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    CRÍTICA – O Culpado (2021, Antoine Fuqua)

    O Culpado (The Guilty) é um novo filme da Netflix que em seu primeiro dia no streaming já figurou no Top 10 do Brasil. A produção estrelada por Jake Gyllenhaal (O Homem Duplicado) ocupou a 2ª posição entre as mais populares do momento, e tudo indica que permanecerá como uma das mais assistidas por um tempo.

    Dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) e roteirizado por Nic Pizzolatto (True Detective), O Culpado da Netflix é um remake do dinamarquês Culpa (Den skyldige), nomeado pela Dinamarca como representante do país no Oscar 2018. Apesar de ser destaque no país, o filme não ficou entre os cinco indicados à premiação.

    SINOPSE DE O CULPADO

    Um detetive rebaixado a operador de chamadas de emergência tenta salvar uma mulher desesperada em meio a um dia frenético cheio de revelações – e acertos de contas.

    ANÁLISE

    Fazer um remake é sempre um desafio. Se a produção original é aclamada ou possui algum reconhecimento positivo, a nova versão já nasce com a pressão de obter uma aceitação igualmente positiva.

    Por sua vez, se a obra que servirá como base foi mal recebida, o novo filme nascerá com uma imagem negativa, o que poderá resultar em resistência por parte de público e crítica especializada.

    É nesse contexto que O Culpado da Netflix se encontra, embora a pressão não seja tão grande quanto a que irá pairar sobre o vindouro remake do sucesso dinamarquês Druk – Mais uma Rodada (2020), vencedor da categoria Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2021.

    Com 1h31min de duração, O Culpado se passa em uma tumultuada noite em que queimadas estão tomando conta de regiões dos Estados Unidos. Joe Baylor (Jake Gyllenhaal) é um policial asmático que está sofrendo as consequências das queimadas, além de lutar contra seus próprios demônios.

    O Culpado é um filme da Netflix com Jake Gyllenhaal baseado na produção dinamarquesa Culpa (Den skyldige), indicada pelo país ao Oscar 2018.

    Logo cedo o filme explicita que Baylor não pertence ao local onde está trabalhando, pois o policial não demonstra ter capacidade e, principalmente, tranquilidade para lidar com as ligações que atende no 911, o centro de emergências da polícia do país.

    O Culpado é praticamente todo gravado em uma única locação: duas salas do mesmo andar em que Baylor está diante do computador atendendo ligações com seu headset e checando informações das vítimas e de possíveis criminosos nas telas à sua frente.

    Digo praticamente porque há algumas cenas em CGI para contextualizar os incêndios, e uma abordagem policial que fica sobreposta ao personagem de Gyllenhaal.

    Essa única locação potencializa um ponto positivo e viabiliza um negativo, de certa forma. O positivo é que a história se desenrola por meio de chamadas telefônicas. Os personagens com os quais Joe Baylor interage jamais aparecem. Atores e atrizes atuam muito bem apenas com a voz e contribuem para a construção de momentos de tensão.

    No entanto, há situações que seriam mais interessantes se fossem mostrados os cenários e os personagens envolvidos nas cenas, mesmo que a construção narrativa continuasse se baseando pelas conversas via telefone. Esse é o ponto negativo dessa escolha criativa.

    A história é muito boa, como você poderia esperar de uma produção baseada em outra que recebeu reconhecimento em seu país de origem. Ainda mais a Dinamarca, cujo cinema nacional tem se destacado muito nos últimos anos.

    Não só a história é boa, como a construção do suspense também é muito bem feita. No entanto, como se trata de um filme, espera-se que o visual faça a diferença. E aqui O Culpado peca, pois o que se vê em tela pouco acrescenta.

    As cenas que exigem uma entrega mais intensa de Jake Gyllenhaal deixam a desejar em alguns aspectos. Ele é um bom ator e atua com veracidade em momentos de explosão. Filmes como O Abutre, por exemplo, explicitam a qualidade técnica do ator. Apesar disso, nas cenas em que a emoção aperta, você sentirá falta de ver um choro genuíno correndo pelo rosto de Joe Baylor.

    VEREDITO

    O Culpado surge com a difícil missão de ser o remake de um filme dinamarquês com boa repercussão. Apesar da pressão, a produção original da Netflix se sai bem, pois é ancorada em uma boa história original repleta de suspense.

    Entretanto, acredito que talvez a experiência seja melhor se você der play usando o aplicativo da Netflix no seu celular e deixá-lo no bolso. Isso mesmo: O Culpado tinha tudo para ser um ótimo podcast, pois as atuações somente por vozes são o principal fator para a construção desse bom suspense, de modo que o que se vê em tela não apresenta nada de marcante.

    A produção da Netflix também tem potencial para suscitar a curiosidade de assistir à Culpa, obra original que serviu como base para O Culpado. Se isso ocorrer com você, saiba que o original dinamarquês atualmente está disponível na Amazon Prime Video.

    Nossa nota

    3,7 / 5,0

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    Noites Sombrias #33 | A Lenda de Candyman (2021, Nia DaCosta)

    A Lenda de Candyman é um filme que é dirigido pela cineasta Nia DaCosta e tem Jordan Peele (Nós) como um dos roteiristas. No Noites Sombrias de hoje, vamos fazer a crítica do longa que fez sucesso na crítica especializada.

    SINOPSE

    O artista Anthony McCoy (Yahya Abdul-Mateen III) está buscando inspiração para sua nova obra de arte, uma vez que quer participar da exposição realizada por sua namorada, Brianna Cartwright (Teyona Parris), uma diretora de uma galeria. 

    Para isso, ele vai até o novo Cabini Green, um extinto conjunto habitacional em que o Candyman (Tony Todd) assombrava suas vítimas e o artista acaba despertando o mal novamente. Será que eles conseguem sobreviver?

    ANÁLISE

    Em 1992 O Mistério de Candyman vinha como uma nova proposta de filmes de terror slasher, pois trazia um assassino sobrenatural e discutia as questões raciais, mesmo que pela perspectiva de uma mulher branca como protagonista e as lentes de um diretor também caucasiano.

    Eis que em 2021, Jordan Peele renovou o longa e trouxe uma diretora afiada para o projeto, um alívio para termos um novo filme em mãos.

    A Lenda de Candyman possui diversos aspectos muito interessantes em sua ideia. O primeiro deles é a perspectiva por eles negros, visto que o lugar de fala é respeitado aqui. O segundo é toda a metalinguagem da questão do pertencimento. Em diversos momentos, o filme deixa na entrelinha que os negros não pertencem à elite, e isso incomoda, gera desconforto, todavia, nos faz refletir.

    No aspecto do terror, há uma subjetividade, uma vez que o antagonista Candyman aparece nas sombras, no fundo, com uma excelente sacada da direção que dá um ar fantasmagórico ao personagem. Entretanto, o terror aqui não tem sustos, o que pode incomodar quem busca algo mais tradicional e que foi feito na década de 90 no primeiro filme.

    VEREDITO

    Com uma ideia de terror mais social e que traz boas reflexões, A Lenda de Candyman é um excelente filme para quem busca um material de qualidade. 

    Com boas atuações, uma direção e fotografia inspirados e um roteiro bem desenvolvido, o longa é uma das boas opções de obras apresentadas em 2021. Assista quando puder!

    Nossa nota

    4,5/5,0

    Confira o trailer de A Lenda de Candyman:

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    CRÍTICA | Ataque dos Titãs – Volume 2 (2021, Panini)

    Como o fim do primeiro Volume mostrava o começo da queda da muralha Rose, no Volume 2, uma nova onda parece favorecer os habitantes das muralhas quando uma nova possível esperança surge de onde eles menos esperam.

    Quando Eren é comido por um Titã em uma tentativa de salvar Armin, Mikasa toma todo o protagonismo para si. E enquanto descobrimos mais sobre o passado da personagem “vinda de um lugar que no passado chamavam de Oriente”, vemos o desenrolar da segunda invasão das muralhas que protegem a última linha de defesa da humanidade.

    Post relacionado: CRÍTICA | Ataque dos Titãs – Volume 1 (2021, Panini Comics)

    SINOPSE

    Depois de cem anos de paz, eles conseguiram destruir a Muralha Maria e, agora, estão tentando transpor a Muralha Rose! Mesmo com tantas perdas, Mikasa ainda tenta reunir forças para seguir em frente!

    ANÁLISE

    Volume 2

    Um dos arcos mais brilhantes da Segunda Fase de Ataque dos Titãs se dá no volume 2 do mangá. Com a descoberta da história de Mikasa, uma maior profundidade sobre a vida do doutor Grisha Yeager e de seu filho Eren, nos fazem entender o vínculo que uma das mais poderosas e proeminentes desenvolve com os membros daquela família.

    A forma como Hajime Isayama desenrola os eventos da história, mostram a força de alguns personagens, enquanto trás à tona o que há de pior em outros.

    Com quadros tão assustadores quanto humanos, o mangaká mostra o quão longe o terror da guerra pode levar até mesmo aqueles que são os ditos “protetores” da humanidade.

    A recém-formada 104ª Unidade, é quase que completamente dizimada ao enfrentar os Titãs pela primeira vez em meio ao ataque à Muralha Rose.

    Com apenas 9 dos 10 melhores cadetes aparentemente vivos, os últimos membros do esquadrão precisam fazer de tudo para impedir que mais titãs adentrem ainda mais na cidade e consumam ainda mais membros das outras divisões.

    Com poucos ou nenhum comandante na linha de frente, a unidade 104 é a única que pode agir a fim de garantir a sobrevivência daqueles ainda dentro da Muralha Rose. Mas para obter êxito e conseguir completar o que os foi ensinado, precisam de suprimentos como cilindros de gás para seus aparelhos de locomoção 3D e lâminas para destruir ainda mais inimigos.

    SURGE UMA NOVA LINHA DE DEFESA

    Volume 2

    Quando todos pensavam que não havia nenhuma saída, um novo Titã surge em meio ao cerco e pela primeira vez em 100 anos, um titã que luta contra outros de seu tipo surge, dando esperança aos humanos. Com personagens mostrando já no volume 2 a importância que eles terão não apenas para o Esquadrão de Reconhecimento, como também na história dos Eldianos que habitam a Ilha Paradis.

    Com Armin assumindo um papel de estrategista da equipe e Mikasa atuando como a imponente tomadora de decisões que ela tem o potencial de ser, o time obtém êxito e faz uso da sua mais nova arma para derrotar os últimos Titãs inimigos dentro da Muralha Rose e retomam o Paiol de armas.

    O volume 2 do mangá chega ao fim com uma assustadora revelação, enquanto coloca os sobreviventes em caminho de colisão com enormes e importantes descobertas que representam um maior crescimento não apenas do povo, como também tecnológico e cultural daquele povo.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    O mangá está sendo reimpresso no Brasil pela Panini Comics. O Volume 2 conta com as edições 6 até a 10.

    Autor: Hajime Isayama, Ryo Suzukaze, Satoshi Shiki, Thores Shibamoto

    Páginas: 200

    Ano de Publicação: 2021

    Editora: Panini

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    CRÍTICA – Ninguém Sai Vivo (2021, Santiago Menghini)

    Ninguém Sai Vivo é um filme de terror sobrenatural original da Netflix e conta com a direção de Santiago Menghini e o roteiro de Jon Croker e Fernanda Coppel.

    SINOPSE

    Uma imigrante ilegal mexicana se muda para uma pensão decadente dos Estados Unidos, mas o que ela não sabe é que coisas macabras acontecem nas sombras desse lugar horripilante.

    ANÁLISE

    Ninguém Sai Vivo é um filme que apresenta uma linha narrativa focada em um drama pessoal, vivido pela protagonista Ambar, interpretada pela atriz Cristina Rodlo e o outro no aspecto fantasmagórico e sobrenatural.

    No que tange à problemática de Ambar, o longa foca nas questões da imigração e foge muito da proposta de ser uma obra assustadora, pois vemos a personagem sofrer, mostrando mais aspectos de drama. De fato, o foco aqui é mostrar a fragilidade de um sistema injusto e como essas pessoas que buscam uma vida melhor sofrem nas mãos de pessoas ruins. A ingenuidade dela é algo que até incomoda, mesmo que Ambar seja uma final girl.

    Já no ponto do terror, de positivo, temos a fisicalidade e o gore bem forte. A violência é bem proeminente e isso faz com que as cenas sejam bem impactantes, gerando aquela agonia que queremos ver em longas do gênero. Todavia, a quantidade grande de jump scares e alucinações nos tira bastante do filme, uma vez que são recursos baratos para esconder falhas no aspecto de gerar tensão.

    Um dos acertos está na composição dos vilões que são bastante ameaçadores, seja por sua força, seja por sua aparência horrenda e que vai trazer pesadelos para os mais sensíveis. Há aqui uma alegoria de que os mais necessitados são invisíveis e descartáveis e isso é uma boa questão para se refletir em Ninguém Sai Vivo.

    VEREDITO

    Ninguém Sai Vivo é um filme de terror que apresenta uma mistura de gêneros, mas que por conta disso mostra uma trama quase desconectada. Os sustos são genuínos, mas a quantidade de técnicas que forçam isso puxam um pouco para baixo a experiência. Contudo, mesmo que seja um pouco maçante, o novo longa da Netflix tem pontos interessantes para agradar os fãs do gênero.

    Nossa nota

    3,0/5,0

    Confira o trailer de Ninguém Sai Vivo:

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    CRÍTICA – A Casa Sombria (2021, David Bruckner)

    Um dos mais brilhantes elementos do horror, é o que não podemos nomear, ou até mesmo entender a princípio. A Casa Sombria é o mais novo filme de David Bruckner, diretor responsável pelo reboot de Hellraiser.

    Com um tema tão pungente quanto difícil, A Casa Sombria faz uso do luto como uma força que move a trama para frente, levando Beth (Rebecca Hall) por caminhos tão obscuros quanto os sentimentos que a rodeiam.

    SINOPSE

    Em A Casa Sombria, lutando por conta da morte inesperada de seu marido, Beth (Rebecca Hall) vive sozinha em sua casa à beira do lago. Ela tenta o melhor que pode para se manter bem, mas possui dificuldades por conta de seus sonhos. Visões perturbadoras de uma presença na casa a chamam, acenando com um fascínio fantasmagórico. Indo contra o conselho de seus amigos, ela começa a vasculhar os pertences do falecido, ansiando por respostas. O que ela descobre são segredos terríveis e um mistério que está determinada a resolver.

    ANÁLISE

    O diferencial de um suspense, é como ele é estruturado. Seja por meio de pistas visuais, ou linhas curtas de diálogos. Ainda que A Casa Sombria se sobressaia em relação à filmes de gêneros análogos como Maligno, ele não inova tanto, mas cumpre seu potencial.

    Com um início que nos faz sentir tão confusos, quanto de alguma forma enlutados pela repentina morte de Owen (Evan Jonigkeit), a atuação de Rebecca Hall, assim como a direção de David Bruckner nos fazem desenvolver uma rápida familiaridade por Beth. Com pistas implantadas no canto das telas, ou por vezes diante dos nossos olhos, A Casa Sombria nos faz questionar se o que vemos é realmente o que está na tela.

    Enquanto tenta lidar com o luto e o sentimento de perda, ao tentar matar a saudade por meio fotos e vídeos antigos, Beth se depara com segredos que Owen parece querer esconder dela a todo custo. Ao começar a questionar sua própria sanidade, somos lançados à trama de forma decisiva e por vezes assustadoras, com jump scares, e trilhas sonoras que nos colocam na beirada da cadeira quando a noite cai.

    Enquanto funciona como uma mensagem sobre o luto, A Casa Sombria traz em sua trama medos tão humanos e básicos, quanto primordiais. O subtexto do filme nos apresenta elementos que precisam ser discutidos a todo momento, e nada melhor para fazê-lo em um filme que vai muito além do mais legítimo horror de se deparar com o inexplicável.

    VEREDITO

    A Casa Sombria

    A atuação de Rebecca Hall nos deixa por vezes tão confusos quanto maravilhados com o que testemunhamos em tela. Seja por sua confusão, ou por sua habilidade na frente da câmera. Com o desenrolar do filme, testemunhamos alguns momentos assustadores e torcemos para que a noite não chegue, pois com,  ela, chegará muito mais do que a solidão e a escuridão. A noite traz a incerteza, o medo e o inexplicável.

    Por meio de um roteiro bem amarrado, o filme encerra seu arco imensamente distante de onde ele teve início, mostrando que seu reflexo pode contar uma história tão assustadora quanto apenas seus sonhos podem ser.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    TBT #144 | Detona Ralph (2012, Rich Moore)

    Nos aproximando de outubro, o Mês das Crianças, nada mais justo do que trazer um TBT especial para a data. Um TBT que represente tanto crianças de agora quanto crianças há mais tempo. Detona Ralph é uma animação da Disney que acerta muito bem no que mira. Um carinho nos saudosistas e uma ode aos games – tanto os primordiais quanto os mais atuais.

    Detona Ralph como um TBT também abre um projeto especial em alusão às celebrações do mês de outubro. Este será divulgado nos primeiros dias do mês através de nosso Instagram, mas já adianto que teremos surpresas também na Twitch.

    SINOPSE

    Ralph está cansado de ser desprezado no seu próprio jogo de fliperama. Para ganhar a atenção do herói Felix e todos os outros personagens, o vilão tem um plano e sai em busca de uma medalha, com a intenção de provar o seu valor.

    “Às vezes, eu penso… deve ser legal ser o mocinho.”

    Detona Ralph

    Detona Ralph é uma das melhores animações da última década. Como não podia faltar em uma obra da Disney, a animação trabalha muito bem o valor da amizade. Mas não apenas isto, Detona Ralph é também um filme sobre autoconhecimento e aceitação.

    A construção da personalidade de Ralph como um vilão que não gosta tanto da solidão que seu ofício traz é muito interessante. Tão interessante quanto, é a construção da personagem de Vanellope, destacando a beleza em não se enquadrar em padrões.

    “A alta definição do seu rosto… é incrível.”

    É óbvio que não só de temas pesados se faz uma boa animação. A diversão é trazida à Detona Ralph não só pelas cores e personagens caricatos, mas também pelo contraste entre gerações.

    Intencionalmente ou não, o filme destaca elementos fundamentais de grandes sucessos do mundo dos games como mecânicas e o level design de jogos antigos. Apesar de parecerem simples se comparados com jogos mais recentes, foram fundamentais para construção de conceitos e estilos que inspiraram muitos dos lançamentos de hoje em dia.

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    VEREDITO

    Tal qual seu protagonista, Detona Ralph se mostra uma animação muito bem resolvida. Mostrando desde o início que tem um propósito maior do que simplesmente referenciar jogos, não se limita na exploração destes. Extrapola, ousa e às vezes até exagera em parcerias inusitadas, misturas bastante engraçadas e químicas interessantes que resultam em um entretenimento bem cadenciado e com boas surpresas.

    Para fãs de games, é claro que o jogo entrega tudo e mais um pouco do que estes nerds esperam. As cenas de personagens famosos de jogos lendários em sua vida casual é algo muito bem pensado e que só mostra a criatividade de toda a equipe. Detona Ralph é uma boa pedida para qualquer momento e podem ter certeza que tem um lugar especial no meu coração.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    E vocês, curtiram Detona Ralph?

    Detona Ralph está disponível no Disney+.

    Assista ao trailer dublado:

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