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    CRÍTICA – O Primeiro Homem (2018, Damien Chazelle)

    O Primeiro Homem é o novo projeto do diretor Damien Chazelle; em parceria com o também premiado roteirista Josh Singer (Spotlight e The Post), a produção aborda a história de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na lua.

    Baseado no livro homônimo de James R. Hansen – que aqui atua também como roteirista – O Primeiro Homem tem como objetivo nos apresentar a história de vida do engenheiro e os passos dados por ele para chegar até a NASA.

    Damien Chazelle é um diretor que não precisa mais de apresentações. Com Whiplash e La La Land, o norte-americano conquistou seu espaço nas grandes premiações ao redor do mundo. O diretor de apenas 33 anos já é considerado um dos nomes mais fortes da atual indústria do entretenimento. 

    Com filmes que retratam personagens ambiciosos e com grandes sonhos – assim como o próprio diretor – Chazelle encontra em Neil Armstrong o seu mais novo objeto de estudo e contemplação.

    Quem for ao cinema esperando um filme similar a Gravidade, por exemplo, com grandes efeitos especiais e a experiência de “viver” o espaço, pode se decepcionar. O foco da produção está na trajetória de Neil até chegar a sua grande missão, a Apollo 11.

    É claro que esse olhar de desconstrução não anula os momentos de tensão e angústia da missão espacial. Chazelle intensifica as filmagens em primeira pessoa, como se estivéssemos, de fato, dentro da cabine de comando.

    A habilidade de mesclar momentos como esses com inúmeras filmagens que lembram um documentário – com câmeras “pixeladas” e imagens desfocadas – causa um pouco de estranheza. E isso é bom.

    A experiência no IMAX é excelente. Assim como Dunkirk, O Primeiro Homem utiliza efeitos sonoros a seu favor, transformando a experiência em algo sensorial. Não é necessário abusar dos efeitos especiais para que isso aconteça: a simplicidade é o grande trunfo nestas cenas.

    Você pode ter um pequeno spoiler aqui:

    Trabalhando juntos desde La La Land, a parceria entre Damien Chazelle e Ryan Gosling é retomada em O Primeiro Homem. Ryan foi a grande aposta de Chazelle para dar vida ao herói americano. Mesmo desempenhando o trabalho com maestria, a condução da história – baseada na biografia autorizada de Neil Armstrong – passa a sensação de que falta algo a ser decifrado.

    Apesar de conhecermos seu passado, acompanharmos suas mudanças e seu trajeto até o grande feito lunar, não conhecemos seus sentimentos por completo. É como se o herói fosse complexo demais para ser decifrado.

    Janet Armstrong, por outro lado, é um livro aberto. Interpretada por Claire Foy, Janet é o grande pilar da família. Assim como Neil, Janet passa por inúmeros percalços e perdas ao longo da trama, porém ainda precisa lidar com o abatimento e indiferença do próprio marido e criar os dois filhos basicamente sozinha.

    Morando em um condomínio com outras famílias de astronautas, Janet precisa tirar forças de onde não tem para ajudar as amigas que se tornam viúvas do dia para noite. A existência de um perigo eminente – de Neil jamais voltar – está presente durante todas as cenas em que o casal aparece junto.

    A situação provoca grande mudança no relacionamento dos dois e isso é perceptível em tela. O peso da missão lunar interfere não só no cotidiano, mas também na personalidade de ambos.

    A pressão política também é abordada durante todo o filme. O pioneirismo da União Soviética na corrida espacial, a destinação de recursos governamentais para a missão em detrimento ao cenário social dos Estados Unidos, as inúmeras falhas nas etapas do projeto Gemini e a morte de vários astronautas: tudo está ali.

    É difícil prever se o novo projeto de Chazelle terá tanto destaque na temporada de premiações quanto seus filmes anteriores, mas é bem provável que ganhe indicações no mínimo nas categorias técnicas.

    O Primeiro Homem é um filme sobre ambição, sacrifícios e a jornada de desmistificar um dos maiores heróis da história americana. A humanização de um símbolo conhecido e reconhecido por todos.

    Avaliação: Bom

    Confira o trailer legendado:

    O Primeiro Homem chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 18 de outubro!

    Viúva Negra: Tudo o que sabemos sobre o filme solo da heroína

    Sim, o filme solo tão pedido e aguardado da Viúva Negra parece que vai ser feito e veremos a Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) quebrando tudo!

    Até o momento ainda não foi divulgada a data de lançamento do longa – na verdade ainda não foram revelados muitos detalhes sobre a produção, alguns rumores estão saindo, mas pouquíssimas coisas foram confirmadas.

    Mas como todo bom fã desse universo a gente está de olho caso saía alguma notícia nova. Enquanto isso não acontece, nós decidimos listar os principais fatos e rumores sobre o filme da heroína que saíram até o momento. Se liga!

    RUMOR: O filme será um prelúdio com participação do Soldado Invernal

    Há alguns meses saiu o rumor de que o filme será um prelúdio e se passaria antes dos eventos de Homem de Ferro 2, longa em que ela foi apresentada no Universo Cinematográfico da Marvel.

    Além disso, existe a possibilidade do Soldado Invernal fazer uma participação. Inclusive o próprio Sebastian Stan já revelou interesse em participar. Conforme o site Screen Rant, o ator disse em uma entrevista que gostaria de reprisar seu papel como Bucky Barnes no longa da personagem. Em seguida ele explicou o motivo: 

    “Eles têm uma boa história, na minha opinião. É muito entrelaçado… a verdade é que ele [Soldado Invernal] ensina ela nos quadrinhos. Ele foi um professor. Tudo é situado em um período interessante e específico. A Guerra Fria. Tem muito de suspense e espionagem, seria muito interessante explorar isso no filme. Eu adoraria se eles fizessem isso e talvez eles façam.”

    Nada foi confirmado. Entretanto, em Capitão América: Soldado Invernal descobrimos que os caminhos da espiã e do soldado já se cruzaram; será que veremos isso nas telonas?

    FATO: O filme será dirigido por uma mulher

    Após reuniões com mais de 65 diretores – você não leu errado, o estúdio está sendo muito minucioso – a Marvel Studios escolheu Cate Shortland (A Síndrome de Berlin) para comandar o longa. Ela era uma das fortes candidatas para o cargo, sendo escolhida após um processo com representantes da Marvel que durou seis meses e que tinha como objetivo definir quem assumiria a vaga.

    Também é válido pontuar que o roteiro está sendo escrito por uma mulher; Jac Schaeffer é quem assina.

    RUMOR: Sinopse do filme foi divulgada

    De acordo com site Heroic Hollywood, foi divulgado no Redditno mês passado, uma possível sinopse do longa. O texto está escrito em uma imagem que parece ser um documento de produção.

    Confira:

    “Ao nascer, Natasha Romanoff é entregue para a KGB, que a prepara para se tornar a sua melhor agente. Mas quando a U.R.S.S. acaba, o governo tenta matá-la enquanto a ação se move para o presente em Nova York, onde ela trabalha como freelancer. O filme solo mostrará Romanoff vivendo nos Estados Unidos 15 anos depois da queda da União Soviética.”

    É possível notar que no documento aparecem os nomes da diretora Cate Shortland, do produtor Kevin Feige e de Scarlett Johansson.

    No entanto, nada foi confirmado pela Marvel Studios.

    FATO: Scarlett Johansson receberá salário milionário

    Recentemente foi anunciado pelo The Hollywood Reporter que Scarlett Johansson receberá US$ 15 milhões para estrelar o filme solo da Viúva Negra.  O valor é o mesmo recebido por Chris Evans e Chris Hemsworth para Vingadores: Guerra Infinita. Esse também foi o salário de cada um deles em Capitão América: Guerra Civil e Thor: Ragnarok, respectivamente.

    Em comparação, Chadwick Boseman recebeu US$ 2 milhões para estrelar Pantera Negra (valor que deve aumentar na sequência) e Brie Larson assinou um contrato de US$ 5 milhões para Capitã Marvel.

    Parece que o MCU está correndo atrás para conseguir deixar os salários entre homens e mulheres equiparados, o que é um grande avanço.

    RUMOR: O filme mostrará o Bug do Milênio e terá a participação do Gavião Arqueiro

    Ok, todos nós queremos saber o que raios aconteceu em Budapeste, não é? Se esse rumor for confirmado existe a grande possibilidade de descobrirmos. Amém!

    De acordo com o boato publicado pelo MCU Cosmic – recomendo que você leia a publicação completa, pois está bem interessante – o Bug do Milênio terá algum papel no enredo do filme. Além disso, o repórter Jeremy Conrad afirma que ouviu algumas coisas de outra fonte sólida sobre quem pode estar aparecendo no filme, além da Viúva Negra – até agora o único nome confirmado é o da Scarlett –, mas prefere não dizer até que tenha evidências concretas. Contudo, escreve que pelo menos o Soldado Ivernal ou Gavião Arqueiro aparecerão.

    O bug Y2K foi o nome dado ao bug que vários sistemas computadorizados teriam durante a virada do milênio. O caso gerou um pânico coletivo ao redor do mundo, mas se provou inofensivo, já que grande parte dos computadores já estavam atualizados. No longa, no entanto, o problema poderia se tornar mais elaborado, e ser, de fato, uma trama de espionagem.[td_smart_list_end]

    Viúva Negra ainda não entrou para o calendário oficial da Marvel Studios. Como você acha que deve ser esse filme? Tem algum fato ou rumor que deixamos de fora? Se souber, conte para nós nos comentários abaixo! E lembre-se de compartilhar com seus amigos em suas redes sociais!

    Punho de Ferro: Série é cancelada pela Netflix

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    Em um comunicado conjunto da Marvel e da Netflix foi anunciado o cancelamento da série solo do Punho de Ferro

    Confira o comunicado abaixo:

    O Punho de Ferro da Marvel não retornará para uma terceira temporada na Netflix. Todos na Marvel Television e Netflix estão orgulhosos da série e gratos por todo o trabalho duro do nosso incrível elenco, equipe e showrunners. Somos gratos aos fãs que assistiram a essas duas temporadas e pela parceria que compartilhamos nesta série. Enquanto a série na Netflix termina, o imortal Punho de Ferro segue vivo.”

    O programa do imortal de K’un Lun teve a sua segunda temporada lançada há pouco mais de um mês no serviço de streaming. E nesse segundo ano teve uma melhora significativa quando comparado com o primeiro, mesmo assim, parece que não foi o suficiente para manter a atração no ar; provavelmente a baixa audiência deve ter influenciado bastante.

    Esse é o primeiro cancelamento de uma série que surgiu da parceria lucrativa entre a Marvel e Netflix lá em 2013, e isso pegou tanto os showrunners como o Finn Jones (Game of Thrones) de surpresa. O ator comentou o cancelamento em uma publicação em seu perfil no Instagram. Ele disse:

    “Com todo final vem um novo começo. Tenho muito amor e respeito por todo mundo que esteve envolvido nas duas temporadas da série. Defender a maior cidade do mundo entre pessoas tão talentosas e calorosas foi um privilégio e uma alegria. Abençoado por ter tido essa jornada e grato pelo apoio.”

    Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e O Justiceiro continuam com suas programações normais até o momento. Lembrando que a terceira temporada do programa do “Demônio de Hell’s KItchen” está com a estreia marcada para o dia 19 desse mês. Já os outros estão confirmados para o próximo ano. Defensores, contudo, não terá outra temporada, segundo executivos da Netflix já indicaram.

    Ainda de acordo com a publicação, isso pode não ser um adeus, já que existe a possibilidade da história do milionário Danny Rand voltar a ser contada no serviço de streaming da Disney – que deve ser lançado em 2019.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: Disney Play: Novo serviço de streaming é oficialmente revelado!

    Levando em consideração que já foram anunciados dois projetos que pretendem levar a Feiticeira Escarlate Loki para essa nova plataforma – entenda – não seria surpresa se todo o conteúdo televiso da Marvel fosse levado gradativamente para lá. No entanto, essa possibilidade não está sendo considerada por enquanto.

    E aí, o que você achou da notícia? Já esperava pelo cancelamento de Punho de Ferro? Confesso que não fiquei surpreso.

    #52filmsbywomen 35 – Quem é JonBenet (2017, Kitty Green)

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    Quem é JonBenet é um documentário de 2017 dirigido por Kitty Green. O filme conta a história da morte da jovem JonBenet, uma menina de 6 anos que após uma suspeita de sequestro, foi encontrada morta em sua casa.

    A trágica história de JonBenet é contada aqui de uma maneira peculiar, através de entrevistas com atores locais que realizam testes para uma dramatização da história. Assim, os momentos de atuação envolvendo os acontecimentos são interpelados pelas entrevistas com os locais sobre a repercussão e detalhes do caso. Nenhum envolvido direto é entrevistado, e toda a ambientação é whimsical, diferente de documentários com temáticas similares.

    A história real que motiva o filme é surreal, envolvendo inúmeras versões e personagens, como os pais da criança, seu irmão poucos anos mais velho e até um predador sexual. JonBenet era uma participante ativa de concursos de beleza infantis, com uma carreira promissora. Sua mãe havia participado de concursos também na juventude, e motivava Jon. O mistério das circunstâncias de sua morte até hoje impactam os moradores da cidade de Bolder, no Colorado.

    Tecnicamente, Quem é JonBenet apresenta uma fotografia impecável, em especial nas transições entre as entrevistas e as dramatizações, que ocorrem de forma orgânica. Porém no aspecto narrativo, temos algumas derrapadas. A decisão de utilizar atores fazendo testes para a dramatização oferece momentos em que é fácil entender as dificuldades do caso e as inúmeras versões. Porém, o filme claramente explora o caso e a morte da criança sem muito objetivo final, exaltando sua inocência ao mesmo tempo em que se conforma com a inexistência de verdades definitiva sobre o caso. Não existem relatos técnicos ou muitos fatos, é um filme sobre memórias e principalmente, sobre fofoca.

    Quem é JonBenet apresenta alguns momentos visualmente brilhantes, mas parece fútil ao não apresentar qualquer objetivo aparente para tamanha exploração de JonBenet. De certa forma, o filme se assemelha aos concursos de beleza nos quais a garota era tão exaltada.

    Confira abaixo o trailer oficial (sem legenda):

    Quem é JonBenet está disponível na Netflix.

    E aí, o que achou da indicação de hoje? Deixe seu comentário, compartilhe com seus amigos e lembre-se de conferir as indicações anteriores da nossa campanha 52 Films By Women.

    Duas Rainhas: Saoirse Ronan e Margot Robbie são destaque em novos pôsteres

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    Indicadas ao Oscar, Saoirse Ronan e Margot Robbie são Mary Stuart e Elizabeth em Duas Rainhas.

    A trama roteirizada por Beau Willimon, de “House of Cards”, chega aos cinemas brasileiros em fevereiro de 2019.

    Caracterizadas como Mary Stuart e Elizabeth, as atrizes Saoirse Ronan e Margot Robbie estampam os novos cartazes de Duas Rainhas (Mary Queen of Scots) – longa da diretora Josie Rourke, que chega aos cinemas em fevereiro de 2019.

    Veja os pôsteres abaixo – clique nas imagens abaixo para ampliar:

    Com distribuição da Universal Pictures, a produção explora a vida turbulenta de Mary Stuart. Rainha da França aos 16 anos e viúva aos 18, Mary luta contra a pressão de se casar novamente e, em vez disso, decide retornar ao seu país de origem para recuperar seu trono que está sob comando de Elizabeth I. Determinada, Mary afirma sua reivindicação de governar a Inglaterra ameaçando a soberania de Elizabeth.        

    O drama é baseado no livro “Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart“, de John Guy. No elenco, além de Saoirse Ronan e Margot Robbie, estão Jack Lowden, Joe Alwyn, Gemma Chan, Martin Compston, Ismael Cordova, Brendan Coyle, Ian Hart, Adrian Lester, James McArdle, David Tennant e Guy Pearce.

    Confira o trailer legendado:

    Duas Rainhas chega aos cinemas em fevereiro de 2019.

    Pantera Negra 2: Ryan Coogler é confirmado como diretor e roteirista da sequência

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    De acordo com o The Hollywood Reporter, Ryan Coogler fechou um acordo para escrever e dirigir Pantera Negra 2. Além disso, o site diz que a ideia era anunciar o retorno do diretor sem muito alarde.

    Ainda conforme o site, fontes dizem que a ideia é que Coogler escreva o roteiro no próximo ano e a produção começar entre o final de 2019 e o começo de 2020. No entanto, ainda não foi feito nenhum anúncio oficial sobre o filme pela Marvel Studios. Até então o longa mais distante no calendário do Universo Cinematográfico Marvel é Homem-Aranha: Longe de Casa, que chega aos cinemas em julho de 2019.

    Desde o lançamento estrondoso do primeiro Pantera Negra, em fevereiro desse ano, a expectativa dos fãs pelo anúncio de uma sequência era muito grande, principalmente pelo fato do longa ter se tornado um marco no cinema de super-herói ao apresentar o rei de uma nação africana altamente tecnológica, e também por escalar um elenco majoritariamente negro composto por Chadwick Boseman no papel principal, Michael B. Jordan, Danai Gurira, Forest Whitaker, Lupita Nyong’o, Daniel Kaluuya, entre outros.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: CRÍTICA – Pantera Negra (2018, Ryan Coogler)

    Outros fatores que contribuíram para que a película se tornasse não apenas um sucesso crítico e comercial – a produção arrecadou US$ 1.3 milhões na bilheteria mundial – mas também cultural foi a abordagem futurista da África, a trilha sonora, comandada pelo rapper Kendrick Lamar, o figurino da Ruth E. Carter e, é claro, a escolha do diretor.

    Atualmente Ryan Coogler está desenvolvendo o drama Wrong Answer e também é produtor executivo de Creed 2.

    É importante lembrar que o Pantera Negra está entre os heróis que viraram poeira após Thanos estalar os dedos em Vingadores: Guerra Infinita. Como você acha que o herói irá retornar? Está ansioso para revisitar Wakanda? Conta para a gente aqui nos comentários e vamos bater um papo!

    Leia também:

    Pantera Negra: 15 habilidades do Rei de Wakanda