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    CRÍTICA – Aluga-se Um Paraíso (2ª temporada, 2021, Netflix)

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    Aluga-se Um Paraíso (The World’s Most Amazing Vacation Rentals) está de volta ao catálogo da Netflix com novos episódios!

    O programa segue os apresentadores: o corretor imobiliário Luis D. Ortiz (do famoso Million Dollar Listing New York), a brasileira especialista em turismo Jo Franco e a designer americana Megan Batoon em oito episódios, cada um com três propriedades diferentes para aluguel: barata, única e luxuosa.

    Depois da estreia da primeira temproada em julho, o programa retorna para sua segunda temporada com mais oito episódios.

    SINOPSE

    Eles rodam o mundo visitando imóveis de aluguel para temporada e revelam dicas e truques preciosos com opções para todos os bolsos!

    ANÁLISE

    Com apenas oito episódios com média de 30min, a segunda temporada passa por locações incríveis e torna-se extremamente maratonável assim como a primeira.

    De alugueis “paranormais”, viagens solidárias, viagens solidárias até locais para casas, Aluga-se Um Paraíso mais uma vez traz belos destinos para os que aguardam ansiosamente pelo fim da pandemia para ganharem o mundo com suas viagens.

    VEREDITO

    Luis, Megan e Jo.

    Os apresentadores mais uma vez conseguem nos mostrar incríveis aluguéis de temporada em todo o mundo: nas Bahamas, EUA, Noruega, Japão, México, Indonésia.

    A excelente química entre Luis, Jo e Megan segue perfeita enquanto eles nos levam a esses lugares notáveis. Eles são espirituosos, envolventes e muitas vezes podem ser bastante emocionais com o que experimentam. Mas eles se divertem e essa exuberância passa para o espectador que sente seu entusiasmo, sensação de surpresa e excitação indiretamente.

    O ritmo de Aluga-se Um Paraíso é perfeito e os episódios seguem de um segmento para outro; do barato ao exclusivo até aluguéis de férias de luxo de forma que o espectador queira desfrutar cada episódio como se estivesse presente junto com o trio de amigos.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original:

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    CRÍTICA – Intrusion (2021, Adam Salky)

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    Intrusion é um filme da Netflix com direção de Adam Salky (Dramas Adolescentes) e roteiro de Chris Sparling (Destruição Final). No elenco estão Freida Pinto (Quem Quer Ser Um Milionário?) e Logan Marshall-Green (Prometheus).

    SINOPSE

    Meera (Freida Pinto) e o marido Henry (Logan Marshall-Green) se mudam para uma pequena cidade pensando em levar a vida que sempre sonharam. Quando sua casa é alvo de uma invasão, a vida de Meera muda para sempre, deixando-a paranoica e traumatizada, passando até desconfiar de todas as pessoas que conhece e encontra. 

    ANÁLISE

    O cinema constantemente aborda histórias sobre casamentos mal sucedidos, porém, esse tema geralmente permeia mais o gênero de drama. Logo, Intrusion pode ser considerado um filme fora da curva, já que conta uma história sobre a vida a dois no maior estilo de suspense. Contudo, ainda que o filme se esforce, o longa de Adam Salky fica pela metade do caminho.

    Isso porque falta ao roteiro de Chris Sparling um toque mais sutil e na medida que a trama cresce tudo parece óbvio demais. O que vai totalmente ao contrário a direção de Salky que denota técnica e um cuidado maior. O mesmo vale para a atuação de Logan Marshall-Green como Henry, o ator não só consegue fazer o espectador duvidar de suas ações, como sabe conduzir a cena a seu favor.

    Dito isso, é evidente que Intrusion é um filme sobre o quanto não conhecemos a pessoa que dorme ao nosso lado. Meera começa a desconfiar do comportamento do marido quando a casa de ambos é invadida e ele parece ter uma estranha ligação com a situação. Nesse sentido, a presença da casa do casal é um grande elemento para a trama, visto que tudo começa e termina nela. 

    Outro aspecto trabalhado no longa é a sensação de isolamento e sufocamento que Henry provaca em Meera sem ela ao menos perceber. Ele, um marido protetor sempre a disposição; ela totalmente dependente da relação. Dessa forma, Intrusion também parece querer abordar traumas pessoais e o quanto podemos ficar dependentes emocionalmente. 

    Mas, em uma hora e meia, o máximo que o longa consegue é permear assuntos que poderiam ser melhor desenvolvidos com mais tempo e mais elementos de suspense. Por isso, a produção é um “quase”; sua premissa é aceitável, sua direção é segura, seus atores são bons; contudo, faltou lapidar mais a obra de modo a torná-la impactante. 

    Porém, o filme tem os seus momentos e incrivelmente consegue fazer o espectador ficar grudado na cadeira querendo saber os passos a seguir. Seja na troca de mensagens ou na descoberta de um cômodo secreto na própria casa, Intrusion causa arrepios ao lembrar que talvez não conhecemos de fato nossos parceiros e parceiras. 

    VEREDITO

    Intrusion é um bom filme de suspense com atuações interessantes que por vezes se sobrepõem ao filme. Histórias sobre casamentos são sempre um prato cheio para abordar a estranheza do outro e o filme de Adam Salky sabe disso.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Pokémon Unite: Conheça a melhor build para Blastoise

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    Blastoise desde que foi lançado, rapidamente se tornou um dos personagens jogáveis favoritos em Pokémon UNITE, além de servir como outra opção defensiva para quem gosta de mudar a dinâmica de gameplay em sua equipe.

    Em relação a gameplay, o mais novo Defensor tem uma gameplay bem parecida com do Crustle, e dá uma imponente funcionalidade, pois conta com uma ótima mobilidade e status defensivos, diferente de Crustle, você ficará mais focado em se manter a distância de seus oponentes, e atacá-los a distância, te dará uma ótima vantagem.

    Blastoise é capaz de aguentar um incrível número de dano e poderá ser usado como um personagem híbrido e poderá tanto assumir o papel de suporte, como de um parceiro que consegue dar golpes a distância e mover os inimigos para longe dos objetivos com facilidade. Todos os quatro golpes especiais se encaixam perfeitamente no papel dele.

    Blastoise pode ser desbloqueado tanto ao comprar sua licensa, que custa 8.000 Moedas Aeons ou 460 Aeons Gems, e se você gostar da ideia de causar um número auto de dano e destruir seus inimigos facilmente, aqui está uma build interessante para você fazê-lo.

    ITEMS

    HELD ITEMS

    BUDDY BARRIER

    Blastoise

    Além de muito útil em grandes combates ao fornecer a seus parceiros de equipe com pouca vida um escudo por um curto período de tempo quando você usar seu ultimate, ele também dá ao Blastoise um pouco mais de HP base apenas por estar equipado, o que é ótimo para um personagem tank.

    SCORE SHIELD

    Blastoise

    Assim como a Buddy Barrier, te dará um escudo enquanto você pontua com um Pokémon mais lento, especialmente pois ele é baseado em uma porcentagem do HP máximo de um Pokémon. E também aumenta o HP máximo também, acumulando com a Buddy Barrier.

    SHELL BELL/WISE GLASSES/ENERGY AMPLIFIER

    O terceiro item é bem mais flexível. Por Blastoise ser um personagem versátil, ele pode se beneficiar de algum item que aumente seu Ataque Especial e forneça alguma cura, como o Shell Bell, um boost maior no Ataque Especial dado pelo Wise Glasses, ou outros boosts que o Amplificador de Energia pode dar, reduzindo o cooldown de Movimentos Especiais e tornará o Ultimate ainda mais poderoso.

    ITEMS DE BATALHA

    EJECT BUTTON

    O Eject Button é útil em quase todas as situações, especialmente para Pokémon mais lentos como Blastoise que pode ter problemas de movimentação dependendo de quais Movimentos Especiais você estiver usando. Usando o Eject Button na hora certa, pode te ajudar a não se frustrar tanto quando der de cara com uma onda de inimigos muito grande.

    MOVIMENTOS

    LEVEL 1: WATER GUN

    Squirtle é um dos poucos primeiros Pokémon que tem ótimos ataques ofensivos, então escolher entre Water Gun e Skull Bash não significa muito, a não ser que você queira começar a lutar de uma certa distância.

    LEVEL 5: HYDRO PUMP

    Tanto Hydro Pump quanto Water Spout causa aos inimigos efeitos parecidos, Water Spout causa mais dano em golpes múltiplos, enquanto Hydro Pump é mais focado, e causa dano de disparo, e empurra os inimigos para longe.

    Na maioria dos cenários, Hydro Pump será útil, especialmente se você estiver lutando por controle da área. O dano rápido dos golpes é bom pois permite manter distância entre você e seus inimigos.

    O Upgrade desse golpe vem no Level 11, ele aumenta o dano.

    LEVEL 7: SURF/RAPID SPIN

    Essa escolha é a mais importante para montar a build do Blastoise.

    Surf dá ao Blastoise uma movimentação excelente, e pode ser usado tanto para fastar um inimigo e causar muito dano, como também para se afastar de alguma confusão. O golpe previne que você seja atordoado, junto de outros tipos de danos, e uma vez que o golpe for completado, o jogador por selecionar livremente para qual lugar a onda irá. E assim como Hydro Pump, ele causará dano em um único movimento.

    Rapid Spin é provavelmente a escolha perfeita para jogadores que querem avançar com Blastoise. Ele não apenas causa dano conforme você o usa, mas também funciona como uma boa opção de movimentação, mas também muda fundamentalmente como Hydro Pump e Water Spout funciona.

    Se você quer causar mais dano, é interessante que você equipe Rapid Spin. Mas se movimentação é sua meta, Surf é a melhor escolha.

    O upgrade para ambas as habilidades vem no Level 13. Surf te proporcionará um escudo quando o movimento atingi o inimigo e Rapid Spin reduzirá o dano recebido enquanto você o usa.

    LEVEL 9: HYDRO TYPHOON

    Hydron Typhoon é a melhor habilidade de Blastoise, pois garantirá que você cause dano de área. Causando grande dano, deslocando seus inimigos e dando ao usuário um escudo temporário, tornando-o uma ferramenta muito importante para a equipe.

    Pokémon Unite está disponível para Nintendo Switch e para Android e iOS.

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    CRÍTICA | Ataque dos Titãs – Volume 1 (2021, Panini Comics)

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    Grande parte da lore de Ataque dos Titãs foi o que sempre me encantou. Um mundo em que seus habitantes vivem isolados com medo de uma ameaça iminente, protagonistas fortes, sentimentos tão reais quanto os que eu ou você sentimos.

    Em sua primeira edição que ganhou reimpressão no Brasil pela editora Panini, Ataque dos Titãs nos apresenta a história de Eren, Mikasa e Armin.

    SINOPSE

    O mundo foi dominado por Titãs, criaturas gigantescas devoradoras de humanos! Os poucos sobreviventes viram sua civilização reduzida a um território protegido por muralhas, que foram capazes de manter a ameaça afastada por mais de cem anos. Mas tanto tempo de tranquilidade está prestes a ruir, com o ataque de um titã mais alto e poderoso do que a enorme muralha!

    ANÁLISE

    Ataque dos Titãs

    Após mais de 100 anos de paz, uma ameaça espreita os muros de 50 metros da muralha Maria – uma das três enormes muralhas que protegem o povo da Ilha Paradis dos titãs que vivem do lado de fora. Normalmente com não mais de 15 metros, o Titã Colossal abre um rombo na até então muralha impenetrável e deixa uma porta para que seus semelhantes adentrem, acabando a duradoura paz.

    O anime lançado em 2013, foi a minha porta de entrada para o mundo criado por Hajime Isayama – que se assemelha imensamente ao protagonista da história, Eren Yeager. Agora, mergulho no mangá que teve sua primeira edição lançada no Japão em 2009.

    Em uma espécie de binge watching, assisti até da primeira até a primeira parte da quarta temporada em menos de um mês. O anime está disponível na plataforma de streaming Crunchyroll.

    O desenrolar do Volume 01 nos leva até o ataque à Muralha Rose, a segunda das muralhas que protegem os últimos membros da humanidade. Nesse momento da história, se passaram 5 anos desde o último ataque, que mudou a vida de Eren, Mikasa e Armin para sempre, os levando à se alistar no exército.

    As forças que protegem a humanidade após sua graduação na Divisão de Treinamento, se separam entre três divisões específicas:

    • Guarnição: Essa divisão é responsável por reforçar a defesa e proteger as cidades.
    • Reconhecimento: Essa divisão é responsável por fazer a exploração do território dos titãs fora das muralhas. Esses membros precisam estar prontos para sacrificar suas vidas.
    • Policiamento: Essa divisão atua na muralha que está no interior da Muralha Sina – especificamente na área dos humanos. E é responsável por proteger o rei, e manter a ordem.

    O Volume 1 de Ataque dos Titãs conta com as 5 primeiras edições do mangá. Pela Panini, a série será lançado no Brasil em 30 volumes. Com um spin-off intitulado Antes da Queda.

    Enquanto nos aprofundamos mais na história, o Volume 1 chega ao fim com uma virada de página perfeita, nos deixando tão desolados quanto nas primeiras páginas do mangá.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Em breve traremos a resenha dos próximos volumes do mangá!

     

    Autor: Hajime Isayama, Ryo Suzukaze, Satoshi Shiki, Thores Shibamoto

    Páginas: 192

    Ano de Publicação: 2021

    Editora: Panini

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    CRÍTICA – O Pai Que Move Montanhas (2021, Daniel Sandu)

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    Já faz um tempo que a Netflix vem investindo em filmes/séries não americanos, e por muitas vezes acertando em cheio ao nos apresentar estas novas produções.

    Recentemente a gigante do streaming adicionou ao catálogo, o longa romeno O Pai Que Move Montanhas, prometendo drama psicológico sobre a determinação e o desespero de um pai.

    O elenco conta com Adrian Titieni, Judith State e Valeriu Andriutã.

    SINOPSE

    Mircea (Adrian Titieni) é um militar aposentado que recebe a notícia que seu filho desapareceu nas montanhas e vai procurá-lo. Depois de dias de busca sem sorte, Mircea monta sua própria equipe e volta para as buscas, provocando um confronto com a equipe de resgate local, mas que não vai impedi-lo de continuar sua tentativa de resgate.

    ANÁLISE

    O longa romeno traz o sofrimento e o luto tratado de forma diferente ao tradicional. O diretor Daniel Sandu se inspirou em uma história real que aconteceu em 2009 para produzir o filme e viu-se completamente envolvido pelas notícias divulgadas nas emissoras de TV romena, cujo a resiliência dos pais da criança desaparecida nas montanhas chamou atenção. O cineasta não divulgou o final da história real, porém acredito que não tenha fugido do enredo do longa.

    O filme se desenvolve muito bem nos primeiros 40 minutos, no entanto acaba se perdendo, tornando-se algo repetitivo e um tanto cansativo. Muitos espectadores se emocionaram com o longa, porém há inúmeras críticas negativas, e eu estou entre ambos.

    Por um lado pensa-se em um pai disposto a fazer de tudo para encontrar o filho, indo desde envolver formas ilegais de busca até emergir o lado sombrio e egocêntrico do protagonista ao ponto de negar ajuda a outros pais com o mesmo sofrimento, ou colocar pessoas em risco ao subir a montanha inúmeras vezes oferecendo recompensa.

    O filme realmente envolve, pois são duas famílias em busca de seus filhos desaparecidos, mas peca em desenvolver uma mudança no segundo ato. Por outro lado, com um enredo arrastado, Sandu não desenvolve um plot para o segundo ato e não finaliza o terceiro ato; deixando a conclusão “no ar”.

    VEREDITO

    O Pai Que Move Montanhas traz amor e ódio ao espectadores e acredito que valha a pena você tirar sua própria conclusão. Cada um tem uma perspectiva diferente e a história sempre tem dois lados.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer dublado:

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    CRÍTICA – A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais (2021)

    A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais são duas produções brasileiras que contam a história do assassinato da família Von Richthofen. Cada um dos filmes, que duram uma média de 85 minutos, apresentam os acontecimentos tanto na visão de Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt), quanto de Suzane Von Richthofen (Carla Diaz), autores do crime.

    A direção do projeto é de Maurício Eça, e os roteiros de Ilana Casoy e Raphael Montes. A produção é da Santa Rita Filmes em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.

    Ambas as produções estarão disponíveis no streaming Amazon Prime Video em 24 de setembro de 2021.

    SINOPSES

    Em 2002, Suzane e Daniel chocaram o Brasil quando se declararam culpados pelo brutal assassinato de Manfred e Marisia Von Richthofen. Ao longo dos filmes são apresentados o caso e possíveis motivos do casal para cometer essa atrocidade.

    Lançados simultaneamente, os dois filmes mostram os pontos de vista de cada um: A Menina Que Matou os Pais é inspirado no depoimento de Daniel, e O Menino Que Matou Meus Pais baseia-se no de Suzane Von Richthofen.

    ANÁLISE

    A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais são produções que, antes mesmo de seu lançamento, já causaram extrema controvérsia.

    O mesmo público que consome filmes, seriados e documentários true crime internacionais parece ter uma certa resistência com a ideia de produções que retratam assassinatos acontecidos no Brasil. Talvez por ser um crime ainda muito presente na mente das pessoas, assim como o caso Matsunaga, a recepção não seja tão natural por parte do grande público brasileiro.

    O caso Von Richthofen movimentou o país em 2002, após os acusados confessarem que planejaram e executaram a morte de Manfred e Marisia. Entretanto, cada um dos envolvidos contou uma história diferente sobre como a ideia e o planejamento aconteceram.

    A partir das incongruências nos discursos, o diretor Maurício Eça e os roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes desenvolveram o projeto de dois filmes separados, mas que se complementam.

    Pensado originalmente para chegar aos cinemas, A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais foi postergado durante muito tempo por causa da pandemia de Covid-19.

    No fim, encontrou uma casa para o seu lançamento na Amazon Prime Video. Uma boa escolha, ainda mais por se tratar de uma plataforma tão ampla. Isso poderá contribuir para que aumente o alvoroço em torno das produções.

    CRÍTICA - A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais (2021)

    Mesmo com uma ótima ideia de criar dois filmes para um mesmo caso, a execução de A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais não convence. Por mais que Carla Diaz atue de uma forma segura, transitando entre as duas personalidades impostas em cada produção, só sua atuação não consegue sustentar todo o desenvolvimento.

    Além dos constantes flashbacks, que acabam tornando o desenrolar confuso, diversas cenas beiram o caricato, principalmente aquelas mostram Suzane e Daniel usando drogas. Apesar de boa parte do roteiro seguir os relatos dos criminosos no tribunal, a forma como as produções reconstroem as cenas não causa nenhuma emoção.

    Por se tratar de duas produções que remontam mais de quatro anos de história, desde que o casal se conheceu até o dia do julgamento, há muitos acontecimentos para preencher a curta duração dos filmes. Buscando formas diferentes de contar algumas situações, há até uma quebra de quarta parede, destoando totalmente do restante da narrativa até aquele momento.

    CRÍTICA - A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais (2021)

    Creio que o que mais causa estranhamento nesses dois longas é o seu objetivo. Ambos os filmes mostram cenas muito parecidas para retratar pontos importantes, e de interesse público, mas boa parte de sua concepção é construída apenas no conturbado relacionamento de Daniel e Suzane.

    Ao término das duas produções, fica a sensação de que nada de novo foi apresentado, apenas inconsistências entre dois jovens que buscavam se safar da prisão culpando um ao outro durante o julgamento.

    Um ponto interessante a ser destacado é a ótima caracterização do elenco de apoio. Os personagens interpretados por Augusto Madeira, Vera Zimmermann, Debora Duboc e Leonardo Medeiros estão fisicamente muito parecidos com as pessoas da “vida real”, sendo um ponto positivo das produções.

    VEREDITO

    A ideia de criar dois filmes que se complementam é algo ousado e criativo, porém A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais não possuem uma execução à altura de suas intenções.

    Com narrativas difíceis de se conectar e pouco críveis em seus desenvolvimentos, os longas falham em sua missão de mostrar um “outro lado” dos criminosos mais famosos do Brasil.

    2,8/5,0

    Nossa nota

    Assista ao trailer:

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