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    TBT #134 | A Mosca (1986, David Cronenberg)

    A indústria do horror começou com produções magistrais a partir década de 1970 e sobre tantos filmes incríveis que pavimentaram o caminho, coube à década de oitenta construir as mentes brilhantes e inovadoras de artistas de maquiagem e efeitos. Até porque, estamos falando da época em que os efeitos práticos inovadores e alucinantes que inauguraram a Idade de Ouro pré-CGI do Cinema – o que significava um glorioso excesso de criaturas em horror. E é assim que o filme A Mosca, também faz parte desses projetos incríveis, uma produção que merece sempre ser homenageada.

    SINOPSE 

    Seth Brundie (Jeff Goldblum) é um cientista excêntrico que trabalha numa nova invenção, uma máquina de teletransporte – a TelePod. Ao seu lado, tem Verônica (Geena Davis), uma jornalista que acompanha seus projetos acreditando ser essa a história do ano. Ao experimentar seu novo invento, Seth não percebe que uma mosca entrou na cabine do teletransporte. O imprevisto faz com que os padrões moleculares do homem e do inseto se misturem e, pouco a pouco, o cientista vai sofrendo terríveis transformações.

    ANÁLISE 

    O cinema de David Cronenberg, é como uma autópsia ou uma dissecação: versa, invariavelmente, sobre o que há por debaixo dessa “humana” pele que vestimos. É um cinema que escalpela, para revelar, de modo explícito, da carne crua do animal que somos. A visão que o diretor possui deste animal é a seguinte: trata-se de uma besta-fera, latejando dentro da cada um de nós, sedenta de sangue, faminta por carne, ávida por sexo. Além disso, em todos os filmes do Cronenberg, seus personagens estão escondendo algo de si que, ao longo da trama, passarão por uma transformação ou metamorfose na qual eles deixarão de ser o que aparentavam para se tornar ou revelar o que – ou quem – realmente são.

    A transformação de um humano em um inseto a cada minuto do filme é com certeza bastante angustiante. Como toda obra cinematográfica, esperamos que algum milagre possa acontecer e que Seth possa voltar a ser humano, mas a cada minuto que passa, sua salvação parece estar cada vez mais distante e isso faz com que o telespectador seja jogado em uma verdadeira roleta russa de emoções.

    Seth é um personagem que representa um excesso de humanização: um cientista brilhante, extremamente culto e inteligente, autodidata, mas com determinadas habilidades sociais, ligadas ao instinto básico da sexualidade, pouco desenvolvidas. Sua dificuldade em, por meio do flerte, seduzir Verônica, o leva a expor o seu segredo para atraí-la ao seu apartamento. Verônica, é uma jornalista que, na trama elaborada por David Cronenberg, cumpre o papel de descobrir os mistérios que Seth guarda.

    Agora, talvez o maior destaque para o filme, é o seu trabalho extremamente impecável de maquiagem. Durante todo o processo de metamorfose, podemos ver nitidamente. O resultado foi um design de criatura e efeitos de maquiagem que imprimiram um realismo impressionante ao conto trágico de Cronenberg. O processo preencheu em uma transformação macabra da divisão da pele à medida que partes de insetos emergem, operadas via plataformas por vários membros da equipe ao mesmo tempo.

    O estágio final foi um impressionante boneco de haste manipulado com sistemas hidráulicos, motores e cabos que levavam oito operadores por baixo da criatura. O resultado disso? Chris Walas e Stephan DuPuis (supervisores de maquiagem) ganharam um Oscar de Melhor Maquiagem em 1987 e o mais importante: foram primordiais para transformar o filme como um clássico do gênero.

    A trama tem cheiro, forma e gosto de um verdadeiro banquete de cinema trash, isto é fato. Mas, o que muitas vezes passa despercebido pelo espectador, é o brilhantismo de toda a composição narrativa e da densidade e profundidade psicológica que podem ser encontradas nesta e em grande parte das obras do diretor.

    O que mais impressiona em A Mosca é a inteligência com que David Cronenberg trabalha a construção não apenas dos acontecimentos, mas da conotação humanista das personagens envolvidas nessa trama aparentemente inverossímil e inegavelmente fora da realidade – o que nos permite enxergar a mutação da personagem de Goldblum de forma metafórica, a exemplo da transformação do caixeiro viajante em barata no clássico literário A Metamorfose, de Franz Kafka (somada à intervenção do homem no andamento do mundo moderno, algo que ainda não possuía exacerbância na época em que vivera o escritor checo).

    VEREDITO

    O que David Cronenberg realiza em A Mosca é uma deturpação dos relacionamentos modernos e da ambição humana através da animalização do indivíduo e da expressão corporal grotesca para expor a desumanidade interna.

    A trilha do Howard Shore é maravilhosa, a maquiagem é estupenda e a direção de Cronenberg garante que toda a atmosfera e agilidade do roteiro se mantenham firmes até um fim, num filme direto, bizarro e rico.

    As atuações estão ótimas, mas Jeff Goldblum é um verdadeiro fenômeno ao saber transmitir os trejeitos, as obsessões e a perda de humanidade processual que acontece em seu personagem. O terceiro ato é particularmente magnífico, e certamente A Mosca é um daqueles filmes de terror que são obrigatoriedade para fãs do gênero.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Céu Vermelho-Sangue (2021, Peter Thorwarth)

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    Céu Vermelho-Sangue é um longa alemão dirigido e roteirizado por Peter Thorwarth e conta com Dominic Purcell (Blade Trinity/Legends of Tomorrow) em seu elenco.

    SINOPSE

    Um grupo de terroristas sequestra um avião. Entretanto, eles não esperavam que uma de suas passageiras pudesse atrapalhar seus planos, uma vez que ela é uma vampira que tem muita sede de sangue.

    ANÁLISE

    Céu Vermelho-Sangue é o tipo de filme que traz um premissa diferente e muito interessante, pois sai do lugar comum em sua apresentação.

    Ao colocar dois elementos de perigo em um avião, que já causa medo nas pessoas, por exemplo, o longa apresenta momentos claustrofóbicos que nos dão aflição.

    A direção consegue trabalhar muito bem seus personagens, uma vez que cada um dos terroristas é ameaçador, mas ninguém coloca mais medo que a protagonista, interpretada de forma incrível por Peri Baumeister (The Last Kingdom). Ela consegue usar muito bem seu corpo e sua impostação de voz, apresentando, de fato, muitas qualidades. Seus movimentos são orgânicos e muito bem coreografados, assim como os dos demais vampiros, por exemplo. 

    O jovem ator que interpreta Elias é um dos bons destaques da trama, visto que consegue entregar uma atuação bem convincente, mesmo com tão pouca idade.

    Os flashbacks são interessantes e a dinâmica da trama é envolvente, pois tem com boas sequências de ação e uma forma diferente de trabalhar uma protagonista nada frágil.

    VEREDITO

    Com uma história ousada e boas sacadas da direção e roteiro, por exemplo, Céu Vermelho-Sangue é uma excelente aposta da Netflix.

    Com uma proposta bem inventiva, que apresenta situações desesperadoras e, ao mesmo tempo, mostra boas cenas de ação, o longa é sem dúvidas uma boa surpresa no catálogo.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer de Céu Vermelho-Sangue:

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    Alfred Hitchcock: Conheça o diretor e seus 10 melhores filmes

    Quando falamos em clássicos do suspense, já pensamos imediatamente nele, Alfred Hitchcock. Mas o diretor também era conhecido como o gênio do marketing por saber explorar sua própria imagem, transformando-se em um personagem público. Um personagem que acabou se tornando um dos maiores diretores da história do cinema e referência na área do audiovisual em todas as categorias existentes.

    Alfred Joseph Hitchcock nasceu no bairro de Leytonstone, no Nordeste de Londres, Inglaterra, no dia 13 de agosto de 1899. Era filho de William Hitchcock e Emma Jane Wehlan, donos de um comércio de frutas e verduras.

    Hitchcock recebeu de seu pai uma educação rígida e repressiva que marcou profundamente a formação de seu caráter e de sua personalidade. O menino, educado por um sistema rígido e cheio de punições, acostumou-se a ter medo de muita gente – e transformou todos esses anseios em cenas para as telonas.

    O PRIMEIRO CONTATO COM O AUDIOVISUAL

    Em 1915, Alfred começou a trabalhar na Henley Telegraph and Cable Company, sendo que já em 1919, aos 20 anos, começou sua carreira no cinema ao conseguir um emprego de designer de intertítulos no estúdio da Players-Lasky, em Londres. Lá ele aprendeu a roteirizar, editar e também direção de arte; e em 1922 se tornou assistente de direção.

    INÍCIO DE CARREIRA 

    Em 1923, Hitchcock atuou na codireção do filme Always Tell Your Wife e colaborou no filme Mrs. Peabody, que foram suas primeiras experiências cinematográficas. Nos estúdios, conheceu Alma Reville e logo estavam trabalhando juntos na produtora Gainsbouroug Pictures.

    Em 1925 teve suas primeiras oportunidades como diretor com The Pleasure Garden, The Mountain Eagle e The Lodger: A Story of the London Fog que foi o seu ingresso no suspense. Os filmes foram sucesso de público e crítica. Neles, Alfred Hitchcock aparecia entre os figurantes sem ser incluído no roteiro, o que mais tarde virou rotina do cineasta.

    OS 10 MELHORES FILMES DIRIGIDOS POR ALFRED HITCHCOCK

    Rebecca: A Mulher Inesquecível (1940)

    Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele.

    Apesar de Hitchcock ser o mestre do suspense, Rebecca: A Mulher Inesquecível talvez seja o filme que mais mescla o drama e o romance ao estilo característico e preferido do diretor, os personagens são promissores, profundos, enigmáticos e bem desenvolvidos. O roteiro não deixa nada sem auto explicação e tem um desfecho excelente, se consolidando como mais uma grande obra do cineasta.

    Festim Diabólico (1948)

    Dois amigos (Farley Granger e John Dall) caçadores de aventura estrangulam seu colega de classe e organizam uma festa para a família e amigos da vítima, servindo refeições em uma mesa que na verdade é um baú que guarda o cadáver dele. Quando a conversa do jantar gira em torno do assassinato perfeito, o ex-professor (James Stewart) fica cada vez mais desconfiado que seus alunos converteram suas teorias intelectuais em uma realidade brutal.

    O filme possui a sublime direção de Alfred Hitchcock, uma câmera que passeia pelo cenário num longo plano-sequência, diálogos e takes irônicos que fazem o telespectador abrir um sorriso, visto que sabe o que ocorreu.

    O clima tenso se instaura durante todos os minutos do longa. Uma obra obrigatória para todos os fãs do suspense.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #172 | Festim Diabólico (1948, Alfred Hitchcock)

    Pacto Sinistro (1951)

    Dois completos desconhecidos concordam em matar alguém de quem o outro quer se livrar. O aristocrata Bruno Anthony (Robert Walker) encomenda a morte do seu odioso pai, e o jogador de tênis Guy Haines (Farley Granger) quer se divorciar da mulher para se casar com a filha do senador. Supondo que Bruno matasse a esposa de Guy e em troca, Guy assassinasse o pai de Bruno, não haveria conexão entre os assassinos e suas vítimas e no momento das mortes os interessados teriam álibis que os deixariam livres de qualquer suspeita.

    Ao chegar no seu destino Guy se despede de Bruno, sem pensar mais na teoria homicida dele, que considerou uma piada. Mas Bruno em sua loucura entendeu que havia um pacto entre eles. Em pouco tempo Miriam é estrangulada e agora Bruno quer que Guy mate seu pai e cumpra sua parte no acordo.

    É incrível como o diretor sempre utiliza as mesmas táticas que sempre funcionam, como dividir os acontecimentos para criar tensão nos momentos certos. Além disso, o filme possui uma das grandes sacadas do cineasta: a sua variedade de ângulos.

    Disque M Para Matar (1954)

    Em Londres, um ex-tenista profissional (Ray Milland) decide matar sua mulher (Grace Kelly), para poder herdar seu dinheiro e também como vingança por ela ter tido um affair um ano antes, com um escritor (Robert Cummings) que vivia nos Estados Unidos mas que no momento está na cidade. Ele chantageia um colega de faculdade para estrangulá-la, dando a entender que o crime teria sido cometido por um ladrão. Mas quando algo sai muito errado, ele vê uma maneira de dar um rumo aos acontecimentos em proveito próprio.

    A atmosfera de confinamento é sobremaneira teatral, mas a realização é puramente cinematográfica. É um dos mais prestigiados suspenses de Hitchcock, o cineasta fez uso de mais um plano-sequência memorável disfarçando os pontos de corte. Lembrando que 10 minutos era a duração média do rolo de um filme na época.

    Janela Indiscreta (1954)

    Em Greenwich Village, Nova Iorque, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, e em um desses momento, acaba vendo alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.

    Espirituoso, cheio de suspense, triste, engraçado e sábio, o filme confronta uma plateia com sua cumplicidade nas histórias que vê, mas também trabalha em um dos grandes confrontos entre heróis e assassinos. É um suspense de tirar o fôlego em algumas partes e consegue também ser cômico. Trata de casamentos e relações amorosas de um jeito inimaginável, e sendo formidável, com uma sutileza e precisão impressionantes. Os personagens são carismáticos e as interpretações excelentes, gerando mais um clássico do cinema.

    Ladrão de Casaca (1955)

    Cary Grant empresta seu charme para viver John Robie, também conhecido como “Gato“. Célebre ex-ladrão de joias, ele está na Riviera Francesa quando uma onda de roubos toma conta do balneário. O problema é que o ladrão utiliza o mesmo estilo dos assaltos de Robie. Convencido de que alguém quer incriminá-lo, ele dribla a polícia e tenta encontrar o impostor antes que vá parar atrás das grades. Mas antes precisa fazer com que a viúva rica acredite nele.

    Foi nos bastidores deste filme, com cenas rodadas em Mônaco, que a musa loira de Alfred Hitchcock, Grace Kelly, conheceu o príncipe Rainier III, que a faria abandonar a carreira de atriz. O filme é a prova que não é necessário locações mirabolantes como Estátua da Liberdade ou Monte Rushmore para se contar uma boa história. Aqui, Hitchcock só precisou do cenário de um apartamento para manter uma ótima trama de suspense até o final, com um roteiro baseado em uma peça teatral inteligente e ágil.

    O Homem Que Sabia Demais (1956)

    Durante suas férias no Marrocos, Ben McKenna (James Stewart), um médico, e sua família se envolvem acidentalmente em uma trama internacional de assassinato, quando um moribundo fala ao ouvido de Ben algumas palavras. Para impedi-lo de denunciar a trama à polícia, os conspiradores resolvem então sequestrar seu filho, assim, o casal segue as pistas até Londres e enfrenta situações desesperadoras pelo caminho.

    A maior surpresa da trama é o ator James Stewart usando muito bem o talento cômico e fazendo humor físico. Repleta de suspense e de possibilidades, aqui está a arte de contar história sem a necessidade de palavras. Ou como a trilha sonora também pode ser um personagem. Uma das mais deliciosas e fascinantes brincadeiras de metalinguagem do cinema.

    Um Corpo Que Cai (1958)

    Em São Francisco, um detetive aposentado (James Stewart) que sofre de um terrível medo de alturas é encarregado de vigiar uma mulher (Kim Novak) com possíveis tendências suicidas, até que algo estranho acontece nesta missão.

    Esse é considerado um dos filmes favoritos dos fãs do cinema. Isso porque além das atuações magistrais, a ambientação, trilha sonora e fotografia também possuem a mesma qualidade máxima. Principalmente quando levamos em contato a limitação que a tecnologia da época apresentava. E ainda, o filme é tão genial que há muitas possibilidades de interpretação.

    Psicose (1960)

    A secretária Marion Crane (Janet Leigh) quer mudar de vida e rouba US$ 40 mil da imobiliária em que trabalha. Durante sua fuga, ela se hospeda em um hotel de beira de estrada, que é administrado pelo esquisito Norman Bates (Anthony Perkins), que diz viver no local com sua mãe.

    A cena em que Marion é assassinada no banheiro é sem dúvidas uma das mais marcantes da história do cinema, sobretudo por conta da trilha sonora de Bernard Hermann. Isso sem contar que foi uma grande ousadia eliminar a protagonista na metade da trama e segurar a narrativa em ritmo de tensão crescente até o final.

    Os Pássaros (1963)

    Os Pássaros

    Melanie Daniels (Tippi Hedren), uma jovem da cidade de São Francisco, vai até uma pequena cidade isolada da Califórnia, chamada Bodega Bay, atrás de um potencial namorado: Mitch Brenner (Rod Taylor). Mas na cidade começa de repente a acontecer fatos estranhos: pássaros de todas as espécies passam a atacar a população, em número cada vez maior e com mais violência, deixando todos aterrorizados.

    A tensão física e psicológica alcançada por Alfred Hitchcock é carregada de simbolismos, tanto para refletir o clima político da Guerra Fria quanto para representar a impotência do homem diante da força da natureza.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #130 – Os Pássaros (1963, Alfred Hitchcock)

    BÔNUS: AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM FILME DE HITCHCOCK

    Momentos silenciosos

    Ele começou no cinema como criador das legendas que simulavam diálogos em filmes mudos. Foi assim que aprendeu como causar emoções no público mesmo sem diálogo – só com enquadramentos e cortes precisos. Um exemplo? Festim Diabólico (1948), obra já citada nesta lista.

    Aparições especiais em seus filmes 

    O diretor fazendo uma breve aparição em seu filme Janela Indiscreta, 1954.

    Alfred Hitchcock sempre aproveitava a oportunidade de fazer uma pequena participação nos filmes em que dirigia. É possível notar sua presença pelo menos em 20 dos mais de 40 filmes que produziu. Porém, parece mais uma assombração, de tão rápido, e o intuito, era fazer o close, mas não tirar a atenção do público.

    Objetos insignificantes

    O cineasta criou um recurso até hoje usado por roteiristas: o MacGuffin. Assim ele chamava qualquer objeto comum, que só servia para dar um objetivo ao protagonista e gerar suspense, como o microfone secreto que causa a perseguição ao herói de Intriga Internacional (1959). Mas é irrelevante: quando a trama avança, pode até ser deixado de lado.

    E foi com esses elementos, obras, parcerias e complementos cinematográficos que o lendário Alfred Hitchcock ergueu uma obra cultuada até os dias de hoje, onde se tornou uma das personalidades mais influentes do entretenimento.

    LEIA TAMBÉM:

    Stanley Kubrick: Conheça o diretor e seus 10 melhores filmes

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    CRÍTICA – Insecure (1ª temporada, 2016, HBO Max)

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    Criada e estrelada por Issa Rae, a série de comédia Insecure estreou em 2016 na HBO e retrata a amizade de duas mulheres negras dos dias modernos, bem como todas as suas experiências desagradáveis ​​e atribulações estimulantes.

    A primeira temporada de Insecure conta com 8 episódios, que tem média de 30 minutos cada, e nos deixam completamente envolvidos e hipnotizados com as atuações perfeitas do elenco, que usa o bom humor como base para uma jornada perspicaz, atrevida e hilariante pela vida de uma mulher negra de vinte e poucos anos que rompe estereótipos com sagacidade afiada e um espírito efusivo.

    SINOPSE

    Na 1ª temporada, as melhores amigas Issa (Issa Rae) e Molly (Yvonne Orji) navegam pelo complicado terreno profissional e pessoal de LA, enquanto reconsideram suas escolhas de vida.

    Com 30 anos iminentes e seu relacionamento com o namorado Lawrence (Jay Ellis) estagnado, Issa decide abraçar um lado melhor e mais ousado. Lutando da mesma forma está Molly, cujo sucesso como advogada contrasta fortemente com sua triste vida amorosa.

    ANÁLISE

    A série chama a atenção por inúmeros motivos e o maior deles é o protagonismo feminino negro que faz a gente ignorar tudo ao nosso redor e focar nossos olhos apenas na TV.

    A comédia dramática trabalha bem questões relacionadas à sexualidade, à solidão da mulher negra, aos relacionamentos, ao poliamor, ao racismo, às incertezas profissionais, ao sexismo, à violência e à desigualdade salarial. É bem difícil que pessoas negras não se identifiquem com as narrativas trazidas a cada momento, a cada dilema.

    CRÍTICA - Insecure (1ª temporada, 2016, HBO Max)

    Ao trazer mulheres negras para o centro da história e endereçar questões cotidianas, Insecure nos faz rir e chorar com cada uma delas, especialmente Issa e Molly. Enquanto Issa dá cabeçadas para se encontrar profissionalmente, Molly é a advogada brilhante do grupo, mas ressentida com muitas questões sociais. Ainda assim, é Molly quem fornece tanto o alívio cômico como o drama da série.

    A dobradinha de Issa com Yvonne é o ponto alto dos episódios, distribuindo emoção e comoção ao longo da trama.

    VEREDITO

    Não podemos deixar de falar do talento de Issa Rae, que ficou conhecida pela sua série no Youtube, The Misadventures of Awkward Black Girl e conseguiu com Insecure mostrar o seu trabalho para o grande público em uma emissora importante, como é o caso da HBO.

    Insecure é uma série importante para todos da nossa geração que cresceram sem ter protagonistas negras com quem pudéssemos nos relacionar e nos identificar na cultura pop.

    Os personagens são agradáveis, e o equilíbrio entre comédia e drama é perfeitamente sintonizado porque rimos, mas também conhecemos o arco de cada uma dessas pessoas.

    Entre as muitas qualidades da série, podemos destacar a trilha sonora maravilhosa, com consultoria da cantora Solange; os figurinos das personagens, que estão sempre no melhor estilo e claro, as participações especiais que contam com nomes como Sterling K. Brown e Regina Hall, que já deram as caras nos episódios.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

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    CRÍTICA – Pokémon Unite (2021, Nintendo Switch)

    O primeiro Multiplayer Online Battle Arena (MOBA) de Pokémon chegou primeiro para o Nintendo Switch. Lançado neste 21 de julho para o console híbrido da Nintendo, Pokémon Unite futuramente será lançado também para dispositivos móveis.

    O MOBA de Pokémon está disponível gratuitamente na Nintendo e-Shop e não é preciso ser assinante do serviço Nintendo Switch Online para jogar o multiplayer via internet.

    Esqueça quase tudo o que você está acostumado sobre a franquia, pois Pokémon Unite é algo inovador no universo dos monstrinhos de bolso.

    SINOPSE

    Junte-se a jogadores de todo o mundo rumo à Ilha de Aeos para competir em Unite Battles! Em Unite Battles, os treinadores se enfrentarão em batalhas de 5 contra 5 para ver quem consegue marcar mais pontos antes do tempo acabar.

    Trabalhar em equipe é essencial para que você e seus amigos derrotem Pokémon selvagens, subam de nível, evoluam os seus parceiros Pokémon e derrotem os Pokémon do time oponente, impedindo que eles marquem pontos.

    ANÁLISE DE POKÉMON UNITE

    Cinco anos após o lançamento do inovador Pokémon GO, a The Pokémon Company acerta por ousar mais uma vez. O primeiro MOBA dos monstrinhos de bolso talvez não seja o melhor e mais completo jogo desse estilo, mas certamente tem tudo para garantir muita diversão e competitividade em um jogo altamente estratégico.

    Jogos tipo MOBA até então não me atraíam, mas como sou fã de Pokémon fiquei empolgado com o game desde que foi anunciado. A espera foi recompensada!

    Pokémon Unite apresenta muito bem as mecânicas inéditas no universo Pokémon. Os tutoriais obrigatórios para começar a jogar são simples, rápidos e fáceis de entender.

    O storytelling do jogo te apresenta a Professora Phorus e seu assistente, Pesquisador Erbie, ao mesmo tempo em que os comandos e os recursos de Pokémon Unite são explicados dentro do contexto da Ilha de Aeos.

    Após os tutoriais e a contextualização sobre a Ilha de Aeos, as Energias Aeos e as batalhas 5v5, Pokémon Unite ainda te apresenta uma série de possibilidades no jogo. Entre elas:

    • Licenças Unite, que são uma espécie de cartão que habilita um Pokémon a fazer parte do seu elenco;
    • Eventos em andamento;
    • Customização de avatar e de Pokémon;
    • Moedas e lojas;
    • Missões e recompensas;
    • Passe de batalha.

    Jogabilidade de Pokémon Unite

    Simplicidade é a marca do jogo. E isso é uma virtude.

    A jogabilidade é fácil de se adaptar, o que deve se traduzir em uma boa experiência também em smartphones e tablets. Imagino que vá ser melhor ainda se você plugar um controle ao seu celular quando o jogo mobile for lançado, em setembro deste ano.

    Saiba tudo sobre Pokémon Unite, primeiro MOBA da franquia, lançado primeiramente para Nintendo Switch, tendo como atrativo o mítico Zeraora

    Atualmente existem 20 Pokémon jogáveis em Pokémon Unite. São eles:

    • Pikachu
    • Charizard
    • Machamp
    • Venusaur
    • Gengar
    • Mr. Mime
    • Slowbro
    • Snorlax
    • Wigglytuff
    • Absol
    • Lucario
    • Garchomp
    • Crustle
    • Greninja
    • Talonflame
    • Alolan Ninetales
    • Zeraora
    • Eldegoss
    • Cramorant
    • Cinderace

    Apesar disso, a variedade no jogo é maior, pois há Pokémon como Aipom, Zapdos, Rotom e Ludicolo que fazem parte das arenas de batalha.

    Embora haja Pokémon evoluídos na lista dos jogáveis, você inicia a partida com a forma básica do monstrinho (exceto o Pikachu, cuja primeira forma seria o Pichu). Portanto, se você escolhe o Charizard para participar da partida, você utilizará um Charmander e poderá evoluí-lo para Charmeleon e Charizard ao derrotar Pokémon selvagens, adversários e pontuar no jogo.

    A mecânica de evolução é facilitada. Seu Pokémon evolui automaticamente quando atinge o nível necessário. Isso também é um ponto positivo que favorece a experiência portátil, tanto no Nintendo Switch, como possivelmente no futuro em dispositivos móveis.

    Trabalho em equipe e foco em pontuar

    O foco de Pokémon Unite é pontuar. Por mais que seja divertido atacar seus oponentes reais, o importante é derrotar os Pokémon selvagens, adversários e NPCs com mecânicas específicas para coletar as Energias Aeos.

    Ao coletar as Energias Aeos, você deve procurar um dos cinco pontos específicos na arena para marcar os “gols”. O número de “gols” será a mesma quantia de energias que você coletou. Essa quantidade poderá ser multiplicada se você pontuar junto com companheiros de equipe ou alguma outra mecânica esteja ativa nesse ponto do mapa.

    Mapa com todos os pontos de Remoat Stadium no Pokémon Unite
    Clique na imagem para vê-la em alta resolução

    Digo isso porque nesse dia de lançamento do jogo muitas pessoas estão focando em derrotar os Pokémon dos adversários e esquecendo de chegar às áreas para marcar pontos. Embora os tutoriais sejam fáceis de entender, eu acredito que essa postura de muitos jogadores se deva às mecânicas consolidadas historicamente pelos outros jogos da franquia.

    Portanto, utilize um Pokémon com características ofensivas, parta para o ataque e desde já vá subindo de nível.

    Classes, funções e dificuldade dos Pokémon

    Atualmente são cinco classes de Pokémon no jogo:

    • Atacante (Attacker)
    • Velocista (Speedster)
    • Polivalente (All-Rounder)
    • Defensor (Defender)
    • Suporte (Supporter)

    Cada classe possui características próprias e, por consequência, determinados status são superiores a outros. Pokémon atacantes, como Greninja, tem mais ataque e menos atributos de suporte, por exemplo.

    Além disso, cada Pokémon tem uma característica própria de combate:

    • Melee, indicados para combate corpo a corpo;
    • Ranged, indicados para ataques distantes.

    As classes são essenciais para determinar as funções que cada Pokémon deverá executar para que a estratégia da equipe seja vencedora em Pokémon Unite. Um exemplo disso é que é extremamente importante contar com pelo menos um atacante no 5v5, pois pontuar é o que te fará vencer nas Unite Battles.

    Por sua vez, os níveis de dificuldade servem como “barreiras” que você deve superar para conquistar os Pokémon. À medida que você sobe de nível se torna possível obter Licenças Unite para liberá-los gratuitamente, mas algumas também podem ser compradas.

    Missões e temporadas no Pokémon Unite

    Atualmente é difícil encontrar jogos online que não sejam por temporada, ou ao menos tenham eventos periódicos.

    Pokémon Unite é mais uma opção que oferece missões e temporadas como atrativos para aumentar a retenção dos jogadores e tornar a experiência mais desafiadora. Isso porque o jogo oferece também as batalhas ranqueadas, cujo ranking deve se atualizar a cada temporada.

    Níveis disponíveis nas batalhas ranqueadas (Ranked Matches) de Pokémon Unite
    Clique na imagem para vê-la em alta resolução

    Embora ainda esteja disponível somente para o Nintendo Switch, Pokémon Unite já mostra que tem muito para oferecer para a comunidade. A começar pela possibilidade de conseguir Zeraora gratuitamente para o seu elenco até 31 de agosto de 2021.

    Como conseguir Zeraora em Pokémon Unite

    Para pegar Zeraora em Pokémon Unite tudo que você precisa fazer é logar no jogo! O prêmio é concedido automaticamente se você jogar pela primeira vez até 31/08/2021.

    Apesar disso, acrescentá-lo à sua equipe não é automático. Você precisa reivindicá-lo nas mensagens do jogo que informam sobre o evento de lançamento.

    Zeraora é um Pokémon especial de evento e está disponível até 31 de agosto de 2021 no Pokémon Unite

    Zeraora é um Pokémon de nível Expert no jogo e possui ataques que encurtam a distância entre ele e os adversários. Acredite, você vai querer tê-lo no seu time!

    Embora seja um presente especial limitado, desenvolvedores indicam que futuramente Zeraora será disponibilizado novamente em eventos. Então, se você não tem um Nintendo Switch para jogar Pokémon Unite, não se preocupe quanto a isso.

    Confira nossa gameplay com o Zeraora:

    VEREDITO

    Com uma jogabilidade simples e tutoriais fáceis de entender as mecânicas deste inédito MOBA, Pokémon Unite chegou com diversos recursos que indicam que o jogo terá vida longa e constante atualização.

    Fruto de uma uma parceria entre The Pokémon Company com GAME FREAK inc., Tencent e Nintendo, Pokémon Unite exige muita estratégia e trabalho em equipe dos jogadores. As missões e as temporadas tornam tudo mais interessante e tem tudo para fazer com que os treinadores tenham muitas e muitas horas de diversão.

    A única ressalva que faço não é sobre o jogo, mas sobre a estratégia de lançamento. Lançar primeiro para o Nintendo Switch e só em setembro de 2021 para Android e iOS vai colocar os jogadores do console em níveis muito mais avançados que os de quem jogar via mobile.

    Pokémon Unite será um jogo com cross-play e cross-save entre console e dispositivos móveis. Então, como as empresas vão tornar justa a disputa entre quem está jogando desde agora e quem só começará daqui a dois meses?

    Eu espero que algum evento bonifique os jogadores mobile, para que Pokémon Unite possa oferecer uma experiência justa e agregadora a todo mundo. Isso certamente possibilitará vida longa ao primeiro MOBA de Pokémon.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Pokémon Unite:

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    CRÍTICA – Os Ausentes (1ª temporada, 2021, HBO Max)

    Os Ausentes é a primeira série brasileira original da HBO Max. Criada por Maria Carmem Barbosa e Thiago Luciano, a produção possui 10 episódios com média de 45 minutos cada e narra a história de uma agência que tem como foco encontrar pessoas desaparecidas. O seriado estreia no dia 22 de julho.

    Você pode saber um pouco mais sobre a série, os personagens e a equipe técnica no nosso artigo especial sobre Os Ausentes.

    SINOPSE DE OS AUSENTES

    Após o desaparecimento de sua filha Sofia, o ex-delegado Raul Fagnani (Erom Cordeiro) abre a agência Ausentes, que se torna famosa no submundo de São Paulo por receber todo tipo de clientes, sobretudo aqueles que não podem ou não querem recorrer à polícia. Ele ainda tem esperança de descobrir o que aconteceu com sua filha. A chegada de Maria Julia (Maria Flor) altera o dia a dia de trabalho da agência.

    ANÁLISE

    Os Ausentes é uma série procedural de excelente qualidade visual. Usando como mote os traumas de Raul e Maria Julia, a produção embarca em um verdadeiro estudo de caso a cada novo episódio, mostrando diversas histórias sobre pessoas desaparecidas em São Paulo.

    Como já é divulgado na sinopse e também no trailer da produção, Raul, que é interpretado por Erom Cordeiro, possui um trauma muito forte por causa do desaparecimento de sua filha. Mesmo depois de 10 anos, ele ainda acredita que pode encontrá-la.

    A situação toda faz com que o personagem seja turrão e teimoso, mas também demonstre momentos de compaixão e gentileza com outras pessoas que precisam encontrar seus entes queridos.

    A chegada de Maria Julia, outra personagem que também possui um histórico de desaparecimento em sua família, cria uma dinâmica diferente entre a equipe. Ao mesmo tempo que ela e Raul trabalham juntos desvendando esses mistérios, há também aquela constante dúvida sobre quem é Maria Julia e qual seu objetivo com essa aproximação.

    Maria Flor e Erom possuem uma boa química juntos, e o elenco de apoio complementa com inteligência o roteiro. Augusto Madeira e Indira Nascimento estão ótimos em seus papéis, além de trabalharem com muito entrosamento com Maria Flor e Erom. Indira, na verdade, é uma ótima surpresa no elenco. Sua personagem é perspicaz, empática e cheia de nuances interessantes.

    Mesmo sendo uma série que lembra muito os modelos norte-americanos de seriado, Os Ausentes não deixa de ter a sua identidade brasileira. Por se passar em muitas locações de São Paulo e trazer acontecimentos de várias comunidades da cidade, a série é muito rica em detalhes e diversidade.

     

    As participações especiais trazem um fator surpresa a cada novo episódio. Afinal, você não sabe o que vai acontecer com os personagens principais durante as investigações que eles se envolvem. Esses casos proporcionam bastante dinamismo para a trama, mas é justo dizer que algumas histórias são muito mais interessantes do que outras.

    A montagem da série é muito feliz nos momentos de flashback, pois consegue contextualizar bem o passado de Raul e sua vida antes da Ausentes. Entretanto, em algumas cenas de perseguição ou de desenrolar narrativo, há pontos de edição que poderiam ter uma lapidação melhor.

    Os Ausentes é claramente um modelo de produção que pode render inúmeras temporadas, principalmente por existirem tantos ganchos para continuidade. O desfecho desse primeiro ano é satisfatório, mas não possui toda a emoção que eu esperava após o caminho traçado pelos personagens ao longo dos episódios.

    VEREDITO

    Os Ausentes é um empolgante primeiro projeto nacional para o catálogo da HBO Max. Trazendo um ótimo elenco e histórias profundas, a série tem como grandes trunfos o apelo investigativo e a carga sentimental.

    Uma possível segunda temporada tem potencial para desenvolver um pouco mais os personagens secundários e se aprofundar nas personalidades de Raul e Maria Julia.

    3,5/5,0

    Nossa nota

    Assista ao trailer:

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