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    CRÍTICA – DP Dog Day (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    A série sul-coreana, DP Dog Day é uma produção original da Netflix que tem conquistado bastante público, até mesmo aqueles que faziam cara feia para dramas coreanos.

    Criado por Han Jun-hee e Kim Bo-Tong, DP Dog Day tem um olhar mais crítico sobre a lei militar e seus desdobramentos.

    SINOPSE

    Devido o seu comportamento, o recente alistado Ahn Jun Ho (Jung Haein) , é convidado a integrar a unidade especial no quartel, cujo objetivo é capturar desertores para serem punidos.

    Ao longo das tentativas de completar as missões, Ahn Jun Ho e seus companheiros percebem que existem muitas questões bem mais complexas do que fugir da obrigação militar.

    ANÁLISE

    Para quem não sabe, na Coreia do Sul existe o Artigo 3° que é a lei onde especifica que todo homem fisicamente apto, com idade entre 18 e 28, deve cumprir alistamento militar nas Forças Armadas por dois anos.

    Esta obrigação, e seu sistema, que DP Dog Day quer criticar, com uma excelente direção, a produção começa com um tom mais leve, mostrando algumas cenas engraçadas e até divertidas, com soldados que não são tão preparados assim para ter que lutar e capturar alguém.

    Algumas cenas são bem feitas, com lutas coreografadas para passar mais realidade em seus movimentos orgânicos, um ponto positivo da direção. No decorrer da trama, questões mais violentas são introduzidas deixando o tom mais pesado sem exagerar na explicação, mudando a realidade da narrativa que se iniciou de forma mais leve e descontraída.

    Um dos destaques de DP Dog Day, o personagem Ahn Jun Ho possui problemas nos laços afetivos, por isso, precisa estar mais presente na rotina da sua família, mas o alistamento tira da sua necessidade com aqueles que ama por dois anos, concentrando um bom ar dramático a ele.

    Mesmo ciente que não pode ajudar seus familiares, tenta cumprir com as tarefas e respeitar ordens que por muitas vezes são completamente absurdas.

    Com cenas que alternam entre colapsos agressivos e outras onde demonstra sua empatia, o ator Jung Haein consegue entregar uma atuação perfeita, um trabalho muito convincente em passar a visão do personagem principal, umas das escolhas mais acertadas.

    Porém, não está sozinho, destaque para Koo Kyo Hwan, Seong-gyoon Kim e por último e não menos importante, Cho Hyun Chul, que atuam excelentemente bem, conseguindo transpassar a agonia de acarretar ordens abusivas, lidar com problemas pessoais enquanto a mente sofre as consequências de tanta pressão.

    Com ótimo trabalho de roteiro, DP Dog Day consegue girar em torno de vários problemas sem ficar confuso ou ter muita informação.

    Mostrando o quanto, diversos homens precisam realizar seus sonhos e dar prosseguimento a projetos, mas se sentem com a vida roubada por ter que se alistar.

    A série original da Netflix, também critica outro problema comum não apenas nos militares sul-coreanos como nos brasileiros, sendo a questão do assédio moral e abuso de poder no quartel, focando em vários personagens que cometem ou são vítimas de constantes agressões humilhações muito violentas.

    Muitos só enxergam a fuga das forças armadas como alternativa para superar tantos problemas, que sabem que seus superiores não estão preocupados em resolver, principalmente, quando envolve soldado com família abastada e fluente.

    VEREDITO

    A dupla Han Jun-hee e Kim Bo-Tong, fez um trabalho magnífico na direção e criação de roteiro que aborda com uma crítica exemplar, assuntos como: a lei de serviço militar, assédio, abuso de poder, masculinidade violenta e desigualdade social.

    Seus esforços e sucesso também foram notadas na escalação de um elenco que passa toda a dramaturgia dos problemas de forma muito convincente.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    Confira o trailer de DP Dog Day:

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    CRÍTICA – Esticando a Festa (2021, Stephen Herek)

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    Esticando a Festa é um filme da Netflix com direção de Stephen Herek (Meu Adorável Professor) e roteiro de Carrie Freedle. No elenco estão Victoria Justice (Brilhante Victoria), Midori Francis (Dash & Lily) e Adam Garcia

    SINOPSE

    Cassie (Victoria Justice) é uma jovem festeira que experimenta uma das maiores decepções de sua vida: morrer durante a semana de seu aniversário. Para sua surpresa, ela tem uma segunda chance de corrigir essa injustiça, voltando à Terra para corrigir seus erros.

    ANÁLISE

    Mais uma vez a fórmula Netflix produz um filme mediano para a lista de Top 10 da semana. Esticando a Festa fica na zona de conforto do serviço, não sendo nem tão engraçado e nem tão dramático. O que resta é uma história fraca, mas que certamente fará algum sucesso entre o público da gigante do streaming.

    Isso porque, o longa tem alguns pontos interessantes. A trama de Cassie, que de uma hora para outra, acaba morrendo e precisa resolver suas pendências na Terra para ficar em paz, é no mínimo curiosa. Acompanhar como ela interage com as pessoas e principalmente como sua melhor amiga Lisa (Midori Francis) é divertido e rende bons momentos de amizade.

    Victoria e Midori apresentam boas atuações, que juntas criam uma certa dinâmica gostosa de assistir. Além disso, Esticando a Festa tem um forte senso de amizade, quando Cassie e Lisa tratam de sua amizade e trazem a tona discussões sobre perdão, o filme ganha um tom mais pensativo e emocional. 

    Dessa forma, é interessante notar como a produção busca um texto mais assertivo para uma coisas e um tanto desastroso para outra. O arco, no qual Cassie precisa resolver suas pendências para não ir para o Inferno até parece interessante no começo, mas logo se revela desanimador à medida que o filme não o explora devidamente. 

    Ainda que Robyn Scott como o anjo Val seja uma boa mentora para Cassie, não é o suficiente para que o espectador compre as consequências das ações da protagonista. Além disso, os problemas de Cassie com os pais são até compreensíveis, mas Adam Garcia e Gloria Garcia em nada se parecem com pais realmente sofrendo pela morte de uma filha. 

    No entanto, Esticando a Festa é um filme sobre autoconhecimento, amadurecimento e o impacto que nossas ações podem ter na vida das pessoas ao nosso redor, principalmente naqueles que amamos. Nesse sentido, se for para desopilar e receber uma mensagem positiva o filme é a escolha certa. Se não, pelo menos os looks de Victoria Justice são fantásticos. 

    VEREDITO

    Esticando a Festa é o novo filme da Netflix com Victoria Justice no papel principal. O filme traz todo o carisma da atriz e ainda acerta ao trazer temas como a amizade. Contudo, é um filme fraco, sem grande profundidade ou momentos memoráveis. 

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Esticando a Festa já está disponível no catálogo da Netflix.

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    CRÍTICA – Sex Education (3ª temporada, 2021, Netflix)

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    A terceira temporada de Sex Education sofreu atrasos por conta da pandemia assim como todas as produções mundo afora, mas os alunos de Moordale, a “Escola do Sexo”, retornam ao catálogo da Netflix no dia 17; para a alegria dos fãs.

    Graças à sua atitude progressista e personagens brilhantes, é seguro dizer que sou fã da série. Assisti a 1ª temporada rapidamente e fiquei contando os dias para o lançamento da 2ª; e agora estou em êxtase porque a 3ª chega este mês!

    A convite da gigante do streaming assisti a mais nova temporada e conto – sem spoiler – o que achei desta aguardada continuação.

    SINOPSE

    Com a descoberta inesperada da gravidez de Jean (Gillian Anderson), há muitas incertezas sobre seu relacionamento com Jakob (Mikael Persbrandt). Paralelamente a todas essas questões; há ainda a chegada de Hope (Jemima Kirke), a nova diretora de Moordale, que resolve instituir políticas mais rígidas no colégio que afetará a vida de alunos e professores.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Sex Education: Conheça os personagem da série

    ANÁLISE

    No início da segunda temporada, seguimos Otis e seu novo vício em masturbação enquanto ele planejava fazer sexo com a namorada Ola (Patricia Allison) pela primeira vez. Depois de lutar para chegar a um acordo com o relacionamento de sua mãe com o pai de Ola – e o fato de Maeve (Emma Mackey) ainda gostar dele – ele acaba perdendo a virgindade com Ruby (Mimi Keene), uma das garotas populares da escola.

    As cenas finais o mostram percebendo o erro de suas escolhas e enviando a Maeve uma mensagem de voz emocionada – apenas para ser excluída por Isaac (George Robinson) antes que ela saiba que existe.

    Na terceira temporada, temos um salto temporal de alguns meses e enquanto o relacionamento de Maeve e Otis se distancia, o do jovem “terapeuta sexual” e Ruby se aproximam cada vez mais; assim como Maeve e Isaac.

    Diferente de muitas séries, os relacionamentos nunca foram o carro chefe de Sex Education e a produção da Netflix faz – mais uma vez – jus a seu título.

    VEREDITO

    Com novas caras para reforçar o elenco, a série segue perfeita ao abordar temas necessários e considerado ainda por muitos – infelizmente – “um tabu”. Temas como gênero, bullying, orientação sexual escolar, inclusão e respeito são apresentados de forma divertida, algumas vezes dramáticas, mas sempre com propriedade.

    A participação de Jason Isaacs (mais conhecido como Lucius Malfoy na franquia Harry Potter) como o irmão mais velho do Sr. Groff (Alistair Petrie) que junto com o pai praticava bullying com o caçula é certamente o ponto alto da temporada. Sex Education consegue mostrar não só a importância de determinados assuntos para a juventude como seus impactos na vida adulta.

    Vale citar, como menção honrosa, que ver Otis em uma versão “garoto transante” foi extremamente divertido e apesar de sempre torcer para que Maeve e ele conseguissem ficar juntos, eu brevemente torci por essa nova e inesperada versão.

    Droga! Como eu poderia deixar de falar de Eric (Ncuti Gatwa)? Sim, ele continua perfeito! Apesar de todos os personagens contarem com tempo de tela bem equilibrados e muito bem trabalhados, o jovem ator ruandense-escocês continua brilhando forte em seus momentos com seu personagem carismático, divertido, empolgante e envolvente.

    Que venha uma 4ª temporada!

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Sex Education chega ao catálogo da Netflix no dia 17.

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    Inspiration4: Viagem Estelar | Conheça a ambiciosa minissérie da Netflix

    2021 está sendo o ano de civis bilionários viajarem para o espaço. Neste ano o mundo já acompanhou as aventuras de Jeff Bezos (Amazon) e Richard Branson (Virgin Group) na órbita terrestre.

    Agora, um novo passo importante da corrida espacial será dado em 15 de setembro, e Inspiration4: Viagem Estelar, ambiciosa produção original da Netflix, está nos permitindo acompanhar “quase em tempo real”.

    Chamo a produção de ambiciosa porque ela está sendo feita enquanto eu escrevo esse texto, embora já tenha estreado em 6 de setembro. Curioso, né?

    A produção é desenvolvida pela TIME Studios em parceria com a Known, e publicada exclusivamente pela Netflix. Os dois primeiros episódios já estão disponíveis, outros dois serão lançados em 13 de setembro, e o capítulo final em 30 de setembro.

    Sabe o que acontece entre 13 e 30 de setembro? A viagem especial da SpaceX que está sendo documentada “quase em tempo real”.

    O QUE É A INSPIRATION4?

    A Inspiration4 que dá nome ao documentário é uma missão espacial da SpaceX, empresa de Elon Musk, que será comandada pelo bilionário CEO da Shift4 Payments, Jared Isaacman. Essa será a primeira viagem espacial com tripulação somente composta por civis.

    Além de ser a primeira all-civilian mission to orbit, há mais motivos que distinguem a Inspiration4 de qualquer outra missão já realizada.

    Isaacman está financiando a viagem para os outros três civis e, por esse motivo, ocupa o cargo de Liderança. A escolha dele e da SpaceX foi criteriosa e abrangente. Além disso, há um caráter humanitário, até mesmo como uma resposta a críticas recorrentes quando o assunto é desbravar o universo.

    A causa humanitária é receber doações para o St. Jude Children’s Research Hospital, um centro de saúde referência nos Estados Unidos em pesquisas e tratamento de câncer. O St. Jude Children’s Research Hospital está diretamente ligado com a escolha da primeira civil que irá compor a Inspiration4.

    Inspiration4: Viagem Estelar acompanha "quase em tempo real" o grande passo da humanidade na corrida espacial que acontecerá em 15 de setembro
    Jared, Dra. Sian, Hayley e Chris | Créditos: Inspiration4 / John Kraus

    Seu nome é Hayley Arceneaux, uma mulher que sobreviveu a um câncer nos ossos quando era criança. Ela foi tratada no hospital, e hoje é enfermeira no local, ajudando a tratar pacientes com leucemia e linfoma.

    Com 29 anos atualmente, Hayley será a pessoa mais jovem que venceu o câncer a viajar para o espaço, e a faz merecer o cargo que representa Esperança.

    O terceiro tripulante foi escolhido por sorteio após a campanha ser publicamente divulgada no Super Bowl 2021. A condição para participar era doar qualquer quantia para o St. Jude Children’s Research Hospital.

    O sorteado foi Chris Sembroski, um homem que desde a infância nutre grande curiosidade sobre o universo. As formações acadêmica e experiências militares de Sembroski também têm tudo a ver com engenharia espacial, inclusive atuando para que a corrida espacial fosse aberta para o setor privado, possibilitando a existência de empresas como a SpaceX.

    Por ter doado ao hospital, Chris Sembroski ocupa o cargo que representa Generosidade.

    Ocupando o cargo da Prosperidade está a Dra. Sian Proctor, outra entusiasta do universo desde a infância. Nascida no Guam, ela é filha de um profissional que dedicou a carreira a assuntos espaciais, tendo trabalhado nas missões Apollo, inclusive. Em 15 de setembro, Dra. Proctor fará história também por ser a quarta mulher negra a viajar para o espaço.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE INSPIRATION4: VIAGEM ESTELAR

    Os dois primeiros episódios da minissérie possuem 45 minutos de duração cada e apresentam a missão, os tripulantes, os riscos envolvidos e as preocupações dos familiares dos civis.

    Dirigido por Jason Hehir (Arremesso Final), Inspiration4: Viagem Estelar começa com grandes méritos por ser objetiva, condensando tantas histórias importantes sem ser prepotente.

    Não se trata de um documentário para dourar a pílula. A produção não é focada exclusivamente na SpaceX e nas benfeitorias do bilionário Isaacman. É lógico que poderá ter um efeito positivo na imagem de ambos, mas isso é consequência, e não o foco.

    É até surpreendente que a iniciativa financiada por Isaacman tenha um documentário produzido por veículos muito importantes, mas distribua o foco entre os tripulantes e outras fontes relevantes de maneira justa nesses dois primeiros capítulos.

    Créditos: Inspiration4 / John Kraus

    As histórias de cada tripulante são muito bem contadas. Tanto os relatos dos civis, como os depoimentos de seus familiares são reais e emocionantes. A produção não esconde que existem riscos envolvidos, que a SpaceX trabalha para minimizá-los, e que os familiares carregam um fardo por conta das possibilidades negativas.

    É interessante ver que Elon Musk responde diretamente à pergunta que ronda o assunto viagem espacial: Por que investir dinheiro para viajar a outros planetas se a humanidade possui tantos problemas na Terra?

    De fato, é uma pergunta justa. Creio que cabe a cada pessoa julgar se a resposta de Musk é honesta, ética, positiva ou nada disso…

    O certo é que a forma como a missão foi montada e os objetivos planejados também falam por si – possivelmente são mais efetivos que a resposta do CEO da SpaceX, inclusive.

    Por que Inspiration4: Viagem Estelar é ambiciosa?

    Inspiration4: Viagem Estelar é uma minissérie que está sendo documentada desde meados de 2020. Até aí, nenhuma novidade.

    O diferencial ambicioso da produção da Netflix é que ela continua sendo filmada e editada até agora. O terceiro episódio da minissérie documental irá contar como foi o treinamento da tripulação, cujas etapas iniciaram em março de 2021.

    Pense que enquanto as ações da SpaceX e dos futuros viajantes estão sendo filmadas, entrevistas com familiares e profissionais envolvidos com a missão também acontecem. Além, é claro, de todo o processo de edição.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Top Secret: OVNIs (1ª temporada, 2021, Netflix)

    O grande feito da Netflix e dos produtores, que traz a real importância do “quase em tempo real”, é que o episódio final será divulgado em 30 de setembro, 15 dias após o lançamento rumo à órbita da Terra. A viagem deverá durar três dias e ocorrerá em altura superior à Estação Espacial Internacional (ISS em inglês).

    Imagine a correria para produzir, documentar, editar e publicar tudo isso em 15 dias…

    A Netflix se diferencia a passos largos de outros serviços por veicular uma produção nesse formato. Assim como a ambiciosa missão espacial, o serviço de streaming pega carona e alça voos igualmente ousados.

    Estou muito animado para o grande passo que a humanidade está prestes a dar, bem como para as novas regras do jogo que a Netflix pode estar ditando com o novo modelo. Até aqui com esses dois episódios, minha nota seria 5,0 / 5,0.

    Assista ao trailer de Inspiration4: Viagem Estelar

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    CRÍTICA – Sonic Colors: Ultimate (2021, SEGA)

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    Neste 7 de setembro foi lançado oficialmente Sonic Colors: Ultimate para diversos consoles. O jogo é um remake remasterizado do título originalmente lançado em 2010 para Nintendo DS e Wii.

    Sonic Colors: Ultimate está disponível para PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch. A versão Deluxe garantiu acesso antecipado ao game e mais alguns bônus de customização.

    Quem jogou antecipadamente se deparou com uma série de bugs visuais que comprometeram a experiência. Os glitches foram compartilhados aos montes nas redes sociais.

    Houve quem afirmasse que muitos bugs relatados ocorreram apenas em emuladores, alguns chegando a acusar que determinados relatos eram falsos.

    De qualquer forma, a desenvolvedora Blind Squirrel Games abriu um canal para receber feedbacks da comunidade e lançar atualizações para corrigir os problemas sinalizados (veja no tweet abaixo).

    Afinal, Sonic Colors: Ultimate é realmente ruim? Veja nossa análise do jogo para Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Dr. Eggman construiu um imenso parque de diversões interestelar cheio de passeios incríveis e atrações coloridas – mas tudo é movido pela energia dos Wisps, uma raça alienígena que o vilão capturou.

    Use a super velocidade do Sonic para libertar os Wisps e aprender os segredos dos seus poderes fantásticos enquanto explora seis mundos únicos e coloridos, cada um repleto de inimigos perigosos e obstáculos a superar.

    Agora com deslumbrantes visuais aprimorados, recursos adicionais, um novo modo e jogabilidade melhorada, esta é a experiência definitiva de Sonic Colors.

    ANÁLISE DE SONIC COLORS: ULTIMATE

    O visual gráfico é parte fundamental para uma experiência completa em Sonic Colors: Ultimate. Afinal, o título lançado para consoles anteriores da Nintendo é bem avaliado pela comunidade. Além do nome fazer alusão às cores, é claro.

    Ou seja, havia grande expectativa para essa remasterização lançada agora para PC e consoles. Por isso, a enxurrada de bugs que tomou conta das redes sociais antes do lançamento da versão padrão de Sonic Colors: Ultimate realmente prejudicou o jogo.

    Recebemos o jogo na noite de 6 setembro e afirmo que não notei bugs visuais comprometedores. Acredito que entre o lançamento antecipado e horas antes de lançá-lo oficialmente a SEGA e a Blind Squirrel Games conseguiram corrigir problemas graves. Alguns relatos mostravam que já na primeira fase os graves glitches ocorriam, mas felizmente não estão mais acontecendo (ao menos no Switch).

    Sonic Colors: Ultimate é a remasterização do jogo lançado em 2010 e está disponível para PC e consoles. Leia nossa análise pro Nintendo Switch

    Apesar de não contar mais com bugs visuais, isso não significa que a qualidade gráfica de Sonic Colors: Ultimate esteja plenamente resolvida. As cutscenes e os mapas dos mundos possuem problemas de acabamento.

    Os destaques negativos das cutscenes são a estranha coloração de Tails e o serrilhado perceptível, especialmente nos ambientes. Em alguns momentos também há o uso excessivo de blur, indicando que a adaptação para a resolução atual poderia ser melhor.

    A respeito dos mapas, podemos dizer que o excesso de cores fez pesar ainda mais um cenário com grande quantidade de informações. O serrilhado também está presente nesta parte.

    A impressão que eu tive é que o mapa interplanetário e as telas de cada planeta apenas foram ampliadas para resoluções maiores. Dessa forma, diversos elementos coloridos estão muito próximos, quando o ideal seria refiná-los e dar mais espaçamento entre cada um.

    Sonic Colors: Ultimate possui uma gameplay divertida e variada

    Como destaquei antes, a parte visual ficou no centro das atenções por ser parte fundamental para o jogo. No entanto, a experiência em Sonic Colors: Ultimate não se limita a isso. E é na gameplay que residem seus melhores méritos.

    Pelos trailers dá a impressão de que o jogo é constantemente veloz. Quase como um teste contínuo para sua coordenação motora, como se apertar botões para pular e utilizar habilidades do Sonic fossem apenas ações automáticas, sem muito pensar.

    No entanto, o jogo mescla bem a adrenalina da velocidade, que se consolidou principalmente graças aos títulos para Mega Drive, com o estilo plataforma que tornou a franquia um sucesso.

    Sonic Colors: Ultimate é a remasterização do jogo lançado em 2010 e está disponível para PC e consoles. Leia nossa análise pro Nintendo Switch

    Além de fases que mesclam bem os dois modos de jogo, para zerar Sonic Colors: Ultimate você precisará voltar em planetas vencidos anteriormente. Isso porque muitas habilidades especiais dos Wisps são liberadas gradativamente, o que permite que você acesse áreas que na sua primeira experiência não poderiam ser acessadas, pois os Wisps estavam bloqueados.

    Um outro fator muito positivo de Sonic Colors: Ultimate é a experiência puzzle em alguns momentos. Um exemplo disso é o uso da habilidade laser. Essa mistura de estilos ação, plataforma e puzzle torna o jogo bem dinâmico e divertido.

    Os tutoriais em meio às fases são importantes e fáceis de compreender. Isso beneficia a experiência, especialmente porque a maioria é um ícone que você precisa habilitar para receber a informação.

    No entanto, fica uma ressalva sobre a experiência de retornar em planetas jogados anteriormente: Há momentos em que não há como desviar dos tutoriais, de modo que a repetição acaba sendo cansativa, pois quebra o ritmo de jogo.

    VEREDITO

    Sonic Colors: Ultimate é um jogo dinâmico e divertido que garante horas de entretenimento. O novo game da SEGA e Blind Squirrel Games oferece uma agradável experiência imersiva em um título que mistura bem os estilos de ação, plataforma e puzzle.

    Havia grande expectativa para essa remasterização, que infelizmente foi frustrada antes mesmo do lançamento oficial da versão padrão. Apesar dos problemas visuais mais graves terem sido corrigidos rapidamente, os bugs colocaram o título em uma situação difícil de reverter, pois há também aspectos visuais que não são glitches, e sim de acabamento que poderia ser melhor, considerando a capacidade gráfica do Nintendo Switch e das demais plataformas.

    Nossa nota

    3,8 / 5,0

    Assista ao trailer de Sonic Colors: Ultimate

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    CRÍTICA – Quanto Vale? (2021, Sara Colangelo)

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    Quanto Vale? é um filme autoral da Netflix e tem Sara Congelo na direção e Michael Keaton e Stanley Tucci em seu elenco principal.

    SINOPSE

    Após o terrível ataque terrorista do dia 11/09, um advogado tem a espinhosa missão de realizar um acordo com os familiares das vítimas. 

    Agora, ele cria uma fórmula que ranqueia as vítimas por suas rendas, mas a pergunta que deve ser respondida é a seguinte: quanto vale uma vida?

    ANÁLISE

    Quanto Vale? é o tipo de filme que possui uma fórmula bastante utilizada em longas estadunidenses: um homem luta por um dos lados da moeda, o dos grandes empresários e o outro fica do lado dos pobres e oprimidos, com uma trama jurídica que se estende com diversas mudanças de pontos de vista por conta de discussões sobre ética. 

    O longa dirigido por Sara Congelo não foge dessa premissa, indo ao encontro da cartilha citada acima. O advogado Ken Feinberg (Michael Keaton) é frio e segue a risca as normas da constituição. Já sua contraparte, Charles Wolf (Stanley Tucci) é um homem que perdeu sua esposa no atentado e quer justiça para todos os que sofreram perdas irreparáveis e que querem uma compensação financeira que vai pelo menos diminuir a dor. As atuações das duas estrelas da obra são muito bem realizadas, uma vez que eles entenderam muito bem a proposta de seus papéis, encarnando bem seus personagens, mesmo que o roteiro force momentos extremamente artificiais.

    No viés artístico, Quanto Vale? traz momentos de pura emoção, pois os relatos são bastante verossímeis a tudo que ocorreu. Do ponto de vista da realidade, a forma na qual atua o escritório de advocacia de Ken foge um pouco do habitual, uma vez que busca  aquele momento catártico, mas de uma forma pouco natural, principalmente por conta do advogado que se sensibiliza de maneira muito rápida.

    Uma discussão ética de quanto vale uma vida

    No cerne da questão, o filme é muito feliz, pois nos faz pensar a forma como somos vistos por algumas pessoas. O que determina que uma vida vale mais do que a outra? Qual é a fórmula para nos transformar em números diante de uma situação quase impossível de se prever? Como mensurar a dor de quem perde um ente querido? Todas essas perguntas são respondidas de forma muito satisfatória em Quanto Vale?, entretanto, a forma é que é discutível, uma vez que a artificialidade do roteiro é algo que nos incomoda bastante, diminuindo a experiência dentro da proposta formulaica da direção.

    VEREDITO

    Com um bom elenco, mas situações nada orgânicas, Quanto Vale? nos traz um misto de emoções, pois consegue ser tocante, mas não o suficiente para nos fazer refletir por muito tempo.

    Embora tenha momentos marcantes, ainda mais que se trata de um dos capítulos mais tristes da humanidade, o longa carece de espontaneidade, uma pena, já que o potencial está todo ali. Contudo, vale a pena assistir para revivermos uma pouco da nossa humanidade tão abalada na atual conjuntura em que vivemos.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer de Quanto Vale?

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