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    CRÍTICA – Run Rabbit Run (2023, Daina Reid)

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    Run Rabbit Run é mais um filme da sessão Midnight que estreou no Festival de Sundance 2023. O longa australiano foi dirigido por Daina Reid e escrito por Hannah Kent. No elenco estão Sarah Snook (Sucession), Lily Latorre e Damon Herriman.

    SINOPSE

    A médica de fertilidade Sarah (Sarah Snook) começa o sétimo aniversário de sua amada filha Mia (Lily Latorre) sem esperar nada de errado. Mas quando um vento ameaçador se aproxima, o mundo cuidadosamente controlado de Sarah começa a se alterar. Mia começa a se comportar de maneira estranha. Com o passar dos dias, Mia se torna cada vez menos ela mesma, exigindo ver a mãe hospitalizada de Sarah há muito tempo afastada.

    ANÁLISE

    O terror é capaz de criar alguns subgêneros que fogem a moda, é o caso das histórias envolvendo relações familiares, onde as crianças ou os pais passam a agir estranho de uma hora para outra. Run Rabbit Run não escapa do convencional, mas é perspicaz ao criar uma atmosfera de tensão que certamente irá impactar os espectadores.

    Isso se deve ao ótimo trabalho narrativo de Hannah Kent, que a partir da relação entre mãe e filha constrói uma experiência assustadora. Tal como The Babadook (2014), também australiano, Run Rabbit Run explora a complexidade da maternidade ao passo de se tornar aterrorizante, aqui não existe espaço para a romantização sobre ser mãe.

    Sarah, vivida por Sarah Snook, é um médico de fertilidade que cria praticamente sozinha sua filha de sete anos, Mia, interpretada por Lily Latorre. O pai é pouco presente, ainda que tenha uma boa relação com Sarah e a menina. É no aniversário de Mia que as coisas ficam estranhas, depois de encontrar um coelho em sua porta, a menina começa a agir como se fosse a irmã mais nova de Sarah, Alice, que desapareceu quando ainda era uma criança. Enquanto isso, Sarah também está passando por um luto, já que seu pai faleceu recentemente.

    Não é um momento bom, e isso é mais evidente na atuação de Snook que demonstra ser uma mãe cansada lidando sozinha com uma filha em crise, enquanto Latorre constrói uma Mia/Alice que alterna entre ser uma menina doce e uma criança levada e birrenta. A dinâmica entre ambas é estrondosa, Sarah busca se conectar a filha e entender o que a mesma está passando, mas a situação é tão irreal que aos poucos vai se tornando incompreensível.

    Mia, por sua vez, se torna uma criança assombrada e ao longo do filme sua presença se transforma em algo desconfortável. Na mesma medida, Sarah também passa a ser mais ameaçadora, confundindo o que é realidade e o que não é. Logo, Run Rabbit Run tem os conceitos básicos do terror familiar – quando nossos filhos e pais não são mais os mesmos – e pode até não ser inventivo nessa fórmula, mas trata de modo relevante os horrores da maternidade.

    VEREDITO

    A diretora Daina Reid aposta em planos mais extensos e lentos para construir a dramaticidade e assim dar ênfase aos momentos de tensão. O toque final certamente é a dupla Sarah Snook e Lily Latorre.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Festival Sundance 2023: Vem com o Feededigno!

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    CRÍTICA – Birth/Rebirth (2023, Laura Moss)

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    Birth/Rebirth é um suspense que estreou no Festival de Sundance 2023 na sessão Midnight. O longa é dirigido por Laura Moss, que também co-escreveu o roteiro ao lado de Brendan J. O’Brien; no elenco estão Marin Ireland, Judy Reyes e A. J. Lister

    SINOPSE

    Rose (Marin Ireland) é uma patologista que prefere trabalhar com cadáveres à interação social. Ela também tem uma obsessão – a reanimação dos mortos. Celie (Judy Reyes) é uma enfermeira da maternidade que construiu sua vida em torno de sua filha de 6 anos, Lila (A. J. Lister). Um dia infeliz, seus mundos colidem. As duas mulheres e a jovem embarcam em um caminho sombrio sem volta, onde serão forçadas a confrontar o quão longe estão dispostas a ir para proteger o que mais amam.

    ANÁLISE

    A história de Frankenstein já foi contada inúmeras vezes no cinema e de diferentes maneiras, por isso pode soar até um pouco repetitivo quando um filme resolve aproveitar novamente a premissa da autora Mary Shelley. Felizmente, Birth/Rebirth compreende essa limitação e por isso acrescenta um tema pertinente a sua narrativa: maternidade. 

    A diretora e roteirista Laura Moss cria uma trama tensa que foca principalmente em dar profundidade a seus personagens principais. O caminho de ambas se cruzam quando Lila falece repentinamente e na tentativa de manter a menina viva, Rose e Celie desenvolvem uma estranha relação de amparo. Apesar das cenas gore e do suspense crescente, o filme pouco busca recursos no terror, sendo mais um estudo de personagem que explora duas mulheres em contato com a maternidade. 

    Tanto Celie, como Rose experienciam de formas diferentes o que é ser mãe, Celie de forma mais carinhosa deseja cuidar de sua filha, enquanto Rose vê na menina uma chance de continuar seus experimentos. Dessa forma, o longa busca sua base na ciência, deixando evidente que o renascimento de Lila é uma obra da medicina, o que coloca Celie e Rose numa corrida para achar os recursos necessários para manter a menina viva. 

    Ainda assim, o Birth/Rebirth demora para ficar interessante e em outros momentos é até mesmo cansativo, isso se deve pelo fato do longa querer muito emular uma Frankenstein com ares modernos. Em contrapartida, o filme tem cenas de arrepiar, como uma placenta sendo arrancada de um corpo ou os grunhidos de Lila após ressuscitar. É uma releitura distorcida e bastante ácida, diga-se de passagem, mas simplório e bem menos do que poderia ser. 

    VEREDITO

    Birth/Rebirth vale muito por seus personagens principais; Celie e Rose são totalmente opostas, mas encontram uma ligação inusitada. Além disso, a aposta do gore traz um incentivo ao filme que por vezes pode ser um pouco arrastado.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Festival Sundance 2023: Vem com o Feededigno!

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    Cassie Lang: Conheça Estatura, a filha do Homem-Formiga

    Cassandra Eleanor Lang é uma personagem da Marvel Comics; Mais conhecida por Cassie Lang, também é conhecida pelo codinome Estatura.

    A personagem teve sua primeira aparição na HQ Marvel Premiere #47, publicada em abril de 1979; porém sua presença passou a ser mais frequente nos quadrinhos do Homem-Formiga.

    Cassie foi criada por David Micheline e John Byrne que são os mesmos criadores do Scott Lang, seu pai.

    ORIGEM

    A infância de Cassie Lang foi muito difícil, sua maior decepção foi ver seu pai sendo preso por roubo quando ainda era muito pequena e após um tempo ela descobriu que ele fazia isso para sustentá-la já que sua vida profissional não ia muito bem.

    Com toda essa situação, a mãe de Cassie, Peggy Rae acabou se divorciando de Scott o que causou outro pequeno trauma na menina.

    Ao ser libertado, Scott descobriu que Cassie tinha uma rara doença cardíaca, e essa foi a razão pela qual ele se tornou o Homem-Formiga. Cassie servia como motivação principal para a jornada de Scott Lang, o que ajudou a abordar a ideia de um super-herói que também é pai. Até hoje, ainda que já esteja mais crescida, ela é sempre vista como a responsável por manter Scott na linha.

    Seu pai se juntou aos Vingadores em várias ocasiões ao longo dos anos e – por um breve período – juntou-se ao Quarteto Fantástico trabalhando em nome de Reed Richards como suporte técnico (durante a breve ausência de Reed). Foi durante seu período no Quarteto Fantástico que Cassie morou no Edifício Baxter e muitas vezes cuidou de Franklin, filho de Reed e Sue Storm durante as missões. Foi neste período também que, visitando seu pai um fim de semana por mês, ela roubou as Partículas de Pym na esperança de se tornar uma super-heroína como ele.

    PODERES E HABILIDADES

    Cassie Lang possui os básicos poderes de diminuição e aumento de tamanho. Embora possa reduzir sua estatura para tamanhos minúsculos, ela prefere ficar gigante. No início de sua jornada, assim que Scott faleceu, Cassie chegou ao fundo do poço e roubou o traje de seu pai assim se tornando a heroína conhecida como Estatura.

    Contudo, ela possui uma diferença fundamental em relação aos seu pai e a Hank Pym: por ter passado por experimentos com Partículas Pym, ela não precisa mais de seu traje ou usar substâncias para acessar suas habilidades. Em vez disso, elas funcionam naturalmente – uma vez que sua própria genética foi alterada.

    Sua capacidade de mudar de tamanho parece estar ligada ao seu estado emocional, já que a raiva a fez crescer e a culpa encolher.

    EQUIPES

    Quando seu pai foi morto como um Vingador por uma Feiticeira Escarlate enlouquecida, ela se afastou de sua mãe e padrasto e planejou fugir para a Califórnia para se juntar aos Fugitivos; isso foi até que ela viu os Jovens Vingadores na TV.

    Em sua tentativa de se juntar a eles, Cassie conheceu Kate Bishop em um hospital, que se juntou a ela na tentativa de localizá-los.

    CURIOSIDADE

    Através de uma viagem no tempo, Cassie Lang foi capaz de revisitar a Mansão dos Vingadores antes da morte de Scott, e conseguiu salvar seu pai, trazendo-o para seu presente.

    Infelizmente tudo que é bom dura pouco, foi durante a Cruzada das Crianças que Cassie acabou enfrentando o próprio Doutor Destino, que era responsável por manter a Feiticeira Escarlate em cativeiro. Uma vez tendo absorvido todo o poder da Vingadora, Victor Von Doom partiu com tudo para cima de Estatura, que acabou matando a heroína e essa foi considerada uma das mortes mais trágicas dos quadrinhos, sendo esse o motivo principal para a separação oficial dos Jovens Vingadores.

    OUTRAS MÍDIAS

    Cassie Lang já apareceu nos games Academia dos Vingadores Marvel e LEGO Marvel’s Avengers.

    Nos desenhos animados é possível ver Cassie em um episódio de Homem-Formiga chamado “Feira de Ciências”, com a personagem sendo dublada por Laura Bailey.

    No Universo Cinematográfico Marvel a personagem já foi interpretada pela jovem atriz Abby Ryder Fortson em Homem-Formiga (2015) e em Homem-Formiga e a Vespa (2018); já em Vingadores: Ultimato (2019) quem deu vida à personagem foi a atriz Emma Fuhrmann.

    Com os novos traileres de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, que estreia em 16 de Fevereiro de 2023, podemos ver que Cassie já cresceu e está sendo interpretada pela atriz Kathryn Newton sendo uma grande aposta para novos filmes da Marvel Studios no futuro.


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    CRÍTICA – One Piece Odyssey (2023, Bandai Namco)

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    One Piece Odyssey é a mais nova adaptação da amada franquia criada por Eiichiro Oda. O game nos leva por uma viagem única, enquanto nos permite revisitar os arcos do mangá e do anime graças as habilidades de Lim, uma personagem apresentada logo no começo do game que conta com poderes misteriosos e habilidades curiosas.

    O mais novo game da Bandai Namco é um JRPG de turnos com características de dungeon crawler. O game nos apresenta aspectos repetitivos muito cansativos, que são utilizados à exaustão que por vezes nos tiram da experiência, sendo os jogadores fãs ou até mesmo curiosos pela franquia One Piece.

    SINOPSE

    O famoso pirata, Monkey.D.Luffy, mais conhecido como Luffy Chapéu de Palha, e sua tripulação do Chapéu de Palha, estão navegando pelo Novo Mundo em busca da próxima ilha e da próxima aventura que os aguarda. No entanto, durante a viagem, eles são pegos por uma tempestade. A tripulação percebe que ficou encalhada em uma ilha tropical cercada por tempestades violentas constantes.

    Longe de sua tripulação, Luffy parte em uma nova aventura grandiosa para encontrar seus amigos e fugir da ilha! Novos inimigos poderosos, forças da natureza e muito mais aguardam.

    ANÁLISE

    One Piece Odyssey

    One Piece Odyssey nos coloca no controle do bando do Chapéu de Palha. Que após serem pegos na tempestade nos arredores da ilha de Waford, seu barco, o The Thousand Sunny é destruído. Após os integrantes do bando ficarem espalhados pela ilha, Luffy precisa os outros tripulantes. Mas no meio do caminho, Adio e Lim os encontram e os apresentam aos desafios únicos daquele lugar.

    Após, reunir sua equipe, Luffy e seus amigos tem seus poderes retirados com um simples toque de Lim, que transforma suas habilidades e suas memórias em cubos – e os espalha pela ilha. A partir daí, precisamos explorar o lugar, e viajar pelas memórias da equipe a fim de recuperar nossas habilidades e continuar avançando.

    Ao longo de seus 9 capítulos, enfrentamos colossos pela ilha de Waford, e visitamos algumas das mais importantes sagas do material criado por Eiichiro Oda. Além do arco de Alabasta, testemunhamos o arco Water Seven, Marineford e Dressrosa com ligeiras mudanças, pois assim como Lim estabelece, as memórias nunca se desenrolam da mesma maneira – de maneira que os inimigos serão ainda mais poderosos do que antes.

    O mais bizarro dessa história, é o quão poderosos esses inimigos são. Já que quando Lim nos toca, coloca todos os nossos personagens no nível 1, precisamos enfrentar os mais diversos inimigos a fim de progredir. Mas você me pergunta: mas o que de RPG tem no game?

    O elemento JRPG do game fica na obtenção de itens para criação e que nos concedem status como mais força, mais defesa, mais vitalidade e muito mais.

    PERSONAGENS, HISTÓRIA E VIAGEM AO PASSADO

    Cada personagem da nossa equipe possui uma habilidade diferente Os personagens da nossa equipe contam cada um com habilidades diferentes. Luffy pode alcançar itens à longas distâncias e também lançar seus braços para escalar, Chopper pode acessar áreas com pequenas entradas graças a seu tamanho, já Zoro, pode cortar paredes, portões de ferro e até mesmo caixas de ferro com suas espadas.

    Suas movimentações – tirando a de Luffy – são bem parecidas. Agora, lembra os cubos que Lim produziu com nossas memórias e habilidades? Ao obtê-los, podemos melhorar nossas habilidades e ao final do cada capítulo obtemos novas. Fazendo quase sempre um paralelo com as habilidades que nossos personagens possuem em cada um dos arcos aos quais somos ambientados.

    A história do game se debruça quase que inteiramente nas habilidades de Lim, e também nos reveses que essa habilidade possui. O cuidado da equipe de produção ao nos lançar nesse mundo não é muito grande, e o game ainda parece ter alguns elementos inacabados mesmo após seu lançamento – tal como não conseguirmos marcar pontos de interesse no mapa, ou mesmo mexer o cursor nos gigantescos mapas.

    One Piece Odyssey

    Com a necessidade de cruzar grandes distâncias a pé, o game parece ter achado que colocar a opção “correr automático” fosse o suficiente, mas não é. Além de cansativo, o fato do game nos forçar a cruzar mapas inteiros apenas para obter itens ou realizar determinadas missões é completamente desnecessário. O que o game poderia fazer, além de facilitar em um primeiro momento um fast travel – que é obtido na metade do capítulo 2 -, seria haver um fast travel real, nos permitindo teleportar por entre as placas em que podemos utilizar o “caranguejo” que serve de veículo.

    A aparição de personagens amados pelos fãs é algo incrível. Ver Ace por uma última vez, nos traz um nó na garganta e uma emoção única. Assim como ver Vivi novamente, a princesa de Alabasta. O que One Piece Odyssey faz, é ganhar os fãs pela nostalgia, mas pode afastar até mesmo os fãs mais hardcore da franquia.

    O fator repetitivo coloca um peso desnecessário ao longo do game, e pode comprometer quase que inteiramente essa experiência. O fato do game nos permitir revisitar as sagas, é algo interessante, mas não haver outra coisa além disso é decepcionante. Enquanto vagamos pela ilha de Waford, e as “Memórias” que Lim obtém dos Chapéus de Palha, precisamos encontrar força e perseverança a fim de avançar e chegar ao fim dos capítulos do game.

    VEREDITO

    One Piece Odyssey nos leva para uma viagem completamente o oposto de intimista. Enquanto reúne não apenas todo o bando de Luffy, o game agrega à eles diversos personagens que eles encontraram pelo caminho. Além de Vivi, Jimbei, Trafalgar D. Water Law e muitos outros se unem à equipe, e nos levam por uma viagem conhecida, o game pode servir também de porta de entrada para os que ainda não são fãs da franquia.

    O game foi desenvolvido pelo estúdio da Bandai Namco ILCA, estúdio responsável por desenvolver games como Yakuza 0, Pokémon Brilliant Diamond e Pokémon Shining Pearl.

    One Piece Odyssey foi lançado no dia 10 de janeiro de 2023 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA – The Pod Generation (2023, Sophie Barthes)

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    The Pod Generation estreou no Festival de Sundance 2023, o longa é uma ficção científica com tons de drama e comédia. Escrito e dirigido por Sophie Barthes, já no elenco estão Emilia Clarke e Chiwetel Ejiofor.

    SINOPSE

    Um casal de Nova York, Rachel (Emilia Clarke) e Alvy (Chiwetel Ejiofor) vivem em um futuro não tão distante, onde a tecnologia oferece uma vida cada vez mais conveniente. Uma executiva em ascensão de uma empresa de tecnologia, Rachel consegue um lugar cobiçado no Womb Center, que oferece aos casais uma maternidade conveniente (e compartilhável) por meio de úteros artificiais destacáveis. Mas Alvy, um botânico apaixonado pela natureza, prefere uma gravidez natural. 

    ANÁLISE

    Com a tecnologia tão presente em nossas vidas e a natureza cada vez mais escassa, não é difícil imaginar um futuro onde pit stops com máscaras de oxigênio e bebês sendo gerados dentro de úteros artificiais sejam coisas normais. Sendo assim, The Pod Generation brinca com esse imaginário de um mundo mais tecnológico, mas que se mantém em sua essência humano. 

    Rachel, interpretada Emilia Clarke, é uma mulher bem sucedida que acaba de ganhar uma promoção no trabalho. Sua chefe pergunta se Rachel planeja formar uma família, mas o próprio ato de gerar uma criança pelos meios “convencionais” é visto como um empecilho, já que atrapalharia a carreira de Rachel. 

    A chefe então indica a empresa Womb Center, um lugar no qual os bebês são gerados fora do útero da mãe, em um objeto que mais se parece com um ovo de 30 centímetros. Todo o processo, desde a fecundação até o nascimento, acontece dentro desse útero artificial. Antes mesmo de sua chefe mencionar, a própria Rachel já havia se inscrito na lista de espera da empresa, sem seu marido saber. 

    Alvy, vivido por Chiwetel Ejiofor, é um botânico que acredita que a tecnologia está impedindo as pessoas de se conectarem com a natureza. Quando Rachel lhe conta sobre o plano de ter um bebê pelo Womb Center, Alvy é extremamente relutante, mas acaba aceitando por amor a esposa. Enquanto Rachel tem sonhos de que está gerando o bebe dentro dela, Alvy tenta se conectar com o útero artificial, a dualidade do casal é visível, mas não o bastante para colocá-los de lado opostos. 

    Dessa forma, o filme de Sophie Barthes mostra uma realidade plausível que ao contrário da maioria dos filmes de ficção científica, o mais recente Não Se Preocupe Querida (2022) por exemplo, não deseja criar nenhum pânico irracional do futuro. Isso porque o filme explora muito bem a relação entre tecnologia e poder corporativo, mostrando que o verdadeiro terror está no quanto normalizamos que os bons momentos em nossas vidas se tornem um evento de consumismo. 

    O bebê gerado pelo útero artificial é de Rachel e Alvy, mas o casal demora um pouco para entender que a empresa Womb Center quer ditar todo o processo de gestação e até mesmo de criação. O filme põe em debate os limites da interferência tecnológica nas nossas vidas e principalmente, nas crianças. 

    Logo, The Pod Generation satiriza esse futuro próximo em que as pessoas buscam que a tecnologia seja maior que a natureza, da mesma forma que coloca na mesa debates sobre o controle das mulheres sobre seus próprios corpos. É um longa de várias frentes, mas que deposita o seu melhor no âmago da humanidade. 

    VEREDITO

    The Pod Generation apresenta a paternidade sobre uma perspectiva diferente, mais leve e com tons de humor, porém ainda cheia de questionamentos. 

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    O trailer do longa ainda não foi liberado.

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    Noites Sombrias #100 | O horror na franquia Pokémon

    A franquia Pokémon recentemente completou seus 25 anos de seu lançamento. Nas animações, o amado personagem principal Ash sairá lentamente dos holofotes após ter conseguido o seu sonho de se tornar um Mestre Pokémon. Ainda que a franquia conte com os “monstros de bolso” mais fofinhos da história, alguns monstrinhos também podem ser bem bizarros se os olharmos por uma diferente ótica, ou até mesmo se olharmos normalmente para eles.

    Trago no centésimo Noites Sombrias algumas curiosidades sobre assombrosos e até então bizarros Pokémon. Tenham em mente, que traremos também as descrições do Pokedex de cada Pokémon citado aqui.

    Cubone

    Pokedéx: Este Pokémon usa o crânio de sua falecida mãe. Às vezes, os sonhos do Cubone o faz chorar, mas cada lágrima que o Cubone deixa cair, o deixa mais forte.

    Uma das coisas mais assustadoras relacionadas ao Pokémon, é imaginar como ele obtém esse crânio. E também, como isso pode acontecer com todos os Cubones encontrados? Será que as Cubone fêmeas têm uma vida útil que acaba quando elas dão a luz?

    Quanto mais a gente pensa sobre como isso acontece, mais medo dá.

    Chandelure

    Pokedéx: Esse Pokémon assombra mansões em ruínas. Ele gira seus braços para hipnotizar sues oponentes com danças assombrosas de suas chamas.

    Após atrair suas vítimas, é dito que o Chandelure pode sugar sua força vital, algo parecido com um demônio que suga a vida de suas vítimas. As chamas roxas são assustadoras, e os olhos sem vida desse Pokémon causam ainda mais estranheza à essa lustre antropomórfico.

    Gourgeist

    Pokedéx: Na escuridão da noite de lua nova, o Gourgeist baterá na sua porta. E quem atender será levado para o além-vida.

    Segundo histórias contadas nos games, o tamanho do Gourgeist mudará de acordo com as vítimas do Pokémon. Ainda que ele já tenha um visual no mínimo perturbador, as pessoas o temem por suas habilidades musicais, o que o tornam o equivalente sombrio de um Jigglypuff. O que dá mais medo, é que o Gourgeist canta uma música feliz enquanto estrangula suas vítimas.

    Drifloon

    Pokedéx: É dito que qualquer criança que confundir um Drifloon com um balão e o segurar com uma de suas mãos, pode acabar desaparecendo.

    O que os criadores de Pokémon são capazes de fazer criando fofas criaturas, mas também monstros assombros a partir de objetivos normais, é bizarro. Segundo diz a lenda, os Drifloon são formados a partir das almas roubadas de crianças, que confundem o Pokémon com um balão. Quanto mais almas o Drifloon acumular, maior seu tamanho pode ser.

    Gengar

    Pokedéx: Para roubar a vida de suas vítimas, ele se disfarça da sombra da vítima e espera por sua oportunidade. Além de roubar o calor delas, fazendo-as sentir um arrepio.

    Segundo é contado na lore do game e da série animada, o Gengar gostam de perseguir suas vítimas, se disfarçando por vezes de suas sombras e possivelmente, lançando uma maldição nelas.

    Mawile

    Pokedéx: Ele mastiga suas vítimas com sua grande boca. Sua enorme arcada, são na verdade chifres de ferro que foram transformados.

    O Mawile é inspirado na lenda japonesa da Futa-kuchi-onna, uma Yokai que tem duas bocas, uma normal e outra na nuca. Esse Pokémon pode parecer muito amigável de frente, mas pode causar muito dano à seus inimigos desavisados.

    Yamask

    Pokedéx: O espírito de uma pessoa de uma longínqua época se torna esse Pokémon. Ele vaga por ruínas, procurando por alguém que conheça seu antigo rosto, que carrega consigo, na forma de sua máscara.

    Segundo as lendas contam, quem ousar colocar no rosto a máscara de um Yamask, o Pokémon poderá possuí-lo enquanto você usar a máscara.

    Spoink

    Pokedéx: Spoink usa sua cauda de mola para manter seu coração batendo enquanto salta constantemente. Se ele parar, ele morre.

    Já imaginou um mundo em que um animal desde seu nascimento precisa se manter em constante movimento, ou morrerá? O desespero que o pequeno porquinho psíquico deve sentir é absurdo.

    Mimikyu

    Pokedéx: Esse Pokémon vive em lugares sombrios e isolados, longe da luz do sol. Quando ele aparece diante dos humanos, ele se esconde debaixo de um pano que lembra um Pikachu.

    Um dos grandes terrores do Mimikyu, vem do que pode haver debaixo do pano que nos remete ao Pikachu. Segundo as lendas dizem, quem vê o que o Pokémon esconde, morrerá no mesmo dia.

    Froslass

    Pokedéx: Quando Froslass encontra pessoas ou Pokémon que ela gosta, os congela e os leva para seu covil gelado, onde eles são transformados em decoração.

    Já imaginou se deparar com um Froslass na natureza e ser congelado? Não apenas congelado e morrer, mas ser conservado eternamente em um covil gelado e ser usado como uma peça de decoração? Froslass é um dos Pokémon mais bizarros. Segundo as lendas, ele vaga por assentamentos humanos em noites de muito frio. E se você ouvir uma batida, não abra.


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