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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – O Inocente (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Com sua estreia marcada para dia 30 de abril, O Inocente é a nova série de suspense original da Netflix. Felizmente, tivemos a oportunidade de assistir os três primeiros episódios. Então, pegue sua água e confira essa análise fresquinha.

    SINOPSE

    Baseado no livro que recebe o mesmo nome, O Inocente tem como foco a trama o Mateo (Mario Casas), um homem que tenta reconstruir sua vida após uma noite trágica na qual, acidentalmente, mata um homem ao apartar uma briga.

    Porém, a existência de segredos fazem com que sua vida seja totalmente bagunçada de forma misteriosa. Mateo percebe que está bem longe de ter a tão sonhada paz.

    ANÁLISE

    A série, que é uma produção espanhola, conta com a direção de Oriol Paulo. Para quem está acostumado a assistir obras espanholas terá familiaridade e expectativa positiva com esse nome. Expectativa essa que, de forma primorosa, consegue ser alcançada em seus primeiros episódios!

    Com diversos pequenos plot twist, a trama apresenta mistérios em torno de Mateo, porém, também mostra outros acontecimentos intrigantes que aparentemente eram externos ao personagem. Porém, com maestria, esses casos se cruzam com a história principal.

    Logo, cria-se um embaraço de acontecimentos tão impressionantes e enigmáticos, que nos projetamos na história tentando encaixar cada peça desse quebra-cabeça gigante.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – O Inocente (1ª Temporada, 2021, Netflix)

    Em nossa nova função como detetives ficamos tão abismados, que fica difícil de sair da frente da tela. Entretanto, a série peca ao apresentar vários novos personagens, gerando confusões ao tentarmos gravar cada nome. Portanto, é importante estar bem atento para não ficar perdido, já que será totalmente necessário entender quem é quem para a posterioridade.

    Além disso, a sensação que O Inocente nos causa é que, ironicamente, ninguém é inocente. Todos são alvos de desconfiança, já que todos possuem desvios de caráter.

    VEREDITO

    Como essa é uma análise dos três primeiros episódios, não podemos dar um veredito de como a série é, entretanto, se continuar com a mesma qualidade, será excelente, capaz de proporcionar um plot twist tão forte quanto um soco do Myke Tyson.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Nomadland (2020, Chloé Zhao)

    Nomadland é o nome do Oscar 2021. Vencedor do Leão de Ouro, BAFTA, Globo de Ouro, SAG Awards e da maioria das premiações de sindicatos, o longa de Chloé Zhao é o favorito para vencer na categoria de Melhor Filme e Melhor Direção na premiação deste ano.

    SINOPSE

    Uma mulher que, depois de perder tudo na Grande Recessão, embarca em uma viagem pelo Oeste americano, vivendo como um nômade moderno que vive em uma van.

    ANÁLISE

    Nomadland é um daqueles filmes que merecem figurar entre os melhores do ano do Oscar. Com uma trama simples, mas repleta de significados, o longa é quase um irmão de Minari na forma de retratar o superestimado sonho americano.

    Roteirizado e dirigido por Zhao, Nomadland busca retratar a vida dos Nômades após a Grande Recessão vivida nos Estados Unidos em 2011. Por meio da personagem principal Fern (Frances McDormand), somos impactados pela história de vida de diversas pessoas reais vivendo em condições pouco convencionais.

    Adaptado da obra de mesmo nome escrita por Jessica Bruder, o filme de Zhao nunca é explícito em sua mensagem sobre o sistema americano, mas expõe em tela a contradição do modelo de trabalho que nos tira anos de vida e nos abandona quando envelhecemos.

    CRÍTICA – Nomadland (2020, Chloé Zhao)

    Com apenas 107 minutos e um orçamento de aproximadamente 6 milhões de dólares, Nomadland consegue contar uma grande história, misturando elementos documentais com a trama fictícia de Fern. É um trabalho primoroso de montagem e edição, bem como uma ótima direção exercida por Zhao.

    As paisagens e locações são belíssimas, dando o ar de documentário a cada nova cena. São incríveis as imagens captadas por Zhao durante o entardecer e nos momentos em que Fern viaja pelas estradas do país. O longa é também um dos mais cotados para vencer a categoria de Melhor Fotografia – e com grandes méritos.

    A atuação de Frances é sempre maravilhosa e, aqui, não é diferente. Uma das favoritas ao prêmio de Melhor Atriz no Oscar 2021, a veterana é também produtora do filme. Cumprindo a promessa feita em sua última vitória na premiação, Frances retorna com uma produção dirigida, roteirizada e protagonizada por mulheres e que facilmente se enquadra em uma das melhores de sua carreira.

    A adaptação da matéria jornalística de Bruder também está entre os prêmios cotados para Nomadland. A trama da personagem Fern é agridoce. Após perder seu marido, sua casa e seu antigo emprego, ela é obrigada a se mudar e acaba vivendo em sua van. Sua escolha é muito mais uma tentativa de se encontrar dentro de um sistema que não lhe garante segurança e nem saúde, do que de fato uma certeza.

    É perceptível o quanto a personagem cresce ao longo do filme, mesmo que a sua vida antiga ainda ressoe como seu único momento de plenitude. Como em uma passagem descrita no roteiro, uma aliança é como um ciclo que nunca termina. O final de Nomadland deixa essa citação ainda mais clara. A busca pela felicidade é cíclica e é possível tentarmos diversos caminhos.

    CRÍTICA – Nomadland (2020, Chloé Zhao)

    Outro ponto que deve ser destacado é a solidariedade entre os nômades retratados na história. Todos estão no mesmo barco, sentem as mesmas dores e se apoiam da forma que podem. Os momentos de alegria logo são substituídos pelas constantes despedidas que essa vida proporciona. Suas histórias ressoam como um aviso para as gerações futuras, e é importante que fiquemos atentos a esses sinais.

    Nomadland pode não ter grande impacto no telespectador logo depois que a exibição termina, mas é uma história que se mantém em nossas mentes por um longo tempo.

    Chloé Zhao não parece ter pretensão nenhuma de criar um debate, declarar guerra ao sistema ou glamourizar qualquer escolha de vida. Seu roteiro é um exercício filosófico sobre o que pode realmente nos preencher como seres humanos em um mundo que não prioriza, de fato, a felicidade de todos.

    VEREDITO

    Simples e objetivo, Nomadland traça paralelos entre o sonho americano e a real felicidade das pessoas inseridas nele. Um belo estudo de caso, com a excelente condução de Chloé Zhao e uma atuação esplêndida de Frances McDormand.

    Nossa nota

    5,0/5,0

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    CRÍTICA | Falcão e o Soldado Invernal: S1E6 – Um Mundo, Um Povo

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    Um Mundo, Um Povo foi o episódio final da primeira temporada de Falcão e o Soldado Invernal. Confira o que achamos da season finale da série da Disney+.

    SINOPSE

    Os Apátridas estão prontos para fazer um atentado contra um grupo de políticos de diversas nações. SamBucky devem detê-los e contarão com uma ajuda inesperada no caminho.

    ANÁLISE

    Um Mundo, Um Povo pode ser dividido em duas partes, pois conta com caminhos distintos em sua narrativa.

    A primeira parte traz o novo Capitão América para uma pancadaria desenfreada, visto que os primeiros 20 minutos são pura adrenalina. O fato de Sam usar o manto me deu uma sensação de justiça e, acima de tudo, orgulho por ver sua jornada. O episódio tem o melhor roteiro de toda a série, uma vez que demonstra o poder do novo Sentinela da Liberdade: a empatia. 

    Diferentemente dos outros dois donos de um dos trajes mais simbólicos da Marvel, Sam não possui dos mesmos privilégios. Em uma de suas poderosas frases, ele diz que mesmo com sua roupa imponente e boas ações, as pessoas vão julgá-lo por sua cor de pele, algo impactante para todo o Universo Cinematográfico Marvel.

    E essa composição está muito presente na segunda metade do episódio, mas, principalmente, na série inteira como um todo. Um Mundo, Um Povo acerta demais ao mostrar de forma didática o que os negros sofrem diariamente e como os privilégios funcionam.

    Como pontos negativos, temos algumas decisões do primeiro ato, pois a ação desenfreada e bagunçada atrapalha um pouco a dinâmica. Entretanto, ela é necessária para vermos tudo que o novo Capitão América pode fazer com seu traje dinâmico, além de dar destaque para John Walker e Bucky também em seus encerramentos até aqui.

    VEREDITO

    Um Mundo, Um Povo trouxe diversas confirmações e um sentimento de poder muito grande para aqueles que tem poucas referências dentro de todas as estruturas, visto que dá voz para essas pessoas e ideais.

    A representatividade de Sam, o reconhecimento de Isaiah, o perdão de Bucky e as novas jornadas de Zemo, o agora confirmado Agente Americano e a Mercadora do Poder, Sharon Carter, nos trazem boas reflexões e perspectivas para o futuro da Marvel na TV e nos cinemas, uma vez que agora há material de sobra para ser trabalhado.

    A série conseguiu discutir temas de suma importância, todavia, sem ser forçada ou piegas, mostrando que precisamos sim falar sobre racismo, política e discriminação em todas as esferas possíveis, principalmente em canhões de audiência como os projetos de grandes produtoras como a Marvel.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

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    Brooklyn Nine-Nine: As 5 melhores cenas pré-abertura da 1ª temporada

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    Se você não for do planeta Terra ou simplesmente nunca ouviu falar de Brooklyn Nine-Nine, então eu te explico: esta é uma série de comédia policial criada por Dan Goor e Michael Schur e gira em torno de Jake Peralta (Andy Samberg), um talentoso, mas imaturo detetive da Polícia de Nova Iorque no fictício 99º Distrito do Brooklyn e seus colegas de esquadrão:

    A inteligente, CDF e puxa-saco Amy Santiago (Melissa Fumero), o melhor amigo estranho e entusiasta de culinária Charles Boyle (Joe Lo Truglio), o culto e inexpressivo Capitão Raymond Holt (Andre Braugher), a casca grossa Rosa Diaz (Stephanie Beatriz), o fortão meigo Terry Jeffords (Terry Crews), a personificação da autoestima Gina Linetti (Chelsea Peretti), o bizarro 1 Michael Hitchcock (Dirk Blocker) e bizarro 2 Norm Scully (Joel McKinnon Miller).

    Desde seu episódio piloto a série é famosa por ter cenas que introduzem ao episódio em questão, ou simplesmente são momentos divertidos dos integrantes da 99, antes da abertura oficial.

    A primeira temporada de Brooklyn Nine-Nine conta com 22 episódios e muitas cenas divertidas como pré-abertura, veja seguir as 5 melhores cenas pré-abertura da temporada de estreia da série:

    S1E2 – BEM ACOMPANHADO

    Após chegar na delegacia 3min atrasado (pela milionésima vez), Jake é repreendido por Holt na frente de todo o esquadrão pela falta de compromisso com o horário e o mal preenchimento de formulários para a conclusão de casos em aberto e por último, mas não menos importante: a mesa caótica de tanta bagunça.

    Aqui temos a memorável pergunta feita pelo Capitão Holt:

    Aqui temos duas fotos: uma do seu armário e a outra de um lixão nas Filipinas. Você [Jake], sabe… qual, é qual?

    A cena toda é hilária, culminando com o aparecimento de Algernon, o camundongo que vive na mesa de Jake Peralta. Se esse Top5 tivesse uma ordem de melhores cenas pré-abertura, essa certamente seria a 1ª da lista (curiosamente ela é a primeira dessa lista, organizada por episódios).

    S1E8 – VELHA GUARDA

    Scully está em mais uma de suas sonecas durante o expediente (para variar), mas o que realmente impede todo o bom funcionamento da 99 é o fato do detetive estar dormindo sem os seus sapatos, que exalam um hediondo chulé.

    Para resolver a solução um robô movido por controle remoto do esquadrão antibombas é acionado, mas nem ele é páreo para o pesado sono de Scully, que em um movimento sonolento, incapacita o heroico robô.

    Cabe então a Boyle vestir-se com um traje antibomba e remover a ameaça chulezenta do escritório. Após a arriscada remoção, o par de sapatos do detetive é finalmente desintegrado com uma explosão controlada.

    S1E10 – AÇÃO DE GRAÇAS

    Ao chegar na delegacia, Charles Boyle descobre que todos os seus amigos estão jogando o “Boyle Bingo versão Ação de Graças” com os possíveis comentários típicos do Boyle, onde o primeiro que acertar todos os comentários ganha US$ 100,00. Sem dúvidas a cena de pré-abertura é memorável.

    S1E12 – O ACORDO

    No episódio anterior o detetive Charles Boyle em um ato de heroísmo (ou loucura), se jogou na frente de um colega de esquadrão quando um bandido efetuou disparos contra ele; e assim, salvando uma vida e ganhando dois tiros na bunda. O que são dois buracos nas nádegas comparados a salvar um amigo?

    Após o período no hospital Boyle finalmente retorna para a 99, mas ele não vem só: Devido ao gesso no bumbum, agora Charles usa uma “scooter” para se locomover e duas garras para evitar que se curve para pegar coisas; pena que ele é tão atrapalhado.

    S1E15 – A MUDANÇA

    A rivalidade está no ar quando a polícia de Nova Iorque enfrenta o Departamento de Bombeiros em uma partida informal de futebol americano no parque da cidade.

    Os times têm seus “capitães”: Jake Peralta liderando os policiais da 99 e Marshal Boone (Patton Oswalt) liderando os bombeiros, mas o que a equipe adversária não contava era com o “trator humano” conhecido como Sargento Terry Jeffords.

    Este mês iniciaram-se as gravações da 8ª temporada de Brooklyn Nine-Nine, ainda sem previsão de estreia.

    Leia também:

    Brooklyn Nine-Nine: 8ª temporada abordará a brutalidade policial

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    Noites Sombrias #11 | Conheça os Warren e o caso de Invocação do Mal 3

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    Edward e Lorraine Warren foram investigadores paranormais americanos e autores associados a casos proeminentes de assombrações. Ed era um demonologista autodidata e autoproclamado, autor e conferencista; já Lorraine se dizia ser vidente e uma médium em transe leve que trabalhava intimamente com seu marido.

    Em 1952, os Warren fundaram a Sociedade de Pesquisa Psíquica da Nova Inglaterra (NESPR), o grupo de caça fantasma mais antigo da Nova Inglaterra e são autores de muitos livros sobre o paranormal. Eles alegaram ter investigado mais de 10.000 casos e muitos desses casos ficaram tão famosos que alguns serviram como inspiração para filmes e livros.

    No cinema, as histórias do casal Warren foram adaptadas com Invocação do Mal (The Conjuring), de 2013, interpretados por Patrick Wilson e Vera Farmiga. O longa de James Wan teve um orçamento míseros US$ 20 milhões e arrecadou mundialmente – pasmem – US$ 319 milhões em bilheteria! Com um sucesso estrondoso, Wan garantiu a sequência Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2), de 2016 e criou o que viria a ser entre os fãs: O “Invocaverso”.

    Vera Farmiga, Lorraine Warren e Patrick Wilson.

    O “Invocaverso” é composto pelos longas já citados e também por: Annabelle (2014) e Annabelle: A Criação do Mal (2017), A Freira (2018) e Annabelle 3: De Volta Para Casa (2019) e tornou-se a maior franquia de terror da história, arrecadando mais de US$ 1,8 bilhão em todo o mundo.

    A franquia Invocação do Mal retorna em 2021 com mais uma adaptação das histórias paranormais do casal Warren, dessa vez com o caso real de Arne Cheyenne Johnson, em Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, conhecido como “Devil Made Me Do It” (O Diabo me fez fazer).

    Arne foi o responsável pelo primeiro processo judicial conhecido nos Estados Unidos em que a defesa procurou provar inocência com base na alegação do réu de posse demoníaca e negação de identidade pessoal. 

    No elenco Charlene Amoia (Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa) será Judy Glatzel, Sarah Catherine Hook (Lei & Ordem) como a filha Debbie Glatzel, Julian Hilliard (A Maldição da Residêncial Hill) interpreta o filho David e o ator Ruairi O’Connor está na lista como Arne Cheyenne Johnson.

    A possessão demoníaca de Arne Cheyenne Johnson

    De acordo com testemunhos da família Glatzel, David Glatzel, de 11 anos de idade foi o primeiro hospedeiro do demônio e, após alguns dias, este saiu e entrou em Johnson, forçando-o a matar Alan Bono.

    Arne e sua namorada Debbie Glatzel contaram a versão dos fatos para um episódio no Discovery Chanel. Durante a entrevista, eles alegaram ser testemunhas oculares de possessão demoníaca, e ambos foram inflexíveis em seu apoio à lembrança dos eventos dos Warrens. Eles afirmaram que a atividade paranormal começou depois que eles foram limpar um imóvel alugado que acabavam de adquirir. David, o irmão mais novo de Debbie, contou a eles que um velho apareceu, empurrando e aterrorizando-o. O casal inicialmente pensou que David estava usando o fato como desculpa para evitar a limpeza, mas David informou que o velho prometeu prejudicar os Glatzels se eles se mudassem para a casa alugada.

    Depois que David experimentou terrores noturnos, exibiu um comportamento estranho e obteve arranhões e contusões inexplicáveis, a família chamou os serviços de um padre católico, que tentou abençoar a casa. A família aterrorizada concluiu que a casa era má e não continuaria a alugá-la.

    Após testemunharem várias ocorrências envolvendo David, a família, assustada, decidiu pedir ajuda para Ed e Lorraine Warren para “curar” David. 

    Em uma entrevista à revista People, Lorraine declarou que enquanto Ed entrevistava o garoto ela viu uma névoa preta próxima a David, um sinal de que algo maligno o cercava. Os pais dele também buscaram ajuda psiquiátrica, que não encontrou nada fora do comum. Para os Warren estava nítido que se tratava de um caso de possessão demoníaca.

    O casal passou a exorcizar David por vários dias, concluindo quando, de acordo com os presentes, um demônio fugiu do corpo da criança e se estabeleceu em Arne Cheyenne Johnson.

    Em outubro de 1980 os Warren alertaram a polícia de que a situação se tornaria ainda pior. Ed afirmou que durante um dos exorcismos Johnson cometeu um erro crucial: ele se ofereceu aos demônios para que possuíssem o seu corpo no lugar do pequeno cunhado. Dizem que dias após este exorcismo um demônio atacou Arne Cheyenne Johnson possuindo seu carro e lhe causando um acidente, do qual ele saiu ileso.

    A situação de David piorou e Debbie decidiu que era hora de se mudar dali com seu namorado. Ela foi contratada por Alan Bono para trabalhar em um canil e, além disso, ele alugou um lugar para o casal morar. Logo depois disso, foi Johnson quem começou a agir de forma estranha: entrava em transe, rosnava e tinha alucinações. Não demorou muito para que começasse a ter lapsos de memória.

    O assassinato

    O crime aconteceu em 16 de fevereiro de 1981, depois de Arne e Debbie se reunirem com sua prima de 9 anos, Mary, sua irmã Wanda e seu senhorio Alan Bono para um almoço no canil onde trabalhavam. Após o almoço, sua namorada Debbie e as garotas saíram mas logo retornaram encontrando Johnson e Bono embriagados e com os ânimos exaltados. Todos saíram do recinto a pedido de Debbie, exceto Bono, que agarrou Mary e se recusava a soltá-la. Com isso, Johnson retornou ao cômodo e exigiu que ele soltasse a menina. 

    Arne Cheyenne Johnson então, rosnando como um animal, pegou um canivete e esfaqueou Alan Bono repetidamente. Bono havia sofrido “quatro ou cinco feridas”, principalmente no peito, e uma que se estendia do estômago até a base do coração, vindo a falecer várias horas depois.

    O assassino foi encontrado a cerca de 3km do crime e conduzido para o Centro Correcional de Bridgeport sob fiança de US$ 125.000. Este foi o primeiro assassinato na história de Brookfield, Connecticut.

    Todo este histórico de problemas com demônios da família Glatzel foi reunido em um dossiê pelo advogado de Arne, Martin Minella. A defesa argumentou em tribunal que ele estava possuído, mas o juiz decidiu que tal defesa nunca poderia ser provada e, portanto, era inviável em um tribunal. 

    O plano de Minella era intimar padres que participaram dos exorcismos para testemunharem na defesa de seu cliente. Porém, a estratégia virou motivo de piada para o júri e para a imprensa – que consultou parapsicólogos que contestariam esta narrativa. O réu foi condenado a 20 anos de prisão, embora tenha cumprido apenas cinco.

    Críticas

    De acordo com uma entrevista de 1997 para o Connecticut Post, Steve Novella e Perry DeAngelis investigaram Ed e Lorraine Warren para a New England Skeptical Society (NESS). Eles descreveram o casal como pessoas agradáveis, mas suas afirmações sobre demônios e fantasmas eram “na melhor das hipóteses, histórias de fantasmas sem sentido e, na pior, fraudes perigosas”.

    Steve e Perry examinaram todas as evidências que os Warren coletaram de espíritos e fantasmas, assistiram aos vídeos e analisaram as melhores evidências que os Warren tinham. Eles chegaram à conclusão de que esses materiais não eram provas contundentes. E você, “pagaria pra ver”?

    Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio chega aos cinemas no dia 3 de junho de 2021. Assista ao primeiro trailer:

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    Parasita: Série de TV será uma história original, não um remake

    A série de TV Parasita, de Bong Joon-ho e Adam McKay para a HBO, está “seguindo com toda força para frente,” de acordo com McKay – o diretor-produtor deu uma atualização a respeito do plot da série.

    “É uma série original. É no mesmo universo do filme, mas é uma história original que habita o mesmo universo.”

    A pré-produção da série parece estar fazendo progresso, com McKay continuando:

    “Estamos nos divertindo muito. Nós reunimos uma sala de roteiristas incrível. Eu basicamente delineei a série com o diretor Bong durante a quarentena, com ele supervisionando.”

    O Feededigno teve a oportunidade de assistir ao filme Parasita antes do filme entrar no circuito tradicional de filmes em 2019, durante a 43ª Mostra Internacional de Cinema.

    Confira nossa crítica do filme:

    CRÍTICA – Parasita (2019, Bong Joon-ho)

    Parasita conta a história de uma família pobre que monta um esquema para se tornarem empregados de uma família rica e se infiltrar em sua casa, com consequências desastrosas. O filme ganhou quase todos os prêmios que concorreu em 2019, vencendo a Palma de Ouro em Cannes, O melhor Filme Estrangeiro do Globo de Ouro, e quatro Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.

    Bong Joon-ho revelou em uma entrevista recente:

    “Todas as ideias chave acumularam quando eu comecei a escrever o roteiro, eu não conseguiria incluir todas essas ideias em um filme de apenas duas horas, então eu guardei todas elas no meu iPad e minha meta era fazer uma série limitada para criar um filme de seis horas.”

    Assim como em Parasita, Bong também dirigiu o longa O Expresso do Amanhã ( que também foi adaptada em uma série de TV), Okja, e O Hospedeiro. McKay, roteirizou e dirigiu filmes como O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy, A Grande Aposta e Vice. Nas telinhas, ele é um dos produtores executivos da série da HBO Succession.

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