para um TBT e está disponível na Netflix.

    Nossa nota


    Confira o trailer oficial:

    Em 2014 rolou um encontro do elenco para comemorar os 10 anos da produção, confira:

    E você, já curtiu Escola de Rock? Deixe sua avaliação, seus comentários e lembre-se de conferir todas as nossas indicações do TBT do Feededigno.